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Joan Jonas in "Fiction" - Season 7 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21

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    JOAN JONAS: Nas peças de espelhos a ideia
    principal é a visão dos espelhos no espaço
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    e como eles estão refletindo
    e como parecem.
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    Isso é um espaço porque não tem
    ninguém aqui?
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    MULHER #1: Sim... (inaudível)
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    JOAN JONAS: Ah, ok...
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    O movimento é muito simples, não precisa
    ser um artista especializado, mas tem
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    que estar à vontade.
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    Nós devíamos estabelecer um espaço
    em que você deveria se mover.
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    Eu tiro de muitas fontes.
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    Literatura.
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    Filmes.
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    Mitos.
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    Quando eu decidi mudar para a atuação era
    nos anos '60 e eu nunca tinha feito
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    nenhum trabalho de teatro.
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    Então eu fiz workshops com Trisha Brown,
    Yvonne Rainer, Steve Paxton.
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    Uma ou duas aulas com alguns deles, para
    aprender a se mover e estar em público.
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    Ao mesmo tempo eu estava fazendo as
    minhas próprias performances.
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    Vocês dançam aí atrás na fileira de trás?
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    Sim, atrás da última fileira.
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    Tudo bem.
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    Então só ande por aí.
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    Ok.
  • 1:11 - 1:15
    Isto é um ensaio de uma peça chamada Peça
    do Espelho 1 que fiz originalmente em 1969
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    Vocês estão nessas fileiras.
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    No chão.
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    Vocês levantam lentamente e vão para
    a primeira posição para a improvisação.
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    Esse é o segredo.
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    Sempre mantenham os espelhos voltados
    para o público, lembrem-se disso.
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    Eu me inspirei em Borges para a primeira
    peça, lendo Labirintos.
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    O impulso original foi pegar as citações
    sobre espelhos e memorizar e executar elas
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    O espelho foi o veículo perfeito
    para começar.
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    Eu gosto do jeito que o público fica
    inquieto se vendo no espelho.
  • 2:50 - 2:53
    Eles não estão refletindo só o público,
    estão refletindo o espaço
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    e os outros artistas.
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    Então eu gosto da dimensionalidade disso.
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    Todo o meu trabalho, desde o começo,
    envolveu lidar com um espaço.
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    A peça toda é planejada tanto quanto
    os movimentos.
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    Como termina?
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    Está planejado antes da hora.
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    Evolui.
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    Muito do meu trabalho é intuitivo.
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    Muito tempo atrás, anos '60, quando eu
    passava pela transição de escultura
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    para teatro, eu fui para o sudeste pois
    estava pesquisando sobre outras culturas
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    e rituais.
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    Eu vi Hopi Snake Dance.
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    Eles usam máscaras.
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    Isso não só transforma o corpo, mas
    eles se tornam outra coisa.
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    Máscaras me fazem sentir mais à vontade e
    me permitiram criar um alter ego.
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    Eu fui para o Japão.
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    Eu fui muito ao teatro Noh e fui muito
    influenciada por isso.
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    Mel Orgânico, quando comecei esse projeto,
    no começo dos anos '70,
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    Eu comecei a desenhar para a câmera.
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    Teatro me dá ideias para desenhos.
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    Esse é o começo da minha coleção de
    máscaras de tela.
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    Eu gosto da visão dupla de ver
    o rosto através da máscara.
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    Quando eu estava construindo o personagem
    de Mel Orgânico, eu fui à uma loja erótica
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    e comprei uma máscara assim.
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    Ela transforma o movimento do seu corpo.
  • 5:20 - 5:25
    Significa que eu posso me movimentar de um
    jeito diferente e me sentir diferente
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    sobre meu corpo e sobre mim mesma.
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    Eu fiz essa máscara em um verão e essa
    máscara em outro verão.
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    Essas eu uso em Reanimação.
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    Eu estava trabalhando com paisagem e a
    ideia do que acontece com os animais
  • 5:44 - 5:47
    na paisagem e também o espírito
    da paisagem.
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    Então eu coloco a máscara e me torno
    aquele espírito de certa forma.
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    E então a música do Jason me inspira a me
    movimentar de certa maneira.
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    E isso é parte do nosso trabalho juntos.
  • 6:00 - 6:04
    JASON MORAN: Eu não estava preparado para
    o quão rigoroso é o processo.
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    E Joan realmente trabalha no material
    através do texto, imagens e seus
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    movimentos, através das roupas, através
    dos sons que ela irá fazer.
  • 6:16 - 6:21
    Tem muita coisa acontecendo na mente dela
    para fazer essas peças.
  • 6:22 - 6:26
    E sabe, eu só apareço para tocar piano.
  • 6:31 - 6:33
    Durante o verão que passamos, eu não
    sei quantos...
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    JOAN JONAS: Seis semanas.
  • 6:34 - 6:36
    JASON MORAN: Seis semanas.
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    JOAN JONAS: Todos os dias.
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    JASON MORAN: Todos os dias, das nove às
    cinco, sentado ao...
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    Eu sentava ao piano...
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    JOAN JONAS: Ele sentava ao piano, nós
    tocávamos sete horas por dia.
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    Eu amei, para mim, ter música ao vivo é
    muito inspirador, me dá energia.
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    E o Jason era mais novo, então.
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    Então ele conseguia, mas ele me falou que
    nunca tocou tanto piano na vida.
  • 6:56 - 6:57
    Certo?
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    JASON: Sim.
  • 6:58 - 6:58
    De uma vez.
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    JOAN JONAS: De uma vez.
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    JASON MORAN: Porque tocar em uma garagem
    de uma fábrica antiga em Dia Beacon.
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    O som vai para todos os lugares.
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    E eu não tinha tocado em lugares assim.
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    Eu estava tentando fazer sons que pudessem
    ressoar naquele lugar de forma que
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    fizesse sentido.
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    Então quando eu recaía em alguma coisa,
    Joan dizia, bem, eu gosto disso.
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    Para a última peça, Reanimação, eu tive
    um fragmento de uma ideia,
  • 7:28 - 7:30
    mas não iria fazer sentido até
    nos encontrarmos.
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    Eu apenas tirei um livro da
    prateleira, sabe.
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    Deveria ter sido Schubert ou algo
    parecido e toquei de trás pra frente.
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    E eu fiquei tipo, isso é muito perfeito.
  • 7:39 - 7:43
    Então agora eu tenho um novo catálogo de
    música que é todo, sabe, da Joan
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    Música da Jonas.
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    Músicas que escrevi para a Joan.
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    JOAN JONAS: Eu trabalho alternando entre
    performance e montagem e
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    trabalho de vídeo autônomo.
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    E cada um alimenta o outro.
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    Eu recebo ideias da performance que eu
    coloco no vídeo e ideias quando estou
  • 8:08 - 8:10
    fazendo o vídeo que eu coloco
    de volta nas performances.
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    E tudo isso é parte da montagem.
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    "É geralmente dito das pessoas com segunda
    visão que suas almas saem do corpo
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    Isso não acontece com a geleira.
  • 9:20 - 9:25
    Mas a próxima vez que alguém olhar para
    ela, o corpo saiu da geleira e não sobra
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    nada, exceto a alma vestida no ar.
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    Não seria a balsa na verdade a geleira?"
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    Eu penso em diferentes maneiras em que
    posso trazer imagens para a performance.
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    Eu coloco um pouco de tinta na página e
    coloco cubos de gelo na tinta para fazer
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    essas configurações diferentes.
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    Então cada vez sai diferente, eu nunca
    sei exatamente como.
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    Reanimação é baseada em um texto de
    um autor islandês, Halldor Laxness.
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    É sobre uma geleira.
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    Então o assunto é neve e gelo
    e natureza.
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    Eu deveria ir na borda.
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    Me permita, tem uma foto aqui.
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    Eu fiz isso uma vez antes e eu
    não quero decidir de novo.
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    Apenas faça do mesmo jeito que eu fiz.
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    Montagem significa um arranjo de
    objetos e projeções.
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    Eu desenhei cabeças de animais quando fui
    à Noruega filmar a paisagem de Reanimação.
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    Cabeças de animais na neve, baseadas em
    meus desenhos de cachorro.
  • 13:00 - 13:02
    Eu consigo fazer espontaneamente.
  • 13:21 - 13:26
    Havia um aquário onde eu fui filmar
    a paisagem norueguesa.
  • 13:26 - 13:28
    E tinha peixes de águas locais.
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    Eu queria lidar com o mundo aquoso porque
    as geleiras estão derretendo.
  • 13:34 - 13:37
    No ano anterior, eu tinha encontrado esse
    livro sobre peixes japoneses.
  • 13:37 - 13:40
    Eu tive essa ideia, eu tinha que fazer cem
    desenhos de tinta.
  • 14:17 - 14:21
    Ultimamente eu venho fazendo esses
    desenhos usando o método Rorschach .
  • 14:21 - 14:25
    Você coloca tinta em um lado da página e
    dobra o papel.
  • 14:25 - 14:30
    Eu deliberadamente faço uma configuração
    que vai parecer um inseto.
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    Estou ciente do que pode ser
    interpretado das coisas.
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    Eu não gosto de falar sobre simbolismo,
    coloca muito significado.
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    Eu gosto que seja o que é de uma
    forma bem concreta.
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    HOMEM #1: Todos nós conhecemos a história
    da Helena de Troia.
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    JOAN JONAS: Linhas na Areia é de um poema
    sobre Helena indo para o Egito e não Troia
  • 15:40 - 15:45
    Então ao invés de ir ao Egito, eu fui a
    Las Vegas, como uma forma de representação
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    da sensibilidade e
    comercialismo americano.
  • 15:51 - 15:55
    Encontramos essas recreações abandonadas
    de estátuas egípcias.
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    Eu tinha fotos da viagem da minha avó ao
    Egito no começo do século 20
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    e que representavam o Egito real.
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    Dois Egitos, o real e Las Vegas, porque eu
    queria me referir ao colonialismo
  • 16:11 - 16:14
    em relação ao nosso envolvimento
    com o Egito.
  • 16:17 - 16:19
    Eu tinha uma fantasia e algumas coisas.
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    E então aqui estamos em Luxor.
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    JOAN JONAS: ...o motivo que nos trouxe
    aqui.
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    Seria a queda de Troia a razão?
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    Pode-se acenar com mil navios contra um
    beijo na noite?
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    MULHER #1: Foi uma guerra comercial.
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    JOAN JONAS: Outro vídeo era eu
    desenhando no quadro negro.
  • 16:37 - 16:39
    Novamente, desenhei com uma vara.
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    Foi uma forma de estender meu corpo
    na superfície do quadro negro.
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    Eu sou muito interessada na ideia do
    apagamento, desenhar e apagar.
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    E eu desenhei e apaguei várias vezes o
    Sphinx e a pirâmide, obcecada com
  • 16:53 - 16:54
    uma imagem.
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    Eu também desenhei isso na
    performance.
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    E o casal na cama baseado no
    Épico do século VIII, O Táin.
  • 17:08 - 17:11
    É um rei e uma rainha discutindo sobre
    quem tem mais posses.
  • 17:11 - 17:15
    MULHER #1: Continua sendo, meu marido, que
    minha fortuna é maior que a sua.
  • 17:15 - 17:17
    JOAN JONAS: Eu gosto de humor também.
  • 17:17 - 17:21
    É meio engraçado, mas sério ao
    mesmo tempo.
  • 17:22 - 17:25
    Linhas na Areia tem a ver com como eles
    faziam limites no Oriente Médio.
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    Quando você desenha uma linha na areia,
    você desafia alguém a andar em cima, mas
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    também faz o limite entre países.
  • 17:35 - 17:38
    A forma, o aroma.
  • 17:39 - 17:41
    O sentimento das coisas.
  • 17:43 - 17:44
    A realidade do presente.
  • 17:45 - 17:46
    Muitas peças
  • 17:46 - 17:48
    -Sua influência no passado.
  • 17:48 - 17:50
    são baseadas em textos.
  • 17:50 - 17:51
    -Sua influência no futuro.
  • 17:51 - 17:53
    de séculos atrás.
  • 17:53 - 17:54
    -Passado.
  • 17:54 - 17:56
    Mas eu quero trazê-los ao presente.
  • 17:56 - 17:56
    -Presente.
  • 17:56 - 17:58
    Eles são poéticos.
  • 17:58 - 17:59
    -Futuro.
  • 17:59 - 18:00
    Mas políticos.
Title:
Joan Jonas in "Fiction" - Season 7 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
18:45

Portuguese, Brazilian subtitles

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