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Agricultura vertical: produção de alimentos em ambientes urbanos | Stefan Parnreiter-Mathys | TEDxLinz

  • 0:18 - 0:22
    Há pouco tempo, em dezembro de 2015,
    fui convidado para uma festa.
  • 0:22 - 0:25
    Um amigo meu celebrava seu doutorado.
  • 0:25 - 0:26
    Foi uma ótima noite.
  • 0:26 - 0:31
    Nos divertimos muito, bebemos cerveja
    e comemos boa comida caseira.
  • 0:31 - 0:34
    Enquanto celebrávamos
    o sucesso acadêmico dele,
  • 0:34 - 0:37
    ele quis falar sobre isso.
  • 0:37 - 0:41
    E, como convidados, estávamos interessados
    em saber mais sobre o trabalho dele.
  • 0:42 - 0:47
    "Vocês sabiam que nossos alimentos
    dependem de petróleo?"
  • 0:47 - 0:50
    Essa foi a pergunta escolhida por ele
    para apresentar seu trabalho.
  • 0:50 - 0:55
    "E sabiam que beiramos a escassez de solo
    para o plantio de nossos alimentos?"
  • 0:55 - 0:57
    Essa foi a segunda pergunta.
  • 0:57 - 0:59
    Vocês sabiam?
  • 1:01 - 1:05
    Fiquei surpreso, porque não tinha
    conhecimento disso.
  • 1:05 - 1:10
    Imediatamente, fiquei fascinado
    pelos desafios do plantio de alimentos.
  • 1:10 - 1:16
    E fiquei entusiasmado quando ele disse
    que tinha a solução para esses desafios:
  • 1:16 - 1:18
    a agricultura vertical urbana.
  • 1:19 - 1:24
    Agricultura vertical como método
    para economizar solo e energia,
  • 1:24 - 1:28
    a solução para plantio local,
  • 1:28 - 1:30
    no coração de nossas cidades,
  • 1:30 - 1:34
    economizando os recursos escassos
    de nosso planeta.
  • 1:34 - 1:38
    Fiquei tão empolgado que saí
    do meu trabalho e me juntei a ele
  • 1:38 - 1:41
    para fundar o Vertical Farming Institute,
    o instituto de agricultura vertical.
  • 1:41 - 1:45
    Aquela festa, há dois anos,
    me trouxe até vocês
  • 1:45 - 1:49
    porque o que aprendo sobre produção
    de alimentos todo dia
  • 1:49 - 1:53
    no meu trabalho é
    simplesmente extraordinário.
  • 1:54 - 1:58
    E, mesmo sendo uma pessoa bastante tímida,
  • 1:58 - 2:00
    eu tinha que vir e falar com vocês.
  • 2:00 - 2:07
    Porque eu como, amo boa comida,
    e porque realmente amo nosso planeta.
  • 2:07 - 2:14
    E colocamos o planeta em perigo
    pela maneira como produzimos alimentos.
  • 2:14 - 2:18
    Vivo em um mundo perfeito.
    Conseguem ver este ponto? É a minha casa.
  • 2:18 - 2:20
    Continua urbana,
  • 2:20 - 2:25
    mas bem no meio dos campos,
    gramados, florestas e fazendas.
  • 2:25 - 2:28
    Eu compro alimentos orgânicos
    de agricultores da região
  • 2:28 - 2:32
    toda sexta, na feirinha
    da minha cidade, Ottensheim.
  • 2:33 - 2:36
    Eu conheço a galinha que põe
    os ovos que eu como,
  • 2:36 - 2:37
    e o fazendeiro, claro.
  • 2:37 - 2:39
    É o meu amigo Michael.
  • 2:39 - 2:40
    Eu tenho minha própria horta.
  • 2:40 - 2:42
    Cultivo meus tomates,
  • 2:42 - 2:45
    e preservo meus vegetais.
  • 2:45 - 2:47
    E vocês?
  • 2:48 - 2:53
    Se moram em um lugar parecido,
    provavelmente vivemos no mesmo mundo.
  • 2:53 - 2:56
    Mas este é o mundo em que todos vivem?
  • 2:56 - 2:59
    Vamos mudar nossa perspectiva.
  • 2:59 - 3:05
    Essa é a maneira que muitos vivem
    hoje na cidade de Pequim.
  • 3:05 - 3:10
    É daqui que nosso alimento vem,
    Mato Grosso no Brasil,
  • 3:10 - 3:15
    antes uma floresta, agora, devastada
    pela produção de nossa soja.
  • 3:15 - 3:20
    É daqui que os tomates vêm.
    Almería na Espanha.
  • 3:20 - 3:22
    Na verdade não.
  • 3:22 - 3:25
    Isto é o que vemos como turistas.
  • 3:25 - 3:27
    É daqui que os tomates vêm,
  • 3:27 - 3:31
    e o que vocês estão vendo
    são estufas de plástico.
  • 3:31 - 3:38
    Plástico cobrindo uma área maior
    do que Viena, capital da Áustria.
  • 3:39 - 3:45
    Isso não parece bom.
    Na verdade é muito ruim.
  • 3:46 - 3:51
    Essa forma de agricultura consome
    muitos recursos, solo e energia.
  • 3:51 - 3:54
    Não é de forma alguma sustentável.
  • 3:54 - 3:57
    Eu preciso ser muito claro
    com vocês sobre isso,
  • 3:57 - 4:00
    da mesma forma que meu amigo
    fez naquela festa há dois anos,
  • 4:00 - 4:04
    para que vocês compreendam
    por que eu não pude deixar pra lá.
  • 4:04 - 4:07
    Tudo gira em torno do petróleo.
  • 4:07 - 4:11
    O fertilizante é composto
    por recursos fósseis.
  • 4:11 - 4:17
    Os recursos fósseis são necessários
    para levar o tomate até a sua mesa.
  • 4:17 - 4:19
    Recursos fósseis são necessários
  • 4:19 - 4:24
    para aquecer as estufas
    onde nossos tomates crescem.
  • 4:24 - 4:30
    E recursos fósseis são necessários
    para aquecer o fogão onde você cozinha.
  • 4:30 - 4:32
    Recursos fósseis,
  • 4:32 - 4:36
    isso significa que a cada mastigada,
  • 4:36 - 4:38
    você consome petróleo.
  • 4:40 - 4:45
    Você quer mesmo comer
    alimentos movidos à combustível?
  • 4:49 - 4:55
    Um terço da energia primária do mundo
    é usada no setor de alimentos:
  • 4:57 - 5:00
    recursos fósseis, hidrocarboneto, óleo.
  • 5:00 - 5:04
    É isso é que quero dizer ao falar
    de energia relacionada ao alimento.
  • 5:06 - 5:10
    Como já disse, isso não parece bom,
    na verdade, é muito ruim.
  • 5:10 - 5:11
    É ruim para o nosso planeta,
  • 5:11 - 5:15
    e isso é apenas onde estamos hoje,
  • 5:15 - 5:17
    vejamos no futuro.
  • 5:17 - 5:22
    Em 2050, seremos 9 ou até 10 bilhões
    de pessoas na Terra.
  • 5:22 - 5:25
    Setenta por cento viverá em áreas urbanas,
  • 5:25 - 5:30
    e a maioria de nós viverá
    em alguma das 400 megacidades.
  • 5:31 - 5:35
    Como alimentaremos todo mundo?
  • 5:35 - 5:37
    Hoje,
  • 5:37 - 5:43
    a área de terra usada para plantar cereais
    é maiores do que a América do Sul,
  • 5:43 - 5:46
    sem falar nas terras usadas por animais.
  • 5:46 - 5:48
    Para nos alimentar em 2050,
  • 5:48 - 5:54
    precisaremos de mais terras para plantio,
    o equivalentes à Austrália, um continente.
  • 5:57 - 6:02
    A boa notícia é que ainda há
    terras disponíveis.
  • 6:02 - 6:06
    A má notícia é que a maioria dessas terras
    estão cobertas por florestas tropicais.
  • 6:06 - 6:11
    A única forma de acesso a essas novas
    terras é através do desmatamento.
  • 6:11 - 6:14
    Devastamos o pulmão do planeta
  • 6:14 - 6:19
    para plantar mais grãos, para alimentar
    vacas e termos nossos hambúrgueres.
  • 6:20 - 6:21
    Sério mesmo?
  • 6:23 - 6:25
    Sabem o que essa foto mostra?
  • 6:26 - 6:32
    Esses pontos significam centenas,
    talvez milhões de focos de incêndio
  • 6:32 - 6:34
    Incêndios causadas pelo homem.
  • 6:34 - 6:38
    para queimar nossa floresta tropical.
  • 6:42 - 6:47
    O cultivo de uma nova terra,
    neste contexto, significa destruição.
  • 6:47 - 6:52
    A destruição de um ambiente vivo
    com animais, insetos, nós, é claro,
  • 6:52 - 6:57
    sem falar do estrago
    na produção de oxigênio.
  • 6:57 - 7:01
    Esta foto foi tirada pela Nasa
    na primavera de 2017.
  • 7:01 - 7:04
    Mostra o Delta do Rio Congo, na África.
  • 7:04 - 7:08
    Continua um pouco abstrato,
    vou explicar melhor.
  • 7:08 - 7:11
    As queimadas nesta área
  • 7:12 - 7:14
    alcançaram uma área maior do que a Itália,
  • 7:14 - 7:18
    e podem estar queimando ainda,
    neste exato momento.
  • 7:19 - 7:23
    Talvez vocês estejam pensando
    que sou muito dramático.
  • 7:23 - 7:24
    Em nossos supermercados,
  • 7:24 - 7:29
    há tantos produtos com rótulo
    de produtos locais, austríacos.
  • 7:29 - 7:32
    Então a situação não pode estar tão ruim.
  • 7:32 - 7:38
    Será que precisamos mesmo nos preocupar
    com o que acontece no Brasil ou na África?
  • 7:38 - 7:41
    Eu digo: "Sim, deveríamos".
  • 7:41 - 7:43
    Vou dar dois exemplos.
  • 7:43 - 7:49
    Cerca de 80% dos tomates que consumimos
    na Áustria são importados,
  • 7:50 - 7:55
    e quase 50% de dos produtos
    de origem animal são importados.
  • 7:58 - 8:02
    Essa forma de produção
    de alimentos não é sustentável.
  • 8:02 - 8:07
    Essa produção massiva de alimentos
    está matando o planeta aos poucos.
  • 8:09 - 8:10
    O que podemos fazer?
  • 8:10 - 8:14
    Cada um de nós presente aqui?
  • 8:14 - 8:17
    Comprem produtos orgânicos
    cultivados localmente.
  • 8:17 - 8:22
    Comam, de preferência,
    somente frutas e verduras da estação.
  • 8:22 - 8:23
    Comam menos carne.
  • 8:25 - 8:30
    Em geral, sejam um pouco mais humildes,
  • 8:30 - 8:35
    e tentem viver, se possível,
    com o que a natureza produz.
  • 8:35 - 8:38
    Todos nós podemos mudar o mundo,
    e nós mudaremos o mundo.
  • 8:38 - 8:40
    É por isso que estamos aqui hoje.
  • 8:40 - 8:45
    Não somos somente espectadores
    da história, nós fazemos a história.
  • 8:45 - 8:49
    Pelo menos, gostamos de pensar assim.
  • 8:51 - 8:55
    Para alcançarmos grandes objetivos,
    temos que pensar muito grande,
  • 8:55 - 8:57
    temos que pensar fora da caixa,
  • 8:57 - 9:00
    e temos que trazer a produção
    alimentícia para onde vivemos.
  • 9:01 - 9:04
    Espera um pouco. Fora da caixa?
  • 9:04 - 9:07
    Os alimentos sempre cresceram
    onde as pessoas vivem
  • 9:07 - 9:09
    por 11 mil anos.
  • 9:09 - 9:15
    Apenas há 100 anos, com o crescimento
    dos meios de transportes e trens,
  • 9:15 - 9:18
    os alimentos passaram a ser cultivados
    em outro local e trazidos pra cidade.
  • 9:18 - 9:21
    Não mais vendidos na feira,
  • 9:21 - 9:26
    mas em lojas e supermercados
    espalhados por todas as cidades.
  • 9:26 - 9:31
    E essa completa descentralização
    da produção e distribuição dos alimentos
  • 9:32 - 9:37
    só é possível por causa da enorme
    quantidade de recursos investidos:
  • 9:37 - 9:40
    solo e energia.
  • 9:41 - 9:45
    Para resolver esse problema,
    faremos o que sempre foi feito;
  • 9:46 - 9:49
    mas usando a tecnologia de hoje.
  • 9:49 - 9:52
    Plantando localmente,
    não usamos transporte.
  • 9:52 - 9:57
    Através do plantio vertical,
    reduzimos muito o solo necessário,
  • 9:57 - 10:00
    em 50% ou mais.
  • 10:00 - 10:04
    E plantando em edifícios multifuncionais
    projetados com inteligência,
  • 10:04 - 10:07
    reduzimos muito a energia necessária.
  • 10:07 - 10:13
    Podemos plantar sem ou quase
    sem recursos fósseis.
  • 10:13 - 10:17
    A nossa solução? Fazendas verticais.
  • 10:20 - 10:22
    Lembram que contei da festa
    que aconteceu há dois anos?
  • 10:22 - 10:26
    Meu amigo era o Daniel Podmirseg.
  • 10:26 - 10:30
    O trabalho dele é dedicado
    à agricultura vertical e é pioneiro.
  • 10:31 - 10:35
    Daniel é o chefe de pesquisa
    do instituto de agricultura vertical.
  • 10:35 - 10:38
    E ele tem uma forte visão,
  • 10:38 - 10:42
    agricultura vertical urbana
    em prédios multifuncionais,
  • 10:42 - 10:48
    integrando funções urbanas,
    como mercados, restaurantes, escritórios,
  • 10:48 - 10:52
    e usando a luz do sol
    da maneira mais eficiente possível.
  • 10:56 - 10:58
    Chamado de sistema híbrido,
  • 10:58 - 11:03
    estufa empilhada, "hyper building",
    ou simplesmente fazenda vertical.
  • 11:03 - 11:07
    O que vocês estão vendo é
    o projeto do futuro dos alimentos.
  • 11:07 - 11:09
    Não fui eu que disse isso.
  • 11:09 - 11:13
    Isso de acordo com Dickson Despommier,
    o pai da agricultura vertical.
  • 11:15 - 11:20
    O modelo atual de agricultura
    urbana é um sistema fechado,
  • 11:20 - 11:24
    ambiente controlado,
    com lâmpadas 100% LED,
  • 11:24 - 11:27
    Um ambiente muito fácil de controlar
  • 11:27 - 11:31
    porque toda preocupação
    com influências externas é eliminada.
  • 11:32 - 11:38
    Mas se considerarmos não só o solo,
    mas também a energia, um recurso escasso,
  • 11:38 - 11:42
    por que tiramos a fonte
    mais preciosa que temos, a luz do sol?
  • 11:43 - 11:47
    A luz do sol é um caso
    de eficiência energética global,
  • 11:47 - 11:50
    e também uma questão de gosto.
  • 11:50 - 11:54
    Quanto mais conhecemos
    a fisiologia da planta,
  • 11:54 - 11:58
    mais aprendemos
    sobre metabolismo secundário.
  • 11:58 - 12:01
    Metabolismo secundário
    são componentes orgânicos
  • 12:01 - 12:06
    envolvidos indiretamente no crescimento
    e desenvolvimento normal das plantas.
  • 12:06 - 12:12
    As estruturas químicas que potencializam
    o sabor das plantas, entre outras coisas.
  • 12:12 - 12:16
    Aliás, pesquisadores acreditam também
    que elas são benéficas para saúde humana.
  • 12:16 - 12:21
    Acho que todos vocês já comeram
    tomates cultivados em estufas
  • 12:21 - 12:24
    que não têm gosto de nada.
  • 12:25 - 12:29
    São esses metabolismos secundários
    que acrescentam sabor,
  • 12:29 - 12:32
    tornam o nosso alimento
    muito bom e realmente saudável.
  • 12:32 - 12:34
    E até onde sabemos,
  • 12:34 - 12:38
    eles precisam da luz do sol
    para poder se desenvolver,
  • 12:38 - 12:44
    não só o raio ultravioleta e luz vermelha
    emitida pela lâmpada de LED.
  • 12:44 - 12:48
    A agricultura urbana
    como conhecemos hoje não é a solução,
  • 12:48 - 12:50
    mas sim, a agricultura vertical.
  • 12:50 - 12:52
    Vou explicar por que é uma solução,
  • 12:52 - 12:56
    e por que a nossa proposta é tão especial.
  • 12:59 - 13:04
    Queremos projetar edifícios
    multifuncionais para produção alimentícia,
  • 13:04 - 13:09
    prédios que também forneçam
    funções importantes para cidade.

  • 13:09 - 13:13
    E queremos construi-los
    o mais sustentáveis possível,
  • 13:13 - 13:17
    minimizando o uso de recursos fósseis.
  • 13:17 - 13:19
    A produção de alimentos
    no coração da cidade
  • 13:19 - 13:24
    abre oportunidades na economia local,
    vida social e vida pública.
  • 13:25 - 13:30
    Precisamos de novos pontos de venda,
    espaços públicos para compra de alimentos.
  • 13:31 - 13:34
    Talvez até vejamos o processo
    de crescimento dos alimentos
  • 13:34 - 13:37
    nos últimos meses, semanas, dias,
  • 13:37 - 13:40
    esperando para saboreá-los.
  • 13:42 - 13:45
    Criamos uma nova relação
    com o que comemos
  • 13:45 - 13:50
    quando vemos onde e como
    os alimentos foram cultivados.
  • 13:52 - 13:56
    A caixa preta como a vemos.
    Vocês lembram do sistema fechado?
  • 13:56 - 13:58
    É fácil de controlar.
  • 13:58 - 14:00
    Proporciona condições estáveis
  • 14:00 - 14:04
    e alta previsão de resultados.
  • 14:04 - 14:08
    Economicamente falado, faz sentido.
  • 14:08 - 14:13
    Mas por que trazer luz até as plantas,
  • 14:13 - 14:17
    se podemos levar as plantas à luz?
  • 14:18 - 14:20
    Esta pergunta pode parecer esquisita.
  • 14:20 - 14:25
    Mas deixar a luz do sol entrar pode ser
    o diferencial da agricultura urbana,
  • 14:25 - 14:29
    pois leva a mais produção
    de energia eficiente
  • 14:29 - 14:32
    e a produtos melhores e mais saudáveis.
  • 14:32 - 14:37
    Então, em nossas fazendas,
    usamos a luz do sol.
  • 14:37 - 14:39
    Uau! Que novidade!
  • 14:41 - 14:48
    Em vez de colocarmos um monte de luzes
    LED consumindo energia 16 horas por dia,
  • 14:48 - 14:52
    plantamos atrás de fachadas transparentes,
  • 14:53 - 14:55
    igual a uma estufa, simples.
  • 14:55 - 14:58
    Mas ainda temos um problema.
  • 14:58 - 15:01
    Em prédios altos como os nossos,
  • 15:01 - 15:04
    não bate sol no prédio todo.
  • 15:04 - 15:08
    Então, quanto mais longe da fachada,
    mais escuro fica lá dentro.
  • 15:08 - 15:10
    E temos que ter certeza
  • 15:10 - 15:15
    que cada planta receba
    o mesmo tempo de sol.
  • 15:15 - 15:20
    E para termos certeza disso,
    movemos as plantas pelo prédio
  • 15:20 - 15:24
    e as deixamos na fachada tomando sol.
  • 15:24 - 15:27
    E para o transporte, usamos esteiras.
  • 15:28 - 15:33
    Dependendo de como o prédio
    foi projetado e outras características,
  • 15:33 - 15:35
    como geografia, arredores,
  • 15:35 - 15:38
    as esteiras podem girar horizontalmente,
  • 15:38 - 15:41
    verticalmente, ou em três dimensões.
  • 15:41 - 15:48
    Em todos os casos elas se movem
    bem devagar e consomem pouca energia.
  • 15:49 - 15:55
    Sim, também temos luz de LED na fazenda,
    mas só usamos quando precisamos,
  • 15:56 - 15:58
    acionada por sensores.
  • 15:58 - 16:01
    Então, todo consumo
    de energia na nossa fazenda
  • 16:01 - 16:06
    é bem menor do que
    em um sistema complexo.
  • 16:06 - 16:09
    E é claro, deixando a luz do sol entrar,
  • 16:09 - 16:11
    promovemos a criação
    de metabólito secundário,
  • 16:11 - 16:16
    e dessa forma, produzimos
    alimentos melhores e saudáveis.
  • 16:16 - 16:20
    Junto com o instituto
    de construções e energia
  • 16:20 - 16:26
    da Universidade de Tecnologia Graz,
  • 16:26 - 16:29
    desenvolvemos o futuro do alimento:
  • 16:29 - 16:34
    fazendas verticais multifuncionais
    no coração de nossas cidades.
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    O que propusermos aqui será o novo normal.
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    Não hoje, pelo menos na Europa.
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    O Japão e a China já estão na frente.
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    Temos muitos desafios pela frente.
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    Pesquisas precisam ser feitas
    e a tecnologia precisa melhorar.
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    Temos que criar aceitação
  • 16:54 - 16:59
    para produtos de agricultura urbana
    no coração de nossas cidades;
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    e queremos ajudar na conscientização
  • 17:02 - 17:06
    de como o alimento e a energia
    dependem um do outro.
  • 17:06 - 17:10
    Mas tenho certeza
    que a agricultura vertical
  • 17:10 - 17:14
    tem um papel importante
    garantindo o futuro do alimento

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    e o futuro do planeta.
  • 17:18 - 17:23
    E espero de verdade que eu tenha plantado
    a semente na sua mente hoje.
  • 17:24 - 17:27
    (Aplausos)
Title:
Agricultura vertical: produção de alimentos em ambientes urbanos | Stefan Parnreiter-Mathys | TEDxLinz
Description:

Em grande parte de história humana, os alimentos costumavam crescer próximos às casas das pessoas; algo novo em nosso mundo, depois do crescimento exponencial da população, urbanização e industrialização. As pessoas estão tão acostumadas com a facilidade dos supermercados, que é fácil perder de vista a origem dos alimentos. Cada pessoa precisa de aproximadamente 2,3 mil m² de terra para se alimentar por um ano. Como a população mundial estará na casa dos 9 bilhões nas próximas décadas, a quantidade de terra necessária para produção de alimentos é imensa. A agricultura vertical e o desenvolvimento de um novo conceito arquitetônico chamado "hyper buildings" pode trazer a produção de alimentos de volta para nossa vizinhança de uma forma mais sustentável. E se tivéssemos pés de morangos no 27º andar de um arranha-céu?

Stefan Parnreiter-Mathys é mais conhecido no meio musical e em eventos industriais na Áustria. Stefan incentivou várias bandas austríacas, como a Soap&Skin, e instituições de música alternativa, como o festival "Waves Vienna", festival "Electric Spring", a casa noturna "Fluc" e muito mais. Há pouco tempo, Stefan fundou a consultoria de gestão "die TREIBER" e cofundou o instituto de pesquisa independente Vertical Farm Institute, que tem como objetivo achar a melhor forma de oferecer alimentos orgânicos na região metropolitana.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx que usa o formato de conferência TED mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
17:29

Portuguese, Brazilian subtitles

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