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Robert Ryman in "Paradox" - Season 4 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21

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    Robert Ryman:
    O verdadeiro propósito da pintura é…
  • 0:10 - 0:12
    é dar prazer.
  • 0:12 - 0:16
    Quer dizer, esse é realmente o...
  • 0:16 - 0:18
    o ponto principal.
  • 0:22 - 0:24
    Quer dizer, pode existir uma história,
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    você sabe, pode existir muita história por trás dela,
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    pode existir…
  • 0:29 - 0:31
    mas quando ela, você sabe quando ela…
  • 0:31 - 0:35
    você não precisa saber todas essas coisas para…
  • 0:35 - 0:37
    para receber prazer de uma pintura.
  • 0:38 - 0:41
    É como escutar música.
  • 0:41 - 0:46
    Você não precisa saber a partitura
    de uma sinfonia para apreciá-la
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    Você pode apenas ouvir os sons.
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    Em Nashville, quando eu estava crescendo,
  • 0:55 - 0:59
    não se ouvia nada além
    de música country no rádio
  • 0:59 - 1:03
    e nos jukeboxes naquela época e eu
    nunca estive realmente interessado nisso.
  • 1:04 - 1:07
    Eu estava mais interessado em jazz.
  • 1:07 - 1:11
    Eu caçava até tarde da noite
    tentando achar no rádio
  • 1:11 - 1:16
    uma estação de Nova York ou algo assim
    onde eu pudesse escutar outra coisa.
  • 1:16 - 1:20
    Era a música que era mais
    interessante para mim do que…
  • 1:20 - 1:22
    do que a pintura, que eu nunca tinha visto.
  • 1:22 - 1:24
    Então eu vim para Nova York,
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    era a música a coisa mais importante.
  • 1:33 - 1:36
    Eu tocava bop… bebop. (risadas)
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    você sabe, eu era… Charlie Parker e Zoot Sims,
  • 1:40 - 1:41
    (risadas)
  • 1:43 - 1:45
    e eu acho que isso teve uma influência na
  • 1:45 - 1:47
    minha abordagem na pintura, porque
  • 1:47 - 1:50
    você tocou numa estrutura e
    você aprendeu seu instrumento
  • 1:50 - 1:52
    e depois você tocou dentro da estrutura.
  • 1:53 - 1:58
    Bem, parecia algo lógico
    começar a pintar dessa forma.
  • 1:58 - 2:01
    Você sabe, eu aprendia sobre tinta e depois
  • 2:01 - 2:05
    eu aprendia sobre o que
    poderia ser feito com tinta.
  • 2:07 - 2:12
    Na pintura, algo precisa parecer
    fácil, mesmo que possa não ser fácil.
  • 2:14 - 2:17
    Essa é uma parte importante da pintura,
  • 2:17 - 2:19
    que ela tem que ter esse sentimento de…
  • 2:20 - 2:22
    como se só tivesse acontecido.
  • 2:29 - 2:32
    Era quando eu estava tocando,
  • 2:32 - 2:37
    nós dizíamos “canções”, ninguém
    mais usa o termo “canções”,
  • 2:37 - 2:38
    você sabe, quer dizer "músicas".
  • 2:38 - 2:41
    Se alguém está cantando algo
    e contando uma história
  • 2:41 - 2:44
    e é muito similar à
    pintura representativa em que,
  • 2:44 - 2:48
    você sabe, você conta uma história
    com a tinta e com símbolos.
  • 2:50 - 2:54
    Eu não estava interessado em pintar uma narrativa,
  • 2:54 - 2:55
    contar uma história com a pintura.
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    Eu pensava que a pintura devia
    ser apenas sobre o que ela é e não (risadas)
  • 3:07 - 3:10
    não sobre outras coisas.
  • 3:14 - 3:20
    Uma coisa que eu aprendi da música
    e que eu carreguei para a pintura foi,
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    se você é um animador, você tem que animar.
  • 3:24 - 3:25
    Eu não queria fazer isso.
  • 3:26 - 3:31
    O outro modo era apenas
    fazer o que quer que você quisesse
  • 3:31 - 3:34
    e o público tinha que vir até você ou não.
  • 3:35 - 3:39
    E essa… essa foi minha abordagem
    desde o começo.
  • 3:39 - 3:42
    Eu não seria um animador.
  • 3:44 - 3:48
    Em todas as minhas pinturas eu descubro coisas.
  • 3:48 - 3:52
    Às vezes eu fico surpreso com o resultado,
    mas eu sei o que estou fazendo.
  • 3:52 - 3:56
    (risadas) Mesmo que eu deixe… mesmo
    que eu não saiba o que eu estou fazendo.
  • 3:56 - 3:57
    (risadas)
  • 4:02 - 4:07
    Minha abordagem sempre tende
    a partir de experimentos.
  • 4:11 - 4:15
    Eu geralmente faço muitos testes
    antes de fazer as pinturas.
  • 4:15 - 4:21
    Testes de tintas para ver qual é a melhor
    coisa para se usar em certo material,
  • 4:21 - 4:27
    como a fixação vai funcionar,
    como a luz vai funcionar.
  • 4:51 - 4:55
    Eu não estou envolvido com nenhum
    tipo de movimento artístico, ou…
  • 4:55 - 4:58
    ou eu não sou um acadêmico
    e eu não sou um historiador.
  • 4:58 - 5:01
    Eu só vejo isso como resolver problemas
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    e trabalhar na pintura
    e uma experiência visual.
  • 5:21 - 5:23
    Eu não tenho nenhum assistente.
  • 5:23 - 5:25
    Gosto de fazer tudo eu mesmo.
  • 5:29 - 5:31
    Gosto de saber o que está havendo o tempo todo.
  • 5:36 - 5:39
    Está progredindo. (risadas)
  • 5:39 - 5:46
    Quando estava apenas começando a pintar, eu
  • 5:46 - 5:50
    eu pensava eu tenho que
    deixar de ter medo da tinta.
  • 5:50 - 5:52
    Deixar de ter medo do custo da tinta, você sabe,
  • 5:52 - 5:57
    deixar de ter medo de desperdiçá-la e eu…
  • 5:57 - 6:01
    Eu espalhava um pouco na
    minha mão e só colocava em…
  • 6:02 - 6:03
    só...
  • 6:03 - 6:10
    desperdiçava um pouco de tinta, por
    assim dizer, para não ter mais medo dela.
  • 6:15 - 6:19
    Eu gosto de fazer algo que eu
    não sei exatamente como fazer.
  • 6:19 - 6:23
    Quando eu termino o problema,
    eu não tenho que continuar com ele.
  • 6:23 - 6:26
    Eu estou mais interessado em descobrir
    o que mais eu posso fazer que…
  • 6:28 - 6:30
    que seja mais como um desafio para mim.
  • 6:35 - 6:39
    Eu nunca mostraria uma pintura
    da qual eu não me sentisse seguro.
  • 6:39 - 6:40
    Eu nunca deixaria isso acontecer.
  • 6:42 - 6:46
    Talvez tenham algumas pinturas que eu
    destruí ao longo dos anos que…
  • 6:46 - 6:51
    algumas eu queria não ter destruído mas
    não era que as pinturas não fossem boas,
  • 6:51 - 6:55
    mas elas não eram o que
    eu queria no momento, então eu…
  • 6:55 - 6:57
    você sabe, eu as rejeitei.
  • 6:58 - 7:02
    Mas normalmente eu trabalho nelas
    para que elas fiquem boas.
  • 7:14 - 7:17
    Ryman: Você poderia pegar os
    pontos quentes, meio que mover…
  • 7:17 - 7:23
    mover os pontos quentes para baixo para que
    a parede fique mais uniforme e não tão quente no topo?
  • 7:23 - 7:24
    Homem: Isso é fácil.
  • 7:24 - 7:26
    Ryman: Eu trabalho com luz real.
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    Quer dizer, a luz não está realmente pintada
    na pintura de uma forma ilusionista,
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    como se pintaria uma paisagem ou algo,
  • 7:35 - 7:37
    mas minhas pinturas trabalham com luz real.
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    Não se trata apenas de
    luz do dia ou luz incandescente,
  • 7:42 - 7:45
    é também a qualidade da luz.
  • 7:45 - 7:50
    Mas às vezes, você quer uma
    luz mais suave para trazer à vida.
  • 7:52 - 7:56
    Eu penso na minha pintura como
    não realmente abstrata,
  • 7:56 - 7:59
    porque eu não me abstraio de nada.
  • 8:00 - 8:07
    Tem relação com aspectos visuais reais
    do que você realmente está olhando,
  • 8:07 - 8:10
    seja madeira, ou… ou você
    vê a tinta e o metal
  • 8:10 - 8:14
    e como é a composição e
    como funciona com a parede
  • 8:14 - 8:15
    e como funciona com a luz.
  • 8:17 - 8:22
    Eu uso luz real e eu uso superfície real.
  • 8:22 - 8:24
    Eu não uso ilusão alguma.
  • 8:25 - 8:28
    É coisa real o que você vê.
  • 8:28 - 8:32
    É uma experiência real. (risadas)
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    As pinturas se movem para o exterior
    de certa forma, esteticamente.
  • 8:38 - 8:41
    Elas… elas saem para o espaço da sala
  • 8:41 - 8:44
    e elas certamente envolvem
    a própria parede em que estão.
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    O que você está vendo é realmente o que é.
  • 8:51 - 8:56
    Qualquer outra coisa diluirá
    ou, você sabe, atrapalhará isso.
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    Eu nunca pensei no branco como sendo uma cor.
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    O branco poderia fazer coisas
    que outras cores não poderiam.
  • 9:21 - 9:24
    O branco tem a tendência de tornar as coisas visíveis.
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    Você pode ver mais da nuance.
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    Só recentemente que eu realmente
    fiz umas pinturas brancas e…
  • 9:36 - 9:37
    as quais eu chamo de "branco".
  • 9:41 - 9:45
    Eu comecei com aquele quadrado
    nos anos 1950 na verdade e eu…
  • 9:45 - 9:51
    de alguma forma se tornou tão natural para mim
    que eu não consigo pensar nisso de outra forma.
  • 9:54 - 9:56
    Um quadrado sempre foi, você sabe,
  • 9:56 - 9:59
    apenas um espaço de lados iguais
    em que você poderia trabalhar
  • 9:59 - 10:04
    Eu eu não tinha a sensação de uma paisagem ou,
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    você sabe, algum tipo de janela ou porta
    que normalmente associamos aos retângulos.
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    É apenas um tipo de espaço muito neutro.
  • 10:25 - 10:31
    Às vezes depois que eu termino um grupo de pinturas,
  • 10:32 - 10:33
    Eu não sei o que fazer em seguida.
  • 10:34 - 10:43
    E pode ser que eu tenha que esperar um pouco,
    você sabe, um mês ou… ou algo assim.
  • 10:43 - 10:44
    Dois meses.
  • 10:44 - 10:46
    Você sabe, não me preocupo com isso…
  • 10:47 - 10:53
    e depois lentamente as coisas se encaixam
    e eu tento algumas coisas e…
  • 10:53 - 10:56
    e depois eu percebo o que mais poderia ser feito
  • 10:56 - 10:59
    e o que me interessa no momento.
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    Se chama Protótipo da Filadélfia...
  • 11:07 - 11:10
    bem, na verdade se chama
    Terceiro Protótipo da Filadélfia.
  • 11:14 - 11:16
    Os painéis não são realmente a pintura.
  • 11:16 - 11:19
    A pintura consiste em duas paredes.
  • 11:19 - 11:23
    As superfícies originais dos painéis são as mesmas.
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    Mesmo da primeira exibição.
  • 11:26 - 11:29
    A única coisa que muda é a…
  • 11:29 - 11:33
    é a borda que fica na própria parede.
  • 11:38 - 11:43
    Parte da fita está saindo
    do painel para a parede,
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    e outras parecem simplesmente
    aparecer na parede.
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    O que revela que…
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    que não é a primeira vez que isso foi feito.
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    Isso é feito de propósito porque eu não
    quero que seja a mesma coisa todas as vezes.
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    A luz é extremamente importante
    na forma como afeta os painéis.
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    De tarde, depois que o sol
    se mover para esse lado os…
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    os painéis vão parecer muito diferentes.
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    A luz mais suave exalta as nuances
    e você consegue ver que os…
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    os painéis têm um brilho que seria
    destruído com uma luz direta e forte.
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    Ontem foi a primeira vez que eu
    vi de verdade o espaço.
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    Deve ser uma experiência suave e silenciosa.
  • 12:43 - 12:44
    É bom de se olhar.
  • 12:47 - 12:48
    Eu gosto disso.
Title:
Robert Ryman in "Paradox" - Season 4 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21
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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
13:59

Portuguese, Brazilian subtitles

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