O mito de Cupido e Psique — Brendan Pelsue
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0:07 - 0:10"A beleza é uma maldição."— pensou Psique,
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0:10 - 0:15enquanto olhava para a beira do penhasco
onde o pai a abandonara. -
0:15 - 0:19Nascera com uma perfeição física
tão completa -
0:19 - 0:25que era venerada como a nova encarnação
de Vénus, a deusa do amor. -
0:25 - 0:31Mas os humanos sentiam-se demasiado
intimidados para se aproximarem dela. -
0:31 - 0:34Quando o seu pai pediu conselhos
ao Oráculo de Apolo, -
0:34 - 0:37o deus da luz, razão e profecia,
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0:37 - 0:41ele disse-lhe para abandonar a sua filha
num penhasco rochoso, -
0:41 - 0:47onde casaria com um demónio cruel
e selvagem, parecido com uma serpente. -
0:47 - 0:52Sozinha no penhasco, Psique sentiu
a presença de Zéfiro, o vento do Oeste -
0:52 - 0:55erguê-la gentilmente pelo ar.
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0:55 - 0:58Deixou-a em frente de um palácio.
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0:58 - 1:02"Estás em casa"— falou uma voz invisível.
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1:03 - 1:08"O teu marido espera-te no quarto,
se te atreveres a ir conhecê-lo." -
1:08 - 1:12Ela era muito corajosa,
Psique disse a si mesma. -
1:12 - 1:16O quarto estava tão escuro que
não conseguia ver o seu marido, -
1:16 - 1:19mas não parecia de todo
ser uma serpente. -
1:19 - 1:23A sua pele era macia, e a sua voz
e os seus modos eram gentis. -
1:23 - 1:25Ela perguntou-lhe quem ele era,
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1:25 - 1:29mas ele disse-lhe que era a única
pergunta que nunca poderia responder. -
1:30 - 1:34Se o amasse, não precisaria
de saber. -
1:35 - 1:39As visitas dele continuaram,
noite após noite. -
1:39 - 1:42Passado algum tempo, Psique engravidou.
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1:43 - 1:46Ela rejubilou, mas sentiu-se num dilema.
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1:46 - 1:50Como podia criar uma criança com um
homem que nunca tinha visto? -
1:51 - 1:56Nessa noite, Psique aproximou-se do
marido adormecido com uma lamparina. -
1:57 - 2:00O que encontrou foi o deus Cupido,
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2:00 - 2:03que fazia os deuses e os humanos
desejarem-se uns aos outros -
2:03 - 2:06com a ponta das suas setas.
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2:06 - 2:11Psique largou a lâmpada, queimando
o Cupido com óleo quente. -
2:12 - 2:16Ele disse que a amava desde que
a sua ciumenta mãe, Vénus, -
2:16 - 2:21lhe pedira para humilhar a jovem
atingindo-a com uma seta. -
2:21 - 2:26Mas, cativado pela beleza de Psique,
o Cupido usou a seta em si mesmo, -
2:26 - 2:31embora não acreditasse que deuses e
humanos se pudessem amar como iguais. -
2:31 - 2:36Agora que ela via a sua forma verdadeira,
perdera-se a esperança de felicidade, -
2:37 - 2:39e então, ele fugiu.
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2:40 - 2:45Psique abandonou-se ao desespero,
quando a voz invisível voltou -
2:45 - 2:48e lhe disse que era, de facto, possível
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2:48 - 2:52que ela e o Cupido se amassem como iguais.
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2:53 - 2:55Com novo alento, foi à procura dele.
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2:55 - 3:01Mas Vénus intercetou Psique e disse-lhe
que ela e o Cupido apenas poderiam casar -
3:01 - 3:05se ela fizesse uma série
de tarefas impossíveis. -
3:06 - 3:12Primeiro, Psique tinha que separar
um monte de sementes numa só noite. -
3:13 - 3:15Quando estava a perder a esperança,
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3:15 - 3:21uma colónia de formigas apiedou-se dela e
ajudou-a com o trabalho. -
3:21 - 3:23Tendo feito a primeira tarefa com sucesso,
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3:23 - 3:27Psique tinha de trazer a Vénus
o velo do carneiro dourado, -
3:27 - 3:31que tinha a fama de esventrar
aventureiros perdidos, -
3:31 - 3:33mas um deus do rio mostrou-lhe como reunir
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3:33 - 3:36a lã que o carneiro deixava
nas roseiras-bravas, -
3:36 - 3:38e ela foi bem-sucedida.
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3:39 - 3:42Por fim, Psique tinha de viajar
ao Inferno -
3:42 - 3:46e convencer Proserpina,
a rainha dos mortos, -
3:46 - 3:50a colocar uma gota da sua beleza
numa caixa para Vénus. -
3:50 - 3:55Mais uma vez, a voz invisível veio
em auxílio de Psique. -
3:55 - 4:00Disse-lhe para trazer bolos de cevada para
Cérbero, o cão que guarda o Inferno -
4:00 - 4:07e moedas para pagar ao barqueiro Caronte
para a levar através do rio Estige. -
4:08 - 4:11Terminada a terceira e última tarefa,
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4:11 - 4:14Psique voltou ao mundo dos vivos.
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4:15 - 4:21À entrada do palácio de Vénus, abriu a
caixa com a beleza de Proserpina, -
4:21 - 4:25esperando ganhar alguma para si própria.
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4:25 - 4:29Mas a caixa continha apenas sono,
não beleza, -
4:29 - 4:31e Psique caiu na estrada.
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4:32 - 4:38O Cupido, já recuperado das queimaduras,
voou em direção à sua noiva adormecida. -
4:38 - 4:41Disse-lhe que tinha sido injusto e tolo.
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4:41 - 4:44A sua coragem face ao desconhecido
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4:44 - 4:47provava que era mais do que sua igual.
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4:48 - 4:55Cumpido deu-lhe ambrósia, o néctar dos
deuses, tornando-a imortal. -
4:55 - 4:59Pouco tempo depois,
Psique deu à luz a sua filha. -
4:59 - 5:01Deram-lhe o nome de Prazer.
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5:01 - 5:06E ela, o Cupido e Psique,
cujo nome significa "alma", -
5:06 - 5:10têm andado a complicar a vida amorosa
das pessoas desde então.
- Title:
- O mito de Cupido e Psique — Brendan Pelsue
- Description:
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Ver lição completa: https://ed.ted.com/lessons/the-myth-of-cupid-and-psyche-brendan-pelsue
Psique era de tal forma bela que era venerada como sendo a nova encarnação de Vénus, a deusa do amor. Mas os amantes humanos sentiam-se demasiado intimidados para se aproximarem dela, e Apolo recomendou a seu pai que a abandonasse num penhasco, onde casaria com um “demónio cruel e selvagem, parecido com uma serpente”. Mas a história de Psique acabou por ser muito mais interessante. Brendan Pelsue conta-nos o mito de Cupido e Psique.
Lição de Brendan Pelsue, animação de TED-Ed.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 05:32
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for The myth of Cupid and Psyche - Brendan Pelsue | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The myth of Cupid and Psyche - Brendan Pelsue | ||
Isabel Vaz Belchior accepted Portuguese subtitles for The myth of Cupid and Psyche - Brendan Pelsue | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The myth of Cupid and Psyche - Brendan Pelsue | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The myth of Cupid and Psyche - Brendan Pelsue | ||
Ana Veiga edited Portuguese subtitles for The myth of Cupid and Psyche - Brendan Pelsue | ||
Ana Veiga edited Portuguese subtitles for The myth of Cupid and Psyche - Brendan Pelsue |