Conheça o seus micróbios.
-
0:01 - 0:03Vou começar com uma pequena história
-
0:03 - 0:04Eu cresci neste bairro.
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0:04 - 0:07Quando tinha 15 anos, eu era
-
0:07 - 0:11o que supunha ser um jovem atleta forte
-
0:11 - 0:14e, em quatro meses, fui perdendo peso
-
0:14 - 0:16até parecer uma vítima da fome
-
0:16 - 0:18e com uma sede insaciável.
-
0:18 - 0:21Tinha digerido o meu corpo.
-
0:22 - 0:26Dei-me conta de tudo isso
durante uma caminhada, -
0:26 - 0:28a minha primeira caminhada,
na montanha Old Rag -
0:28 - 0:30na Virgína do Oeste.
-
0:30 - 0:34Enfiava a cara nas poças de água
e bebia como um cão. -
0:35 - 0:39Naquela noite, fui levado
para a sala de urgências -
0:39 - 0:43e diagnosticaram-me diabetes tipo 1
em estado de cetoacidose. -
0:44 - 0:48Recuperei, graças aos milagres
da medicina moderna, -
0:48 - 0:54da insulina e de outras coisas,
recuperei o meu peso e ainda mais. -
0:55 - 0:59Depois de isso acontecer.
fiquei preocupado. -
0:59 - 1:03O que eu pensei foi:
"O que é que causou a diabetes?" -
1:03 - 1:07A diabetes é uma doença autoimune,
em que o corpo luta contra si mesmo. -
1:07 - 1:08Naquela época, as pessoas pensavam
-
1:08 - 1:12que, provavelmente,
a exposição a um patogénico -
1:12 - 1:16tinha feito com que o meu sistema
imunológico lutasse contra o patogénico -
1:16 - 1:18e depois matasse as células
que produzem insulina. -
1:18 - 1:20Foi isso que eu pensei
durante muito tempo -
1:20 - 1:24e, de facto, é nisso que a medicina
e as pessoas se têm concentrado muito, -
1:24 - 1:27nos micróbios que fazem coisas ruins.
-
1:27 - 1:31Agora preciso da minha assistente.
-
1:31 - 1:34Pode ser que vocês a reconheçam.
-
1:34 - 1:38Ontem fui — desculpem,
perdi algumas das palestras — -
1:38 - 1:42fui ao edifício da
Academia Nacional de Ciências. -
1:42 - 1:46Eles vendem brinquedos,
micróbios gigantes. -
1:47 - 1:50E olhem só!
-
1:50 - 1:55Se apanharem este, vão apanhar
a doença que come a nossa carne. -
1:55 - 1:58Tenho que recuperar
o meu jeito para o basquetebol. -
1:58 - 2:01(Risos)
-
2:05 - 2:09Lamentavelmente, ou nem tanto,
a maioria dos micróbios, -
2:09 - 2:12que eles vendem no edifício
da Academia Nacional, são patogénicos. -
2:12 - 2:15Toda a gente se concentra
nas coisas que nos matam, -
2:15 - 2:17e era nisso que eu estava a concentrar-me.
-
2:18 - 2:21Acontece que nós estamos cobertos
por uma nuvem de micróbios, -
2:21 - 2:25e esses micróbios
habitualmente são-nos benéficos, -
2:25 - 2:27em vez de nos matarem.
-
2:28 - 2:30E isso é uma coisa que
já sabemos há algum tempo. -
2:30 - 2:33As pessoas têm utilizado microscópios
para observar os micróbios que nos cobrem. -
2:33 - 2:35Eu sei que vocês não me estão a dar
atenção, mas... -
2:35 - 2:37(Risos)
-
2:38 - 2:41Os micróbios que nos cobrem...
-
2:41 - 2:42Se os observarmos ao microscópio,
-
2:42 - 2:47podemos ver que temos dentro de nós
10 vezes mais células de micróbios -
2:47 - 2:49do que de células humanas.
-
2:50 - 2:54Há mais massa nos micróbios
do que a massa do nosso cérebro. -
2:54 - 2:59Somos literalmente um ecossistema
abundante de microorganismos. -
2:59 - 3:03Infelizmente, se quisermos
conhecer melhor os microorganismos, -
3:03 - 3:05não basta observá-los ao microscópio.
-
3:05 - 3:08Ouvimos falar há pouco
sobre a sequenciação do ADN. -
3:08 - 3:10Uma das melhores formas
de observar micróbios -
3:10 - 3:13e entendê-los é observar o seu ADN.
-
3:13 - 3:16É o que eu tenho estado a fazer há 20 anos,
-
3:16 - 3:19utilizando a sequenciação do ADN,
recolhendo amostras em vários lugares, -
3:19 - 3:22incluindo o corpo humano,
lendo a sequência do ADN, -
3:22 - 3:24e utilizando a sequenciação do ADN
-
3:24 - 3:27para conhecer os micróbios
que se encontram num determinado lugar. -
3:27 - 3:29O que é incrível, quando
utilizamos esta tecnología, -
3:29 - 3:32— por exemplo, observando pessoas —
-
3:32 - 3:34é que não estamos apenas cobertos
por um mar de micróbios. -
3:34 - 3:39Existem em nós milhares e milhares
de micróbios de diferentes tipos. -
3:39 - 3:45Temos milhões de genes de micróbios
no nosso microbioma humano, -
3:45 - 3:46que nos cobrem.
-
3:46 - 3:50Essa diversidade microbiana
varia de pessoa para pessoa. -
3:50 - 3:53O que as pessoas têm pensado
nos últimos 10 ou 15 anos, -
3:53 - 3:58é que talvez esta nuvem microbiana
dentro e sobre nós, -
3:58 - 4:02e as variações entre nós,
possam ser responsáveis -
4:02 - 4:05por algumas das diferenças
de saúde e doença entre nós. -
4:05 - 4:09Isso faz-nos regressar à história
da diabetes que eu estava a contar. -
4:09 - 4:10Acontece que as pessoas agora pensam
-
4:10 - 4:13que uma das causas para diabetes tipo 1
-
4:13 - 4:14não é a luta contra um patogénico,
-
4:14 - 4:19mas é tentar comunicar
incorretamente com os micróbios -
4:19 - 4:20que vivem dentro e sobre nós.
-
4:20 - 4:23De algum modo,
talvez a comunidade microbiana -
4:23 - 4:24que está dentro e sobre mim
se desequilibrou, -
4:24 - 4:27e isso precipitou
uma resposta imunológica qualquer -
4:27 - 4:29que fez com que eu matasse as células
-
4:29 - 4:32que produzem a insulina no meu corpo.
-
4:32 - 4:34O que eu quero dizer
durante alguns minutos -
4:34 - 4:37é o que as pessoas têm aprendido
ao utilizarem -
4:37 - 4:39as técnicas de sequenciação do ADN,
em particular, -
4:39 - 4:44para estudarem a nuvem microbiana
que vive dentro e sobre nós. -
4:44 - 4:46Quero contar-vos uma história
sobre um projeto pessoal. -
4:46 - 4:50A minha primeira experiência pessoal
com o estudo dos micróbios no corpo humano -
4:50 - 4:53veio de uma palestra que eu fiz,
-
4:53 - 4:54mesmo aqui ao pé, em Georgetown.
-
4:54 - 4:57Fiz uma palestra, e um amigo
da família que, por acaso, -
4:57 - 5:01era o diretor da Escola de Medicina
de Georgetown, assistiu à palestra, -
5:01 - 5:02e depois veio falar comigo para me dizer
-
5:02 - 5:06que eles estavam a fazer um estudo
sobre transplante de íleo em pessoas. -
5:06 - 5:10Queriam observar os micróbios
depois dos transplantes. -
5:10 - 5:13Então eu comecei
uma colaboração com essa pessoa, -
5:13 - 5:17com Michael Zasloff e Thomas Fishbein,
para observar os micróbios -
5:17 - 5:19que colonizaram esses íleos
-
5:19 - 5:21depois de terem sido
transplantados para um recipiente. -
5:21 - 5:24Podia contar todos os pormenores
sobre o estudo microbiano que ali fizemos, -
5:24 - 5:26mas quero contar-vos esta história
-
5:26 - 5:28por causa de uma coisa realmente chocante
-
5:28 - 5:30que eles faziam no início desse projeto.
-
5:30 - 5:35Agarram no íleo do doador,
que está repleto de micróbios do doador, -
5:35 - 5:37têm uma pessoa recetora
que pode ter um problema -
5:37 - 5:41com a comunidade microbiana,
digamos a doença de Crohn, -
5:41 - 5:44esterilizam o íleo do doador,
-
5:44 - 5:48eliminam todos os micróbios,
e depois colocam-no na pessoa recetora. -
5:48 - 5:51Faziam isso porque era essa
a prática corrente em medicina, -
5:51 - 5:55apesar de ser óbvio
que não era uma boa ideia. -
5:56 - 5:59Felizmente, no decorrer deste projeto,
-
5:59 - 6:01os cirurgiões de transplante
e as outras pessoas -
6:01 - 6:04decidiram esquecer a prática corrente.
-
6:04 - 6:06"Temos que mudar!"
-
6:06 - 6:12Mudaram mesmo e deixam parte
da comunidade microbiana no íleo. -
6:12 - 6:14Deixam os micróbios com o doador,
-
6:14 - 6:17e teoricamente isso poderia
ajudar as pessoas -
6:17 - 6:19que recebem esse transplante do íleo.
-
6:19 - 6:22Este é um estudo que fiz agora.
-
6:22 - 6:25Nos últimos anos tem havido
uma grande expansão -
6:25 - 6:27na utilização da tecnologia do ADN
-
6:27 - 6:29para estudar os micróbios
dentro e sobre as pessoas. -
6:29 - 6:31Há uma coisa chamada
o Projeto do Microbioma Humano -
6:31 - 6:33que está a decorrer nos
Estados Unidos da América, -
6:33 - 6:36o MetaHIT que decorre na Europa,
e muitos outros projetos. -
6:36 - 6:38Depois de as pessoas fazerem
uma série de estudos, -
6:38 - 6:41aprenderam coisas como,
-
6:41 - 6:44quando um bebé nasce,
num parto natural, -
6:44 - 6:46é colonizado pelos micróbios da mãe.
-
6:46 - 6:50Há fatores de risco associados
com uma cesariana. -
6:50 - 6:53Alguns desses fatores de risco podem
ser devidos a uma colonização deficiente -
6:53 - 6:56quando se extrai um bebé da mãe
-
6:56 - 6:59em vez de ele sair
pelo canal de nascimento. -
6:59 - 7:01Outra série de estudos tem demonstrado
-
7:01 - 7:04que a comunidade microbiana
que vive dentro e sobre nós -
7:04 - 7:07ajuda no desenvolvimento
do sistema imunológico, -
7:07 - 7:11ajuda a lutar contra bactérias patógenicas,
ajuda o nosso metabolismo, -
7:11 - 7:13e ajuda a determinar
a nossa taxa metabólica, -
7:13 - 7:16provavelmente determina o nosso cheiro,
-
7:16 - 7:19e pode até formar o nosso comportamento
de diversas formas. -
7:19 - 7:22Estes estudos têm documentado ou sugerido
-
7:22 - 7:26diversas funções importantes
para a comunidade microbiana, -
7:26 - 7:31essa nuvem de não-patogénicos
que vive dentro e sobre nós. -
7:31 - 7:35Uma área que eu penso
ser muito interessante, -
7:35 - 7:37que muito de vocês devem ter,
-
7:37 - 7:39agora que atirámos micróbios na plateia,
-
7:39 - 7:43é uma coisa a que eu poderia
chamar de ˝germofobia.˝ -
7:43 - 7:44As pessoas gostam mesmo
de limpeza, não é? -
7:44 - 7:47Temos antibióticos
na bancada da cozinha. -
7:47 - 7:50As pessoas passam a vida
a lavar todas as partes do corpo. -
7:50 - 7:54Colocamos antibióticos na comida,
nas nossas comunidades. -
7:54 - 7:57Tomamos demasiados antibióticos.
-
7:57 - 8:01Ora bem, matar as bactérias patogénicas
é bom se estivermos doentes -
8:01 - 8:03mas devemos perceber que,
quando enchemos o mundo -
8:03 - 8:07de químicos e de antibióticos,
também estamos a matar -
8:07 - 8:09a nuvem de micróbios
que vive dentro e sobre nós. -
8:09 - 8:12Está demonstrado que o uso excessivo
de antibióticos, em especial nas crianças, -
8:12 - 8:15está associado, mais uma vez,
a fatores de risco -
8:15 - 8:20para a obesidade, para doenças autoimunes,
para uma série de problemas -
8:20 - 8:21que provavelmente são devidos
-
8:21 - 8:25a perturbações da comunidade microbiana.
-
8:25 - 8:28A comunidade microbiana pode enganar-se,
-
8:28 - 8:30quer queiramos, quer não,
-
8:30 - 8:32ou podemos ser nós
a matá-la com antibióticos. -
8:32 - 8:34O que é que podemos fazer
para a restaurar? -
8:34 - 8:37Tenho a certeza que muitas pessoas aqui
têm ouvido falar de probióticos. -
8:37 - 8:39Os probióticos são uma coisa
que podemos experimentar -
8:39 - 8:43para repor a comunidade microbiana
que vive dentro e sobre nós. -
8:43 - 8:46Têm demonstrado ser eficazes
nalguns casos. -
8:46 - 8:49Há um projeto em marcha
na Universidade Davis, da Califórnia, -
8:49 - 8:50em que as pessoas estão a usar probióticos
-
8:50 - 8:55para tentar tratar ou prevenir enterocolite
necrosante em bebés prematuros. -
8:55 - 8:58Os bebés prematuros podem ter problemas
com a sua comunidade microbiana. -
8:58 - 9:00E talvez os probióticos
possam ajudar a prevenir -
9:00 - 9:03o desenvolvimento desta
terrível enterocolite necrosante -
9:03 - 9:06nos bebés prematuros.
-
9:06 - 9:09Mas os probióticos são
um tipo de solução muito simples. -
9:09 - 9:13A maioria das pílulas que tomamos
ou os iogurtes que comemos -
9:13 - 9:17contêm uma ou duas espécies,
talvez mesmo cinco espécies, -
9:17 - 9:21e a comunidade humana
tem milhares e milhares de espécies. -
9:21 - 9:25Então o que podemos fazer para restaurar
a nossa comunidade microbiana -
9:25 - 9:28quando temos milhares
e milhares de espécies em nós? -
9:28 - 9:30Uma coisa que os animais parecem fazer
-
9:30 - 9:35é que eles comem cocó — coprofagia.
-
9:36 - 9:39Há muitos veterinários,
-
9:39 - 9:41veterinários da velha escola,
em particular, -
9:41 - 9:44que têm feito uma coisa
chamada ˝chá de cocó˝ -
9:44 - 9:51não é fezes, é chá de cocó,
para tratar cólicas e outros males -
9:51 - 9:53em cavalos, vacas e animais desse tipo.
-
9:53 - 9:58Faz-se um chá com
o cocó de um animal saudável -
9:58 - 10:01e dá-se a beber ao animal doente.
-
10:01 - 10:03Embora, a menos que tenhamos uma vaca
com uma fístula, -
10:03 - 10:08com um grande buraco no flanco,
e possamos meter a mão na pança dela, -
10:08 - 10:12é difícil imaginar que colocar micróbios
-
10:12 - 10:16diretamente na boca e através da
parte superior do tubo digestivo -
10:16 - 10:18seja o melhor sistema de tratamento.
-
10:18 - 10:21Podem ter ouvido falar de pessoas
-
10:21 - 10:25que estão a fazer transplantes fecais,
-
10:25 - 10:30em que, em vez de administrar
micróbios probióticos de forma oral, -
10:30 - 10:32administram uma comunidade de probióticos,
-
10:32 - 10:35uma comunidade de micróbios
de um doador saudável, -
10:35 - 10:38pelo outro lado.
-
10:38 - 10:40Isto tem demonstrado ser muito eficaz
-
10:40 - 10:43na luta contra certas
doenças infecciosas intransigentes -
10:43 - 10:45como as infeções Clostridium difficile,
-
10:45 - 10:49que podem permanecer nas pessoas
durante anos e anos. -
10:49 - 10:53Os transplantes das fezes,
dos micróbios das fezes, -
10:53 - 10:56de um doador saudável
têm, de facto, demonstrado curar -
10:56 - 11:00diversas infeções sistémicas C
nalgumas pessoas. -
11:00 - 11:05O que estes transplantes,
estes transplantes fecais, -
11:05 - 11:08ou o chá de cocó, me sugerem,
-
11:08 - 11:11e muitas outras pessoas
têm tido a mesma ideia, -
11:11 - 11:15é que a comunidade microbiana
dentro e sobre nós, é um órgão. -
11:15 - 11:20Devíamos vê-la como um órgão funcional,
que faz parte de nós. -
11:20 - 11:24Devíamos tratá-la com cuidado e respeito.
-
11:24 - 11:28Não queremos interferir com ela,
como acontece nas cesarianas -
11:28 - 11:33ou com os antibióticos,
ou com a limpeza excessiva, -
11:33 - 11:36sem uma boa justificação.
-
11:36 - 11:39O que as tecnologias
de sequenciação do ADN -
11:39 - 11:41estão a permitir
que as pessoas façam agora -
11:41 - 11:47é um estudo detalhado de 100 pacientes
que têm a doença de Crohn -
11:47 - 11:49e 100 pessoas que não têm
a doença de Crohn. -
11:49 - 11:53Ou 100 pessoas que tomaram antibióticos
quando eram pequenas, -
11:53 - 11:56e 100 pessoas que não tomaram antibióticos.
-
11:56 - 12:00Podemos agora começar a comparar
a comunidade de micróbios -
12:00 - 12:03e os seus genes e ver se há diferenças.
-
12:03 - 12:06Com o tempo, poderemos perceber
-
12:06 - 12:09se não são diferenças
correlativas, mas causais. -
12:09 - 12:12Estudos em sistemas modelos
como ratos e outros animais -
12:12 - 12:15também estão a ajudar nisso,
mas as pessoas estão agora -
12:15 - 12:18a usar estas tecnologías porque elas
se tornaram muito baratas, -
12:18 - 12:22para estudar os micróbios
dentro e sobre uma série de pessoas. -
12:23 - 12:26Em resumo, o que
eu quero dizer é o seguinte: -
12:26 - 12:30Não vos contei uma parte da história
de ter adoecido com diabetes. -
12:30 - 12:35Acontece que o meu pai era médico,
estudava hormonas. -
12:35 - 12:39Disse-lhes muitas vezes
que estava cansado, -
12:39 - 12:42que tinha muita sede,
que não me sentia muito bem. -
12:42 - 12:44Ele não me deu muita atenção,
acho que ele pensou -
12:44 - 12:49que eu me queixava muito,
ou então estava a ser o médico típico: -
12:49 - 12:51˝Nada pode estar errado
com os meus filhos.˝ -
12:51 - 12:54Até fomos à reunião da
Sociedade Internacional de Endocrinologia, -
12:54 - 12:56e reunimos a família no Quebec.
-
12:56 - 12:57(Risos)
-
12:57 - 13:00Tinha que me levantar de 5 em 5 minutos
para ir fazer chichi -
13:00 - 13:01(Risos)
-
13:01 - 13:04e à mesa, bebía a água de toda a gente.
-
13:04 - 13:07Acho que eles pensavam
que eu andava metido na droga. -
13:07 - 13:09(Risos)
-
13:09 - 13:10Mas a razão por que estou a contar isto
-
13:10 - 13:14é que a comunidade médica
— o meu pai por exemplo — -
13:14 - 13:17às vezes não vê o que está
em frente dos olhos. -
13:17 - 13:21A nuvem microbiana
está bem na nossa frente. -
13:21 - 13:24Não podemos vê-la
na maior parte do tempo. É invisível. -
13:24 - 13:25São micróbios. São mínimos.
-
13:25 - 13:29Mas podemos vê-los através do seu ADN.
-
13:29 - 13:32Podemos vê-los através dos efeitos
que eles causam nas pessoas. -
13:32 - 13:33Do que precisamos agora
-
13:33 - 13:36é começar a pensar
nesta comunidade microbiana -
13:36 - 13:40no contexto de tudo na medicina humana.
-
13:40 - 13:42Não significa que afeta
todas as nossas partes, -
13:42 - 13:44mas poderia.
-
13:44 - 13:48Do que precisamos é de
um guía completo dos micróbios -
13:48 - 13:52que vivem dentro e sobre as pessoas,
de forma que possamos entender -
13:52 - 13:55o que eles fazem na nossa vida.
-
13:55 - 13:57Nós somos eles. Eles são nós.
-
13:57 - 13:59Obrigado.
-
13:59 - 14:02(Aplausos)
- Title:
- Conheça o seus micróbios.
- Speaker:
- Jonathan Eisen
- Description:
-
O nosso corpo está coberto por um mar de micróbios — os patogénicos, que nos fazem adoecer e os micróbios ˝bons˚, sobre os quais sabemos menos, que podiam estar a manter-nos saudáveis. Em TEDMED, o microbiólogo Jonathan Eisen transmite o que sabemos, incluindo algumas formas surpreendentes para pôr em funcionamento estes micróbios bons .
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:23
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