Videoanálise - Rayforce (Arcade, Sega Saturn)
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0:05 - 0:09>>Rafael Fernandes: 2011 foi sem dúvida um ano cheio de novidades para os retrogamers.
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0:09 - 0:11Por entre os blogs da vida a gente viu de tudo:
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0:11 - 0:14jogos toscos, gente ouvindo música e morrendo, teorias conspiratórias,
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0:14 - 0:17chiliques, trollagens, vídeos, vinte anos do Sonic, novo Zelda,
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0:17 - 0:19novo Streets of Rage, mamilos, pessoas bêbadas,
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0:19 - 0:21[pausa para respirar]
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0:21 - 0:23e memes ou memes.
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0:23 - 0:23Enfim.
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0:24 - 0:27Em uma das colaborações conjuntas da blogosfera retrogamer,
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0:27 - 0:31apresento a vocês alguns dos jogos que mais joguei nesse ano que está acabando.
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0:31 - 0:32Preparados então?
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0:32 - 0:33Ready
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0:33 - 0:34Go!
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0:48 - 0:53O que joguei em 2011
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1:02 - 1:06Se tem um jogo que merece o título de mais jogado em 2011, esse é RayForce.
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1:06 - 1:10O shoot 'em up da Taito de 1993 é um dos melhores jogos da empresa,
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1:10 - 1:14com sucesso considerável nos arcades da época e duas continuações,
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1:14 - 1:16chamadas RayStorm e RayCrisis.
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1:21 - 1:24É bem provável que você já tenha ouvido falar nesse jogo.
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1:24 - 1:26O problema é que ele também pode ser chamado Gunlock
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1:26 - 1:30e na conversão para Sega Saturno recebeu o nome de Layer Section,
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1:30 - 1:33cuja versão americana foi rebatizada para Galactic Attack.
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1:33 - 1:34Uau!
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1:34 - 1:35Com tanta confusão,
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1:35 - 1:38fica bem difícil de encontrar até mesmo a ROM para jogar no MAME,
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1:38 - 1:41a não ser que estivesse realmente procurando por ela,
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1:41 - 1:42o que foi o meu caso.
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1:42 - 1:45O diferencial de RayForce está na jogabilidade.
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1:45 - 1:48Além dos inimigos que vêm na mesma direção da sua nave,
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1:48 - 1:49existe também o plano inferior,
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1:49 - 1:53onde o jogador tem de mirar e atirar com o laser antes que eles venham em sua direção.
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1:54 - 1:57É possível trancar o alvo em vários inimigos ao mesmo tempo,
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1:57 - 2:00podendo assim efetuar um combo e fazer mais pontos.
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2:00 - 2:03Os chefes de fase também possuem vários outros pontos fracos
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2:03 - 2:04que só podem ser atingidos com o laser,
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2:04 - 2:07podendo assim traçar novas estratégias para derrotá-los,
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2:07 - 2:08que são muitas.
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2:25 - 2:28Área 5
Em direção à escuridão -
2:38 - 2:39Com esse esquema de jogo,
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2:39 - 2:43RayForce se aproveita ao máximo dos efeitos de escala que a placa Taito F3 possuía,
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2:44 - 2:48porém, o jogo utiliza de vários outros efeitos visuais como rotação e transparência,
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2:48 - 2:52gerando imagens que simulam 3D e parecem realmente incríveis,
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2:52 - 2:54lembrando bastante o Mode-7 do Super Nintendo,
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2:54 - 2:56só que muito melhor.
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2:56 - 2:58Vale destacar também a história do jogo:
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2:58 - 3:00de acordo com os jogos subsequentes,
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3:00 - 3:04a trama de RayForce é centrada na criação de um super computador chamado Con-Human,
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3:04 - 3:08que ao ser acidentalmente conectado ao cérebro de um clone humano,
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3:08 - 3:10acaba adquirindo consciência própria e consequentemente
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3:10 - 3:13destruindo e aniquilando grande parte do planeta.
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3:14 - 3:16Os poucos sobreviventes fogem para uma colônia espacial,
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3:16 - 3:19onde preparam uma ofensiva para destruir o supercomputador
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3:19 - 3:21e consequentemente o nosso planeta.
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3:22 - 3:24Em resumo, é uma missão suicida, praticamente,
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3:24 - 3:27onde a heroína, sim, a heroína,
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3:27 - 3:30terá que se sacrificar para evitar que Con-Human adquira mais poder
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3:30 - 3:32e conquiste todo o universo.
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3:32 - 3:33Complexo, hem?
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3:48 - 3:52Assim, o itinerário de toda a missão é baseado em uma reentrada ao planeta,
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3:52 - 3:55descendo por camadas cada vez mais profundas
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3:55 - 3:57até chegar ao núcleo e encontrar o supercomputador.
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3:58 - 4:00Isso só mostra que o jogo tem um ótimo design,
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4:00 - 4:02não só em relação à história,
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4:02 - 4:05quanto também às fases e inimigos, principalmente os chefões,
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4:05 - 4:07que parecem mais ter saído de um anime.
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4:08 - 4:10O único ponto fraco nesse sentido é que o próprio jogo,
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4:10 - 4:14sendo um arcade, não tem indicação alguma de sua complexa história,
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4:14 - 4:17deixando os jogadores sem saber realmente qual seria a razão
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4:17 - 4:19de todo o conflito que se segue no game.
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4:24 - 4:28Mas a principal razão pela qual joguei RayForce durante todo esse ano está na trilha sonora.
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4:29 - 4:31Todas as músicas foram compostas por essa senhorita aí,
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4:31 - 4:33chamada Tamayo Kawamoto.
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4:48 - 4:51Ela começou a carreira na Capcom compondo para jogos como Son Son,
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4:51 - 4:54Legendary Wings e Ghosts ‘n Goblins! É!
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4:55 - 4:56Mas aqui em RayForce,
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4:56 - 5:00ela produziu uma mistura perfeita entre jazz, new age e música eletrônica,
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5:00 - 5:04que acredito ter sido a primeira vez que um shoot 'em up usa músicas nesse estilo,
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5:04 - 5:07já que anteriormente a 1993 os jogos de nave
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5:07 - 5:10tinham uma trilha sonora mais levada para o rock e para o jazz fusion.
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5:15 - 5:19Vale lembrar que a trilha sonora da versão de arcade possui uma sonoridade diferente,
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5:19 - 5:20mais abafada,
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5:20 - 5:24de forma com que ela pudesse ser reproduzida no chip sonoro que estava na placa.
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5:24 - 5:29Já a versão de Sega Saturno tem as músicas em suas versões que possivelmente são originais,
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5:29 - 5:34já que elas são as mesmas presentes no CD da trilha sonora do jogo lançado em 1994.
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5:54 - 5:56Apesar da instrumentação diferente,
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5:56 - 5:58ambas as composições continuam sensacionais.
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6:05 - 6:09Área 4
A fissura da consciência -
6:11 - 6:14É por isso que recomendo a todos que joguem RayForce pelo menos uma vez na vida,
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6:14 - 6:16seja na versão para MAME,
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6:16 - 6:18que não emula corretamente o som, mas já é alguma coisa,
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6:19 - 6:21ou nas conversões para PC, Sega Saturno,
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6:21 - 6:24e como parte da coletânea japonesa Taito Memories Jōkan,
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6:25 - 6:26que saiu para o PlayStation 2.
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6:27 - 6:32O jogo é uma experiência única e muito melhor do que as suas continuações RayStorm e RayCrisis,
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6:32 - 6:33que também são games muito bons,
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6:33 - 6:36mas não chegam ao nível de diversão de RayForce.
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6:37 - 6:40Mas vale lembrar também que o jogo é quase impossível de difícil,
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6:40 - 6:43tanto é que até hoje eu uso pelo menos 7 fichas para terminar o game.
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6:44 - 6:45Isso porque eu tô sempre treinando.
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6:46 - 6:49A dificuldade do jogo chega a uns momentos absurdos e especialmente traiçoeiros,
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6:50 - 6:52até porque os inimigos sempre disparam aleatoriamente,
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6:52 - 6:54então a memorização até que ajuda,
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6:54 - 6:58mas o que importa mesmo aqui são reflexos ágeis para lidar com o constante caos.
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6:59 - 7:03Ainda assim, é uma experiência muito divertida que não se torna frustrante,
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7:03 - 7:04pelo menos pra mim.
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7:04 - 7:06Talvez eu seja masoquista… Mas enfim.
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7:10 - 7:12E esse foi o video review de RayForce.
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7:12 - 7:13Caso tenha gostado,
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7:13 - 7:16não esqueça de favoritar ou de curtir na página do YouTube.
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7:16 - 7:21Fique ligado para a próxima edição com a análise de Space Channel 5: Part 2.
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7:21 - 7:21Até lá!
- Title:
- Videoanálise - Rayforce (Arcade, Sega Saturn)
- Description:
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Primeira parte da série "O Que Joguei em 2011", que se iniciou com o meme organizado pelo blog Videogame.etc
O jogo também pode ser conhecido como Gunlock, Layer Section e Galatic Attack. Produzido pela Taito em 1994
- Video Language:
- Portuguese, Brazilian
- Duration:
- 08:02
Eduardo Shiroma edited Portuguese, Brazilian subtitles for Videoanálise - Rayforce (Arcade, Sega Saturn) |