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Cao Fei em: "Fantasia" - Temporada 5 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21

  • 0:12 - 0:16
    Prezados senhoras e senhores,
    eu sou China Tracy, o avatar de Cao Fei,
  • 0:17 - 0:19
    e eu sou a intérprete dela.
  • 0:19 - 0:24
    ♪ (música hip-hop) ♪
  • 0:25 - 0:28
    Nossa geração cresceu em um ambiente
    flúido e mutável
  • 0:28 - 0:30
    onde culturas se misturam e divergem.
  • 0:35 - 0:38
    A cultura pop vem se espalhando
    rapidamente por todos os cantos da China.
  • 0:38 - 0:41
    Quando eu era pequena,
    saía de casa e ia aprender dança de rua.
  • 0:46 - 0:49
    Mais tarde, me apaixonei pelo hip-hop.
  • 0:52 - 0:54
    Eu vejo o mundo com senso de humor;
  • 0:54 - 0:59
    a cultura de rua é uma forma de expressão
    natural, selvagem e espontânea.
  • 1:01 - 1:04
    É como a prática do sampling no hip-hop,
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    que consiste em misturar
    várias coisas diferentes.
  • 1:08 - 1:09
    Em clipes musicais,
  • 1:09 - 1:12
    visualidade, construção, música e
    simbolismo
  • 1:12 - 1:15
    são mesclados em um único processo.
  • 1:18 - 1:22
    Talvez a música tome o lugar de
    parte da narrativa e emoção.
  • 1:23 - 1:27
    A música se torna uma parte
    muito emotiva do trabalho.
  • 1:28 - 1:31
    Se eu tivesse crescido
    focando apenas na escrita,
  • 1:31 - 1:34
    ou fotografia, ou imagens estáticas,
  • 1:34 - 1:37
    minha forma de pensar seria totalmente
    diferente.
  • 1:41 - 1:46
    ♪ (música em chinês) ♪
  • 1:46 - 1:48
    Eu havia acabado de terminar a
    faculdade e
  • 1:48 - 1:51
    tive a oportunidade de
    ser exposta ao mercado de trabalho.
  • 1:51 - 1:55
    Senti o gostinho da vida real
    de forma muito próxima e íntima,
  • 1:55 - 1:59
    e senti que poderia criticar
    a realidade através da minha arte.
  • 2:00 - 2:02
    Olhando para trás, anos depois,
  • 2:02 - 2:05
    a crítica parece um pouco severa,
    talvez até direta demais.
  • 2:06 - 2:08
    Mas meus trabalhos seguintes
    passaram a retratar
  • 2:08 - 2:11
    uma compreensão mais profunda da
    sociedade como um todo,
  • 2:11 - 2:16
    e são bastante diferentes da abordagem
    impulsiva que eu tinha inicialmente.
  • 2:17 - 2:23
    ♪ (música de dedilhado) ♪
  • 2:33 - 2:36
    Depois que fiz o primeiro
    "Hip-Hop Project",
  • 2:36 - 2:38
    comecei a trabalhar com cosplayers.
  • 2:39 - 2:42
    No chinês, nós traduzimos "cosplay" para
    interpretação de papéis.
  • 2:42 - 2:46
    Esse costume vem de uma geração sob a
    influência de desenhos animados.
  • 2:49 - 2:52
    Nem o cosplay nem o hip-hop
    são nativos da China,
  • 2:52 - 2:53
    mas, quando os fazemos,
  • 2:53 - 2:57
    sentimos que se tornaram
    bastante nativos e originais.
  • 3:00 - 3:02
    Eu tinha um trabalho de
    meio período
  • 3:02 - 3:05
    como diretora artística para uma
    empresa de publicidade.
  • 3:05 - 3:09
    Quando íamos a campo, nos deparávamos com
    cenas de paisagens em ruínas.
  • 3:10 - 3:13
    Aqueles lugares me marcaram profundamente.
  • 3:13 - 3:16
    Essas situações e paisagens
    são muito importantes para
  • 3:16 - 3:19
    entender os personagens e
    como eles se relacionam uns com os outros.
  • 3:24 - 3:25
    Até mesmo na vida real,
  • 3:25 - 3:29
    os cosplayers interpretam
    seus personagens tão intensamente
  • 3:29 - 3:33
    que carregam as identidades deles
    para suas vidas cotidianas.
  • 3:34 - 3:36
    É um tipo novo de
    inversão de papéis,
  • 3:36 - 3:39
    que acaba refletindo a insatisfação
    das gerações mais novas
  • 3:39 - 3:41
    quanto a seus papéis na
    vida real.
  • 3:44 - 3:47
    O cosplay evidencia as diferenças entre
    essas duas gerações.
  • 3:47 - 3:52
    Nenhuma das duas está disposta a
    ceder para entrar em acordo com a outra.
  • 3:57 - 4:00
    Quando recebi um convite da
    Siemens electric,
  • 4:00 - 4:03
    comecei a trabalhar no vídeo
    "A Utopia de Quem?".
  • 4:03 - 4:07
    Achei que seria uma boa oportunidade para
    gravar dentro de uma fábrica,
  • 4:07 - 4:09
    o que costuma ser muito difícil,
  • 4:09 - 4:13
    já que existe um alto nível de
    protecionismo comercial.
  • 4:15 - 4:19
    Não fiz o vídeo para expor a fábrica ou
    proferir o politicamente correto,
  • 4:19 - 4:22
    o fiz em uma tentativa de
    analizar essa realidade
  • 4:22 - 4:25
    de vários ângulos diferentes:
    a forma como trabalhadores estão
  • 4:25 - 4:29
    constantemente à procura de
    chances e oportunidades para sobreviver.
  • 4:29 - 4:36
    ♪ (música de piano) ♪
  • 4:42 - 4:44
    Também existe
    esse aspecto de "avatar",
  • 4:44 - 4:47
    onde os trabalhadores
    dão vida a suas fantasias.
  • 4:48 - 4:51
    Eu sinto que eles
    realmente valorizam
  • 4:51 - 4:54
    esse tipo de oportunidade onde
    podem se redescobrir.
  • 4:58 - 5:00
    Por trás de uma empresa que
    deixa artistas
  • 5:00 - 5:03
    criarem obras usando a fábrica como
    plano de fundo,
  • 5:03 - 5:06
    existe a tentativa de estabelecer uma
    cultura coorporativa.
  • 5:08 - 5:11
    O que os artistas fazem na
    vida real e no meio artístico
  • 5:11 - 5:14
    não é tão importante assim para a
    empresa.
  • 5:14 - 5:18
    O que importa é
    o projeto que é criado.
  • 5:18 - 5:24
    ♪ (música de piano) ♪
  • 6:05 - 6:06
    Meu compositor
    Zhang Anding
  • 6:06 - 6:09
    me introduziu ao
    Second Life em 2006.
  • 6:09 - 6:12
    Ele estava comprando um terreno
    em um jogo online,
  • 6:12 - 6:16
    e me disse que ele podia construir nele
    e viver uma segunda vida.
  • 6:18 - 6:20
    Logo em seguida,
    criei essa conta,
  • 6:20 - 6:23
    minha conta chamada
    China Tracy
  • 6:24 - 6:28
    Eu fiquei absolutamente encantada e
    fascinada por tudo desde o início.
  • 6:28 - 6:30
    Comecei aprendendo o básico:
  • 6:30 - 6:33
    como dar meus primeiros passos e
    como falar com pessoas.
  • 6:33 - 6:37
    Todo o processo foi
    super cativante e estimulante.
  • 6:37 - 6:40
    China é seu sobrenome,
    Tracy, o primeiro nome.
  • 6:40 - 6:44
    Eu escolhi entrar nesse mundo virtual
    como uma pessoa ordinária
  • 6:44 - 6:46
    para ver
    o que acontecia por lá.
  • 6:48 - 6:51
    No início, tinha à minha disposição
    algumas personagens pré-prontas
  • 6:51 - 6:56
    que um novo usuário do Second Life
    pode escolher quando cria seu avatar.
  • 6:56 - 6:58
    Ao longo do tempo,
    gastei muito dinheiro
  • 6:58 - 7:02
    comprando a pele, os olhos,
    o corpo e até os órgãos sexuais dela,
  • 7:02 - 7:04
    para a dar um
    visual moderno.
  • 7:05 - 7:09
    ♪ (música relaxante) ♪
  • 7:10 - 7:13
    "iMirror", meu documentário feito no
    Second Life,
  • 7:13 - 7:15
    tem uma perspectiva
    feminina.
  • 7:15 - 7:19
    Nesse documentário, você verá um grande
    senso de indiviudalidade,
  • 7:19 - 7:21
    o uso do meu próprio corpo,
    de mim mesma,
  • 7:21 - 7:23
    para explorar esse
    mundo.
  • 7:30 - 7:32
    Eu encontrei o
    Hug Yue
  • 7:32 - 7:36
    enquanto eu explorava o mundo
    na minha jornada on-line.
  • 7:36 - 7:39
    Eu vi um homem muito bonito
    tocando piano.
  • 7:40 - 7:44
    Fui cativada pela música do piano,
    que era muito romântica.
  • 7:45 - 7:48
    Em silêncio e em segredo,
    mantive distância
  • 7:48 - 7:51
    enquanto filmava a cena
    dele tocando piano.
  • 7:51 - 7:54
    Depois de um tempo,
    ele convidou China Tracy para dançar.
  • 7:54 - 7:56
    Começamos a conversar,
  • 7:56 - 7:59
    e eu achei ele um cavalhero com
    um ótimo senso de humor.
  • 8:01 - 8:04
    Existem várias histórias românticas como
    essa no Second Life,
  • 8:04 - 8:06
    entre um avatar masculino e
    um avatar feminino.
  • 8:06 - 8:08
    Mas, talvez,
    por trás das cortinas,
  • 8:08 - 8:12
    as pessoas podem fingir ser
    quem não são.
  • 8:13 - 8:17
    Apesar disso, o romance
    ainda floresce entre esses dois avatares,
  • 8:17 - 8:18
    como o que aconteceu com
    mim e Hug Ye,
  • 8:18 - 8:22
    por mais que não tenha acabado em
    um relacionamento de verdade.
  • 8:24 - 8:27
    Acabei descobrindo que
    ele tinha 67 anos,
  • 8:27 - 8:29
    um cara bem velho na
    vida real.
  • 8:29 - 8:32
    Ele é um comunista,
    grande fã de Marx,
  • 8:32 - 8:35
    e frequentemente usava uma
    camisa com uma imagem de Marx.
  • 8:37 - 8:40
    Conheci tanto seu lado romântico
    quanto seu lado idealista,
  • 8:40 - 8:44
    também tive a impressão de que ele era
    bastante politizado e cuidadoso,
  • 8:44 - 8:48
    um tipo de, nas palavras de Mao,
    Heróismo romântico.
  • 8:51 - 8:54
    Através do "iMirror",
    você pode conhecer o mundo digital.
  • 8:54 - 8:58
    Tudo é muito mais intenso do que no
    mundo real.
  • 8:58 - 9:00
    É muito mais frenético e
    selvagem,
  • 9:00 - 9:03
    é por isso que tantas pessoas gostam
    do Second Life.
  • 9:04 - 9:07
    No jogo, elas tentam encontrar um
    estilo de vida que os faça sentir
  • 9:07 - 9:10
    as emoções que
    queriam sentir na vida real.
  • 9:12 - 9:17
    Mas, no final das contas,
    você verá que esse desejo é inalcançável.
  • 9:17 - 9:22
    ♪ (música melancólica) ♪
  • 9:27 - 9:31
    A Cidade RMB foi criada enquanto eu ainda
    estava explorando o Second Life
  • 9:36 - 9:39
    Eu me perguntava se podia criar
    minha própria comunidade
  • 9:39 - 9:41
    e minha própria cidade
    por conta própria.
  • 9:41 - 9:44
    Então comecei a imaginar
    como essa cidade seria.
  • 9:44 - 9:50
    ♪ (música divertida) ♪
  • 9:55 - 10:00
    Em 2007, o vídeo da Cidade RMB
    estava praticamente pronto.
  • 10:00 - 10:04
    Era uma ideia, um rascunho
    de como seria a aparência da cidade.
  • 10:11 - 10:15
    O vídeo retrata a construção e o
    desenvolvimento de um centro urbano
  • 10:15 - 10:19
    com todas as suas implicações:
    investimentos, expansão, superprodução.
  • 10:21 - 10:24
    O mais importante é conseguir
    fazer uma cidade imaginária
  • 10:24 - 10:26
    funcionar tão bem quanto
    uma cidade real.
  • 10:34 - 10:36
    De início,
    fizemos uma lista
  • 10:36 - 10:40
    contemplando todas as necessidades
    para a construção da cidade,
  • 10:40 - 10:44
    como construções e monumentos
    que queríamos colocar na paisagem.
  • 10:45 - 10:51
    ♪ (música experimental) ♪
  • 10:57 - 10:58
    Fizemos o
    planejamento urbano
  • 10:58 - 11:03
    usando colagens que
    combinavam todos esses elementos.
  • 11:03 - 11:06
    Nosso próximo passo foi
    usar um software de modelagem
  • 11:06 - 11:10
    para construir modelos tridimensionais
    baseados nos nossos designs.
  • 11:11 - 11:14
    Então, passamos o software para
    nossos arquitetos virtuais,
  • 11:14 - 11:16
    para que fizessem o upload no
    Second Life.
  • 11:22 - 11:25
    Eu queria que fosse um
    ambiente aberto
  • 11:25 - 11:29
    onde você pode adicionar objetos para
    dar vida a suas ideias.
  • 11:30 - 11:33
    Agora estamos em um estágio onde
    devemos seguir nosso coração,
  • 11:33 - 11:34
    ou, como disse
    Deng Xiaoping
  • 11:34 - 11:37
    "Atravessar o rio
    usando as pedras como guia"
  • 11:44 - 11:46
    Veja o nosso modelo de governo,
    por exemplo.
  • 11:47 - 11:50
    Cada prefeito servirá um mandato de
    três meses na Cidade RMB,
  • 11:50 - 11:52
    sendo livre para fazer
    suas próprias leis e decisões
  • 11:52 - 11:55
    ou ter sua própria interpretação
    da cidade.
  • 11:56 - 11:58
    Isso também me livra da
    responsabilidade
  • 11:58 - 12:01
    de ter que manter a cidade
    em controle.
  • 12:02 - 12:04
    Não existirão partidos,
  • 12:04 - 12:06
    nós teremos uma bancada de
    diretores.
  • 12:06 - 12:11
    Nosso sistema judicial contará com um juiz
    inspirado no lendário Bao Gong,
  • 12:11 - 12:14
    o espírito chinês da justiça.
  • 12:18 - 12:22
    A Cidade RMB se parece bastante com
    a pintura da Dinastia Han,
  • 12:22 - 12:24
    com nuvens e névoa,
    montes e rios,
  • 12:24 - 12:27
    e a relação harmônica entre
    humanos e natureza.
  • 12:27 - 12:29
    Isso me fez pensar se
    essas ideias
  • 12:29 - 12:32
    estão enraizadas na forma com que os
    asiáticos pensam.
  • 12:34 - 12:36
    Sempre estive procurando por
    essas conexões,
  • 12:36 - 12:40
    as diferenças e similaridades
    entre o futuro e o presente,
  • 12:40 - 12:42
    o Oriental e o Ocidental.
  • 12:49 - 12:53
    RMB é a abreviação para a moeda chinesa,
    o Renminbi.
  • 12:54 - 12:56
    "Renmin" significa o povo,
    a população,
  • 12:57 - 13:01
    e o "R" pode significar
    república ou revolução.
  • 13:01 - 13:04
    Em chinês, o nome soa como
    "A cidade do povo".
  • 13:04 - 13:07
    No fim, ela acaba tendo vários
    significados por associação.
  • 13:07 - 13:09
    Eu acho que soa como
    "remember city",
  • 13:09 - 13:11
    uma cidade de memórias.
  • 13:14 - 13:17
    Eu não acho que construir
    minha própria cidade
  • 13:17 - 13:19
    seja uma forma de
    individualismo.
  • 13:19 - 13:21
    Acredito que seja uma forma de
    reconhecer
  • 13:21 - 13:24
    a crença e a prática da
    democracia.
  • 13:25 - 13:28
    Acredito que esse projeto
    sevirá de alicerce
  • 13:28 - 13:31
    para o experimento de
    práticas utópicas.
Title:
Cao Fei em: "Fantasia" - Temporada 5 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21
Description:

A Art21 apresenta com orgulho um segmento de artista, estrelando Cao Fei, do episódio "Fantasia" da Temporada 5 da série "Arte no Século Vinte e Um".

"Fantasia" estreou em Outubro de 2009 na PBS.

"Prezados senhoras e senhores, eu sou China Tracy—o avatar de Cao Fei—e eu sou a sua intérprete." O alter-ego digital do "Second Life" de Cao Fei traduz para o inglês os pensamentos da artista chinesa durante o segmento, guiando o espectador por sete de seus projetos multimídia.

Cao Fei nasceu em Guangzhou, na China, em 1978. Aprenda mais sobre a artista em: https://art21.org/artist/Cao-Fei

CREDITS
Created by: Susan Sollins & Susan Dowling. Executive Producer & Curator: Susan Sollins. Series Producer: Eve-Laure Moros Ortega. Associate Producer: Migs Wright. Associate Curator: Wesley Miller. Production Manager: Nick Ravich. Production Coordinator: Larissa Nikola-Lisa. Consulting Director: Catherine Tatge. Editor: Mark Sutton. Director of Photography: Takahisa Araki, Martial Barrault, Kurt Branstetter, Robert Elfstrom, Mark Falstad, Miguel Sanchez-Martin, Ian Serfontein, & Joel Shapiro. Additional Photography: Frank Dellario, Brian Hwang, & Clair Popkin. Sound: Tom Bergin, Ray Day, Steve “Major” Giammaria, Heidi Hesse, Mark Mandler, Roger Phenix, & Paul Stadden. Assistant Camera: Agnès Jammal, Jin Long Nan, Clair Popkin, Nick Skolnick, Adriano Vasquez, & Jean-Pierre Vial. Grip: Scott Barhends & Bill Frye. Field Producer: David Howe. Cao Fei Interview & Translation: Phil Tinari & Xiaotong Wang.

Major underwriting for Art in the Twenty-First Century Season Five provided by: National Endowment for the Arts; Public Broadcasting Service; Agnes Gund; Bloomberg; The Nathan Cummings Foundation; The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts; The Broad Art Foundation; Korea Foundation; & The Horace W. Goldsmith Foundation.

Full credits available at https://art21.org/watch/art-in-the-tw...

#CaoFei #Fantasy #Art21

SHOP EXCLUSIVE ART21 MERCH: https://shop.art21.org

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
14:43

Portuguese, Brazilian subtitles

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