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Nathalie Djurberg & Hans Berg em "Berlin" - Temporada 9 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21

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    NATHALIE DJURBERG: Arte é um dos poucos
    lugares na sociedade que não é tão rígido,
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    que não precisa ter um único propósito,
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    porque, do contrário, onde mais
    se encaixaria?
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    (música eletrônica)
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    Meu trabalho é uma busca pela resposta,
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    mas a resposta em si não é tão importante.
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    O mais importante é o que
    eu descubro durante o processo.
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    HANS BERG: Certo.
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    (música eletrônica)
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    Mudei-me para cá cerca de 2003, pelo
    cenário de música eletrônica.
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    Estava em casa, criando música para mim
    mesmo, antes de conhecer Nathalie.
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    Berlim é como uma zona livre.
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    Você vive meio que em uma bolha.
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    Não há muitos construtos sociais.
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    Morar em Berlin exerceu uma
    grande influência.
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    Para mim, é mais sobre o sentimento de
    viver livremente.
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    Sou autodidata em animação e ele é o mesmo
    com a música.
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    Se você é autodidata, o que te motiva
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    é a necessidade de fazê-lo.
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    A melhor maneira que eu tenho de
    reproduzir a ideia é por meio da animação.
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    Só porque combina comigo.
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    Se pudesse fazer de uma maneira mais
    simples, eu faria.
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    Se eu fosse uma escritora brilhante,
    escreveria.
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    Antes, ficava muito frustrada por não
    conseguir dizer o que queria dizer.
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    Não encontrei um jeito de fazê-lo
    em uma imagem.
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    Então fiz uma animação e isso
    me satisfez perfeitamente,
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    porque não tinha que me contentar
    com uma imagem.
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    Podia ter milhares.
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    No estúdio não existem tabus.
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    (música eletrônica)
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    Tabus existem porque temos muito medo
    de ser nós mesmos.
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    Então não olhamos para isso.
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    Trazer arte à luz, dizer:
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    "Não, isso foi só um pensamento,
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    não faz parte de mim desse jeito"
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    Eu tinha muito medo de olhar para isso,
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    porque tinha medo de descobrir
    algo sobre mim.
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    DJUBERG: Mesmo?
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    COMERCIANTE: 150 também.
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    DJUBERG: Vou levar estes também.
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    Nunca fiz algo que fosse
    um labirinto antes.
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    Mas isso é enorme,
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    porque normalmente não tenho que ficar
    no set todo esse tempo..
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    Mais um dia empolgante no trabalho.
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    (conversa em alemão)
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    Você não pode dizer isso quando já falei.
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    Quando nos conhecemos, ela não achou
    que eu seria um bom parceiro musical.
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    Ele dividia um apartamento com
    a minha melhor amiga
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    e ela sugeriu que ele fizesse música
    para mim.
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    Dei a ele uma animação finalizada que
    não tinha gostado muito.
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    Quando vi seus filmes, nunca tinha visto
    nada do tipo antes.
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    Nada mesmo.
    Não há nada que se pareça com eles.
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    Evocaram algo específico em mim.
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    No começo, estava com medo de fazer
    música para eles, na verdade.
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    Porque, pensei, não queria mudá-los muito.
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    Quando ele me devolveu, tinha mudado tanto
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    que todos os erros e a simplicidade
    não importavam.
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    Ele o transformou no que
    eu não havia conseguido.
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    Mesmo que imagens evoquem emoções,
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    música ou som fazem isso ainda melhor.
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    Hans é um manipular excelente nisso.
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    Não me importo muito com a história.
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    É a situação que me interessa.
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    Para mim, não é tão interessante se eu sei
    o que vai acontecer na animação.
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    Eu perco o interesse nela,
    porque já a vi na minha cabeça.
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    Não escrevo ideias.
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    Nunca as escrevo, porque a que importa
    sempre fica, de qualquer forma,
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    ou voltam em outra forma.
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    É mais sobre deixar as coisas aparecerem
    e saber qual delas agarrar.
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    É assim que eu vejo as ideias,
    meio como se eu não as criasse.
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    É mais sobre agarrá-las.
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    O melhor que posso fazer é
    agarrar as ideias certas.
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    Fico intrigada com o escondido e com
    o que está tentando se esconder.
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    (música sombria)
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    Para Dark Side of the Moon",
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    é sobre explorar um segredo que você não
    sabe o que é, como seu próprio segredo
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    que você espera encontrar, mas nunca
    encontra, porque não existe de verdade.
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    Para este filme, que se passa nessa
    floresta encantada,
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    queria que a música fosse mística.
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    É quase um musical.
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    Porque os personagens são tão desajeitados
    e feios e um pouco nojentos,
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    queria deixar a música muito bonita.
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    (música harmoniosa)
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    Sempre há uma distância quando você olha
    para uma tela ou projeção.
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    Queria criar essas imersão de estar lá
    fisicamente.
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    É como entrar em uma animação.
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    A floresta é como um lugar mágico.
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    Queria trabalhar com isso.
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    Hans e eu somos muito influenciados
    por sermos suecos.
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    A cultura do folclore, essa foi uma grande
    influência na minha infância.
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    E aquilo sempre voltava para a natureza,
    como as fábulas, em que os animais
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    representam diferentes personagens humanos
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    Se utilizo um animal, posso mostrar um
    traço pessoal, uma característica.
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    Era fascinada com o folclore que não era
    direcionado às crianças.
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    Minha arte não é para crianças.
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    Uma criança olharia para a animação,
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    ela poderia ver uma banana,
    mas um adulto não verá.
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    Verá a banana, mas também
    o que ela simboliza.
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    Meu processo é muito longo.
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    A animação em que estou trabalhando agora,
    tenho trabalhado faz quatro meses e meio.
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    Não gosto da pós-produção de jeito nenhum
    e não gosto de editar.
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    Não há motivo para fazer isso depois.
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    Animação, para mim, é mergulhar
    no desconhecido.
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    Uma vez que está feito, não há sentimento
    de necessidade de mexer nisso mais.
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    Agora eu testando algumas ideias básicas.
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    Está bem sombrio e quero manter assim.
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    Nessa animação, a busca que acontece
    sem parar neste labirinto,
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    Quero que a música pareça estar rolando
    para frente, como se um pouco bêbada.
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    É isso que quero enfatizar com a música.
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    (música animada)
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    O filme é sobre se perder em
    sua própria mente.
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    Querendo sair, você continua
    nessa repetição,
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    atravessando esses corredores
    como em um labirinto,
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    nunca consegue sair.
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    Mesmo que não esteja fazendo algo
    que é diretamente sobre mim,
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    ainda é absolutamente sobre mim.
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    Tudo que faço na arte é uma
    descoberta de quem sou.
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    Essa é a busca.
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    Essa é a fascinação.
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    Não acho que emoções ou sentimentos
    devam ser controlados.
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    Eles devem ser sentidos e vistos.
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    É quando são escondidos que
    se tornam um problema.
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    Não tenho algo a dizer às pessoas porque
    não posso saber do que elas precisam.
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    Você pode pensar que sabe do que alguém
    precisa, mas é impossível saber.
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    Mas já que pessoas não são tão diferentes
    e eu sou um ser humano,
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    algumas partes de mim vão ressoar
    com outras pessoas.
  • 14:30 - 14:34
    Legendas: Malu Lourenço
  • 14:46 - 14:50
    Para saber mais sobre Art21 e sobre seus
    recursos educacionais,
  • 14:50 - 14:55
    por favor, visite-nos em pbs.org/art21
Title:
Nathalie Djurberg & Hans Berg em "Berlin" - Temporada 9 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21
Description:

Art21 orgulhosamente apresenta um segmento de artista, com Nathalia Djurberg e Hans Berg, do episódio de "Berlim" na nona temporada da série "Arte no Século Vinte e Um".

"Berlim' estreou em Setembro de 2018 na PBS. Assista agora na PBS e em seu aplicativo de vídeos: https://www.pbs.org/video/berlin-vjqxnw/

Em seu apartamento e estúdio, a dupla Nathalie Djurberg (escultora) e Hans Berg (músico) criam de maneira leve e obscena filmes de animação com argila e instalações inspiradas por fábulas, alegorias e mitos. O processo intuitivo de Djurberg de manufaturar os bonecos de argila, construir cenários a fotografar meticulosamente os quadros para criar cada cena releva uma mistura de impulsos sombrios e delicados que motivam o trabalho. Berg, com raízes no cenário de música eletrônica de Berlim, cria as composições hipnóticas que trazem as animações à vida.

Nathalie Djurberg nasceu em Lysekil, Suécia, em 1978. Hans Ber nasceu em Rättvik, Suécia, em 1978. Misturando escultura, som e filmagem, a dupla colabora desde 2004 na criação absurda e obscena de filmes de animação em argila e instalações. O trabalhos deles expõe um lado oculto de traços psicologicamente humanos e desejos animalísticos sob um véu de contas de fadas infantis.

Saiba mais sobre os artistas em:
https://art21.org/artist/nathalie-djurberg-hans-berg/

CRÉDITOS | Produtor Executivo: Tina Kukielski. Produtor da série: Nick Ravich. Diretores: Rafael Salazar & Ava Wiland. Produtore: Ava Wiland. Editor: Thomas Niles. Diretor de Fotografia: Rafael Salazar.

Coordenador de Produção: Ife Adelona. Assistente de Curadoria: Danielle Brock. Assessor de Produção: Ian Forster.

Title Sequence & Typography: Afternoon Inc. Composer: Joel Pickard. Narration: Carrie Mae Weems. Additional Photography: Rehana Esmail, Christoph Lerch, & Anne Misselwitz. Aerial Camera: Martin Paschkowski. Sound: Jaime Guijarro-Bustamante. Additional Sound: Rasmus Damsgaard, Marc Parisotto, Fokke van Saane, & Ava Wiland. Production Assistant: Flavia Barragan Clavero, Claudia Gülzow, Tim Oppermann, & Manuel Schmit.

Digital Intermediate: Blue Table Post. Post-Production Producer: Oliver Lief. Colorist: Natacha Ikoli. Re-Recording Mixer & Dialogue Editor: Rich Cutler. Additional Animation: Andy Cahill. Assistant Editor: Caroline Berler, Adam Boese, Maya Elany, & Jonah Greenstein. Technical Evaluation: Pillar To Post. Translation: Rehana Esmail & Ridwan Zebari.

Artwork Courtesy: Nathalie Djurberg & Hans Berg, Olafur Eliasson, Hiwa K, Susan Philipsz, KOW, Lisson Gallery, & Tanya Bonakdar Gallery.

Archival Materials: 47 Film / Andy Cameron; BBC Motion Gallery / Getty Images; Critical Past; Footage of Olafur Eliasson’s “Waterfall, Versailles, 2016 by Barbara Fecchio, Courtesy of Sculpture Nature; Internationale Filmfestspiele Berlin; Newsroom GmbH / Max Roehrle; NPR; Olafur Eliasson interview courtesy Public Art Fund; Pond5; SHIMURAbros; Studio Olafur Eliasson; Transit Film; & Walker Art Center / Andy Underwood.

Additional Art21 Staff: Maggie Albert, Lindsey Davis, Lolita Fierro, Joe Fusaro, & Jonathan Munar. Interns: Diane Huerta, Esther Knuth, Sunny Leerasanthanah, & Kristopher Neira. Public Relations: Sutton. Station Relations: De Shields Associates, Inc. Legal Counsel: Barbara T. Hoffman, Esq.

Special Thanks: The Art21 Board of Trustees, Leila Akhmetova, Bakir Ali, Bettina Bärnighausen, Sebastian Behmann, Finn Bergquist, Thomas Blees. Rainer Brennecke, Johanna Chromik, CityQuartier FÜNF HÖFE, De Appel, Ina Dinter, Documenta 14, Joel Draper, Caroline Eggel, Jeremy Eichenbaum , El Otmani Gym, Anna Engberg-Pedersen, Emilie Engbirk, Anna Fedotova, Guillermo F. Florez, Annie Claire Geisinger , Glasgow International Festival of Visual Art, Nora Gomez-Strauss, Marina Greiner , Felix Hallwachs, Christine Hauptsummer , Haus der Geschichte Österreich, Lauren Jack, Patricia Kamp, Wanås Konst, KPMG Deutsche Treuhand-Gesellschaft Munich, Camilla Kragelund, KW Institute for Contemporary Art, Sharron Lee, Clara Jungman Malmquist, Julia Jungman Malmquist , Marciano Art Foundation, Augustin Maurs , Eoghan McTigue, Alan Miller, Elisabeth Millqvist , Museum Frieder Burda | Salon Berlin, Nationalgalerie im Hamburger Bahnhof, Alexander Psavke, Sara Roffino, Schlossmuseum Sondershausen, Emily Skeppner, United States Holocaust Memorial Museum, Niels Van Tomme , Lucie von Eugen, Jill Vuchetich, Wanås Konst, Sven Weigel, Wolfgang Wenke, Robin Woerlen-Leikam, Michaela Zach, & Katja Zeidler.

Series Created By: Susan Dowling & Susan Sollins.

Major support for Season 9 is provided by National Endowment for the Arts, PBS, Lambent Foundation, Agnes Gund, Ford Foundation, The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts, The Anna-Maria and Stephen Kellen Foundation, The Horace W. Goldsmith Foundation, Toby Devan Lewis, Nion McEvoy, and The Phyllis C. Wattis Foundation.

©2018 Art21, Inc.

#NathalieDjurberg #HansBerg #Berlin #Art21

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
15:33

Portuguese, Brazilian subtitles

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