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Exploring Kara Walker’s Radical Use of Silhouettes | Art21

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    O psicorama, como já se sabe,
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    foi um grande fenômeno no século 19.
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    Um pouco antes do cinema.
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    É circular.
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    Então, você entra nesse
    círculo iluminado.
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    É como o auge da criatividade do pintor,
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    fazer a pintura cercar o público
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    e criar a ilusão de
    espaço e profundidade.
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    E induzir o público a
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    se sentir parte daquela cena.
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    E será que é só uma
    história que tem aqui?
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    Parece que cada figura conta uma história.
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    Ao mesmo tempo em que a gente
    está numa sala redonda?
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    Ela tem começo e fim essa história?
    Não né!
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    A maior parte do meu trabalho é a ilusão
    de que isso é sobre o passado.
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    A ilusão de que é apenas sobre um ponto em
    particular da história e nada mais.
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    E, na verdade, faz parte da estratégia
    que eu gosto de usar para
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    abordar as complexidades da minha
    vida,
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    ao me distanciar,
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    e achar um paralelo em algo mais bonito
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    e mais gentil,
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    como a imagem do antigo Sul,
    que é um estereótipo.
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    Eu comecei a ler "E o vento levou"
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    e fiquei emocionada em como
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    aquela história era cativante
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    e grotesca ao mesmo tempo.
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    O romance, a forma como
    a história era contada,
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    era tão rico e impressionante.
    E não era o que eu esperava.
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    Eu não esperava ficar excitada
    de um jeito que, sabe como é,
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    histórias como aquela
    pretendem excitar.
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    Foi muito além do trabalho
    que eu queria fazer.
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    As partes angustiantes eram
    sempre trazidas
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    na voz da protagonista, Scarlet O'Hara.
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    Scarlet, no seu desespero está
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    desenterrando
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    raízes secas e tubérculos,
    perto do alojamento dos escravos
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    e ela é tomada por um "cheiro de negro"?
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    E vomita?
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    E são cenas assim que
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    podem ser deixadas de lado pelo tipo
    de estrutura épica da história.
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    Mas é um momento épico.
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    Muito do meu trabalho tem
    sido sobre o inesperado.
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    O desejo de ser a protagonista
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    e, ainda assim, desejando matar a
    protagonista ao mesmo tempo.
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    E esse tipo de dilema,
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    que puxa e empurra,
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    é a turbulência escondida que eu trago
    em cada uma das peças que eu faço.
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    A silhueta se presta a
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    evitar o assunto, não sendo capaz
    de olhar diretamente para ele.
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    Minhas primeiras memórias de
    querer ser uma artista.
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    Eu tinha três anos, eu estava
    sentada no colo do meu pai
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    e ele estava desenhando no seu estúdio,
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    que era na garagem da nossa casa em
    Stockton, na Califórnia.
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    E eu lembro de pensar que eu,
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    eu queria fazer o mesmo que ele.
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    E ele costumava me dar giz
    para desenhar na calçada,
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    e ele documentava minhas criações.
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    Quando nos mudamos
    da Califórnia para a Georgia,
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    eu sei que tinha pesadelos sobre
    me mudar para o sul.
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    O sul já era um lugar cheio de,
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    como eu disse, mitologia, mas também
    da realidade maldosa.
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    Era uma perspectiva muito assustadora
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    estar entre a infância e a adolescência
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    e ir para um ambiente onde
    crianças negras são um alvo.
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    Stone Mountain, na Georgia, é onde
    eu cresci, basicamente.
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    É como se fosse o Mount Rushmore
    dos heróis confederados.
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    Isso é muito significante.
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    Stone Mountain era um paraíso
    para a Ku Klux Klan.
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    Então, aquele lugar tinha um pouco
    mais de repercussão.
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    Era muito explícito.
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    Não escondiam os fatos.
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    Você sabe o que significa ser
    negro em uma América branca.
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    O que significa ser branco em uma
    América negra,
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    Está tudo cheio com nossas perversões
    psicológicas mais profundas
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    e medos, e anseios.
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    A maioria das peças, eu acho, tem
    a ver com mudanças de poder.
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    Tentativas de tirar o poder dos outros.
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    Eu estava desenhando contornos de...
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    de perfis, pensando sobre
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    fisionomia e ciências racistas,
    e menestréis
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    e na sombra, e no lado obscuro da alma.
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    E eu pensei:
    bom, você tem papel preto aqui.
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    E eu estava fazendo pinturas de
    silhuetas, mas não eram a mesma coisa.
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    E me pareceu a resposta mais óbvia,
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    levou uma eternidade para
    que eu, simplesmente,
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    fizesse um corte na superfície preta.
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    Sabe, eu tinha esse papel preto
    e se apenas fizesse um corte nele,
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    eu criaria um buraco e, para mim, era
    como se o mundo todo estivesse ali.
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    Eu sempre me interessei
    pelo melodramático,
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    Em gestos chocantes.
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    Eu amo pinturas históricas.
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    Esse conceito artístico pitoresco,
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    que é fazer da pintura um palco,
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    e pensar nos personagens, retratos
    ou qualquer outra coisa,
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    como personagens daquele palco.
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    E emoldurar um período que é
    carregado de dor e sangue,
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    e coragem, e drama e glória.
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    Esse trabalho envolve muita pesquisa
    e um pouco de histeria paranóica.
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    O nome é "INSURREIÇÃO.
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    Nossos meios eram rudimentares,
    mas nós superamos".
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    É a imagem da revolta de escravos
    antes da Guerra Civil no sul.
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    Quando os escravos domésticos
    foram atrás de seus "senhores"
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    com utensílios do dia a dia
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    e iniciaram um esboço
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    de uma série de escravos estripando
    seus "senhores" com conchas de sopa.
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    Minha referência foram as pinturas de
    teatros cirúrgicos do Thomas Eakins.
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    Os retroprojetores criaram
    um espaço em que
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    a sombra do público também era
    projetada na cena.
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    Para que talvez eles
    fizessem parte daquilo.
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    Retroprojetores são ferramentas didáticas,
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    são ferramentas de sala de aula.
    Então, eles são ...
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    Quero dizes, na minha opinião,
    eles trazem luz aos fatos.
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    O trabalho que eu faço é sobre
    projetar ficção nesses fatos.
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    Eu passei a amar o tipo de
    auto promoção acerca
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    do trabalho de artista de silhueta.
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    Eles precisavam estar em
    diferentes cidades e
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    fazer propaganda
    das suas habilidades
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    e, às vezes, descrever suas habilidades
    incríveis de forma exagerada.
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    Como ser capaz de fazer o corte em
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    em menos de um minuto, 10 segundos
    por sessão, pela semelhança.
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    Pela semelhança precisa.
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    Eu também passei a questionar essa
    ideia de semelhança precisa.
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    O trabalho tem uma estrutura narrativa.
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    Que cria todos os elementos da história
    e só precisa do público.
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    Como o autor que precisa do leitor
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    para complementar
    a tensão da história.
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    Este é um livro que fiz em 1997,
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    chamado "Liberdade: uma fábula.
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    A Curiosa Interpretação da Inteligência
    de uma Preta em Tempos Difíceis."
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    A preta, como um termo que
    uso comigo mesma,
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    é uma construção real e artificial.
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    Tudo o que tenho feito é tentar traçar
    a linha entre ficção e realidade.
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    Não é apenas uma observação das
    relações raciais na América hoje.
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    Quero dizer, é uma parte disso.
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    É uma parte de ser uma mulher
    artista afro-americana,
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    mas também é sobre como
    fazer representações
  • 12:06 - 12:09
    do nosso mundo, considerando
    o que lhe foi oferecido.
Title:
Exploring Kara Walker’s Radical Use of Silhouettes | Art21
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
13:25

Portuguese, Brazilian subtitles

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