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O que o nosso hálito pode revelar sobre a nossa saúde

  • 0:01 - 0:03
    Tenho a tendência para pensar no pior
  • 0:04 - 0:07
    e, de vez em quando,
    este hábito prega-me partidas.
  • 0:07 - 0:10
    Por exemplo, se sinto
    uma dor inesperada,
  • 0:10 - 0:13
    que nunca tenha sentido antes
    e que não sei explicar,
  • 0:13 - 0:18
    de repente, transformo logo
    uma dor nas costas numa doença cardíaca
  • 0:18 - 0:21
    ou atribuo uma dor muscular
    a uma terrível trombose nas veias.
  • 0:22 - 0:25
    Mas, até agora, nunca me diagnosticaram
    qualquer doença mortal ou incurável.
  • 0:26 - 0:28
    Por vezes, as coisas doem
    sem qualquer razão aparente.
  • 0:29 - 0:32
    Mas nem toda a gente
    tem tanta sorte como eu.
  • 0:32 - 0:35
    Todos os anos, morrem mais
    de 50 milhões de pessoas no mundo.
  • 0:36 - 0:40
    Em economias de altos rendimentos
    como a nossa, especialmente,
  • 0:40 - 0:44
    uma grande porção de mortes
    é causada por doenças de lenta progressão;
  • 0:45 - 0:47
    doenças cardíacas,
    doenças pulmonares crónicas,
  • 0:47 - 0:49
    cancro, doença de Alzheimer, diabetes,
  • 0:49 - 0:51
    só para falar de algumas.
  • 0:51 - 0:54
    A humanidade tem feito enormes progressos
  • 0:54 - 0:56
    no diagnóstico e tratamento
    de muitas delas.
  • 0:57 - 1:00
    Mas estamos numa fase
    em que mais progressos na saúde
  • 1:00 - 1:03
    só podem ser alcançados
    se desenvolvermos novos tratamentos.
  • 1:03 - 1:06
    Isto torna-se evidente
    se olharmos para um aspeto
  • 1:06 - 1:08
    que muitas destas doenças
    têm em comum:
  • 1:09 - 1:12
    a probabilidade de um tratamento eficaz
  • 1:12 - 1:15
    depende fortemente
    da altura do início do tratamento.
  • 1:15 - 1:19
    Mas uma doença normalmente só é detetada
    quando ocorrem os seus sintomas.
  • 1:20 - 1:24
    O problema é que muitas dessas doenças
    podem manter-se sem sintomas
  • 1:24 - 1:27
    e, portanto, não são detetadas
    durante muito tempo.
  • 1:28 - 1:32
    Por isso, há uma necessidade
    premente de novas formas
  • 1:32 - 1:34
    de detetar essas doenças
    numa fase inicial,
  • 1:34 - 1:36
    muito antes de aparecerem
    quaisquer sintomas.
  • 1:37 - 1:39
    Nos cuidados de saúde,
    isto chama-se rastreio.
  • 1:39 - 1:43
    Conforme definido
    pela Organização Mundial de Saúde,
  • 1:43 - 1:48
    o rastreio é "a identificação suspeita
    de uma doença não reconhecida
  • 1:48 - 1:51
    "numa pessoa aparentemente saudável,
  • 1:51 - 1:55
    "através de exames... que podem
    ser realizados rápida e facilmente..."
  • 1:55 - 1:58
    É uma longa definição,
    por isso, vou repetir:
  • 1:58 - 2:02
    "a identificação suspeita
    de uma doença não reconhecida
  • 2:02 - 2:04
    "numa pessoa aparentemente saudável,
  • 2:04 - 2:08
    "através de exames... que podem
    ser realizados rápida e facilmente..."
  • 2:08 - 2:12
    Quero sublinhar, em especial,
    as palavras "rápida e facilmente"
  • 2:12 - 2:14
    porque muitos dos métodos
    de rastreio existentes
  • 2:14 - 2:16
    são exatamente o oposto.
  • 2:16 - 2:19
    Quem já fez uma colonoscopia
  • 2:19 - 2:22
    num programa de rastreio para deteção
    de um cancro do colon ou retal,
  • 2:22 - 2:24
    sabem o que eu quero dizer.
  • 2:25 - 2:28
    Obviamente, há uma série
    de instrumentos médicos disponíveis
  • 2:28 - 2:30
    para realizar exames de rastreio.
  • 2:30 - 2:34
    Vão desde técnicas de imagiologia,
    como uma radiografia
  • 2:34 - 2:36
    ou uma ressonância magnética,
  • 2:36 - 2:38
    até à análise do sangue ou de tecidos.
  • 2:38 - 2:40
    Temos todos esses exames.
  • 2:41 - 2:45
    Mas há um meio que deixou
    de ser considerado, há muito tempo,
  • 2:46 - 2:48
    um meio que é facilmente acessível,
  • 2:48 - 2:50
    nunca se esgota
  • 2:50 - 2:54
    e detém uma promessa enorme
    de análise médica.
  • 2:55 - 2:57
    É o nosso hálito.
  • 2:59 - 3:02
    O hálito humano é basicamente
    composto por cinco componentes:
  • 3:03 - 3:09
    azoto, oxigénio, dióxido de carbono,
    água e árgon.
  • 3:09 - 3:13
    Para além destes cinco,
    há centenas de outros componentes
  • 3:13 - 3:15
    que estão presentes
    em quantidades muito baixas.
  • 3:15 - 3:18
    Chamam-se os compostos orgânicos voláteis,
  • 3:18 - 3:20
    libertamos centenas ou milhares deles
  • 3:20 - 3:22
    sempre que expiramos.
  • 3:23 - 3:26
    A análise destes compostos
    orgânicos voláteis no nosso hálito
  • 3:27 - 3:29
    chama-se análise da respiração.
  • 3:30 - 3:33
    Penso que muitos de vocês
    já fizeram análise da respiração.
  • 3:33 - 3:37
    Imaginem: estão a conduzir
    de volta a casa, ao fim da noite
  • 3:37 - 3:40
    quando, de súbito, há um simpático
    agente da polícia
  • 3:40 - 3:42
    que vos pede, amável mas firmemente,
  • 3:42 - 3:46
    que saiam do carro e soprem
    para um aparelho como este.
  • 3:47 - 3:51
    É um analisador do álcool
    na respiração
  • 3:51 - 3:54
    que se usa para medir a concentração
    do etanol na nossa respiração
  • 3:54 - 3:58
    e determinar se conduzir
    no nosso estado é uma ideia inteligente.
  • 3:59 - 4:01
    Devo dizer que a minha condução
    estava perfeita
  • 4:01 - 4:02
    mas vou verificar.
  • 4:03 - 4:04
    (Bip)
  • 4:08 - 4:11
    0,0 — portanto, nada que preocupe,
    está tudo bem.
  • 4:11 - 4:13
    (Risos)
  • 4:14 - 4:17
    Agora imaginem um aparelho como este
  • 4:17 - 4:20
    que não meça apenas os níveis
    do álcool na nossa respiração,
  • 4:20 - 4:24
    mas também detete doenças
    como as que já mostrei
  • 4:24 - 4:26
    e possivelmente, muitas mais.
  • 4:27 - 4:31
    O conceito de correlação
    o cheiro do hálito duma pessoa
  • 4:31 - 4:33
    com determinadas situações médicas,
  • 4:33 - 4:36
    é muito antigo, remonta à Grécia Antiga.
  • 4:36 - 4:39
    Mas só recentemente, os esforços
    da investigação na análise da respiração
  • 4:40 - 4:41
    aumentaram exponencialmente.
  • 4:41 - 4:44
    O que outrora era um sonho
    está a tornar-se realidade.
  • 4:45 - 4:48
    Vou mostrar de novo esta lista
    que já vos mostrei há bocado.
  • 4:49 - 4:52
    Para a maior parte
    das doenças aqui listadas,
  • 4:52 - 4:55
    há provas científicas substanciais
  • 4:55 - 4:57
    que sugerem que a doença
    pode ser detetada
  • 4:57 - 4:59
    através da análise da respiração.
  • 5:00 - 5:02
    Como é que isso funciona, exatamente?
  • 5:02 - 5:05
    A parte essencial é um sensor
  • 5:05 - 5:09
    que deteta os compostos orgânicos
    voláteis na nossa respiração.
  • 5:09 - 5:12
    Ou seja, quando exposto
    a uma amostra do hálito,
  • 5:12 - 5:15
    o sensor produz uma assinatura complexa
  • 5:15 - 5:19
    que resulta da mistura dos compostos
    orgânicos voláteis que exalamos.
  • 5:20 - 5:22
    Esta assinatura representa
  • 5:22 - 5:24
    uma impressão digital
    do nosso metabolismo,
  • 5:24 - 5:26
    o nosso microbioma
  • 5:26 - 5:29
    e os procedimentos bioquímicos
    que ocorrem no nosso corpo.
  • 5:30 - 5:32
    Se temos uma doença,
  • 5:32 - 5:34
    o nosso organismo altera-se
  • 5:34 - 5:37
    e o mesmo acontece
    à composição da nossa expiração.
  • 5:37 - 5:42
    Depois, só há que correlacionar
    uma determinada assinatura
  • 5:43 - 5:46
    com a presença ou a ausência
    de determinadas situações médicas.
  • 5:48 - 5:51
    A tecnologia promete
    certos benefícios inegáveis.
  • 5:52 - 5:55
    Primeiro, o sensor pode ser miniaturizado
  • 5:55 - 5:58
    e integrado em pequenos
    aparelhos portáteis,
  • 5:58 - 6:00
    como o teste do álcool na respiração.
  • 6:00 - 6:04
    Isso permite que o teste seja usado
    em muitos ambientes diferentes,
  • 6:04 - 6:05
    até mesmo em casa.
  • 6:05 - 6:08
    Assim, não será necessário
    ir ao consultório dum médico
  • 6:08 - 6:10
    sempre que seja preciso
    realizar um exame.
  • 6:11 - 6:14
    Segundo, a análise da respiração
    não é invasiva
  • 6:14 - 6:18
    e pode ser tão simples como soprar
    para um aparelho de teste do álcool.
  • 6:19 - 6:24
    Essa simplicidade e facilidade de uso
    reduzirão a carga do doente
  • 6:24 - 6:27
    e proporcionarão um incentivo
    para uma ampla adoção da tecnologia.
  • 6:28 - 6:32
    Terceiro, a tecnologia é tão flexível
  • 6:32 - 6:34
    que o mesmo aparelho
    pode ser usado
  • 6:34 - 6:38
    para detetar uma ampla gama
    de situações médicas.
  • 6:38 - 6:42
    A análise da respiração pode ser usada
    para rastreio de muitas doenças,
  • 6:42 - 6:43
    ao mesmo tempo.
  • 6:44 - 6:48
    Atualmente, cada doença exige
    um instrumento médico diferente
  • 6:48 - 6:49
    para realização dum teste de rastreio.
  • 6:50 - 6:53
    Mas isso significa que só encontraremos
    aquilo que procuramos.
  • 6:55 - 6:57
    Com todas estas características,
  • 6:57 - 7:01
    a análise da respiração está predestinada
    a proporcionar aquilo que falta
  • 7:01 - 7:03
    a muitos testes de rastreio tradicionais.
  • 7:03 - 7:04
    Mais importante ainda,
  • 7:05 - 7:08
    todas estas características
    acabam por nos fornecer
  • 7:08 - 7:10
    uma plataforma para análise médica
  • 7:10 - 7:14
    que pode funcionar numa
    base muito barata por exame.
  • 7:16 - 7:19
    Pelo contrário, os instrumentos
    médicos existentes
  • 7:19 - 7:22
    levam frequentemente
    a um alto custo por exame.
  • 7:22 - 7:24
    Por isso, a fim de reduzir os custos,
  • 7:24 - 7:27
    é preciso reduzir o número de exames.
  • 7:28 - 7:31
    Isso significa, por um lado,
    que os exames só podem ser realizados
  • 7:31 - 7:35
    numa pequena parte da população,
    por exemplo, na população de alto risco;
  • 7:36 - 7:41
    e, por outro lado, que o número de exames
    por pessoa tem de ser reduzido ao mínimo.
  • 7:41 - 7:43
    Mas não seria benéfico
  • 7:43 - 7:46
    se o exame fosse realizado
    num grupo maior de pessoas,
  • 7:46 - 7:49
    mais frequentemente e durante
    um período mais longo de tempo
  • 7:49 - 7:51
    para cada pessoa?
  • 7:52 - 7:56
    Especialmente, esta última parte
    dar-nos-ia acesso a uma coisa valiosa
  • 7:56 - 7:58
    que se chama dados longitudinais.
  • 7:59 - 8:01
    Os dados longitudinais são
    um conjunto de dados
  • 8:01 - 8:06
    que acompanham uma pessoa
    durante muitos meses ou anos.
  • 8:07 - 8:10
    Atualmente, as decisões médicas
    baseiam-se com frequência
  • 8:10 - 8:12
    num conjunto limitado de dados,
  • 8:13 - 8:16
    em que só está disponível um vislumbre
    da história médica duma pessoa
  • 8:16 - 8:18
    para a tomada de decisões.
  • 8:18 - 8:20
    Nesses casos,
  • 8:21 - 8:23
    uma anomalia é detetada,
    habitualmente.
  • 8:23 - 8:26
    comparando o perfil da saúde da pessoa
  • 8:26 - 8:29
    com o perfil médio da saúde
    duma população de referência.
  • 8:30 - 8:34
    Os dados longitudinais
    abrem uma nova dimensão
  • 8:34 - 8:37
    e permitem detetar uma anomalia
  • 8:37 - 8:41
    com base na história médica
    da própria pessoa.
  • 8:41 - 8:44
    Isso abre o caminho
    para um tratamento personalizado.
  • 8:45 - 8:47
    Parece uma coisa boa, não é?
  • 8:47 - 8:50
    Certamente, vocês devem estar
    a perguntar:
  • 8:50 - 8:55
    "Se essa tecnologia é tão boa como ele diz
    porque é que não a estamos a usar?"
  • 8:55 - 8:57
    A única resposta que vos posso dar é:
  • 8:58 - 9:00
    nem tudo é tão fácil como prece.
  • 9:01 - 9:04
    Há problemas técnicos, por exemplo.
  • 9:04 - 9:08
    São necessários sensores
    extremamente fiáveis
  • 9:08 - 9:11
    que consigam detetar misturas
    de compostos orgânicos voláteis
  • 9:11 - 9:13
    com uma reprodução suficiente.
  • 9:14 - 9:16
    Outro problema técnico é este:
  • 9:16 - 9:21
    Como obter uma amostra do hálito
    duma pessoa, de um modo definido,
  • 9:21 - 9:23
    de modo a que o próprio processo
    de amostragem
  • 9:23 - 9:26
    não altere o resultado da análise?
  • 9:27 - 9:29
    Há a necessidade de dados.
  • 9:30 - 9:33
    A análise da respiração precisa
    de ser validada em testes clínicos,
  • 9:34 - 9:36
    e é preciso recolher dados suficientes
  • 9:36 - 9:40
    para poder medir as situações individuais
    em relação a linhas de referência.
  • 9:41 - 9:44
    A análise da respiração só pode ter êxito
  • 9:44 - 9:46
    se podermos gerar um enorme
    conjunto de dados
  • 9:46 - 9:49
    e torná-los disponíveis
    para uma ampla utilização.
  • 9:51 - 9:54
    Se a análise da respiração
    cumprir as suas promessas,
  • 9:55 - 9:57
    é uma tecnologia que nos poderá ajudar
  • 9:57 - 10:00
    a transformar o nosso sistema de saúde,
  • 10:00 - 10:04
    a transformá-lo de um sistema reativo
  • 10:04 - 10:07
    — em que o tratamento se segue
    aos sintomas da doença —
  • 10:07 - 10:09
    para um sistema proativo
  • 10:09 - 10:12
    — em que a deteção da doença,
    o diagnóstico e o tratamento
  • 10:12 - 10:14
    podem ocorrer numa fase precoce,
  • 10:14 - 10:17
    muito antes de aparecerem
    quaisquer sintomas.
  • 10:18 - 10:21
    Isto leva-me ao último ponto
    que é um ponto fundamental.
  • 10:22 - 10:24
    O que é exatamente uma doença?
  • 10:25 - 10:29
    Imaginem que a análise da respiração
    pode ser comercializada como a descrevi,
  • 10:29 - 10:31
    e a deteção precoce se torna uma rotina.
  • 10:32 - 10:34
    Mantém-se um problema,
  • 10:34 - 10:38
    que é um problema que qualquer
    atividade de rastreio tem de enfrentar
  • 10:38 - 10:40
    porque, para muitas doenças,
  • 10:40 - 10:43
    é impossível prever
    com uma certeza absoluta
  • 10:43 - 10:46
    se essa doença alguma vez
    causaria quaisquer sintomas
  • 10:46 - 10:48
    ou poria em risco a vida duma pessoa.
  • 10:49 - 10:52
    Chama-se a isto "sobrediagnóstico"
  • 10:52 - 10:53
    e conduz-nos a um dilema.
  • 10:54 - 10:56
    Se identificarmos uma doença
  • 10:56 - 10:58
    podemos decidir não a tratar
  • 10:58 - 11:02
    porque há uma certa probabilidade
    de nunca virmos a sofrer dela.
  • 11:03 - 11:05
    Mas até que ponto sofreríamos
  • 11:05 - 11:08
    só por saber que temos
    uma doença possivelmente mortal?
  • 11:08 - 11:12
    Não lamentaríamos
    ter detetado essa doença?
  • 11:13 - 11:17
    A nossa segunda opção
    é fazer um tratamento precoce
  • 11:17 - 11:19
    na esperança de a curar.
  • 11:19 - 11:23
    Mas, muitas vezes, esse tratamento
    tem efeitos colaterais.
  • 11:26 - 11:28
    Para explicar melhor:
  • 11:28 - 11:30
    o maior problema não é
    o sobrediagnóstico,
  • 11:30 - 11:32
    é o sobretratamento,
  • 11:32 - 11:35
    porque nem todas as doenças
    têm de ser tratadas imediatamente
  • 11:35 - 11:37
    só porque há um tratamento disponível.
  • 11:39 - 11:42
    A adoção crescente
    dos rastreios de rotina
  • 11:42 - 11:44
    colocam a questão:
  • 11:45 - 11:49
    A que é que chamamos uma doença
    que pode racionalizar um tratamento
  • 11:49 - 11:54
    e o que é uma anomalia
    que não justifica uma preocupação?
  • 11:55 - 11:58
    A minha esperança
    é que os rastreios de rotina
  • 11:58 - 12:00
    que usarem a análise da respiração
  • 12:00 - 12:03
    nos forneçam dados suficientes
    e uma visão suficiente
  • 12:03 - 12:07
    para que, a determinada altura,
    possamos ultrapassar este dilema
  • 12:08 - 12:10
    e prever com uma certeza suficiente
  • 12:10 - 12:13
    se e quando fazer um tratamento
    numa fase precoce.
  • 12:15 - 12:18
    A nossa respiração e a mistura
    dos compostos orgânicos voláteis
  • 12:18 - 12:20
    que exalamos
  • 12:20 - 12:22
    contêm enormes quantidades de informações
  • 12:22 - 12:24
    sobre o nosso estado fisiológico.
  • 12:25 - 12:29
    Com o que sabemos atualmente,
    só arranhámos a superfície.
  • 12:30 - 12:34
    À medida que reunirmos mais dados
    e perfis de respiração da população,
  • 12:34 - 12:39
    incluindo todas as variedades de sexos,
    de idade, de origens e de estilos de vida,
  • 12:39 - 12:41
    o poder da análise da respiração
    aumentará.
  • 12:42 - 12:48
    Por fim, a análise da respiração
    fornecer-nos-á um instrumento poderoso
  • 12:48 - 12:52
    não só para detetar proativamente
    doenças específicas,
  • 12:52 - 12:56
    mas para as prever e, em última análise,
    para as evitar.
  • 12:57 - 13:00
    Isto devia ser uma motivação suficiente
  • 13:00 - 13:04
    para aproveitar
    as oportunidades e os desafios
  • 13:04 - 13:06
    que a análise da respiração
    pode proporcionar
  • 13:06 - 13:10
    mesmo para as pessoas que não sejam
    hipocondríacas em "part-time", como eu.
  • 13:11 - 13:12
    Obrigado.
  • 13:12 - 13:16
    (Aplausos)
Title:
O que o nosso hálito pode revelar sobre a nossa saúde
Speaker:
Julian Burschka
Description:

Não há melhor forma de deter uma doença do que detetá-la e tratá-la atempadamente, antes de aparecerem os sintomas. É este o objetivo das técnicas de rastreio médico como a radiografia, as TAC, e as análises ao sangue. Mas há um meio com um potencial desprezado para análise médica: o nosso hálito. Julian Burschka fala-nos da ciência da análise da respiração — o rastreio dos compostos orgânicos voláteis na expiração — e de como isso pode ser utilizado como um instrumento poderoso para detetar, prever e, em última análise, evitar a doença.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:29

Portuguese subtitles

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