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Mark Bradford em "Paradoxo" - 4ª Temporada - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21

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    (música tranquila)
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    (Mark) Quer saber?
    Vamos só montar.
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    (Homem) E depois
    nós ajustamos.
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    (Mark) Sim, e se der problema,
    a culpa é toda sua. (risos)
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    Nunca minha. (risos)
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    (Homem) Como você fez isso?
    Porque esses eram propagandas?
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    (Mark) Sim, nas cercas.
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    Eu só pego as propagandas
    que tem relação com negócios.
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    Depois da revolta, queimaram tantos
    prédios que botaram essas cercas ao redor
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    e assim todo mundo começou
    a usar cercas para essas placas.
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    Mas você vê essas mesmas coisas
    o tempo todo no gueto.
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    Grana. Para as suas casas.
    É igual grana, compramos suas casas.
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    Eu gosto desta.
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    Papeis de imigração
    em 30 dias.
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    Como isso é possível?
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    Mechas no cabelo.
    Pessoas negras e cabelo.
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    Eu pego barbante, sabe, fio
    colo, todo que tiver perto
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    e então pego o papel do outdoor
    e eu viro para o verso,
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    não o lado bom,
    mas o do avesso.
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    Deito no chão, deixo secar
    e tipo... e aí eu lixo.
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    (imita som de lixa)
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    E outros, eu não faço, não pode...
    A linguagem toda se foi,
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    um pouco se foi,
    às vezes funciona melhor.
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    Mas... é, é só
    informação na cidade
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    Você vê o tempo todo.
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    Achei alguns...
    Ah, isso é bacana.
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    Uhum. Uma cabeça.
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    Vou colocar isso aqui.
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    Meu trabalho é colagem
    e decolagem ao mesmo tempo.
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    Como vai ficar?
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    Decolagem, eu tiro, e então, colagem
    eu imediatamente boto de volta.
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    Ás vezes você precisa
    não colocar coisas no topo.
  • 1:59 - 2:02
    Precisa recuperar algo
    que está embaixo do fundo.
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    (barulho de motor de serra)
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    Boa. Cadê aquele "S"? Eu guardei.
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    Garantir que a cores
    estejam certas.
  • 2:16 - 2:17
    Ok.
  • 2:18 - 2:23
    A linha da minha criação ou do meu
    trabalho artístico começa na minha infância,
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    mas não é um passado artístico,
    é um passado de trabalho.
  • 2:29 - 2:33
    Eu fazendo a placa dos preços
    no salão da minha mãe,
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    eu era o responsável por ela,
    então eu fazia a caligrafia.
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    Eu aprendi como...
    Ensinar...
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    Eu me ensinei caligrafia,
    para deixar elas muito...
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    muito bonitas na parede.
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    Então a mão... a mão foi
    muito cedo no meu trabalho.
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    Sinalização, textos,
    mas não perfeitos.
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    Sempre ficava um pouco fino no final
    porque eu não media corretamente.
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    Mas deu certo. Ela sempre dizia
    "Ah, na próxima, está bom.
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    Quando eu aumentar os preços
    você vai ter outra chance."
  • 3:00 - 3:00
    (risos)
  • 3:01 - 3:03
    Sim, o criador...
    Eu sempre fui um criador.
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    Em DADDY, DADDY, DADDY, eu estava
    usando materiais que tinham memória.
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    Memória de trabalhar no cabeleireiro e
    estava usando vários papeis para pontas.
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    Papeis para pontas são usados
    quando se faz um permanente.
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    Também estava pensando muito
    em música na época.
  • 3:30 - 3:31
    Fragmentos de música.
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    então DADDY, DADDY, DADDY
    meio que veio disso.
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    BLACK VENUS foi uma das pinturas
    que lembra um mapa.
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    Estava pensando muito em cartografia
    e também na história da abstração
  • 3:47 - 3:50
    porque, de várias formas eu vejo
    mapas como essas grades abstratas.
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    Baldwin Hills é onde gente
    negra rica de Los Angeles vive.
  • 4:00 - 4:03
    Então eu sai dirigindo
    e cheguei num endereço,
  • 4:04 - 4:06
    e eu inventei uma história
    imaginária sobre quem vivia lá.
  • 4:08 - 4:11
    Na verdade, eu botei esse endereço
    no Google e no Google Maps.
  • 4:11 - 4:15
    Então foi ficando mais e mais
    enfiado na minha imaginação.
  • 4:20 - 4:21
    Adoro futebol.
  • 4:22 - 4:24
    E decidi que eu
    queria criar construir
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    minha própria liga
    imaginária de jogadores.
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    GAME RECOGNIZES GAME,
  • 4:31 - 4:34
    foi a maior obra, na verdade,
    que eu fiz até hoje,
  • 4:34 - 4:38
    e eu adoro a heroicidade
    frágil dela.
  • 4:38 - 4:40
    E foi toda construida de papel.
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    Foi a primeira vez que eu aproximei
    um quadro e uma escultura,
  • 4:47 - 4:50
    e eu meio que estava tentando
    ativar uma terceira coisa.
  • 4:54 - 4:59
    LOS MOSCOS foi mesmo eu
    querendo lidar diretamente
  • 4:59 - 5:01
    com os problemas da abstração,
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    do modernismo,
  • 5:03 - 5:05
    do expressionismo abstrato,
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    realmente meio que
    explodiu para mim.
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    Pessoas dizem que elas são colagens,
    eu só acho que elas são quadros,
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    sabe, na tela, é um quadro.
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    Na CalArts, o que eu descobri
    foram os corpos de ideias.
  • 5:27 - 5:30
    Nunca soube o que era
    a condição pós-moderna,
  • 5:30 - 5:31
    nunca tinha
    ouvido falar dela.
  • 5:31 - 5:35
    Nunca soube de Foucault
    e bell hooks e Cornel West.
  • 5:35 - 5:39
    Nunca li esses tipos de textos,
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    mas eu vivi com pessoas que
    estavam vivendo esses tipos de vidas,
  • 5:43 - 5:45
    e eu lembro de chegar em casa
    e contar para a minha mãe,
  • 5:45 - 5:47
    "Ah, sabe,
    você é pós-moderna."
  • 5:47 - 5:48
    Ela disse:
    "Ah, que gentileza."
  • 5:49 - 5:52
    Então eu... eu sinto que eu descobri amigos
    nesses livros, nesses escritores, eu senti...
  • 5:52 - 5:56
    Eu descobri essas
    pessoas revolucionárias
  • 5:56 - 5:58
    que estavam fazendo
    essas coisas revolucionárias,
  • 5:58 - 6:00
    então foram esses textos
    que me deixaram
  • 6:00 - 6:03
    muito, muito, muito,
    muito entusiasmado.
  • 6:12 - 6:19
    Eu queria criar a sensação de estar
    dentro e fora de casa ao mesmo tempo.
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    Quando você entra, um lado
    está coberto de informação.
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    Do lado oposto, você tem
    o reflexo desses posters de venderores
  • 6:32 - 6:34
    nessa espécie
    de corredor espelhado.
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    Você tem meio que esse
    efeito de casa de diversões.
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    Esse tipo de propaganda que se vê
    principalmente em cercas ciclônicas,
  • 6:45 - 6:47
    tem um relacionamento
    com o corpo.
  • 6:48 - 6:53
    É sobre as condições que
    estão acontencendo
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    nesse momento em particular
    nesse lugar em particular.
  • 7:02 - 7:07
    Tem "Elimina 100% Das Baratas" ao lado de
    "Você é um Barbeiro licenciado?"
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    mas se colocar ""Meu filho falou papai"
    bem do lado de
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    "Como abrir uma instalação de vida sóbria"
    e "Cabelo Indígena Lifetime"
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    é mesmo uma história que
    começa a se desenrolar.
  • 7:19 - 7:21
    Ao percorrer esse corredor,
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    você chegar em um quarto menor
    e ouve música.
  • 7:27 - 7:29
    (música)
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    Você ouve pessoas celebrando.
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    Têm dois vídeos
    nas paredes opostas.
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    Um vídeo é do Desfile do Dia
    de Martin Luther King, em Los Angeles.
  • 7:48 - 7:53
    E você vê pessoas que estão
    lembrando dessa figura política.
  • 7:57 - 7:59
    O outro é de um mercado
    no Egito.
  • 8:03 - 8:08
    O mercado noturno de verdade
    é apenas para muçulmanos.
  • 8:13 - 8:17
    Estão em paredes opostas,
    mas estão se encarando.
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    Eu vou para o desfile todo ano.
  • 8:23 - 8:28
    Certos detalhes se percebem
    de novo e de novo e de novo.
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    Como o policiamento.
  • 8:31 - 8:34
    Tem tanto policiamento
    da desfile como um desfile.
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    Cada quadro e eu não tentei
    botar polícia neles,
  • 8:38 - 8:40
    ela só estava em todos os quadros.
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    Ver tantos corpos negros
    em um local público, é sempre político.
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    Sempre uma condição política.
  • 9:07 - 9:11
    Do lado do Cairo,
    não tem polícia nenhuma,
  • 9:12 - 9:13
    não tem nenhum policiamento,
  • 9:14 - 9:17
    só tem famílias
    se divertindo juntas.
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    Mas o corpo muçulmano ficou tão carregado politicamente
    que o espaço, por consequência, é carregado.
  • 9:32 - 9:36
    São ambos locais politizados.
  • 9:39 - 9:43
    Mas ao mesmo tempo,
    são também sobre celebração.
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    Percebi que a minha prática artística
    é muito detalhada e intensiva
  • 10:08 - 10:12
    e acho que é uma forma de me fazer
    ir devagar para que eu possa me ouvir pensar,
  • 10:12 - 10:15
    para eu poder ouvir as vozes
    um pouco mais quietas,
  • 10:15 - 10:22
    para que eu talvez possa ouvir a decisão
    que pode vir que é um pouco menos grande.
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    Essa voz mais silenciosa às vezes tem a ideia
    mais interessante, se eu conseguir ouvi-la.
  • 10:33 - 10:35
    Ainda não sei como
    isso vai pendurar.
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    Ainda nem sei...
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    Na minha opinião, eu gosto
    com as tachas nele,
  • 10:39 - 10:41
    mas, talvez com
    tachas coloridas brilhantes.
  • 10:41 - 10:43
    Não tenho certeza
    de como vai pendurar.
  • 10:43 - 10:47
    Só pensei em colocar em uma caixa,
    enviar para lá,
  • 10:47 - 10:48
    empilhar e colocar numa caixa.
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    Fazendo essa peça
    para o Brasil.
  • 11:02 - 11:03
    E agora é o Brasil.
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    Tipo, você tá fazendo uma peça
    em um estúdio em L.A.
  • 11:07 - 11:09
    e está pensando no Brasil,
    tá entendendo?
  • 11:09 - 11:10
    Você nunca esteve no Brasil.
  • 11:10 - 11:11
    (Mark) É isso?
  • 11:11 - 11:12
    (Falante) Sim.
  • 11:12 - 11:13
    (Mark) Bom, eu acho...
    Eu acho que funciona.
  • 11:13 - 11:14
    Tcharam! (risos)
  • 11:37 - 11:42
    Pratice foi um vídeo que
    eu fiz alguns anos atrás,
  • 11:43 - 11:46
    e eu queria fazer um vídeo
    meu jogando basquete.
  • 11:46 - 11:49
    Mas eu queria criar
    uma condição, uma dificuldade.
  • 11:50 - 11:54
    Eu criaria essa saia de aro antebellum
    com um uniforme do Lakers.
  • 11:56 - 12:00
    Meu objetivo era focar no drible
    no basquete e em acertar a cesta,
  • 12:00 - 12:03
    mas, obviamente, quando se tem
    uma saia antebellum se espalhando
  • 12:03 - 12:06
    a 1,20m ao seu redor,
    isso vai ficar difícil.
  • 12:12 - 12:16
    E era um dia que estava ventando
    incrivelmente forte, um desses
  • 12:16 - 12:19
    dias ventosos de Santa Anna,
    ao sul da California,
  • 12:19 - 12:21
    onde tudo estava ventando.
  • 12:23 - 12:25
    o que isso criou foi
    esse balão de vento.
  • 12:26 - 12:30
    Ele se prendia
    por debaixo do vestido.
  • 12:32 - 12:34
    Quase parecia que
    eu estava flutuando.
  • 12:36 - 12:38
    E eu caia e me levantava.
  • 12:38 - 12:41
    Eu podia acertar a cesta às vezes
    sim e às vezes não, e eu sempre me levantava.
  • 12:43 - 12:48
    Era sobre esses bloqueios
    em cada nível,
  • 12:48 - 12:55
    cultural, de gênero, racial,
    seja lá o que fossem, estavam aqui.
  • 12:57 - 13:00
    É importante continuar.
  • 13:02 - 13:03
    Você segue em frente.
  • 13:04 - 13:06
    Você continua e
    era isso que era.
  • 13:06 - 13:08
    E eu acertei a cesta.
  • 13:08 - 13:09
    Eu acertei a cesta.
  • 13:09 - 13:10
    Eu sempre acerto a cesta.
  • 13:11 - 13:12
    Às vezes demora um pouco
    para eu chegar lá.
  • 13:13 - 13:15
    Mas eu sempre marco o ponto.
  • 13:39 - 13:42
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  • 13:49 - 13:51
    (música continua)
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  • 14:01 - 14:06
  • 14:06 - 14:06
Title:
Mark Bradford em "Paradoxo" - 4ª Temporada - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
14:27

Portuguese, Brazilian subtitles

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