Mude sua mentalidade, vire o jogo | Dra. Alia Crum | TEDxTraverseCity
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0:04 - 0:07Hoje, falarei sobre a importância
da nossa mentalidade -
0:07 - 0:11em praticamente todos
os aspectos da nossa vida. -
0:11 - 0:16Mas quero começar pela história
de um grupo de pesquisadores da Itália. -
0:17 - 0:19Dr. Fabrizio Benedetti e seus colegas
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0:19 - 0:24estudaram um grupo de pacientes
submetidos a uma cirurgia torácica. -
0:24 - 0:26Vocês devem saber que a cirurgia torácica
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0:26 - 0:30se trata de um procedimento
muito invasivo. -
0:30 - 0:35Os pacientes são anestesiados
e os cirurgiões fazem grandes incisões -
0:35 - 0:38nos músculos laterais
e dorsais dos pacientes -
0:38 - 0:43para obterem acesso ao coração e pulmões.
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0:44 - 0:49Então, cerca de uma hora
após cessar o efeito da anestesia, -
0:49 - 0:52a dor começa a surgir.
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0:52 - 0:56Felizmente, os pacientes
recebem fortes doses de morfina -
0:56 - 0:58um poderoso analgésico.
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0:59 - 1:02Este é o tratamento padrão
para cirurgia torácica, -
1:02 - 1:07mas o Dr. Benedetti e seus colegas
fizeram alguns ajustes sutis: -
1:08 - 1:11metade dos pacientes
receberam a dose de morfina -
1:11 - 1:14de um médico ao lado da cama;
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1:14 - 1:19a outra metade recebeu a mesma
quantidade da dose de morfina, -
1:19 - 1:24mas administrada via intravenosa
por uma bomba pré-programada. -
1:26 - 1:30Vocês devem imaginar
que ambos os grupos de pacientes -
1:30 - 1:33experimentaram o mesmo alívio da dor,
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1:33 - 1:35mas não foi o caso.
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1:35 - 1:39O grupo que recebeu morfina de um médico
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1:39 - 1:44reportou uma redução
significativa do nível de dor. -
1:47 - 1:48O outro grupo,
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1:48 - 1:50o grupo que recebeu
a mesma quantidade de morfina, -
1:50 - 1:52mas sem saber,
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1:52 - 1:56não parecia ter usufruído
do mesmo benefício. -
1:57 - 2:00O Dr. Benedetti e seus colegas
não pararam por aí. -
2:00 - 2:04Eles usaram o mesmo método para testar
a eficácia de outros tratamentos: -
2:04 - 2:05tratamentos para ansiedade,
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2:05 - 2:10para o mal de Parkinson, para hipertensão.
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2:10 - 2:13O que eles encontraram
foi extraordinário e consistente. -
2:13 - 2:16Quando os pacientes sabiam do tratamento
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2:16 - 2:19e esperavam receber os benefícios,
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2:19 - 2:22o tratamento era altamente eficaz.
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2:23 - 2:24Mas, quando não sabiam,
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2:24 - 2:30o mesmo remédio, a mesma pílula
e o mesmo procedimento só atenuavam a dor -
2:30 - 2:34e em alguns casos
não faziam efeito nenhum. -
2:36 - 2:39Li sobre alguns destes estudos quando era
estudante na Universidade de Harvard; -
2:39 - 2:45na época, eu estava profundamente imersa
na literatura sobre o efeito placebo. -
2:45 - 2:50E quanto mais lia, mais eu pensava
sobre a real natureza dos placebos. -
2:50 - 2:54O que é exatamente o efeito placebo?
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2:55 - 2:58Bem, a maioria das pessoas
reduz o efeito placebo -
2:58 - 3:04a uma resposta mágica vinda de algum
comprimido ou procedimento falsos, -
3:04 - 3:07mas o efeito placebo não se resume a isso.
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3:07 - 3:10O efeito placebo não se trata
de um comprimido falso, -
3:10 - 3:13de açúcar ou de um procedimento falso.
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3:13 - 3:15O efeito placebo é, na verdade,
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3:15 - 3:20uma poderosa, robusta
e consistente demonstração -
3:20 - 3:22da capacidade da nossa mentalidade;
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3:22 - 3:25nesse caso, da esperança de cura,
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3:25 - 3:28de buscar propriedades
curativas em nosso corpo. -
3:30 - 3:32Então o que é a mentalidade?
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3:32 - 3:36A mentalidade é uma configuração da mente,
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3:36 - 3:41é a lente ou o estado de espírito
através do qual vemos o mundo, -
3:41 - 3:45pela qual simplificamos o número infinito
de possíveis interpretações -
3:45 - 3:47a cada momento.
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3:48 - 3:52A habilidade de simplificar nosso
mundo por meio da nossa mentalidade -
3:52 - 3:55é uma parte natural de ser humano.
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3:55 - 3:57Mas o que quero propor a vocês hoje
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3:57 - 3:59é que a mentalidade não é irrelevante,
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3:59 - 4:02pelo contrário, ela tem um papel pungente
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4:02 - 4:04na determinação
da nossa saúde e bem-estar. -
4:07 - 4:08Quando eu estava em Harvard,
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4:08 - 4:11tive a oportunidade de trabalhar
com a professora Ellen Langer. -
4:11 - 4:14Ela é professora, psicóloga
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4:14 - 4:18e, quando soube que eu também era atleta
da primeira divisão, ela riu de mim. -
4:19 - 4:22Ela disse: "Você sabe que exercício
é só um placebo, não é?" -
4:23 - 4:24(Risos)
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4:24 - 4:27Eu fiquei meio ofendida,
porque naquela época -
4:27 - 4:32eu passava mais de quatro horas por dia
treinando para estar em ótima forma. -
4:33 - 4:35Mas ela me fez refletir
sobre a mentalidade -
4:35 - 4:39e como ela é importante
fora das leis médicas. -
4:40 - 4:44Será que eu estava ficando
em forma e forte -
4:44 - 4:48por causa do tempo e energia
que estava despendendo no meu treino? -
4:48 - 4:52Ou eu estava ficando em forma
e forte porque acreditava nisso? -
4:53 - 4:55E o outro extremo?
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4:55 - 4:58Se as pessoas recebessem
uma carga enorme de exercício, -
4:58 - 4:59mas não soubessem disso,
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4:59 - 5:02elas não teriam o mesmo benefício?
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5:03 - 5:05Decidimos fazer o teste,
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5:05 - 5:09e para isso encontramos um grupo
realmente singular de mulheres: -
5:09 - 5:11um grupo de 84 camareiras
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5:11 - 5:14que trabalhavam em sete
diferentes hotéis dos Estados Unidos. -
5:16 - 5:19Essas mulheres passavam o dia em pé.
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5:19 - 5:21Elas usavam uma variedade de músculos
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5:21 - 5:24e queimavam uma imensa
quantidade de calorias, -
5:24 - 5:26apenas fazendo seu trabalho.
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5:27 - 5:32Mas o interessante é que essas mulheres
não pareciam ver seu trabalho dessa forma. -
5:32 - 5:35Nós lhes perguntamos: "Vocês
se exercitam regularmente?" -
5:35 - 5:38E dois terços responderam: "Não".
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5:38 - 5:39(Risos)
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5:39 - 5:43Então perguntamos: "Certo.
Então, numa escala de zero a dez, -
5:43 - 5:45quanto de exercício vocês recebem?"
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5:45 - 5:50E um terço delas responderam:
"Zero. Não recebo nada de exercício". -
5:50 - 5:55Então nos perguntamos o que aconteceria
se pudéssemos mudar a mentalidade delas. -
5:57 - 6:00Separamos essas mulheres em dois grupos.
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6:00 - 6:02Nós as medimos em várias coisas,
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6:02 - 6:06incluindo altura, pressão,
gordura corporal, -
6:06 - 6:09a satisfação com o seu trabalho.
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6:09 - 6:11Pegamos metade delas
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6:11 - 6:14e fizemos uma apresentação de 15 minutos.
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6:14 - 6:18Demos-lhes este folheto e dissemos:
"Seu trabalho é um ótimo exercício. -
6:18 - 6:22Atende às recomendações
do Surgeon General, -
6:22 - 6:24que consistem basicamente
em completar cerca de 30 minutos -
6:24 - 6:26de atividade física moderada.
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6:27 - 6:30Espera-se que você obtenha
estes benefícios". -
6:31 - 6:32Quinze minutos.
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6:32 - 6:36Retornamos quatro semanas
depois e as medimos novamente. -
6:36 - 6:37Como esperado,
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6:37 - 6:41as que não receberam
a informação não mudaram, -
6:42 - 6:45mas as que receberam pareciam diferentes.
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6:45 - 6:47Perderam peso,
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6:47 - 6:50tiveram uma redução significativa
na pressão arterial sistólica, -
6:51 - 6:53perderam gordura corporal
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6:53 - 6:57e reportaram gostar mais do seu trabalho.
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6:57 - 6:59(Risos)
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6:59 - 7:01O que isso nos diz então?
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7:01 - 7:04Para mim, foi fascinante;
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7:05 - 7:09como resultado de uma simples
apresentação de 15 minutos, -
7:09 - 7:11o jogo mudou completamente,
-
7:12 - 7:17produzindo uma cascata de efeitos
na sua saúde e no seu bem-estar. -
7:18 - 7:22Possivelmente sem sequer
mudar o comportamento. -
7:24 - 7:26Alguns de vocês devem estar pensando:
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7:26 - 7:29"Como sabem que elas
não mudaram seu comportamento, -
7:29 - 7:31já que isso deve ter causado os efeitos?"
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7:31 - 7:34Sabemos que elas trabalharam
na mesma medida -
7:34 - 7:36e os supervisores nos garantiram
-
7:36 - 7:39que elas não se matricularam
na academia da esquina. -
7:40 - 7:41Mas claro, não podemos saber ao certo
-
7:41 - 7:44se elas colocaram um pouco mais de esforço
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7:44 - 7:46para arrumar as camas.
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7:46 - 7:49Essa pergunta realmente me atormentou.
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7:49 - 7:55Existe uma conexão imediata, direta
entre nossa mentalidade e nosso corpo? -
7:56 - 8:00Para testar isso, trabalhei
com colegas da faculdade de Yale, -
8:00 - 8:02Kelly Brownell, Will Corbin
e Peter Salovey, -
8:02 - 8:06fazendo um grande lote de milkshakes.
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8:07 - 8:09Fizemos essa quantidade de milkshakes
-
8:09 - 8:13e convidamos pessoas para o nosso
laboratório para experimentá-los, -
8:13 - 8:16e em troca, dávamos-lhes US$ 75.
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8:17 - 8:19Parece ótimo, não é?
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8:19 - 8:22O aspecto menos atraente do acordo
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8:22 - 8:26era que, enquanto tomavam o milkshake,
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8:26 - 8:28uma agulha era inserida em suas veias
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8:28 - 8:30para que pudéssemos
coletar amostras de sangue. -
8:31 - 8:33Queríamos medir a grelina.
-
8:33 - 8:36A grelina é um peptídeo
secretado pelo intestino, -
8:37 - 8:40especialistas o chamam
de hormônio da fome. -
8:40 - 8:42Quando ficamos um tempo sem comer,
-
8:42 - 8:45nossos níveis de grelina
começam a aumentar, -
8:45 - 8:48sinalizando para o cérebro:
"É hora de procurar comida", -
8:49 - 8:54e desacelerando nosso metabolismo,
no caso de não encontrarmos a comida. -
8:54 - 8:56Digamos então que saímos,
-
8:56 - 9:00devoramos um milkshake,
um hambúrguer, batatas fritas, -
9:00 - 9:04o nível de grelina cai,
sinalizando para o nosso cérebro: -
9:05 - 9:09"Hora de parar de comer",
e acelerando o metabolismo -
9:09 - 9:12para que possamos queimar
as calorias que acabamos de consumir. -
9:14 - 9:18Então os participantes chegaram,
introduzimos a agulha em suas veias -
9:18 - 9:23e lhes demos o milkshake Sensi-Shake.
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9:23 - 9:28Ele tem 0% de gordura,
140 calorias, sem adição de açúcar, -
9:29 - 9:32satisfação sem culpa.
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9:33 - 9:37Eles tomaram o shake e, em resposta,
o seu nível de grelina caiu, -
9:38 - 9:40mas muito ligeiramente,
-
9:40 - 9:43sinalizando para o cérebro que um pouco
de comida havia sido consumida, -
9:43 - 9:45mas não muita.
-
9:46 - 9:48Uma semana depois, eles
voltaram ao nosso laboratório, -
9:48 - 9:52introduzimos uma agulha em suas veias
novamente e lhes demos este shake. -
9:54 - 9:56(Risos)
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9:57 - 10:03Com 620 calorias, 30 gramas de gordura,
56 gramas de açúcar: -
10:03 - 10:07este é um luxo que você merece.
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10:07 - 10:08(Risos)
-
10:08 - 10:12E em resposta ao shake, os níveis
de sua grelina caíram de novo, -
10:12 - 10:15mas, dessa vez, numa taxa
significativamente acentuada, -
10:15 - 10:19em torno de três vezes mais
que o shake que tomaram antes. -
10:19 - 10:23Todo nutricionista metabolista
diria que essa é a lógica, -
10:23 - 10:25a queda da grelina é proporcional
-
10:25 - 10:27à quantidade de calorias consumida.
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10:28 - 10:30Mas aqui está o truque:
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10:31 - 10:32neste estudo,
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10:32 - 10:37embora os participantes achassem
que tinham consumido um shake mais leve -
10:37 - 10:40e outro mais calórico,
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10:40 - 10:45na verdade, eles tomaram exatamente
o mesmo shake nas duas ocasiões. -
10:47 - 10:50Então, o que isso significa?
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10:50 - 10:54Como no caso da morfina,
o maior ou menor efeito -
10:54 - 10:59dependeu da ciência da aplicação da dose
-
11:00 - 11:03e, da mesma forma, a mesma
quantidade de exercício -
11:03 - 11:08produziu mais ou menos benefícios
dependendo da sua interpretação, -
11:09 - 11:13aqui novamente ficou provado
que a mentalidade é importante. -
11:13 - 11:18No caso, percebe-se que talvez não sejam
apenas calorias entrando e saindo, -
11:18 - 11:23ou o preciso disfarce das gorduras
e nutrientes, mas o que acreditamos, -
11:25 - 11:29o que esperamos, o que achamos
sobre os alimentos que comemos -
11:29 - 11:32determina a resposta do nosso corpo.
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11:34 - 11:36Então, cientes disso,
-
11:36 - 11:39cabe-nos considerar nossa própria vida:
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11:39 - 11:41qual é nossa mentalidade?
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11:42 - 11:46E como devemos começar
a trocá-la, mudá-la, -
11:46 - 11:48para tirarmos melhor proveito?
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11:50 - 11:53Vejamos o estresse, por exemplo.
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11:53 - 11:55Qual é sua mentalidade sobre o estresse?
-
11:57 - 11:58Se vocês são como a maioria,
-
11:58 - 12:04a sua mentalidade é de que o estresse
é ruim, faz mal, muito mal. -
12:04 - 12:08Isso não nos surpreende, considerando
que para todo lado que olhamos -
12:08 - 12:12há avisos, anúncios gritando para nós,
-
12:12 - 12:15lembrando-nos dos efeitos
negativos do estresse. -
12:17 - 12:19Mas a verdade sobre
o estresse não é tão clara, -
12:19 - 12:22e, de fato, cada vez mais
há pesquisas robustas -
12:22 - 12:25comprovando que o estresse
pode ter efeitos positivos, -
12:25 - 12:30que melhoram nossa saúde,
nosso bem-estar e nossa performance. -
12:30 - 12:36Não estou aqui para tentar convencê-los
de que o estresse é engrandecedor, -
12:36 - 12:39mas sim para mostrar
que a verdade sobre o estresse -
12:39 - 12:41é como a maioria das coisas da vida,
-
12:41 - 12:44ou seja, é incerta.
-
12:44 - 12:47E, portanto, levanto a questão:
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12:47 - 12:52a mentalidade que temos sobre o estresse
determina nossa reação a ele? -
12:54 - 12:58Para testar essa pergunta, trabalhei
com Shawn Achor e Peter Salovey. -
12:58 - 13:03Nós trabalhamos com um grupo
de 300 empregados. -
13:03 - 13:06Isso foi após a crise financeira de 2008,
-
13:07 - 13:11e pensamos: eles estão estressados,
-
13:11 - 13:13acabaram de saber
que 10% da sua força de trabalho -
13:13 - 13:15seria dispensada,
-
13:15 - 13:17e estavam sobrecarregados.
-
13:17 - 13:20Nós decidimos tentar
mudar a mentalidade deles. -
13:20 - 13:24E nós o conseguimos,
mostrando alguns vídeos simples. -
13:24 - 13:28Vou mostrá-los a vocês aqui,
simultaneamente, -
13:28 - 13:32mas metade dos participantes
assistiu o vídeo à esquerda, -
13:32 - 13:34metade assistiu o vídeo à direita.
-
13:34 - 13:35(Vídeo)
-
13:35 - 13:39[Estresse é debilitante x
Estresse é engrandecedor] -
13:39 - 13:43[Repensando o estresse]
-
13:44 - 13:48[Muitos acham o estresse necessário
para ser produtivo e ter sucesso.] -
13:48 - 13:51[Muitos acham que para produzir
é preciso estar calmo e sem estresse.] -
13:51 - 13:54[Mas o menor estresse
prejudica o desempenho.] -
13:54 - 13:57[Mas na verdade é a pressão
que eleva o desempenho.] -
13:57 - 14:03[A reação ao estresse
injeta adrenalina no sangue.] -
14:06 - 14:07[Prepara seu corpo para agir.]
-
14:07 - 14:10[Alimenta seu corpo e cérebro
com sangue e oxigênio.] -
14:13 - 14:16[Mas pode impedir seu raciocínio]
-
14:16 - 14:19[e diminuir a clareza
de seus pensamentos.] -
14:19 - 14:21[Aumenta sua energia e atenção.]
-
14:23 - 14:25[A reação ao estresse pode deteriorar...]
-
14:25 - 14:27[A reação ao estresse vai melhorar...]
-
14:27 - 14:29[seu foco, tomada de decisão,]
-
14:29 - 14:32[direção, desempenho.]
-
14:34 - 14:36[Considere estes exemplos:]
-
14:37 - 14:38[Considere estes exemplos:]
-
14:38 - 14:40[Atletas falham em momentos cruciais.]
-
14:40 - 14:43[As melhores jogadas ocorrem
nos momentos mais tensos.] -
14:46 - 14:50[Os melhores profissionais cometem
os piores erros sob estresse.] -
14:52 - 14:55[Fadiga mental e estresse levam
os médicos a cometerem erros.] -
14:55 - 14:56(Fim do vídeo)
-
14:56 - 14:58Vocês entenderam o objetivo, não é?
-
15:00 - 15:02Aqui estamos...
-
15:04 - 15:05no escuro.
-
15:05 - 15:07(Risos)
-
15:09 - 15:10Aqui estamos...
-
15:10 - 15:15eles estão assistindo a fatos,
pesquisas e curiosidades, -
15:15 - 15:21tudo verdade, mas direcionado
para uma visão ou para outra. -
15:22 - 15:24O que constatamos é interessante:
-
15:24 - 15:28aqueles que assistiram
a esses vídeos simples de três minutos -
15:28 - 15:31antes de iniciarem seu trabalho,
-
15:32 - 15:36ao longo das próximas semanas relataram
menos sintomas de saúde negativos, -
15:36 - 15:41menos dores nas costas,
tensão muscular e insônia. -
15:41 - 15:43E também relataram
-
15:43 - 15:48um nível mais alto de comprometimento
e desempenho no trabalho. -
15:50 - 15:53A esta altura, apresentei quatro estudos;
-
15:53 - 15:58quatro estudos que demonstram
o poder da mentalidade: -
15:58 - 16:02na medicina, no exercício,
-
16:02 - 16:05na dieta e no estresse.
-
16:05 - 16:08Há vários outros
estudiosos muito talentosos -
16:08 - 16:12abordando esse fenômeno
enquanto conversamos. -
16:12 - 16:15A pesquisa de Carol Dweck nos mostra que,
-
16:15 - 16:19se mudarmos nossa mentalidade
sobre inteligência e talento, -
16:19 - 16:20de algo determinado
-
16:21 - 16:24para algo variável com o tempo,
-
16:24 - 16:28isso poderá alterar drasticamente
nosso sucesso acadêmico e profissional. -
16:29 - 16:33A pesquisa da epidemiologista
de Yale Becca Levy nos mostra -
16:33 - 16:36que, se pudermos mudar nossa
mentalidade sobre o envelhecimento, -
16:36 - 16:40deixando de vê-lo como um processo
inevitável de deterioração -
16:42 - 16:46para vê-lo como um processo
de ganho de sabedoria, de crescimento, -
16:46 - 16:49não apenas moldaremos o percurso
do nosso envelhecimento, -
16:49 - 16:52mas ainda prolongaremos a longevidade.
-
16:53 - 16:58Ted Kaptchuk e seu grupo de estudos
sobre placebos em Harvard -
16:58 - 17:00estão fazendo um trabalho de ponta
-
17:00 - 17:03ao compreender como podemos
começar a aproveitar -
17:03 - 17:07e utilizar eticamente
o efeito placebo na prática clínica. -
17:08 - 17:13Apesar do contexto ser diferente,
a mensagem é a mesma. -
17:14 - 17:16Nossa mentalidade é importante.
-
17:20 - 17:21Não me entendam mal,
-
17:22 - 17:26não estou dizendo
que a medicina não funciona, -
17:26 - 17:28ou que não há benefícios em se exercitar,
-
17:28 - 17:32e que o que comemos não tem
importância, porque tem. -
17:32 - 17:36Mas o efeito psicológico e fisiológico
-
17:36 - 17:39de qualquer coisa na nossa vida
-
17:39 - 17:43pode e é influenciado
pela nossa mentalidade. -
17:44 - 17:46Então, o poder da nossa
mentalidade é ilimitado? -
17:47 - 17:48Provavelmente não,
-
17:49 - 17:51mas o que espero ter feito por vocês hoje
-
17:51 - 17:55é inspirá-los a reconsiderar
onde realmente estão estes limites. -
17:56 - 17:58Pois a verdadeira lição à frente
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17:58 - 18:01é começar a reivindicar
esse poder para nós mesmos, -
18:02 - 18:05para reconhecermos o poder da mentalidade
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18:05 - 18:07e sabermos que bem assim,
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18:07 - 18:09(Estalo de dedos)
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18:09 - 18:11num piscar de olhos,
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18:11 - 18:15nós podemos virar o jogo
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18:15 - 18:18simplesmente mudando a nossa mentalidade.
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18:18 - 18:19Obrigada.
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18:19 - 18:21(Aplausos)
- Title:
- Mude sua mentalidade, vire o jogo | Dra. Alia Crum | TEDxTraverseCity
- Description:
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Dra. Crum diz que o grande jogador capaz de virar o jogo é "VOCÊ, ao aproveitar o poder da sua mente". Ela explora os resultados científicos que mostram a influência da mentalidade no corpo e como a mudança da mentalidade subjetiva produziu resultados diferentes. O trabalho da Dra. Crum é inspirado em parte pelo efeito placebo e tem implicações que se estendem muito além do domínio da medicina.
Dra. Crum é professora, psicóloga e pesquisadora que investiga como a mentalidade afeta a saúde e o comportamento.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:21