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Nosso desejo insaciável por carne | Michael Vinson | TEDxNanjingNo1HighSchool

  • 0:10 - 0:12
    Olá a todos.
  • 0:12 - 0:15
    (Aplausos)
  • 0:17 - 0:19
    Vejamos... OK.
  • 0:19 - 0:25
    Hoje, quero falar com vocês
    sobre carne, certo?
  • 0:25 - 0:30
    Deliciosa, saborosa e suculenta carne.
  • 0:30 - 0:31
    (Risos)
  • 0:31 - 0:34
    Bom, sempre adorei carne,
    a minha vida inteira.
  • 0:34 - 0:39
    Minha primeira comida favorita
    foi cachorro-quente.
  • 0:39 - 0:41
    Eu adorava cachorro-quente.
  • 0:41 - 0:43
    Aí, quando tinha uns seis anos,
  • 0:43 - 0:48
    decidi que, na verdade, pizza de calabresa
    era a melhor comida do mundo.
  • 0:48 - 0:51
    E ainda acho. É a melhor, realmente.
  • 0:51 - 0:52
    Minha comida chinesa favorita?
  • 0:52 - 0:54
    Hong shao rou.
  • 0:54 - 0:55
    (Risos)
  • 0:55 - 0:58
    Incrível! Deliciosa!
  • 0:58 - 1:04
    Mas, apesar de adorar carne,
    uns dois meses e meio atrás,
  • 1:04 - 1:08
    decidi passar a comer bem menos carne,
  • 1:08 - 1:12
    em parte por motivos de saúde,
  • 1:12 - 1:17
    e em parte porque sempre quis
    me importar mais com os animais
  • 1:17 - 1:21
    que são mortos e acabam virando bacon, né?
  • 1:21 - 1:26
    Mas também foi porque aprendi muito mais
    a respeito do impacto ambiental
  • 1:26 - 1:31
    que minhas escolhas alimentares
    causavam no mundo à minha volta.
  • 1:33 - 1:37
    Bem, provavelmente,
    não há nada mais másculo
  • 1:37 - 1:42
    do que cortar um bife
    grande e suculento, né?
  • 1:42 - 1:45
    E acho que não há nada mais humano.
  • 1:46 - 1:51
    A carne tem sido o centro
    da nossa identidade enquanto seres humanos
  • 1:51 - 1:55
    e o centro do desenvolvimento
    das nossas características humanas.
  • 1:55 - 1:58
    A carne nos proporcionou cérebros maiores.
  • 1:58 - 2:01
    Ela nos proporcionou
    um aparelho digestivo menor,
  • 2:01 - 2:03
    embora eu ainda esteja trabalhando nisso.
  • 2:03 - 2:04
    (Risos)
  • 2:04 - 2:07
    Foi ela que nos permitiu
    começar a andar como bípedes,
  • 2:07 - 2:09
    em vez de como quadrúpedes.
  • 2:10 - 2:13
    A carne nos deixou inteligentes.
  • 2:13 - 2:18
    A caça em grupo foi o que nos fez
    desenvolver a linguagem,
  • 2:18 - 2:23
    nossas habilidades sociais
    e, novamente, nossa inteligência,
  • 2:23 - 2:26
    e temos usado essa inteligência
  • 2:26 - 2:30
    para criar um mundo
    onde possamos comer muita carne.
  • 2:31 - 2:33
    Em 1900,
  • 2:34 - 2:40
    a massa ou o peso total
    de todos os animais domesticados do mundo,
  • 2:40 - 2:43
    ou seja, vacas, cavalos,
    porcos, cabras, ovelhas,
  • 2:43 - 2:47
    tudo que pudéssemos colocar num curral
    e manter bem próximo de nós,
  • 2:47 - 2:52
    era quatro vezes maior do que o peso
    de todos os animais selvagens do mundo.
  • 2:52 - 2:55
    Cem anos mais tarde,
  • 2:55 - 2:59
    o peso total de todos os animais
    domesticados do mundo
  • 2:59 - 3:05
    é 25 vezes maior
    do que o de animais selvagens.
  • 3:08 - 3:14
    Nossa paixão por carne transformou
    o mundo e continuará a transformá-lo.
  • 3:14 - 3:17
    Isso porque, desde o fim
    da Segunda Guerra Mundial,
  • 3:17 - 3:21
    os níveis de renda
    têm crescido em todo mundo.
  • 3:21 - 3:24
    Começando em 1950,
  • 3:25 - 3:29
    o consumo mundial de carne
    era de 50 milhões de toneladas.
  • 3:30 - 3:35
    Vinte e cinco anos depois, tinha dobrado,
    chegando a mais de 110 milhões.
  • 3:35 - 3:39
    Vinte cinco anos depois, dobrou de novo,
    chegando a 220 milhões de toneladas
  • 3:39 - 3:41
    de carne sendo consumida por todos.
  • 3:41 - 3:46
    Dez anos depois, mais 55 milhões,
    chegando a 275 milhões de toneladas,
  • 3:46 - 3:53
    totalizando, em média,
    40 quilos por pessoa em todo o mundo.
  • 3:54 - 3:59
    Bem, esse nível de consumo de carne
    varia dependendo do lugar.
  • 3:59 - 4:05
    Obviamente, quanto maior a renda num país,
    mais carne será consumida nele.
  • 4:05 - 4:10
    Por isso, mesmo antes da Segunda Guerra,
    e principalmente depois dela,
  • 4:11 - 4:15
    os EUA têm sido o maior consumidor
    de carne do mundo,
  • 4:15 - 4:17
    seguido por Brasil e Espanha.
  • 4:18 - 4:20
    Além disso, países em desenvolvimento,
  • 4:20 - 4:25
    que ainda não alcançaram
    status de país desenvolvido,
  • 4:25 - 4:28
    ainda comem muito pouca carne.
  • 4:28 - 4:30
    Países africanos como a Nigéria e o Egito,
  • 4:30 - 4:36
    desde a década de 1940, viram seus níveis
    de consumo de carne dobrarem,
  • 4:36 - 4:40
    enquanto um país como a Coreia do Sul,
    que se tornou muito, muito mais rico
  • 4:40 - 4:42
    após a Segunda Guerra,
  • 4:42 - 4:46
    viu seus níveis de consumo
    de carne crescerem 20 vezes.
  • 4:48 - 4:52
    Nos próximos 40 e poucos anos,
  • 4:52 - 4:59
    cientistas preveem que o consumo mundial
    de carne crescerá 55%.
  • 5:02 - 5:06
    Esse aumento no consumo de carne
    virá de países em desenvolvimento
  • 5:06 - 5:09
    que estão começando a comer
    muito mais carne
  • 5:09 - 5:14
    e, tomara, os países em desenvolvimento
    vão lentamente reduzir seu consumo,
  • 5:14 - 5:17
    talvez tomando atitudes
    como a que estou tomando agora.
  • 5:19 - 5:24
    A cada ano, matamos 55 bilhões de frangos,
  • 5:24 - 5:27
    3 bilhões de patos e perus,
    1 bilhão de ovelhas e cabras,
  • 5:27 - 5:29
    300 milhões de cabeças de gado.
  • 5:29 - 5:31
    Apenas nos Estados Unidos,
  • 5:31 - 5:36
    matamos 24 milhões
    de frangos todos os dias.
  • 5:38 - 5:40
    Bem, é muita carne
  • 5:40 - 5:43
    e vamos continuar criando
    mais e mais frangos pra matar.
  • 5:43 - 5:46
    Vejamos a China, por exemplo.
  • 5:46 - 5:51
    A China, em 1961,
    tinha uma taxa média per capita
  • 5:51 - 5:53
    de menos de quatro quilos por pessoa.
  • 5:54 - 5:58
    Cinquenta anos depois,
    alcançou 57,5 quilos por pessoa
  • 5:58 - 6:00
    em consumo de carne por ano.
  • 6:01 - 6:03
    Pesquisadores preveem que, até 2030,
  • 6:03 - 6:08
    o consumo de carne na China
    chegará a 90 quilos por pessoa,
  • 6:08 - 6:11
    sendo dois terços disso carne de porco.
  • 6:12 - 6:16
    Com tanta carne sendo consumida no mundo,
  • 6:16 - 6:19
    muitos recursos são gastos.
  • 6:20 - 6:26
    Um quilo de carne requer
    muita terra e alimento
  • 6:26 - 6:28
    para ser produzido.
  • 6:28 - 6:32
    Para cada quilo de carne, são necessários
    até 50 metros quadrados de terra,
  • 6:32 - 6:35
    para a produção do pasto necessário
    para alimentar esse gado.
  • 6:35 - 6:40
    Um quilo de carne de porco
    requer até 12 metros quadrados de terra.
  • 6:40 - 6:45
    Para cada quilo de frango, são necessários
    até dez metros quadrados de terra.
  • 6:47 - 6:53
    Estamos rapidamente ficando sem terra
    para alimentar todos esses animais
  • 6:53 - 6:56
    que tão vorazmente queremos comer.
  • 6:57 - 7:03
    Um quarto de toda a superfície continental
    que não esteja coberta por gelo
  • 7:03 - 7:07
    já está ocupada pela criação de animais
    de corte, ou seja, gado e outros animais
  • 7:07 - 7:12
    que comem capim e pastam pela terra.
  • 7:13 - 7:17
    É a mesma quantidade de terra
    dedicada às florestas,
  • 7:18 - 7:23
    ou, pelo menos, tomara,
    àquilo que ainda será floresta no futuro.
  • 7:23 - 7:27
    Um terço de toda a terra arável,
    aquela ideal para o cultivo,
  • 7:27 - 7:32
    um terço de toda a terra arável
    atualmente é usado para o plantio
  • 7:32 - 7:37
    de culturas específicas para alimentar
    a carne que desejamos comer.
  • 7:38 - 7:42
    No total, nós humanos usamos
    oito vezes mais terra
  • 7:42 - 7:45
    para produzir alimento
    para os animais que queremos comer
  • 7:45 - 7:48
    do que a que usamos para produzir
    alimento para nós mesmos.
  • 7:51 - 7:54
    Isso nos leva à América do Sul.
  • 7:56 - 8:00
    A China está ficando sem terra
  • 8:00 - 8:04
    para aplacar seu desejo
    insaciável por carne.
  • 8:04 - 8:06
    Como mencionei antes,
    o consumo de carne da China
  • 8:06 - 8:10
    é da ordem de 60 quilos por pessoa,
    por ano, atualmente,
  • 8:10 - 8:14
    e dois terços disso são carne de porco.
  • 8:14 - 8:19
    Os porcos criados na China não têm
    muita terra disponível
  • 8:19 - 8:23
    para que a soja e o milho necessários
    para sua alimentação sejam cultivados,
  • 8:23 - 8:27
    o que significa que a China precisa
    importar todo esse alimento
  • 8:27 - 8:30
    para os porcos que ela quer comer.
  • 8:30 - 8:34
    Grande parte desse alimento
    vem da América do Sul.
  • 8:36 - 8:43
    A China compra metade
    da produção mundial de soja
  • 8:44 - 8:48
    e compra um quinto de todo o milho
    produzido no mundo.
  • 8:49 - 8:56
    Ela compra a soja de países
    como Argentina, Chile, Brasil.
  • 8:57 - 9:04
    Um dos problemas crescentes
    que o mundo vem enfrentando
  • 9:04 - 9:06
    é que grande parte dessa terra,
  • 9:06 - 9:08
    que vem lentamente sendo
    transformada em terra de plantio
  • 9:08 - 9:12
    para a produção da soja que alimenta
    os porcos criados na China,
  • 9:13 - 9:16
    é de floresta tropical.
  • 9:17 - 9:20
    Desmatamento é o que ocorre
  • 9:20 - 9:22
    quando florestas tropicais
    e outras florestas são derrubadas
  • 9:22 - 9:28
    para serem transformadas em terra
    de plantio para alimentar esses animais.
  • 9:30 - 9:35
    O desmatamento de florestas tropicais,
    em especial, é muito perigoso
  • 9:35 - 9:38
    porque elas funcionam como uma esponja
  • 9:38 - 9:43
    para os gases de efeito estufa
    que geram o aquecimento global.
  • 9:47 - 9:48
    Neste momento,
  • 9:50 - 9:52
    a carne que comemos
  • 9:54 - 9:58
    gera mais soja, que por sua vez
    gera menos florestas tropicais,
  • 9:58 - 10:01
    que gera mais gases de efeito estufa,
  • 10:01 - 10:05
    que geram temperaturas mais altas
    e um clima mais turbulento pra todos nós.
  • 10:07 - 10:10
    Agora, vamos falar
    sobre o outro tipo de plantio, né?
  • 10:10 - 10:14
    Lembrem, são dois tipos: a soja e o milho.
  • 10:14 - 10:18
    A soja é cultivada por causa da proteína,
    para alimentar os porcos.
  • 10:18 - 10:20
    Do milho vêm os carboidratos,
  • 10:20 - 10:24
    e praticamente todo o milho do mundo
    é produzido nos Estados Unidos.
  • 10:24 - 10:27
    Bem, o milho americano
  • 10:27 - 10:31
    é extremamente abundante,
  • 10:31 - 10:36
    e isso porque aplicamos muito petróleo,
  • 10:36 - 10:39
    gasolina e fertilizantes na terra
  • 10:39 - 10:42
    para produzir tamanha quantidade de milho.
  • 10:42 - 10:48
    São necessários cerca de 190 litros
    de petróleo para um acre de milho,
  • 10:48 - 10:51
    e todo esse petróleo
    é usado para fazer fertilizantes.
  • 10:51 - 10:55
    O ingrediente mágico
    do fertilizante é o nitrogênio.
  • 10:55 - 10:59
    O nitrogênio não é muito bom
    para o meio ambiente
  • 10:59 - 11:01
    em quantidades muito grandes,
  • 11:01 - 11:04
    e são essas as quantidades
    que aplicamos em nossas terras.
  • 11:04 - 11:07
    Quando o nitrogênio entra no solo,
  • 11:07 - 11:11
    pode contaminar nossos
    reservatórios de água potável,
  • 11:11 - 11:16
    e isso pode prejudicar nossa saúde,
    principalmente a saúde de crianças.
  • 11:16 - 11:20
    Entretanto, o maior problema do nitrogênio
    e da contaminação da água
  • 11:20 - 11:25
    é quando ele penetra no solo
    e encontra um rio,
  • 11:25 - 11:29
    viaja pelo rio até entrar no oceano
  • 11:29 - 11:32
    e chega até águas rasas costeiras,
  • 11:32 - 11:34
    como as do Golfo do México.
  • 11:36 - 11:40
    Grande parte do nitrogênio
    nos Estados Unidos
  • 11:40 - 11:43
    chegou ao Golfo do México,
  • 11:43 - 11:46
    gerando o que chamamos de eutrofização,
  • 11:46 - 11:51
    que é o que acontece
    quando o nitrogênio contamina a água
  • 11:51 - 11:56
    e gera um enorme crescimento de algas,
    grandes aglomerados de algas.
  • 11:56 - 12:01
    Quando todas essas algas
    tomam grande parte da água,
  • 12:01 - 12:03
    elas sugam todo o oxigênio,
  • 12:03 - 12:08
    deixando o que chamamos de zonas mortas
    hipóxicas, onde peixes não podem respirar
  • 12:08 - 12:12
    e onde todos os peixes
    e a vida marinha acabam morrendo.
  • 12:12 - 12:19
    O que a incrível indústria
    de produção agrícola
  • 12:19 - 12:22
    causou à água do Golfo do México
  • 12:22 - 12:27
    criou uma zona morta hipóxica
    do tamanho do estado de Nova Jérsei.
  • 12:28 - 12:31
    Esse, porém, não é o único
    tipo de eutrofização
  • 12:31 - 12:33
    que tem acontecido no mundo.
  • 12:33 - 12:38
    A eutrofização tem acontecido em toda
    parte e é um problema crescente.
  • 12:40 - 12:44
    Agora, quero falar sobre os efeitos
    da produção de carne na atmosfera,
  • 12:44 - 12:47
    na produção de gases de efeito estufa
    e no aquecimento global.
  • 12:48 - 12:55
    Cada quilo de carne, como já vimos,
    tem um preço que o ambiente acaba pagando.
  • 12:56 - 13:00
    A carne vermelha,
    em especial, é a mais cara.
  • 13:02 - 13:08
    A produção de carne é responsável
    pelos principais gases de efeito estufa:
  • 13:09 - 13:14
    dióxido de carbono,
    que acredito que vocês já conheçam;
  • 13:14 - 13:19
    o metano, que é produzido quando as vacas
    arrotam e têm flatulências...
  • 13:19 - 13:21
    (Risos)
  • 13:21 - 13:25
    após comerem montes de capim
    e, atualmente, milho...
  • 13:25 - 13:30
    O metano é 21 vezes mais venenoso
    que o dióxido de carbono.
  • 13:31 - 13:36
    O óxido nitroso é gerado
    a partir de esterco
  • 13:36 - 13:42
    e dos fertilizantes de nitrogênio
    que contaminam o solo e a atmosfera.
  • 13:42 - 13:46
    O óxido nitroso é ainda
    mais venenoso que o metano.
  • 13:46 - 13:50
    O óxido nitroso é 310 vezes
    mais perigoso para o ambiente
  • 13:50 - 13:52
    que o dióxido de carbono.
  • 13:53 - 13:57
    No total, a produção de carne
    é responsável por 10%
  • 13:57 - 14:00
    de todo o dióxido de carbono
    emitido no mundo.
  • 14:00 - 14:04
    Ela gera 40% de todo o metano
    lançado na atmosfera,
  • 14:04 - 14:09
    quase dois terços de todas as emissões
    de óxido nitroso geradas por humanos.
  • 14:09 - 14:11
    Resumindo, isso significa
    que a produção de carne
  • 14:11 - 14:18
    é a segunda maior e principal causa
    de emissão de gases de efeito estufa,
  • 14:19 - 14:23
    sendo responsável por um quinto de todos
    os gases de efeito estufa gerados em 2004,
  • 14:23 - 14:26
    e continua aumentando a cada ano.
  • 14:26 - 14:30
    É mais do que os gases de efeito estufa
    emitidos por todos os meios de transporte,
  • 14:30 - 14:35
    como aviões, trens, carros,
    caminhões e navios, juntos.
  • 14:36 - 14:39
    Vejamos o gado americano, por exemplo.
  • 14:39 - 14:42
    Bem, o gado americano
    gera mais gases de efeito estufa
  • 14:42 - 14:46
    que 22 milhões de carros
    nas ruas todos os anos.
  • 14:46 - 14:49
    O gado americano produz
    tantos gases de efeito estufa
  • 14:49 - 14:53
    porque os americanos comem
    muita carne vermelha.
  • 14:55 - 14:59
    Em média, o americano come
    cerca de três hambúrgueres por semana,
  • 14:59 - 15:02
    o que equivale a 156 hambúrgueres por ano,
  • 15:02 - 15:06
    o que, se multiplicado
    pela população dos Estados Unidos,
  • 15:06 - 15:08
    significa que os americanos que vão
    ao McDonald's, ao Wendy's,
  • 15:08 - 15:12
    ao Burger King e a todos os outros
    restaurantes maravilhosos que existem
  • 15:12 - 15:16
    estão comendo 40 bilhões
    de hambúrgueres por ano,
  • 15:16 - 15:22
    e esses 40 bilhões de hambúrgueres estão
    causando um grande impacto no ambiente.
  • 15:22 - 15:28
    Cada hambúrguer que comemos
    requer 380 litros de água,
  • 15:28 - 15:31
    540 gramas de grãos, 1 xícara de gasolina,
  • 15:31 - 15:35
    e cria 680 gramas de solo arável.
  • 15:35 - 15:39
    Ou seja, o melhor tipo de solo,
    para os cultivos mais férteis,
  • 15:39 - 15:41
    é perdido devido à erosão.
  • 15:42 - 15:49
    Todos esses "ingredientes econômicos"
    causam um grande impacto no ambiente.
  • 15:49 - 15:51
    Cada hambúrguer
  • 15:51 - 15:57
    é responsável por cerca de 3 quilos
    de equivalentes ao dióxido de carbono.
  • 15:58 - 16:02
    Isso significa que o hábito americano
    de comer hambúrgueres em exagero...
  • 16:02 - 16:03
    precisamos comê-los!...
  • 16:03 - 16:07
    três hambúrgueres por semana, novamente,
    multiplicados por cada americano,
  • 16:07 - 16:10
    significa que o hábito que o americano
    tem de comer hambúrguer
  • 16:10 - 16:15
    faz com que cerca de 158 milhões
    de toneladas de gases de efeito estufa
  • 16:15 - 16:18
    sejam liberadas na atmosfera a cada ano,
  • 16:18 - 16:22
    o que equivale a 34 usinas de carvão
    funcionando o ano inteiro.
  • 16:22 - 16:27
    É um número bastante expressivo,
    tudo por causa do que comemos.
  • 16:28 - 16:33
    Agora, quero falar um pouco sobre
    o que vocês podem fazer a respeito disso.
  • 16:35 - 16:37
    O motivo de eu dar esta palestra
  • 16:37 - 16:39
    é que, alguns meses atrás,
    comecei a ler um livro.
  • 16:39 - 16:42
    Sabe, não sou cientista,
    não sou especialista.
  • 16:42 - 16:45
    Sou só alguém que tem muita fome
    e quis ler a respeito do assunto.
  • 16:45 - 16:46
    (Risos)
  • 16:46 - 16:47
    Tudo bem?
  • 16:47 - 16:51
    Acontece que, se vocês reduzirem...
  • 16:51 - 16:54
    digamos que comam
    dois hambúrgueres por semana...
  • 16:54 - 16:59
    se começarem a mudar sua dieta
    e a comer só um hambúrguer por semana,
  • 16:59 - 17:06
    vocês estarão reduzindo o equivalente
    a 560 km rodados de carro,
  • 17:06 - 17:08
    em termos de emissões, durante um ano.
  • 17:09 - 17:15
    Se todos decidirmos reduzir
    nosso consumo de carne,
  • 17:15 - 17:17
    todos poderemos fazer a diferença.
  • 17:17 - 17:21
    Decidi diminuir meu consumo de carne,
  • 17:21 - 17:27
    de 12 refeições por semana
    para umas quatro refeições por semana.
  • 17:27 - 17:32
    Não consigo abrir mão da carne,
    porque é uma delícia, né?
  • 17:32 - 17:36
    Porém, cada pequena escolha
    que fazemos é importante.
  • 17:37 - 17:38
    Quero deixar uma frase pra vocês,
  • 17:38 - 17:41
    de um escritor, poeta
    e ativista ambiental americano
  • 17:41 - 17:43
    chamado Wendell Berry.
  • 17:43 - 17:47
    Ele diz o seguinte:
    "Comer é um ato agrícola".
  • 17:47 - 17:49
    O que ele quer dizer
  • 17:49 - 17:53
    é que cada decisão que tomamos
    sobre o que vamos comer
  • 17:53 - 17:56
    influencia o que os produtores
    vão criar e produzir.
  • 17:56 - 17:59
    Afeta o que os restaurantes
    vão nos servir.
  • 17:59 - 18:03
    Afeta o que nossa mãe
    vai fazer pro jantar, entende?
  • 18:03 - 18:07
    Comer é um ato político.
  • 18:08 - 18:12
    Podemos votar com nossa boca
    e com nosso apetite
  • 18:12 - 18:18
    e, ao escolhermos comer menos carne,
    podemos tornar o mundo um lugar melhor.
  • 18:18 - 18:22
    Então, por favor, eu adoraria
    se saíssem daqui hoje e pensassem:
  • 18:22 - 18:26
    "Quando eu for ao McDonald's,
    não vou pedir hambúrguer.
  • 18:26 - 18:29
    Em vez disso, vou escolher
    as tortas de maçã".
  • 18:29 - 18:31
    (Risos)
  • 18:31 - 18:32
    Elas são deliciosas.
  • 18:33 - 18:36
    Ou, quando estiverem
    num restaurante com amigos
  • 18:36 - 18:40
    e puderem escolher pratos com carne
    ou pratos com leguminosas,
  • 18:40 - 18:45
    prefira o prato com leguminosas
    ao prato com carne de porco, por exemplo.
  • 18:46 - 18:50
    Cada pequena decisão que tomamos
    causa um impacto no mundo.
  • 18:51 - 18:58
    Então, juntos, vamos comer melhor
    e tornar o mundo um lugar melhor.
  • 18:58 - 18:59
    É isso. Obrigado.
  • 18:59 - 19:02
    (Aplausos)
Title:
Nosso desejo insaciável por carne | Michael Vinson | TEDxNanjingNo1HighSchool
Description:

É delicioso comer carne! Desde o início da civilização até o século 20, porém, a carne foi uma especiaria rara, valorizada por sua proteína e por ser escassa, e era comida com pouca frequência pela maioria da população. As tecnologias modernas de agronegócios mudaram esse cenário. Hoje, podemos comer carne e hambúrgueres enormes e com a frequência que quisermos. Mas será que devemos?

Os seres humanos estão começando a causar um impacto permanente e não muito legal no planeta Terra. Qual é a responsabilidade de cada um de nós no que se refere a limitar nosso consumo de carne e minimizar nosso impacto ambiental? E que tipo de poder nós temos nesse sentido?

Michael Vinson se formou pela Universidade de Princeton, em 2011, em psicologia.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite: http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
19:03

Portuguese, Brazilian subtitles

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