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Como é que a matemática guia os nossos navios no mar? — George Christoph

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    Como podem imaginar, há 400 anos,
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    navegar no mar alto era difícil.
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    Os ventos e correntes desviavam
    os navios das suas rotas,
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    por isso, os navegadores baseavam
    a sua direcção no porto de onde saíam,
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    tentando manter um registo preciso
    da direcção do navio e distância navegada.
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    Este processo era conhecido
    como "estimativa mortal"
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    porque um desvio de somente meio grau
    podia resultar em passar da ilha
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    que ficava a milhas além do horizonte.
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    Era um erro fácil de fazer.
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    Felizmente, três invenções possibilitaram
    a navegação moderna:
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    O sextante, o relógio e a matemática
    necessária para fazer cálculos,
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    rápida e facilmente.
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    Todos são importantes.
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    Sem as ferramentas certas,
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    muitos marinheiros estariam relutantes
    em navegar longe da vista da terra
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    John Bird, um construtor
    de instrumentos em Londres,
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    fez o primeiro aparelho que media ângulo
    entre o sol e o horizonte durante o dia,
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    chamado um sextante,
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    Sabia-se que esse ângulo era importante,
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    porque podia ser comparado ao ângulo
    em Inglaterra exactamente à mesma hora.
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    Comparar esses dois ângulos era necessário
    para determinar a longitude do navio.
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    Os relógios vieram a seguir.
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    Em 1761, John Harrison,
    relojoeiro e carpinteiro,
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    criou um relógio que mostrava
    as horas exactas no mar.
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    Um relógio capaz de manter uma hora certa
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    num convés a balançar , aos arremessos,
    numa situação de tempestade,
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    era necessário para que saber
    que horas eram na Inglaterra.
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    Mas havia um problema:
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    como o relógio era feito à mão,
    era muito caro.
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    Por isso, um método alternativo, que usava
    medidas lunares e cálculos complexos,
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    era frequentemente usado
    para reduzir o custo.
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    Os cálculos usados para determinar
    a localização de um navio
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    podiam levar horas para cada medida.
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    Mas os sextantes e os relógios
    não eram úteis
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    a menos que os marinheiros pudessem
    usá-los para determinarem a sua posição.
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    Felizmente, na década de 1600,
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    um matemático amador
    inventou a peça que faltava.
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    John Napier trabalhou mais de 20 anos
    no seu castelo na Escócia
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    e desenvolveu logaritmos,
    uma forma de cálculo.
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    As ideias de Napier sobre logaritmos
    envolviam a forma de 1 sobre e,
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    e a constante 10
    elevado à sétima potência.
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    A álgebra, no início do século XVII
    não estava totalmente desenvolvida,
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    e o logaritmo de Napier de 1
    não era igual a 0.
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    Isto tornou os cálculos
    muito menos convenientes
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    do que os logaritmos de base 10.
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    Heny Briggs, um matemático famoso
    de Gresham College em Londres,
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    leu o trabalho de Napier em 1614
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    e, no ano seguinte, fez a longa viagem
    a Edimburgo, para encontrar Napier.
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    Briggs apareceu sem aviso
    à porta do castelo de Napier
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    e sugeriu que John mudasse a base
    e a forma dos seus algoritmos
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    para algo muito mais simples.
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    Ambos concordaram que uma base 10
    com o logaritmo de 1 igual a zero
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    simplificaria imensamente
    os cálculos do dia-a-dia.
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    Hoje lembramo-nos deles
    como "Logaritmos comuns de Briggs".
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    Até ao desenvolvimento das máquinas
    calculadoras eléctricas no século XX,
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    quaisquer cálculos que envolvessem
    multiplicação, divisão, potências
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    e extracção de raízes com números
    grandes e pequenos
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    eram feitos usando logaritmos.
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    A história dos logaritmos não é só
    uma lição de matemática.
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    Houve muitos contribuintes responsáveis
    pela navegação bem-sucedida.
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    Criadores de instrumentos,
    astrónomos, matemáticos
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    e, claro, marinheiros.
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    A criatividade não é somente uma questão
    de mergulhar no nosso campo de trabalho,
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    também é uma questão
    de polinização cruzada entre disciplinas.
Title:
Como é que a matemática guia os nossos navios no mar? — George Christoph
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/how-does-math-guide-our-ships-at-sea-george-christoph

Sem a matemática, teriam os nossos antepassados navegadores explorado o mundo? Grandes pensadores matemáticos e as suas descobertas revolucionárias constituem uma história incrível. Explorem os inícios dos logaritmos através da história da navegação, da aventura e de novos mundos.

Lição de George Christoph, animação de The Hobizals.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:19

Portuguese subtitles

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