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Este ícone do ténis abriu o caminho para as mulheres no desporto

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    Billie Jean King: Olá, pessoal!
  • 0:04 - 0:06
    (Aplausos)
  • 0:06 - 0:08
    Obrigada, Pat.
  • 0:08 - 0:10
    Obrigada!
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    Estou a ficar nervosa!
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    (Risos)
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    Pat Mitchell: Que bom!
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    Sabem, quando eu vi de novo
    o vídeo desta partida,
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    vi que sentia o destino
    de todas as mulheres
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    em cada batida que fazia.
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    Tu não te sentiste assim?
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    BJK: Primeiro que tudo, naquela altura
    Bobby Riggs era o tenista número um
  • 0:34 - 0:36
    não era um principiante qualquer.
  • 0:36 - 0:39
    Era um dos meus heróis
    e eu admirava-o.
  • 0:40 - 0:43
    Na verdade, é por isso que
    eu o venci, porque respeitava-o.
  • 0:43 - 0:44
    (Risos)
  • 0:44 - 0:47
    A sério, a minha mãe,
    e principalmente o meu pai, dizia:
  • 0:47 - 0:51
    "Respeita o teu adversário,
    e nunca o subestimes, nunca."
  • 0:51 - 0:53
    E ele estava certo.
    Estava absolutamente certo.
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    Mas eu sabia que se tratava
    de mudança social.
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    Eu ficava muito nervosa
    sempre que anunciávamos isso,
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    era como se eu carregasse
    todo o mundo às costas.
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    Pensava: "Se eu perco,
    as mulheres regridem 50 anos."
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    O título IX fora aprovado um ano antes,
    a 23 de junho de 1972.
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    E no ténis profissional feminino,
  • 1:16 - 1:20
    em 1970 nove tenistas assinaram
    um contrato de um dólar.
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    Vejam bem, a partida acontece em 1973.
  • 1:22 - 1:26
    Faltavam apenas três anos
    para o nosso torneio
  • 1:26 - 1:30
    em que podíamos jogar,
    competir e ganhar a vida.
  • 1:30 - 1:33
    Nove de nós assinámos
    o tal contrato de um dólar.
  • 1:33 - 1:38
    O nosso sonho era, como para
    qualquer garota no mundo
  • 1:38 - 1:40
    — se fosse boa —
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    ter um lugar para competir
    e para ganhar a vida.
  • 1:44 - 1:48
    Porque antes de 1968,
    ganhávamos 14 dólares por dia
  • 1:48 - 1:50
    e éramos controladas por organizações.
  • 1:50 - 1:52
    Então queríamos mesmo
    libertar-nos daquilo.
  • 1:52 - 1:55
    Mas sabíamos que não era tanto
    em prol da nossa geração;
  • 1:55 - 1:57
    era em prol das futuras gerações.
  • 1:57 - 2:01
    Sem dúvida, aprendemos com as pessoas
    que vieram antes de nós,
  • 2:01 - 2:04
    mas cada geração
    pode sempre fazer melhor.
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    Eu andava com aquilo na cabeça.
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    Queria mesmo começar a unir
    corações e mentes ao Título IX.
  • 2:10 - 2:14
    O Título IX, caso não saibam,
    é provável que muitos não saibam,
  • 2:14 - 2:18
    dizia que todos os fundos federais
    para o ensino secundário ou faculdades,
  • 2:18 - 2:21
    pública ou privada,
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    deveriam — finalmente — financiar
    igualmente rapazes e raparigas.
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    Isso mudou tudo.
  • 2:27 - 2:30
    (Aplausos)
  • 2:30 - 2:32
    Podemos ter uma lei
  • 2:32 - 2:35
    que muda os corações e as mentes
    para se adequarem a ela.
  • 2:35 - 2:37
    É quando isso causa um grande impacto.
  • 2:37 - 2:39
    Era o que eu tinha na cabeça.
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    Eu queria iniciar essa
    mudança nos corações e mentes.
  • 2:42 - 2:45
    Mas duas coisas surgiram daquela partida.
  • 2:45 - 2:48
    Para as mulheres: autoconfiança, poder.
  • 2:48 - 2:52
    Elas finalmente criaram coragem
    para pedirem um aumento.
  • 2:52 - 2:56
    Algumas tinham esperado
    10, 15 anos para pedir.
  • 2:56 - 2:58
    E eu: "Mais importante ainda,
    vocês conseguiram?"
  • 2:58 - 2:59
    (Risos)
  • 2:59 - 3:00
    Não é que conseguiram?
  • 3:00 - 3:02
    E para os homens?
  • 3:02 - 3:05
    Muitos homens hoje não percebem
  • 3:05 - 3:10
    mas, se tiverem 50, 60 anos,
    que seja, ou mais de 40,
  • 3:10 - 3:14
    vocês fazem parte da primeira geração
    masculina do Movimento Feminista
  • 3:14 - 3:15
    — quer vocês gostem quer não!
  • 3:15 - 3:18
    (Risos)
  • 3:18 - 3:19
    (Aplausos)
  • 3:19 - 3:21
    E o que aconteceu com os homens?
  • 3:21 - 3:23
    Os homens vinham ter comigo.
  • 3:23 - 3:26
    Muitas vezes, são os homens
    que têm os olhos cheios de lágrimas,
  • 3:26 - 3:28
    é muito interessante.
  • 3:28 - 3:31
    Eles dizem: "Billie, eu era muito jovem
    quando vi aquela partida.
  • 3:32 - 3:34
    "Agora tenho uma filha.
  • 3:35 - 3:38
    "Fico feliz por ter visto aquilo
    quando era jovem."
  • 3:39 - 3:42
    Um desses rapazes de 12 anos
    era o Presidente Obama.
  • 3:43 - 3:46
    Na verdade, quando
    o conheci, ele disse-me:
  • 3:46 - 3:49
    "Você nem imagina, mas eu vi
    aquela partida com 12 anos.
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    "Agora tenho duas filhas.
  • 3:51 - 3:53
    "Isso fez a diferença
    na maneira como as criei."
  • 3:53 - 3:58
    Homens e mulheres ganharam muito,
    mas de forma diferente.
  • 3:58 - 4:01
    PM: Agora existem gerações
    — pelo menos uma ou duas —
  • 4:01 - 4:04
    que sentiram na pele a igualdade
  • 4:04 - 4:09
    que o Título IX e outras lutas
    possibilitaram ao longo do tempo.
  • 4:09 - 4:14
    Para as mulheres, há gerações
    que também trabalharam em equipa.
  • 4:14 - 4:18
    Tiveram que jogar em equipas
    como nunca tinham feito antes.
  • 4:18 - 4:23
    Tu tens um legado
    no que se refere a ser atleta,
  • 4:23 - 4:28
    um legado do trabalho que fizeste
    para garantir salários iguais às atletas
  • 4:28 - 4:31
    e a Fundação do Desporto Feminino.
  • 4:31 - 4:34
    O que é que pensas realizar
  • 4:34 - 4:37
    com a Iniciativa de Liderança
    Billie Jean King?
  • 4:37 - 4:40
    BJK: Isso tem a ver com uma
    revelação que tive aos 12 anos.
  • 4:40 - 4:44
    Aos 11 anos, eu queria ser
    a tenista número um do mundo.
  • 4:44 - 4:47
    Uma amiga convidou-me para jogar
    e eu disse: "O que é isso?"
  • 4:47 - 4:51
    A minha família não conhecia o ténis,
    só o basquete e outros desportos.
  • 4:51 - 4:53
    Avançando para os 12 anos...
  • 4:53 - 4:54
    (Risos)
  • 4:54 - 4:56
    ... eu finalmente começo
    a participar em torneios
  • 4:56 - 4:59
    onde se recebe uma classificação
    no fim do ano.
  • 5:00 - 5:03
    Eu estava a sonhar
    com o Clube de Ténis de Los Angeles,
  • 5:03 - 5:06
    e comecei a pensar no meu desporto
    e como ele era recente,
  • 5:06 - 5:11
    como todos os tenistas
    usavam ténis e roupa branca,
  • 5:11 - 5:14
    jogavam com bolas brancas,
    todos os tenistas eram brancos.
  • 5:15 - 5:20
    E pensei, aos 12 anos:
    "Onde estão todos os outros?"
  • 5:22 - 5:25
    E aquilo não saía da minha cabeça.
  • 5:25 - 5:27
    Naquele momento,
  • 5:27 - 5:30
    prometi que lutaria por direitos
    e oportunidades iguais
  • 5:30 - 5:33
    para rapazes e raparigas,
    para homens e mulheres, o resto da vida.
  • 5:33 - 5:37
    E que o ténis, se tivesse sorte
    para me tornar a número um
  • 5:37 - 5:40
    — e eu sabia, já naquela idade,
  • 5:40 - 5:43
    que, por ser rapariga,
    seria mais difícil ter influência —
  • 5:43 - 5:45
    eu tinha esta oportunidade.
  • 5:46 - 5:48
    O ténis é global.
  • 5:49 - 5:51
    Eu pensei: "Querem saber?
  • 5:52 - 5:55
    "Deram-me uma oportunidade
    que poucas pessoas tiveram."
  • 5:55 - 5:58
    Não sabia se conseguiria
    — só tinha 12 anos.
  • 5:58 - 6:01
    Claro que queria, mas consegui-lo
    era outra conversa.
  • 6:01 - 6:05
    Lembro-me que prometi a mim mesma,
    e tento manter a minha palavra.
  • 6:06 - 6:10
    Eu sou assim mesmo,
    luto pelas pessoas.
  • 6:11 - 6:15
    Infelizmente, as mulheres têm tido menos.
  • 6:15 - 6:17
    E somos consideradas inferiores.
  • 6:17 - 6:20
    Por isso, para onde tinha que dirigir
    toda a minha atenção?
  • 6:20 - 6:22
    Era... era preciso fazê-lo.
  • 6:22 - 6:25
    Aprender a lutar pelos nossos ideais,
    ouvir a nossa própria voz.
  • 6:25 - 6:28
    Estamos sempre a ouvir a mesma coisa.
  • 6:30 - 6:32
    Eu tive muita sorte
    por ter tido instrução.
  • 6:32 - 6:35
    Se temos um sonho,
    corremos atrás dele.
  • 6:35 - 6:37
    Se tiverem um sonho, corram atrás dele.
  • 6:37 - 6:39
    Olhem para a Pat,
    para as outras líderes,
  • 6:39 - 6:41
    olhem para estes oradores,
    olhem para vocês,
  • 6:41 - 6:45
    porque toda a gente
    — toda a gente —
  • 6:44 - 6:46
    pode fazer algo extraordinário.
  • 6:46 - 6:48
    Qualquer pessoa.
  • 6:48 - 6:52
    PM: E a tua história, Billie,
    inspirou muitas mulheres.
  • 6:52 - 6:55
    Com a Iniciativa de Liderança
    Billie Jean King,
  • 6:55 - 6:58
    estás a abraçar uma causa ainda maior.
  • 6:58 - 7:01
    O que ouvimos dizer muito é que
    as mulheres estão a levantar a voz
  • 7:01 - 7:05
    e a tentar conquistar
    posições de liderança.
  • 7:05 - 7:08
    O que estás a contar
    é uma coisa ainda maior.
  • 7:08 - 7:10
    É a liderança inclusiva.
  • 7:10 - 7:13
    Esta é uma geração que cresceu
    a pensar de maneira inclusiva.
  • 7:13 - 7:16
    BJK: Isso não é ótimo?
    Vejam a tecnologia!
  • 7:16 - 7:20
    É impressionante como ela nos liga!
    Trata-se de ligação.
  • 7:20 - 7:24
    É simplesmente incrível
    o que ela possibilita.
  • 7:24 - 7:27
    Mas a Iniciativa de Liderança
    Billie Jean King
  • 7:27 - 7:30
    refere-se mais à força de trabalho,
    e como mudá-la,
  • 7:30 - 7:34
    para as pessoas poderem ir
    para o trabalho e serem elas mesmas.
  • 7:34 - 7:37
    Porque muitas de nós temos dois empregos:
  • 7:37 - 7:40
    Um para se encaixar
    — vou dar um exemplo perfeito.
  • 7:40 - 7:43
    Uma afroamericana levanta-se
    uma hora antes de ir trabalhar,
  • 7:43 - 7:45
    alisa o cabelo na casa de banho,
  • 7:45 - 7:48
    vai à casa de banho umas quatro,
    cinco ou seis vezes ao dia
  • 7:48 - 7:51
    para esticar o cabelo
    e garantir que não destoa.
  • 7:51 - 7:52
    Portanto, tem dois empregos.
  • 7:52 - 7:55
    Tem esse outro emprego,
    seja lá qual for,
  • 7:55 - 7:57
    mas também está a tentar encaixar-se.
  • 7:57 - 8:01
    Ou um homem pobre que tem um diploma
  • 8:01 - 8:03
    — estudou na Universidade de Michigan,
  • 8:03 - 8:06
    mas nunca fala da
    sua pobreza de infância —
  • 8:06 - 8:07
    nem toca nesse assunto.
  • 8:07 - 8:10
    Mas faz questão de mostrar
    que tem boa instrução.
  • 8:10 - 8:13
    Vemos um jogador "gay"
    da Liga Nacional de Futebol,
  • 8:13 - 8:15
    ou seja, do futebol americano.
  • 8:15 - 8:18
    É uma grande coisa, é coisa de macho.
  • 8:18 - 8:20
    Ele só fala de futebol o tempo todo,
  • 8:20 - 8:22
    porque é "gay" e não quer
    que ninguém saiba.
  • 8:23 - 8:25
    Isto está sempre a acontecer.
  • 8:25 - 8:31
    O meu desejo é que possamos
    ser nós mesmos o tempo todo,
  • 8:31 - 8:33
    isso seria o máximo.
  • 8:33 - 8:36
    A gente se depara — ou seja,
    eu me deparo com isso até hoje.
  • 8:36 - 8:39
    Apesar de ser "gay" eu me deparo...
  • 8:39 - 8:40
    (Suspiro)
  • 8:40 - 8:44
    ... meio desconfortável,
    um sentimento repentino,
  • 8:44 - 8:47
    a sentir na pele
    um pequeno desconforto.
  • 8:49 - 8:51
    Penso que vocês têm que se interrogar.
  • 8:51 - 8:54
    Eu quero que as pessoas sejam
    o que quiserem, deixem-nas.
  • 8:54 - 8:58
    PM: A primeira pesquisa feita
    pela Iniciativa de Liderança
  • 8:58 - 9:01
    revelou esses exemplos
    que acabaste de dar,
  • 9:01 - 9:06
    de que muitos de nós não
    conseguimos ser autênticos.
  • 9:06 - 9:10
    O que acabaste de observar
    é que esta geração do milénio,
  • 9:10 - 9:13
    que beneficiou de todas
    essas oportunidades de igualdade
  • 9:13 - 9:16
    — que talvez não sejam iguais
    mas estão em todo lugar —
  • 9:16 - 9:18
    BJK: Primeiro, eu tenho muita sorte.
  • 9:18 - 9:22
    A parceria com a Teneo,
    uma excelente empresa estratégica.
  • 9:22 - 9:24
    É por essa razão
    que posso fazer isso.
  • 9:25 - 9:26
    Eu tive duas ocasiões na vida
  • 9:26 - 9:29
    em que, de facto, tive homens
    poderosos a apoiarem-me.
  • 9:29 - 9:32
    No passado, com Phillip Morris
    com Virginia Slims,
  • 9:32 - 9:34
    e esta é a segunda vez na minha vida.
  • 9:34 - 9:37
    E depois a empresa Deloitte.
  • 9:37 - 9:40
    A única coisa que eu queria
    eram dados, factos.
  • 9:40 - 9:42
    E a Deloitte realizou uma pesquisa,
  • 9:42 - 9:47
    a que já responderam mais de 4000 pessoas
  • 9:47 - 9:48
    e continuamos no local de trabalho.
  • 9:49 - 9:51
    E o que sente a geração do milénio?
  • 9:52 - 9:55
    Sentem muita coisa,
    mas o que é fantástico...
  • 9:56 - 9:59
    Sabem, a nossa geração era:
    "Oh, vamos ser representados."
  • 9:59 - 10:02
    Se hoje entrarmos numa sala,
    vemos toda a gente representada.
  • 10:02 - 10:04
    Isso agora já não interessa,
    mas é uma coisa ótima!
  • 10:04 - 10:09
    A geração do milénio é fantástica,
    quer ligação, compromisso.
  • 10:09 - 10:12
    Querem que lhes digamos o que sentimos
    o que pensamos,
  • 10:12 - 10:13
    e oferecer a solução.
  • 10:13 - 10:16
    Querem resolver problemas,
  • 10:16 - 10:17
    claro, têm a informação
    na ponta dos dedos,
  • 10:17 - 10:20
    em comparação com o tempo
    em que eu eram jovem.
  • 10:20 - 10:23
    PM: O que é que a pesquisa mostrou
    sobre a geração do milénio?
  • 10:23 - 10:25
    Eles vão fazer a diferença?
  • 10:25 - 10:29
    Vão criar um mundo onde haja
    mão de obra inclusiva?
  • 10:29 - 10:34
    BJK: Bem, em 2025,
    75% da mão de obra mundial
  • 10:34 - 10:36
    será da geração do milénio.
  • 10:36 - 10:39
    Acho que vão ajudar
    a solucionar problemas.
  • 10:39 - 10:41
    Acho que eles têm
    como fazer isso.
  • 10:41 - 10:43
    Sei que eles se interessam muito.
  • 10:43 - 10:47
    Têm grandes ideias e podem
    realizar grandes feitos.
  • 10:47 - 10:50
    Quero viver o agora com os jovens.
  • 10:50 - 10:52
    Não quero ficar para trás.
  • 10:53 - 10:54
    (Risos)
  • 10:55 - 10:57
    PM: Acho que não há a menor hipótese!
  • 10:58 - 11:01
    Mas o que a pesquisa mostrou
    sobre a geração do milénio
  • 11:01 - 11:05
    não é exatamente o que muitos
    pensam dessa geração.
  • 11:05 - 11:09
    BJK: Não, mas se quisermos falarmos...
    Eu também fiz uma minipesquisa.
  • 11:09 - 11:14
    Conversei com os chefes deles
    e perguntei-lhes:
  • 11:14 - 11:16
    "O que acha da geração do milénio?
  • 11:16 - 11:18
    "Não acha que é boa?"
  • 11:18 - 11:20
    e eles fazem esta cara...
  • 11:20 - 11:22
    (Risos)
  • 11:22 - 11:24
    "Ah, você está a falar
    da geração do 'eu'?"
  • 11:24 - 11:25
    (Risos)
  • 11:25 - 11:27
    Eu disse: "É isso que pensa?"
  • 11:27 - 11:29
    "Porque acho que eles preocupam-se
    com o meio ambiente,
  • 11:29 - 11:31
    "entre outras coisas."
  • 11:31 - 11:36
    E eles: "Oh, Billie,
    eles não conseguem concentrar-se".
  • 11:36 - 11:38
    (Risos)
  • 11:39 - 11:40
    "Até está provado
  • 11:40 - 11:44
    "que, em média, um jovem de 18 anos
    só se concentra 37 segundos".
  • 11:44 - 11:45
    (Risos)
  • 11:45 - 11:47
    "Não conseguem concentrar-se".
  • 11:47 - 11:48
    E não se preocupam minimamente.
  • 11:48 - 11:50
    Outro dia ouvi uma história:
  • 11:50 - 11:53
    A dona de uma galeria
    tinha alguns funcionários.
  • 11:53 - 11:57
    Recebe um SMS de um deles,
  • 11:57 - 11:59
    uma estagiária que está a começar:
  • 11:59 - 12:02
    "Vou chegar mais tarde
    porque vou ao cabeleireiro."
  • 12:03 - 12:06
    (Risos)
  • 12:08 - 12:12
    Ela chega e a chefe diz:
  • 12:11 - 12:13
    "O que aconteceu?"
  • 12:13 - 12:16
    Aí ela diz: "Oh, atrasei-me,
    desculpe, está tudo bem?"
  • 12:16 - 12:20
    E a dona: "Sabes?
    Quero que vás embora, acabou."
  • 12:20 - 12:21
    Aí ela diz:, "Ok."
  • 12:21 - 12:24
    (Risos)
  • 12:24 - 12:25
    Não há problema!
  • 12:25 - 12:27
    PM: Billie, essa história...
  • 12:27 - 12:29
    BJK: É isso que assusta
    os da geração de 60.
  • 12:29 - 12:32
    Estou a contar-te isto
    porque gosto de partilhar.
  • 12:32 - 12:34
    (Risos)
  • 12:34 - 12:35
    É bom a gente partilhar,
  • 12:35 - 12:37
    porque somos nós mesmos
    e realmente sentimos isso,
  • 12:37 - 12:40
    por isso temos que ver os dois lados.
  • 12:40 - 12:42
    Mas tenho muita fé porque
  • 12:42 - 12:45
    — se tiverem feito desporto como eu —
  • 12:45 - 12:47
    todas as gerações melhoram.
  • 12:47 - 12:49
    É um facto.
  • 12:49 - 12:52
    Com a Fundação do Desporto Feminino
    a promover o Título IX,
  • 12:52 - 12:54
    pretendemos
    continuar a proteger a lei,
  • 12:54 - 12:58
    porque ela está sempre
    numa posição muito frágil,
  • 12:58 - 13:00
    preocupamo-nos a sério
  • 13:00 - 13:02
    e fazemos muita pesquisa.
  • 13:02 - 13:03
    É muito importante para nós.
  • 13:03 - 13:05
    Quero ouvir as pessoas.
  • 13:05 - 13:11
    Temos que manter o que
    o Título IX significa para o mundo.
  • 13:11 - 13:16
    Vocês ouviram o Presidente Carter
    dizer como o Título IX é protegido.
  • 13:16 - 13:20
    Vocês sabem que todos os processos legais
  • 13:20 - 13:24
    que as atletas, sobretudo,
    tiveram que enfrentar
  • 13:24 - 13:26
    — fossem quais fossem as instituições —
  • 13:26 - 13:28
    foram ganhos?
  • 13:28 - 13:30
    O Título IX está lá para nos proteger.
  • 13:30 - 13:33
    Isso é incrível.
  • 13:33 - 13:36
    Mas temos que conquistar
    os corações e as mentes,
  • 13:36 - 13:38
    unir corações e mentes
    com a legislação.
  • 13:39 - 13:41
    PM: Então o que é que
    te faz levantar de manhã?
  • 13:41 - 13:43
    O que te faz manter o trabalho,
  • 13:43 - 13:46
    continuar a lutar
    e a disseminar a igualdade,
  • 13:46 - 13:50
    explorando novas áreas,
    buscando novos caminhos?
  • 13:50 - 13:54
    BJK: Os meus pais ficavam malucos
    porque fui sempre curiosa.
  • 13:55 - 13:57
    Sou muito motivada.
  • 13:57 - 14:00
    O meu irmão mais novo jogava
    na Liga Principal de Basebol.
  • 14:01 - 14:03
    Os meus pobres pais não ligavam
    se éramos bons ou não.
  • 14:03 - 14:05
    (Risos)
  • 14:05 - 14:08
    Eles ficavam malucos porque
    dávamos sempre o máximo,
  • 14:08 - 14:10
    dávamos o máximo para sermos os melhores.
  • 14:12 - 14:18
    Acho que é pelo que ouço
    hoje nas palestras do TED.
  • 14:18 - 14:21
    Acho que ouvir
    estas mulheres diferentes,
  • 14:21 - 14:23
    ouvir pessoas diferentes,
  • 14:23 - 14:27
    ouvir o Presidente Carter
    — que, por sinal, tem 90 anos —
  • 14:27 - 14:30
    a referir todos aqueles
    números que eu jamais... —
  • 14:30 - 14:31
    Eu vou ter que dizer:
  • 14:31 - 14:34
    "Desculpe, espere aí,
    preciso de anotar todos os números."
  • 14:34 - 14:37
    Ele repetia-os de memória,
    é incrível.
  • 14:38 - 14:39
    OM: Ele é um homem incrível.
  • 14:39 - 14:42
    (Aplausos)
  • 14:42 - 14:45
    BJK: Depois vai haver
    a Presidente Mary Robinson,
  • 14:45 - 14:47
    ou seja, ex-presidente.
  • 14:47 - 14:52
    Agradeço aos irlandeses!
    62% LGBTQ! Sim!
  • 14:52 - 14:53
    (Aplausos)
  • 14:53 - 14:57
    Em junho, o Congresso vai votar
    o casamento homossexual.
  • 14:57 - 15:01
    São coisas que muita gente
    nem quer ouvir.
  • 15:01 - 15:04
    Mas não se esqueçam,
    cada um de nós é um indivíduo,
  • 15:04 - 15:06
    um ser humano com um coração,
  • 15:06 - 15:10
    que se preocupa e quer viver
    a sua vida autêntica.
  • 15:10 - 15:12
    Ok? Não precisam de concordar com ninguém,
  • 15:12 - 15:15
    mas todos têm uma oportunidade.
  • 15:16 - 15:20
    Acho que todos temos a obrigação
  • 15:20 - 15:24
    de tentar fazer a diferença, sempre.
  • 15:24 - 15:26
    Estas pessoas têm sido muito inspiradoras.
  • 15:26 - 15:28
    Todos são importantes.
  • 15:28 - 15:30
    E cada um de vocês tem influência.
  • 15:30 - 15:33
    Os que nos ouvem do outro
    lado do mundo, e os que aqui estão,
  • 15:33 - 15:35
    cada pessoa tem influência.
  • 15:35 - 15:38
    Nunca se esqueçam disso.
  • 15:38 - 15:41
    Nunca desistam de vós próprios.
  • 15:41 - 15:43
    PM: Billie, tens sido
    uma inspiração para nós.
  • 15:43 - 15:44
    BJK: Obrigada, Pat!
  • 15:44 - 15:47
    (Aplausos)
  • 15:48 - 15:49
    Obrigada, TED!
  • 15:49 - 15:51
    (Aplausos)
  • 15:51 - 15:52
    Muito obrigada!
Title:
Este ícone do ténis abriu o caminho para as mulheres no desporto
Speaker:
Billie Jean King
Description:

Billie Jean King, uma lenda do ténis, não é apenas uma pioneira do ténis feminino. é uma pioneira quanto ao pagamento às mulheres. Nesta conversa em roda livre, fala sobre identidade, o papel do desporto na justice social e a famosa partida da Batalha dos Sexos contra Bobby Riggs,

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
16:05

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