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Brincar é mais do que diversão

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    Aqui vamos nós: uma visão da brincadeira.
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    Tem de ser uma coisa séria
    se o The New York Times
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    publica uma história na capa de domingo,
    17 de fevereiro, sobre brincar.
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    Na parte inferior pode ler-se.
    "É mais profundo que o sexo.
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    "Sério, mas perigosamente divertido.
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    "Uma caixa de areia
    para novas ideias sobre a evolução."
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    Nada mau, a não ser que quando olhamos
    para a capa, o que é que falta?
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    Veem alguns adultos?
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    Bem, vamos voltar ao século XV.
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    Isto é um pátio na Europa,
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    e uma mistura de 124 maneiras
    diferentes de brincar.
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    Todas as idades, brincadeiras individuais,
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    atividades físicas, jogos, zombarias.
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    Está tudo aqui acho
    que isto é uma imagem típica
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    do que era um pátio na altura.
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    Acho que podemos ter perdido
    qualquer coisa na nossa cultura.
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    Por isso vou levar-vos por
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    aquilo que penso que é uma sequência notável.
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    A norte de Churchill, Manitoba,
    em outubro e novembro,
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    não há gelo na Baía de Hudson.
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    Este urso polar que veem,
    este macho de 550 quilos,
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    é selvagem e está bastante faminto.
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    Norbert Rosing, um fotógrafo alemão,
    estava no local,
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    a fazer uma série de fotos dos seus huskies,
    que estavam presos.
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    À esquerda do cenário aparece
    este urso polar macho, selvagem,
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    com um olhar de predador.
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    Quem já tenha estado em África
    ou tenha sido perseguido por um cão raivoso,
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    há um tipo de olhar predatório fixo
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    que nos faz saber que estamos em sarilhos.
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    Mas do outro lado desse olhar predador,
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    há uma fêmea husky que arqueia o corpo
    e abana a cauda.
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    E acontece uma coisa muito invulgar.
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    Aquele comportamento fixo,
    — que é rígido e estereotipado
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    e acaba com uma refeição — muda.
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    Aquele urso polar põe-se de pé
    ao pé da husky,
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    sem as garras de fora,
    sem as presas à mostra
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    e começam um bailado incrível.
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    Um bailado de brincadeira.
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    Isto acontece na natureza:
    a brincadeira anula a natureza carnívora
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    e o que de outra forma seria
    uma curta luta até à morte.
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    Se observarem de perto, a husky expõe
    a sua garganta ao urso polar,
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    e se olharem ainda mais de perto,
    eles estão num estado alterado.
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    Estão num estado de brincadeira.
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    E é esse estado
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    que permite que estas duas criaturas
    explorem o possível.
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    Eles estão a começar a fazer uma coisa
    que nenhum deles teria feito
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    sem os sinais de brincadeira.
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    É um exemplo maravilhoso
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    de como um diferencial no poder
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    pode ser anulado pelo processo
    da Natureza que está em todos nós.
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    Então como é que me envolvi nisto?
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    John referiu que trabalhei
    com assassinos, e é verdade.
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    O assassino de Texas Tower abriu-me os olhos,
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    — em retrospetiva, quando estudámos
    os seus trágicos assassínios em massa —
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    para a importância de brincar,
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    na medida em que aquele indivíduo
    tinha sérias carências de brincar,
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    como descobrimos
    após vários estudos profundos.
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    Chamava-se Charles Whitman.
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    A nossa comissão, que consistia
    numa série de grandes cientistas,
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    sentiu no final daquele estudo
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    que a ausência de brincadeira e uma supressão progressiva de brincadeiras normais para o desenvolvimento
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    tinham-no levado a ser mais vulnerável
    à tragédia que perpetrara.
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    Essa descoberta resistiu ao teste do tempo,
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    infelizmente ainda em tempos
    mais recentes, na Virginia Tech.
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    Outros estudos de populações em risco
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    sensibilizaram-me
    para a importância de brincar,
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    mas eu ainda não tinha
    percebido bem o que era.
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    E passaram-se muitos anos a ouvir histórias de indivíduos sobre brincar
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    até eu começar a perceber que eu ainda não tinha um verdadeiro conhecimento sobre o assunto.
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    E não acho que qualquer um de nós tenha um verdadeiro conhecimento sobre o assunto, de maneira alguma.
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    Mas há formas de olhar para isto
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    que acho que vos conseguem dar -- que nos conseguem dar a todos uma taxonomia, uma forma de pensar sobre o assunto.
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    E esta imagem é, para humanos, o ponto inicial da brincadeira.
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    Quando aquela mãe e a criança fixam o olhar,
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    e a criança tem idade suficiente para ter um sorriso social,
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    o que acontece - espontaneamente - é a erupção de alegria por parte da mãe.
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    E ela começa a balbuciar e a fazer sons e a sorrir, e o bebé faz o mesmo.
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    Se os tivéssemos ligados a um electroencefalograma
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    a parte direita do cérebro de cada um deles fica em sintonia,
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    para que a alegria surja deste cenário precoce de brincadeira
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    e a fisiologia disto é algo que estamos a começar a compreender.
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    E gostava que pensassem que cada parte de uma brincadeira mais complexa
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    se constrói nesta base para nós humanos.
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    E agora vou guiá-los por uma certa forma de olhar para a brincadeira,
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    mas nunca é uma coisa singular.
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    Vamos observar o jogo corporal,
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    que é um desejo espontâneo de nos libertarmos da gravidade.
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    Isto é uma cabra montesa.
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    Se tiverem um dia mau, experimentem isto:
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    saltem para cima e para baixo, abanem-se -- vão-se sentir melhor.
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    E podem sentir-se como esta personagem,
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    que também só o faz porque lhe apetece.
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    Não tem um propósito particular, e é isso que é excelente na brincadeira.
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    Se o seu propósito é mais importante
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    do que o acto de o fazer, provavelmente não é brincadeira.
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    E aqui está um género diferente de brincar, brincar com objectos.
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    E este macaco japonês fez uma bola de neve,
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    e ele ou ela vai atirá-la de uma colina abaixo.
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    E -- eles não as atiram uns aos outros, mas isto é uma parte fundamental de ser brincalhão.
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    A mão humana, na manipulação de objectos,
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    é a mão em busca de um cérebro;
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    o cérebro procura uma mão;
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    e brincar é o meio pelo qual estes dois se ligam da melhor forma.
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    JPL (Jet Propulsion Laboratory da NASA) ouvimos esta manhã -- o JPL é um sítio incrível.
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    Eles designaram dois consultores,
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    Frank Wilson e Nate Johnson,
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    que são -- Frank Wilson é um neurologista, Nate Johnson é um mecânico.
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    Ele ensinou mecânica numa escola secundária em Long Beach,
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    e descobriu que os seus estudantes já não conseguiam resolver problemas.
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    E ele tentou descobrir porquê. E chegou à conclusão, sozinho,
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    que os estudantes que já não conseguiam resolver problemas, como consertar carros,
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    não tinham trabalhado com as suas mãos.
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    Frank Wilson escreveu um livro chamado "A Mão".
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    Eles juntaram-se -- o JPL contratou-os.
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    Agora o JPL, a NASA e a Boeing,
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    antes de contratarem alguém que solucione problemas de pesquisa e desenvolvimento --
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    mesmo que sejam summa cum laude (com honra e distinção) de Harvard ou da Cal Tech --
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    se não arranjaram carros, não fizeram coisas com as suas mãos na sua infância,
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    brincaram com as mãos, não sabem solucionar problemas tão bem.
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    Por isso brincar é prático, e é muito importante.
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    Uma das coisas sobre brincar é que nasce da curiosidade e da exploração.
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    Mas tem de ser uma exploração segura.
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    Isto até nem está mal -- ele é um rapazinho com interesses anatómicos
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    e aquela é a sua mãe. Outras situações não seriam tão boas.
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    Mas curiosidade, exploração, fazem parte da brincadeira.
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    Se querem integrar-se, precisam de jogos sociais.
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    E os jogos sociais são parte da razão de estarmos aqui hoje,
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    e é um subproduto da brincadeira.
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    Brincadeiras mais duras.
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    Estas leoas, vistas à distância, parecia que estavam a lutar.
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    Mas se olharem mais atentamente, estão como o urso polar e a husky:
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    sem garras, o pêlo está liso, olhos brandos,
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    boca aberta sem mostrar os dentes, movimentos de ballet,
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    movimentos curvilíneos -- tudo específico da brincadeira.
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    E as brincadeiras mais duras são uma óptima forma de aprendizagem para todos nós.
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    No infantário, por exemplo, os miúdos deviam mergulhar, bater, assobiar,
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    gritar, ser caóticos, e assim desenvolverem muita da sua regulação emocional
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    e muitos outros subprodutos sociais -- cognitivos, emocionais e físicos ---
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    que fazem parte das brincadeiras mais duras.
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    Brincadeiras de espectadores, brincadeiras rituais -- estamos envolvidos em algumas.
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    Aqueles de vocês que são de Boston sabem que este foi o momento -- raro --
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    em que os Red Sox ganharam o campeonato de basebol.
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    Mas olhem para as caras e linguagem corporal de toda a gente
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    nesta imagem desfocada, e temos a sensação de que estavam todos em campo.
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    Jogo imaginário.
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    Eu adoro esta imagem porque a minha filha, agora quase com 40 anos, está nesta imagem,
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    mas faz-me recordar as histórias que contava e a sua imaginação,
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    a sua habilidade para construir narrativas nesta idade -- na pré-escola.
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    Uma parte importante de saber brincar
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    é a brincadeira imaginária individual.
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    E eu adoro esta, porque também é por isto que existimos.
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    Todos temos uma narrativa interna que é a nossa história individual.
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    A unidade de inteligibilidade da maior parte dos nossos cérebros é a história.
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    Hoje estou-vos a contar uma história sobre brincar.
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    Bem, este bosquímano, acho que está a falar sobre o peixe que se escapou e que era daquele tamanho,
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    mas é uma parte fundamental da brincadeira.
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    Então o que é que brincar faz pelo cérebro?
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    Bem, muito.
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    Nós não sabemos grande parte do que faz pelo cérebro humano,
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    porque os fundos não são muito grandes para pesquisar a brincadeira.
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    Eu fui até Carnegie para pedir uma bolsa.
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    Eles tinham-me dado uma grande quando eu era um académico
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    para o estudo dos condutores alcoolizados que foram presos, e pensei que tinha um bom historial,
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    mas ao fim de meia hora de estar a falar sobre a brincadeira,
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    tornou-se óbvio que eles não estavam -- não achavam que brincar era uma coisa séria.
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    Eu acho que -- isto foi há alguns anos -- essa ideia pertence ao passado,
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    e a onda da brincadeira está a tomar forma,
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    porque existem alguns bons fundamentos científicos.
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    Nada estimula o cérebro como brincar.
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    Um jogo tridimensional activa o cerebelo,
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    transmite muitos impulsos ao lobo frontal --
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    a parte da execução -- ajuda a desenvolver a memória contextualizada,
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    e -- e, e, e.
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    Por isso -- para mim, tem sido uma aventura académica extremamente enriquecedora
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    olhar para a neurociência associada à brincadeira, e juntar pessoas
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    que nas suas disciplinas específicas não tinham pensado nela desta forma.
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    E isso faz parte do que é o National Institute for Play (Instituto Nacional para a Brincadeira).
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    E este é um dos caminhos como podemos estudar a brincadeira --
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    é fazer um electroencefalograma de 256 eléctrodos.
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    Desculpem-me por não ter um objecto mais lúdico, mas permite mobilidade
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    que estava limitada ao actual estudo da brincadeira.
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    E temos um cenário de brincadeira entre mãe e criança
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    que esperamos completar brevemente.
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    A razão de expor isto aqui também é para alinhar
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    os meus pensamentos sobre objectivar o que a brincadeira faz.
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    O mundo animal já o objectivou.
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    No mundo animal, se observarmos ratazanas,
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    que estão programadas para brincar durante um certo período dos seus anos juvenis
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    e se suprimirem a brincadeira --- elas chiam, elas lutam,
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    deitam-se abaixo, faz parte das suas brincadeiras.
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    Se impedirem esse comportamento num grupo de controlo,
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    e se o permitirem noutro grupo de controlo,
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    e se depois apresentarem às ratazanas
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    uma coleira com odor a gato,
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    elas nascem programadas para fugirem e esconderem-se.
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    Muito inteligentes -- não querem ser mortas por um gato.
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    O que é que acontece?
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    Escondem-se todas.
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    As que não brincam nunca mais saem --
  • 12:07 - 12:08
    elas morrem.
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    As que brincam exploram aos poucos o ambiente,
  • 12:12 - 12:15
    e recomeçam a testar as coisas.
  • 12:15 - 12:18
    Isso diz-me, pelo menos nas ratazanas --
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    e acho que elas têm os mesmos neurotransmissores que nós
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    e uma arquitectura cortical similar --
  • 12:23 - 12:26
    que brincar pode ser muito importante para a nossa sobrevivência.
  • 12:26 - 12:30
    E, e, e --- existem muitos mais estudos sobre animais de que vos posso falar.
  • 12:31 - 12:35
    Agora, isto é uma consequência da privação da brincadeira. (Riso)
  • 12:35 - 12:37
    Isto demorou muito tempo --
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    tive de pegar no Homer e fazer-lhe uma ressonância magnética funcional e uma PET
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    e múltiplos electroencefalogramas, mas como só vê televisão, o seu cérebro encolheu.
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    E nós sabemos que nos animais domésticos
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    e noutros, quando são privados da brincadeira,
  • 12:51 - 12:55
    eles não --- e também as ratazanas -- não desenvolvem um cérebro normal.
  • 12:56 - 13:01
    Então o programa diz que o oposto de brincar não é trabalho,
  • 13:01 - 13:03
    é a depressão.
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    E acho que se pensarmos na vida sem brincadeira --
  • 13:07 - 13:10
    sem humor, sem namoricos, sem filmes,
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    sem jogos, sem fantasia, sem, sem, sem.
  • 13:15 - 13:19
    Tentem imaginar uma cultura ou vida, adulta ou outra
  • 13:20 - 13:22
    sem brincadeira.
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    E o que é tão único sobre as nossas espécies
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    é que nós fomos desenhados para brincar durante toda a nossa vida.
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    E todos temos a capacidade de ver o sinal para brincar.
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    Todos compreendem este cão a quem tirei uma foto na praia de Carmel há umas semanas.
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    O que se vai seguir a este comportamento
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    é a brincadeira.
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    E podem confiar nele.
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    A base da confiança humana é estabelecida por meio de sinais de brincadeira.
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    E começamos a perder esses sinais, culturalmente ou de outra forma, em adultos.
  • 13:52 - 13:54
    É uma pena.
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    Eu acho que temos muito a aprender.
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    Vejam, a Jane Goodall com uma expressão de brincadeira junto a um dos seus chimpanzés favoritos.
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    Então parte do sistema de sinais da brincadeira
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    tem a ver com vocalizações, expressões, corpo, gestos.
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    Sabem, podem perceber -- e acho que quando estamos num jogo colectivo,
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    é mesmo importante para os grupos terem uma sensação de segurança
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    através da partilha dos seus próprios sinais de jogo.
  • 14:21 - 14:23
    Podem não conhecer esta palavra,
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    mas devia ser o vosso primeiro e último nome biológico.
  • 14:28 - 14:32
    Porque neotenia significa a retenção de qualidades imaturas na idade adulta.
  • 14:32 - 14:35
    E somos, dito por antropólogos físicos,
  • 14:35 - 14:38
    por muitos, muitos estudos, os mais neoténicos,
  • 14:38 - 14:43
    os mais juvenis, os mais flexíveis, as mais plásticas de todas as criaturas.
  • 14:43 - 14:46
    E por isso, as mais lúdicas.
  • 14:46 - 14:49
    E isto dá-nos vantagem sobre a adaptabilidade.
  • 14:50 - 14:53
    Ora, há uma forma de olhar para a brincadeira
  • 14:53 - 14:56
    que também quero destacar aqui,
  • 14:56 - 14:59
    que é a história da brincadeira.
  • 14:59 - 15:02
    A nossa história pessoal com a brincadeira é única,
  • 15:02 - 15:06
    e muitas vezes não pensamos muito nela, em particular.
  • 15:06 - 15:09
    Este é um livro escrito por um brincalhão inveterado
  • 15:09 - 15:11
    que dá pelo nome de Kevin Carroll.
  • 15:11 - 15:16
    Kevin Carroll cresceu em circunstâncias extremamente difíceis:
  • 15:16 - 15:20
    mãe alcoólatra, pai ausente, parte antiga de Filadélfia,
  • 15:20 - 15:23
    negro, teve de tomar conta do irmão mais novo.
  • 15:23 - 15:26
    Descobriu que quando olhava para o parque infantil
  • 15:26 - 15:29
    por uma janela à qual ele tinha sido confinado,
  • 15:29 - 15:31
    ele sentia algo diferente.
  • 15:31 - 15:34
    E perseguiu esse sentimento.
  • 15:34 - 15:37
    E a sua vida -- a transformação da sua vida
  • 15:37 - 15:42
    da privação e do que qualquer um esperaria -- potencialmente a prisão ou a morte --
  • 15:42 - 15:47
    ele tornou-se linguista, treinador dos 76ers e agora é orador motivacional.
  • 15:48 - 15:53
    Ele partilha que a brincadeira tem sido uma força transformadora
  • 15:53 - 15:56
    durante toda a sua vida.
  • 15:56 - 16:01
    E outra história sobre brincar que acho que é um trabalho em curso.
  • 16:03 - 16:06
    Aqueles que se lembram do Al Gore,
  • 16:06 - 16:11
    durante o primeiro mandato e durante a bem sucedida
  • 16:11 - 16:14
    mas falhada candidatura à presidência,
  • 16:14 - 16:19
    devem lembrar-se dele ser um bocado rígido e um pouco impessoal,
  • 16:19 - 16:21
    pelo menos em público.
  • 16:21 - 16:25
    E olhando para a sua história, que está em toda a imprensa,
  • 16:25 - 16:31
    parece-me, pelo menos -- analisando-o do ponto de vista de um psiquiatra --
  • 16:31 - 16:35
    que muita da sua vida foi programada.
  • 16:36 - 16:41
    Os verões eram difíceis, trabalho árduo, no calor dos verões do Tennessee.
  • 16:42 - 16:48
    Ele tinha as expectativas do pai que era senador em Washington D.C.
  • 16:48 - 16:51
    E apesar de pensar que ele teve certamente a capacidade para brincar --
  • 16:51 - 16:53
    porque eu sei alguma coisa sobre isso --
  • 16:53 - 16:57
    ele não foi tão capacitado, acho, como é agora
  • 16:57 - 17:01
    em prestar atenção ao que é a sua própria paixão
  • 17:01 - 17:04
    e aos seus impulsos internos,
  • 17:04 - 17:09
    onde acho que se baseia a história de brincadeira de todos nós.
  • 17:09 - 17:12
    O que eu gostava de vos encorajar a um nível individual,
  • 17:12 - 17:16
    é de explorarem o passado, tanto quanto vos for possível
  • 17:16 - 17:21
    para a imagem lúdica mais clara e alegre que tenham,
  • 17:21 - 17:24
    quer seja com um brinquedo, numa festa de anos ou de umas férias.
  • 17:24 - 17:27
    E comecem a construir a partir da emoção disso
  • 17:27 - 17:30
    até como ela se liga à vossa vida agora.
  • 17:30 - 17:33
    E vão descobrir, podem mudar de emprego --
  • 17:33 - 17:36
    que já aconteceu a algumas pessoas com quem fiz isto --
  • 17:36 - 17:39
    de forma a se sentirem mais capacitados por meio da brincadeira.
  • 17:39 - 17:43
    Ou podem ser capazes de enriquecer a vossa vida começando a estabelecer prioridades
  • 17:43 - 17:45
    e prestar-lhes atenção.
  • 17:45 - 17:48
    Muitos de nós trabalha em grupo, e falo nisto porque
  • 17:48 - 17:51
    a d.school, escola de design de Stanford,
  • 17:51 - 17:54
    graças ao David Kelley e a muitos outros
  • 17:54 - 17:57
    que foram visionários quando a criaram,
  • 17:57 - 17:59
    permitiram a alguns de nós juntarmo-nos
  • 17:59 - 18:03
    e criar um curso chamado "Da Brincadeira à Inovação."
  • 18:03 - 18:06
    E verão que este curso é para investigar
  • 18:06 - 18:10
    o estado de brincadeira dos humanos, que é como o do urso e da husky
  • 18:10 - 18:12
    e a sua importância no pensamento criativo:
  • 18:12 - 18:15
    "para explorar o comportamento lúdico, o seu desenvolvimento e a sua base biológica;
  • 18:15 - 18:18
    para aplicar esses princípios, pelo design do pensamento,
  • 18:18 - 18:20
    para promover a inovação no mundo empresarial;
  • 18:20 - 18:23
    e os estudantes vão trabalhar com parceiros do mundo real
  • 18:23 - 18:26
    em projectos de design com aplicações generalizadas."
  • 18:26 - 18:28
    Esta é a nossa viagem inicial.
  • 18:28 - 18:32
    Começámos isto há dois meses e meio, três, e tem sido muito divertido.
  • 18:32 - 18:35
    Aqui está o nosso melhor aluno, este labrador,
  • 18:35 - 18:39
    que ensinou a muitos de nós como é o estado de brincadeira,
  • 18:39 - 18:43
    e está ali um professor muito velho e decrépito a comandar.
  • 18:43 - 18:48
    E o Brendan Boyle, o Rich Crandall - e ali no lado direito está, acho, uma pessoa que
  • 18:48 - 18:53
    anda a conspirar com o George Smoot para ganhar um prémio Nobel -- o Stuart Thompson
  • 18:53 - 18:54
    em neurociência.
  • 18:54 - 18:56
    Então tivemos o Brendan, que é da IDEO,
  • 18:56 - 19:00
    e nós ali sentados ao lado a observar aqueles estudantes
  • 19:00 - 19:04
    enquanto punham em prática princípios lúdicos na aula.
  • 19:06 - 19:10
    E um dos seus projectos era
  • 19:10 - 19:13
    descobrir o que torna as reuniões aborrecidas
  • 19:13 - 19:16
    e tentar arranjar uma solução para isso.
  • 19:16 - 19:20
    Vamos ver a seguir um filme feito por um estudante
  • 19:20 - 19:23
    sobre isso.
  • 19:23 - 19:27
    Narrador: O fluir é o estado mental da aparição
  • 19:27 - 19:30
    no qual a pessoa está completamente imersa no que ele ou ela está a fazer.
  • 19:30 - 19:33
    Caracterizada por um sentido de enfoque energético,
  • 19:33 - 19:36
    envolvimento completo e sucesso no processo da actividade.
  • 19:40 - 19:43
    Um ponto-chave que descobrimos sobre reuniões
  • 19:43 - 19:46
    é que as pessoas as marcam umas atrás das outras,
  • 19:46 - 19:48
    interrompendo o dia.
  • 19:48 - 19:51
    Quem vai a reuniões não sabe quando é que volta à tarefa
  • 19:51 - 19:53
    que deixaram na sua secretária.
  • 19:53 - 19:56
    Mas não tem de ser assim.
  • 19:56 - 20:49
    (Música)
  • 20:49 - 20:52
    Alguns sábios e monges repetidamente peludos
  • 20:52 - 20:54
    neste lugar chamado d.school
  • 20:54 - 20:58
    desenharam uma reunião de onde podem literalmente sair quando acaba.
  • 20:59 - 21:03
    Dispam a reunião, e ganhem paz de espírito para conseguirem voltar para mim.
  • 21:04 - 21:06
    Porque quando precisarem outra vez,
  • 21:06 - 21:10
    a reunião vai estar literalmente pendurada no vosso roupeiro.
  • 21:12 - 21:14
    A Reunião de Vestir.
  • 21:14 - 21:18
    Porque quando a vestem, obtêm imediatamente tudo o que precisam
  • 21:18 - 21:21
    para terem uma reunião divertida, produtiva e útil.
  • 21:21 - 21:24
    Mas quando a despem --
  • 21:24 - 21:26
    é quando a verdadeira acção acontece.
  • 21:26 - 21:32
    (Música)
  • 21:32 - 21:35
    (Risos) (Aplausos)
  • 21:35 - 21:38
    Stuart Brown: Por isso encorajo-vos a todos
  • 21:41 - 21:43
    a envolverem-se
  • 21:43 - 21:46
    não no diferencial trabalho-brincadeira --
  • 21:46 - 21:49
    onde vocês reservam um tempo para brincar --
  • 21:49 - 21:52
    mas no estado em que a vossa vida se torna inspirada
  • 21:52 - 21:56
    minuto a minuto, hora a hora,
  • 21:56 - 21:58
    com o corpo,
  • 21:58 - 22:00
    objectos,
  • 22:00 - 22:05
    por via social, fantasia, com tipos de brincadeiras que vos transformem.
  • 22:05 - 22:09
    E acho que terão uma vida melhor e mais capacitada.
  • 22:09 - 22:11
    Obrigado.
  • 22:11 - 22:18
    (Aplausos)
  • 22:18 - 22:21
    John Hockenberry: Parece-me que o que está a afirmar é que
  • 22:21 - 22:25
    poderá haver alguma tentação da parte das pessoas para olhar para o seu trabalho
  • 22:25 - 22:27
    e pensarem --
  • 22:27 - 22:32
    Eu acho que já ouvi isto, no meu género de compreensão psicológica pop da brincadeira,
  • 22:32 - 22:34
    que de alguma forma,
  • 22:34 - 22:37
    a forma como os animais e humanos lidam com a brincadeira,
  • 22:37 - 22:40
    é de certa forma um ensaio para a actividade adulta.
  • 22:40 - 22:43
    O seu trabalho parece sugerir que isso é completamente errado.
  • 22:43 - 22:46
    SB: Sim, acho que não é exacto,
  • 22:46 - 22:49
    e acho que talvez por terem sido os animais a ensinarem-nos isso.
  • 22:49 - 22:53
    Se impedirem um gato de brincar --
  • 22:53 - 22:57
    o que podem fazer, e todos nós sabemos como os gatos brincam com as coisas --
  • 22:57 - 23:02
    eles seriam tão bons predadores como seriam se não tivessem brincado.
  • 23:02 - 23:04
    E se imaginarem um miúdo
  • 23:04 - 23:07
    a fazer de conta que é o King Kong,
  • 23:07 - 23:10
    ou um piloto de automóveis, ou um bombeiro,
  • 23:10 - 23:13
    nem todos eles se tornam pilotos de automóveis ou bombeiros, sabem.
  • 23:14 - 23:19
    Então há uma desconexão entre a preparação para o futuro --
  • 23:19 - 23:22
    que é com o que a maioria se sente confortável ao pensar sobre o que é a brincadeira --
  • 23:22 - 23:26
    e pensar nisso como sendo uma entidade biológica à parte.
  • 23:26 - 23:31
    E foi quando eu observei animais durante quatro, cinco anos,
  • 23:31 - 23:36
    que mudei realmente a minha perspectiva de uma vertente clínica para aquilo que sou agora,
  • 23:36 - 23:40
    que significa acreditar que a brincadeira tem um lugar biológico,
  • 23:40 - 23:43
    tal como o sono e os sonhos têm.
  • 23:43 - 23:48
    E se olharmos para o sono e para os sonhos biologicamente,
  • 23:48 - 23:50
    os animais dormem e sonham,
  • 23:50 - 23:53
    e eles ensaiam e eles fazem outras coisas que ajudam a memória
  • 23:53 - 23:56
    e que são uma parte muito importante do sono e dos sonhos.
  • 23:56 - 23:59
    O próximo passo da evolução dos mamíferos e
  • 23:59 - 24:03
    das criaturas com neurónios divinamente supérfluos
  • 24:03 - 24:06
    será para brincar.
  • 24:06 - 24:09
    E o facto de que o urso polar e a husky ou uma pega e um urso
  • 24:09 - 24:15
    ou eu e você e os nossos cães poderem avançar e ter essa experiência
  • 24:15 - 24:18
    põe a brincadeira de parte como uma coisa separada.
  • 24:18 - 24:22
    E é muito importante na aprendizagem e a modelagem do cérebro.
  • 24:22 - 24:25
    Então não é só uma coisa que se faz nos tempos livres.
  • 24:25 - 24:28
    JH: Como é que mantém -- e eu sei que faz parte da comunidade de pesquisa científica,
  • 24:28 - 24:33
    e que tem de justificar a sua existência com prémios e propostas como todos os outros --
  • 24:33 - 24:35
    como é que previne --
  • 24:35 - 24:41
    e alguns dos dados que obteve, a base científica de que falou e que obteve, é difícil de lidar com eles.
  • 24:41 - 24:45
    Como é que evita que a interpretação tanto dos media do seu trabalho
  • 24:45 - 24:51
    como da interpretação da comunidade científica das implicações do seu trabalho,
  • 24:51 - 24:54
    tipo a metáfora do Mozart,
  • 24:54 - 24:57
    onde "Oh, as ressonâncias magnéticas mostram
  • 24:57 - 25:00
    que brincar melhora a nossa inteligência.
  • 25:00 - 25:02
    Bem, vamos reunir os miúdos, pô-los em jaulas
  • 25:02 - 25:06
    e fazê-los brincar durante uns meses; eles vão ser todos génios e vão para Harvard."
  • 25:06 - 25:09
    Como é que evita que as pessoas façam coisas deste género
  • 25:09 - 25:11
    baseadas nos dados que desenvolve?
  • 25:11 - 25:14
    SB: Bem, eu acho que a única forma de o fazer
  • 25:14 - 25:17
    é de ter reunido os conselheiros que tenho
  • 25:17 - 25:19
    que vão desde profissionais de saúde --
  • 25:19 - 25:23
    que podem assegurar brincadeiras de improviso, ou de palhaços ou seja o que for --
  • 25:23 - 25:25
    um estado de brincadeira.
  • 25:25 - 25:27
    E as pessoas sabem que está ali.
  • 25:27 - 25:31
    E depois arranjamos um especialista de ressonâncias magnéticas funcionais e o Frank Wilson
  • 25:31 - 25:36
    e também chamamos outros grandes cientistas, incluindo neuroendocrinologistas.
  • 25:36 - 25:42
    E trazemo-los para um grupo que aborda a brincadeira,
  • 25:42 - 25:46
    e é muito difícil não levar aquilo a sério.
  • 25:46 - 25:49
    Infelizmente, isso não foi suficientemente feito
  • 25:49 - 25:52
    pelo National Science Foundation, nem pelo National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental)
  • 25:52 - 25:55
    ou nenhum outro organismo de olhar para isto de forma séria.
  • 25:55 - 26:01
    Quer dizer, vocês não ouvem nada sobre como o cancro ou as doenças cardíacas
  • 26:01 - 26:03
    estão associadas com a brincadeira.
  • 26:03 - 26:08
    E no entanto, eu vejo que é uma coisa tão básica para a sobrevivência - a longo prazo --
  • 26:08 - 26:12
    como aprender sobre as coisas básicas de saúde pública.
  • 26:12 - 26:14
    JH: Stuart Brown, muito obrigado.
  • 26:14 - 26:16
    (Aplausos)
Title:
Brincar é mais do que diversão
Speaker:
Stuart Brown
Description:

Um pioneiro na investigação do brincar, Stuart Brown diz que o humor, os jogos, as zangas, os namoricos e a fantasia são mais do que diversão. Brincar muito na infância cria adultos felizes e inteligentes — e manter a diversão pode tornar-nos mais inteligentes em qualquer idade.

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English
Team:
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Project:
TEDTalks
Duration:
26:26
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