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Robert Ryman:
O verdadeiro propósito da pintura é…
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é dar prazer.
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Quer dizer, esse é realmente o...
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o ponto principal.
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Quer dizer, pode existir uma história,
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você sabe, pode existir muita história por trás dela,
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pode existir…
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mas quando ela, você sabe quando ela…
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você não precisa saber todas essas coisas para…
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para receber prazer de uma pintura.
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É como escutar música.
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Você não precisa saber a partitura
de uma sinfonia para apreciá-la
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Você pode apenas ouvir os sons.
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Em Nashville, quando eu estava crescendo,
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não se ouvia nada além
de música country no rádio
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e nos jukeboxes naquela época e eu
nunca estive realmente interessado nisso.
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Eu estava mais interessado em jazz.
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Eu caçava até tarde da noite
tentando achar no rádio
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uma estação de Nova York ou algo assim
onde eu pudesse escutar outra coisa.
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Era a música que era mais
interessante para mim do que…
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do que a pintura, que eu nunca tinha visto.
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Então eu vim para Nova York,
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era a música a coisa mais importante.
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Eu tocava bop… bebop. (risadas)
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você sabe, eu era… Charlie Parker e Zoot Sims,
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(risadas)
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e eu acho que isso teve uma influência na
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minha abordagem na pintura, porque
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você tocou numa estrutura e
você aprendeu seu instrumento
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e depois você tocou dentro da estrutura.
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Bem, parecia algo lógico
começar a pintar dessa forma.
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Você sabe, eu aprendia sobre tinta e depois
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eu aprendia sobre o que
poderia ser feito com tinta.
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Na pintura, algo precisa parecer
fácil, mesmo que possa não ser fácil.
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Essa é uma parte importante da pintura,
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que ela tem que ter esse sentimento de…
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como se só tivesse acontecido.
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Era quando eu estava tocando,
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nós dizíamos “canções”, ninguém
mais usa o termo “canções”,
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você sabe, quer dizer "músicas".
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Se alguém está cantando algo
e contando uma história
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e é muito similar à
pintura representativa em que,
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você sabe, você conta uma história
com a tinta e com símbolos.
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Eu não estava interessado em pintar uma narrativa,
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contar uma história com a pintura.
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Eu pensava que a pintura devia
ser apenas sobre o que ela é e não (risadas)
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não sobre outras coisas.
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Uma coisa que eu aprendi da música
e que eu carreguei para a pintura foi,
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se você é um animador, você tem que animar.
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Eu não queria fazer isso.
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O outro modo era apenas
fazer o que quer que você quisesse
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e o público tinha que vir até você ou não.
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E essa… essa foi minha abordagem
desde o começo.
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Eu não seria um animador.
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Em todas as minhas pinturas eu descubro coisas.
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Às vezes eu fico surpreso com o resultado,
mas eu sei o que estou fazendo.
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(risadas) Mesmo que eu deixe… mesmo
que eu não saiba o que eu estou fazendo.
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(risadas)
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Minha abordagem sempre tende
a partir de experimentos.
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Eu geralmente faço muitos testes
antes de fazer as pinturas.
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Testes de tintas para ver qual é a melhor
coisa para se usar em certo material,
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como a fixação vai funcionar,
como a luz vai funcionar.
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Eu não estou envolvido com nenhum
tipo de movimento artístico, ou…
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ou eu não sou um acadêmico
e eu não sou um historiador.
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Eu só vejo isso como resolver problemas
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e trabalhar na pintura
e uma experiência visual.
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Eu não tenho nenhum assistente.
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Gosto de fazer tudo eu mesmo.
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Gosto de saber o que está havendo o tempo todo.
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Está progredindo. (risadas)
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Quando estava apenas começando a pintar, eu
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eu pensava eu tenho que
deixar de ter medo da tinta.
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Deixar de ter medo do custo da tinta, você sabe,
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deixar de ter medo de desperdiçá-la e eu…
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Eu espalhava um pouco na
minha mão e só colocava em…
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só...
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desperdiçava um pouco de tinta, por
assim dizer, para não ter mais medo dela.
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Eu gosto de fazer algo que eu
não sei exatamente como fazer.
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Quando eu termino o problema,
eu não tenho que continuar com ele.
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Eu estou mais interessado em descobrir
o que mais eu posso fazer que…
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que seja mais como um desafio para mim.
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Eu nunca mostraria uma pintura
da qual eu não me sentisse seguro.
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Eu nunca deixaria isso acontecer.
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Talvez tenham algumas pinturas que eu
destruí ao longo dos anos que…
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algumas eu queria não ter destruído mas
não era que as pinturas não fossem boas,
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mas elas não eram o que
eu queria no momento, então eu…
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você sabe, eu as rejeitei.
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Mas normalmente eu trabalho nelas
para que elas fiquem boas.
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Ryman: Você poderia pegar os
pontos quentes, meio que mover…
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mover os pontos quentes para baixo para que
a parede fique mais uniforme e não tão quente no topo?
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Homem: Isso é fácil.
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Ryman: Eu trabalho com luz real.
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Quer dizer, a luz não está realmente pintada
na pintura de uma forma ilusionista,
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como se pintaria uma paisagem ou algo,
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mas minhas pinturas trabalham com luz real.
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Não se trata apenas de
luz do dia ou luz incandescente,
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é também a qualidade da luz.
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Mas às vezes, você quer uma
luz mais suave para trazer à vida.
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Eu penso na minha pintura como
não realmente abstrata,
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porque eu não me abstraio de nada.
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Tem relação com aspectos visuais reais
do que você realmente está olhando,
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seja madeira, ou… ou você
vê a tinta e o metal
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e como é a composição e
como funciona com a parede
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e como funciona com a luz.
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Eu uso luz real e eu uso superfície real.
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Eu não uso ilusão alguma.
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É coisa real o que você vê.
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É uma experiência real. (risadas)
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As pinturas se movem para o exterior
de certa forma, esteticamente.
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Elas… elas saem para o espaço da sala
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e elas certamente envolvem
a própria parede em que estão.
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O que você está vendo é realmente o que é.
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Qualquer outra coisa diluirá
ou, você sabe, atrapalhará isso.
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Eu nunca pensei no branco como sendo uma cor.
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O branco poderia fazer coisas
que outras cores não poderiam.
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O branco tem a tendência de tornar as coisas visíveis.
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Você pode ver mais da nuance.
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Só recentemente que eu realmente
fiz umas pinturas brancas e…
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as quais eu chamo de "branco".
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Eu comecei com aquele quadrado
nos anos 1950 na verdade e eu…
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de alguma forma se tornou tão natural para mim
que eu não consigo pensar nisso de outra forma.
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Um quadrado sempre foi, você sabe,
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apenas um espaço de lados iguais
em que você poderia trabalhar
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Eu eu não tinha a sensação de uma paisagem ou,
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você sabe, algum tipo de janela ou porta
que normalmente associamos aos retângulos.
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É apenas um tipo de espaço muito neutro.
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Às vezes depois que eu termino um grupo de pinturas,
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Eu não sei o que fazer em seguida.
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E pode ser que eu tenha que esperar um pouco,
você sabe, um mês ou… ou algo assim.
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Dois meses.
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Você sabe, não me preocupo com isso…
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e depois lentamente as coisas se encaixam
e eu tento algumas coisas e…
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e depois eu percebo o que mais poderia ser feito
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e o que me interessa no momento.
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Se chama Protótipo da Filadélfia...
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bem, na verdade se chama
Terceiro Protótipo da Filadélfia.
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Os painéis não são realmente a pintura.
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A pintura consiste em duas paredes.
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As superfícies originais dos painéis são as mesmas.
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Mesmo da primeira exibição.
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A única coisa que muda é a…
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é a borda que fica na própria parede.
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Parte da fita está saindo
do painel para a parede,
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e outras parecem simplesmente
aparecer na parede.
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O que revela que…
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que não é a primeira vez que isso foi feito.
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Isso é feito de propósito porque eu não
quero que seja a mesma coisa todas as vezes.
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A luz é extremamente importante
na forma como afeta os painéis.
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De tarde, depois que o sol
se mover para esse lado os…
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os painéis vão parecer muito diferentes.
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A luz mais suave exalta as nuances
e você consegue ver que os…
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os painéis têm um brilho que seria
destruído com uma luz direta e forte.
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Ontem foi a primeira vez que eu
vi de verdade o espaço.
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Deve ser uma experiência suave e silenciosa.
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É bom de se olhar.
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Eu gosto disso.