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Mude sua mentalidade, vire o jogo | Dra. Alia Crum | TEDxTraverseCity

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    Hoje, falarei sobre a importância
    da nossa mentalidade
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    em praticamente todos
    os aspectos da nossa vida.
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    Mas quero começar pela história
    de um grupo de pesquisadores da Itália.
  • 0:17 - 0:19
    Dr. Fabrizio Benedetti e seus colegas
  • 0:19 - 0:24
    estudaram um grupo de pacientes
    submetidos a uma cirurgia torácica.
  • 0:24 - 0:26
    Vocês devem saber que a cirurgia torácica
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    se trata de um procedimento
    muito invasivo.
  • 0:30 - 0:35
    Os pacientes são anestesiados
    e os cirurgiões fazem grandes incisões
  • 0:35 - 0:38
    nos músculos laterais
    e dorsais dos pacientes
  • 0:38 - 0:43
    para obterem acesso ao coração e pulmões.
  • 0:44 - 0:49
    Então, cerca de uma hora
    após cessar o efeito da anestesia,
  • 0:49 - 0:52
    a dor começa a surgir.
  • 0:52 - 0:56
    Felizmente, os pacientes
    recebem fortes doses de morfina
  • 0:56 - 0:58
    um poderoso analgésico.
  • 0:59 - 1:02
    Este é o tratamento padrão
    para cirurgia torácica,
  • 1:02 - 1:07
    mas o Dr. Benedetti e seus colegas
    fizeram alguns ajustes sutis:
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    metade dos pacientes
    receberam a dose de morfina
  • 1:11 - 1:14
    de um médico ao lado da cama;
  • 1:14 - 1:19
    a outra metade recebeu a mesma
    quantidade da dose de morfina,
  • 1:19 - 1:24
    mas administrada via intravenosa
    por uma bomba pré-programada.
  • 1:26 - 1:30
    Vocês devem imaginar
    que ambos os grupos de pacientes
  • 1:30 - 1:33
    experimentaram o mesmo alívio da dor,
  • 1:33 - 1:35
    mas não foi o caso.
  • 1:35 - 1:39
    O grupo que recebeu morfina de um médico
  • 1:39 - 1:44
    reportou uma redução
    significativa do nível de dor.
  • 1:47 - 1:48
    O outro grupo,
  • 1:48 - 1:50
    o grupo que recebeu
    a mesma quantidade de morfina,
  • 1:50 - 1:52
    mas sem saber,
  • 1:52 - 1:56
    não parecia ter usufruído
    do mesmo benefício.
  • 1:57 - 2:00
    O Dr. Benedetti e seus colegas
    não pararam por aí.
  • 2:00 - 2:04
    Eles usaram o mesmo método para testar
    a eficácia de outros tratamentos:
  • 2:04 - 2:05
    tratamentos para ansiedade,
  • 2:05 - 2:10
    para o mal de Parkinson, para hipertensão.
  • 2:10 - 2:13
    O que eles encontraram
    foi extraordinário e consistente.
  • 2:13 - 2:16
    Quando os pacientes sabiam do tratamento
  • 2:16 - 2:19
    e esperavam receber os benefícios,
  • 2:19 - 2:22
    o tratamento era altamente eficaz.
  • 2:23 - 2:24
    Mas, quando não sabiam,
  • 2:24 - 2:30
    o mesmo remédio, a mesma pílula
    e o mesmo procedimento só atenuavam a dor
  • 2:30 - 2:34
    e em alguns casos
    não faziam efeito nenhum.
  • 2:36 - 2:39
    Li sobre alguns destes estudos quando era
    estudante na Universidade de Harvard;
  • 2:39 - 2:45
    na época, eu estava profundamente imersa
    na literatura sobre o efeito placebo.
  • 2:45 - 2:50
    E quanto mais lia, mais eu pensava
    sobre a real natureza dos placebos.
  • 2:50 - 2:54
    O que é exatamente o efeito placebo?
  • 2:55 - 2:58
    Bem, a maioria das pessoas
    reduz o efeito placebo
  • 2:58 - 3:04
    a uma resposta mágica vinda de algum
    comprimido ou procedimento falsos,
  • 3:04 - 3:07
    mas o efeito placebo não se resume a isso.
  • 3:07 - 3:10
    O efeito placebo não se trata
    de um comprimido falso,
  • 3:10 - 3:13
    de açúcar ou de um procedimento falso.
  • 3:13 - 3:15
    O efeito placebo é, na verdade,
  • 3:15 - 3:20
    uma poderosa, robusta
    e consistente demonstração
  • 3:20 - 3:22
    da capacidade da nossa mentalidade;
  • 3:22 - 3:25
    nesse caso, da esperança de cura,
  • 3:25 - 3:28
    de buscar propriedades
    curativas em nosso corpo.
  • 3:30 - 3:32
    Então o que é a mentalidade?
  • 3:32 - 3:36
    A mentalidade é uma configuração da mente,
  • 3:36 - 3:41
    é a lente ou o estado de espírito
    através do qual vemos o mundo,
  • 3:41 - 3:45
    pela qual simplificamos o número infinito
    de possíveis interpretações
  • 3:45 - 3:47
    a cada momento.
  • 3:48 - 3:52
    A habilidade de simplificar nosso
    mundo por meio da nossa mentalidade
  • 3:52 - 3:55
    é uma parte natural de ser humano.
  • 3:55 - 3:57
    Mas o que quero propor a vocês hoje
  • 3:57 - 3:59
    é que a mentalidade não é irrelevante,
  • 3:59 - 4:02
    pelo contrário, ela tem um papel pungente
  • 4:02 - 4:04
    na determinação
    da nossa saúde e bem-estar.
  • 4:07 - 4:08
    Quando eu estava em Harvard,
  • 4:08 - 4:11
    tive a oportunidade de trabalhar
    com a professora Ellen Langer.
  • 4:11 - 4:14
    Ela é professora, psicóloga
  • 4:14 - 4:18
    e, quando soube que eu também era atleta
    da primeira divisão, ela riu de mim.
  • 4:19 - 4:22
    Ela disse: "Você sabe que exercício
    é só um placebo, não é?"
  • 4:23 - 4:24
    (Risos)
  • 4:24 - 4:27
    Eu fiquei meio ofendida,
    porque naquela época
  • 4:27 - 4:32
    eu passava mais de quatro horas por dia
    treinando para estar em ótima forma.
  • 4:33 - 4:35
    Mas ela me fez refletir
    sobre a mentalidade
  • 4:35 - 4:39
    e como ela é importante
    fora das leis médicas.
  • 4:40 - 4:44
    Será que eu estava ficando
    em forma e forte
  • 4:44 - 4:48
    por causa do tempo e energia
    que estava despendendo no meu treino?
  • 4:48 - 4:52
    Ou eu estava ficando em forma
    e forte porque acreditava nisso?
  • 4:53 - 4:55
    E o outro extremo?
  • 4:55 - 4:58
    Se as pessoas recebessem
    uma carga enorme de exercício,
  • 4:58 - 4:59
    mas não soubessem disso,
  • 4:59 - 5:02
    elas não teriam o mesmo benefício?
  • 5:03 - 5:05
    Decidimos fazer o teste,
  • 5:05 - 5:09
    e para isso encontramos um grupo
    realmente singular de mulheres:
  • 5:09 - 5:11
    um grupo de 84 camareiras
  • 5:11 - 5:14
    que trabalhavam em sete
    diferentes hotéis dos Estados Unidos.
  • 5:16 - 5:19
    Essas mulheres passavam o dia em pé.
  • 5:19 - 5:21
    Elas usavam uma variedade de músculos
  • 5:21 - 5:24
    e queimavam uma imensa
    quantidade de calorias,
  • 5:24 - 5:26
    apenas fazendo seu trabalho.
  • 5:27 - 5:32
    Mas o interessante é que essas mulheres
    não pareciam ver seu trabalho dessa forma.
  • 5:32 - 5:35
    Nós lhes perguntamos: "Vocês
    se exercitam regularmente?"
  • 5:35 - 5:38
    E dois terços responderam: "Não".
  • 5:38 - 5:39
    (Risos)
  • 5:39 - 5:43
    Então perguntamos: "Certo.
    Então, numa escala de zero a dez,
  • 5:43 - 5:45
    quanto de exercício vocês recebem?"
  • 5:45 - 5:50
    E um terço delas responderam:
    "Zero. Não recebo nada de exercício".
  • 5:50 - 5:55
    Então nos perguntamos o que aconteceria
    se pudéssemos mudar a mentalidade delas.
  • 5:57 - 6:00
    Separamos essas mulheres em dois grupos.
  • 6:00 - 6:02
    Nós as medimos em várias coisas,
  • 6:02 - 6:06
    incluindo altura, pressão,
    gordura corporal,
  • 6:06 - 6:09
    a satisfação com o seu trabalho.
  • 6:09 - 6:11
    Pegamos metade delas
  • 6:11 - 6:14
    e fizemos uma apresentação de 15 minutos.
  • 6:14 - 6:18
    Demos-lhes este folheto e dissemos:
    "Seu trabalho é um ótimo exercício.
  • 6:18 - 6:22
    Atende às recomendações
    do Surgeon General,
  • 6:22 - 6:24
    que consistem basicamente
    em completar cerca de 30 minutos
  • 6:24 - 6:26
    de atividade física moderada.
  • 6:27 - 6:30
    Espera-se que você obtenha
    estes benefícios".
  • 6:31 - 6:32
    Quinze minutos.
  • 6:32 - 6:36
    Retornamos quatro semanas
    depois e as medimos novamente.
  • 6:36 - 6:37
    Como esperado,
  • 6:37 - 6:41
    as que não receberam
    a informação não mudaram,
  • 6:42 - 6:45
    mas as que receberam pareciam diferentes.
  • 6:45 - 6:47
    Perderam peso,
  • 6:47 - 6:50
    tiveram uma redução significativa
    na pressão arterial sistólica,
  • 6:51 - 6:53
    perderam gordura corporal
  • 6:53 - 6:57
    e reportaram gostar mais do seu trabalho.
  • 6:57 - 6:59
    (Risos)
  • 6:59 - 7:01
    O que isso nos diz então?
  • 7:01 - 7:04
    Para mim, foi fascinante;
  • 7:05 - 7:09
    como resultado de uma simples
    apresentação de 15 minutos,
  • 7:09 - 7:11
    o jogo mudou completamente,
  • 7:12 - 7:17
    produzindo uma cascata de efeitos
    na sua saúde e no seu bem-estar.
  • 7:18 - 7:22
    Possivelmente sem sequer
    mudar o comportamento.
  • 7:24 - 7:26
    Alguns de vocês devem estar pensando:
  • 7:26 - 7:29
    "Como sabem que elas
    não mudaram seu comportamento,
  • 7:29 - 7:31
    já que isso deve ter causado os efeitos?"
  • 7:31 - 7:34
    Sabemos que elas trabalharam
    na mesma medida
  • 7:34 - 7:36
    e os supervisores nos garantiram
  • 7:36 - 7:39
    que elas não se matricularam
    na academia da esquina.
  • 7:40 - 7:41
    Mas claro, não podemos saber ao certo
  • 7:41 - 7:44
    se elas colocaram um pouco mais de esforço
  • 7:44 - 7:46
    para arrumar as camas.
  • 7:46 - 7:49
    Essa pergunta realmente me atormentou.
  • 7:49 - 7:55
    Existe uma conexão imediata, direta
    entre nossa mentalidade e nosso corpo?
  • 7:56 - 8:00
    Para testar isso, trabalhei
    com colegas da faculdade de Yale,
  • 8:00 - 8:02
    Kelly Brownell, Will Corbin
    e Peter Salovey,
  • 8:02 - 8:06
    fazendo um grande lote de milkshakes.
  • 8:07 - 8:09
    Fizemos essa quantidade de milkshakes
  • 8:09 - 8:13
    e convidamos pessoas para o nosso
    laboratório para experimentá-los,
  • 8:13 - 8:16
    e em troca, dávamos-lhes US$ 75.
  • 8:17 - 8:19
    Parece ótimo, não é?
  • 8:19 - 8:22
    O aspecto menos atraente do acordo
  • 8:22 - 8:26
    era que, enquanto tomavam o milkshake,
  • 8:26 - 8:28
    uma agulha era inserida em suas veias
  • 8:28 - 8:30
    para que pudéssemos
    coletar amostras de sangue.
  • 8:31 - 8:33
    Queríamos medir a grelina.
  • 8:33 - 8:36
    A grelina é um peptídeo
    secretado pelo intestino,
  • 8:37 - 8:40
    especialistas o chamam
    de hormônio da fome.
  • 8:40 - 8:42
    Quando ficamos um tempo sem comer,
  • 8:42 - 8:45
    nossos níveis de grelina
    começam a aumentar,
  • 8:45 - 8:48
    sinalizando para o cérebro:
    "É hora de procurar comida",
  • 8:49 - 8:54
    e desacelerando nosso metabolismo,
    no caso de não encontrarmos a comida.
  • 8:54 - 8:56
    Digamos então que saímos,
  • 8:56 - 9:00
    devoramos um milkshake,
    um hambúrguer, batatas fritas,
  • 9:00 - 9:04
    o nível de grelina cai,
    sinalizando para o nosso cérebro:
  • 9:05 - 9:09
    "Hora de parar de comer",
    e acelerando o metabolismo
  • 9:09 - 9:12
    para que possamos queimar
    as calorias que acabamos de consumir.
  • 9:14 - 9:18
    Então os participantes chegaram,
    introduzimos a agulha em suas veias
  • 9:18 - 9:23
    e lhes demos o milkshake Sensi-Shake.
  • 9:23 - 9:28
    Ele tem 0% de gordura,
    140 calorias, sem adição de açúcar,
  • 9:29 - 9:32
    satisfação sem culpa.
  • 9:33 - 9:37
    Eles tomaram o shake e, em resposta,
    o seu nível de grelina caiu,
  • 9:38 - 9:40
    mas muito ligeiramente,
  • 9:40 - 9:43
    sinalizando para o cérebro que um pouco
    de comida havia sido consumida,
  • 9:43 - 9:45
    mas não muita.
  • 9:46 - 9:48
    Uma semana depois, eles
    voltaram ao nosso laboratório,
  • 9:48 - 9:52
    introduzimos uma agulha em suas veias
    novamente e lhes demos este shake.
  • 9:54 - 9:56
    (Risos)
  • 9:57 - 10:03
    Com 620 calorias, 30 gramas de gordura,
    56 gramas de açúcar:
  • 10:03 - 10:07
    este é um luxo que você merece.
  • 10:07 - 10:08
    (Risos)
  • 10:08 - 10:12
    E em resposta ao shake, os níveis
    de sua grelina caíram de novo,
  • 10:12 - 10:15
    mas, dessa vez, numa taxa
    significativamente acentuada,
  • 10:15 - 10:19
    em torno de três vezes mais
    que o shake que tomaram antes.
  • 10:19 - 10:23
    Todo nutricionista metabolista
    diria que essa é a lógica,
  • 10:23 - 10:25
    a queda da grelina é proporcional
  • 10:25 - 10:27
    à quantidade de calorias consumida.
  • 10:28 - 10:30
    Mas aqui está o truque:
  • 10:31 - 10:32
    neste estudo,
  • 10:32 - 10:37
    embora os participantes achassem
    que tinham consumido um shake mais leve
  • 10:37 - 10:40
    e outro mais calórico,
  • 10:40 - 10:45
    na verdade, eles tomaram exatamente
    o mesmo shake nas duas ocasiões.
  • 10:47 - 10:50
    Então, o que isso significa?
  • 10:50 - 10:54
    Como no caso da morfina,
    o maior ou menor efeito
  • 10:54 - 10:59
    dependeu da ciência da aplicação da dose
  • 11:00 - 11:03
    e, da mesma forma, a mesma
    quantidade de exercício
  • 11:03 - 11:08
    produziu mais ou menos benefícios
    dependendo da sua interpretação,
  • 11:09 - 11:13
    aqui novamente ficou provado
    que a mentalidade é importante.
  • 11:13 - 11:18
    No caso, percebe-se que talvez não sejam
    apenas calorias entrando e saindo,
  • 11:18 - 11:23
    ou o preciso disfarce das gorduras
    e nutrientes, mas o que acreditamos,
  • 11:25 - 11:29
    o que esperamos, o que achamos
    sobre os alimentos que comemos
  • 11:29 - 11:32
    determina a resposta do nosso corpo.
  • 11:34 - 11:36
    Então, cientes disso,
  • 11:36 - 11:39
    cabe-nos considerar nossa própria vida:
  • 11:39 - 11:41
    qual é nossa mentalidade?
  • 11:42 - 11:46
    E como devemos começar
    a trocá-la, mudá-la,
  • 11:46 - 11:48
    para tirarmos melhor proveito?
  • 11:50 - 11:53
    Vejamos o estresse, por exemplo.
  • 11:53 - 11:55
    Qual é sua mentalidade sobre o estresse?
  • 11:57 - 11:58
    Se vocês são como a maioria,
  • 11:58 - 12:04
    a sua mentalidade é de que o estresse
    é ruim, faz mal, muito mal.
  • 12:04 - 12:08
    Isso não nos surpreende, considerando
    que para todo lado que olhamos
  • 12:08 - 12:12
    há avisos, anúncios gritando para nós,
  • 12:12 - 12:15
    lembrando-nos dos efeitos
    negativos do estresse.
  • 12:17 - 12:19
    Mas a verdade sobre
    o estresse não é tão clara,
  • 12:19 - 12:22
    e, de fato, cada vez mais
    há pesquisas robustas
  • 12:22 - 12:25
    comprovando que o estresse
    pode ter efeitos positivos,
  • 12:25 - 12:30
    que melhoram nossa saúde,
    nosso bem-estar e nossa performance.
  • 12:30 - 12:36
    Não estou aqui para tentar convencê-los
    de que o estresse é engrandecedor,
  • 12:36 - 12:39
    mas sim para mostrar
    que a verdade sobre o estresse
  • 12:39 - 12:41
    é como a maioria das coisas da vida,
  • 12:41 - 12:44
    ou seja, é incerta.
  • 12:44 - 12:47
    E, portanto, levanto a questão:
  • 12:47 - 12:52
    a mentalidade que temos sobre o estresse
    determina nossa reação a ele?
  • 12:54 - 12:58
    Para testar essa pergunta, trabalhei
    com Shawn Achor e Peter Salovey.
  • 12:58 - 13:03
    Nós trabalhamos com um grupo
    de 300 empregados.
  • 13:03 - 13:06
    Isso foi após a crise financeira de 2008,
  • 13:07 - 13:11
    e pensamos: eles estão estressados,
  • 13:11 - 13:13
    acabaram de saber
    que 10% da sua força de trabalho
  • 13:13 - 13:15
    seria dispensada,
  • 13:15 - 13:17
    e estavam sobrecarregados.
  • 13:17 - 13:20
    Nós decidimos tentar
    mudar a mentalidade deles.
  • 13:20 - 13:24
    E nós o conseguimos,
    mostrando alguns vídeos simples.
  • 13:24 - 13:28
    Vou mostrá-los a vocês aqui,
    simultaneamente,
  • 13:28 - 13:32
    mas metade dos participantes
    assistiu o vídeo à esquerda,
  • 13:32 - 13:34
    metade assistiu o vídeo à direita.
  • 13:34 - 13:35
    (Vídeo)
  • 13:35 - 13:39
    [Estresse é debilitante x
    Estresse é engrandecedor]
  • 13:39 - 13:43
    [Repensando o estresse]
  • 13:44 - 13:48
    [Muitos acham o estresse necessário
    para ser produtivo e ter sucesso.]
  • 13:48 - 13:51
    [Muitos acham que para produzir
    é preciso estar calmo e sem estresse.]
  • 13:51 - 13:54
    [Mas o menor estresse
    prejudica o desempenho.]
  • 13:54 - 13:57
    [Mas na verdade é a pressão
    que eleva o desempenho.]
  • 13:57 - 14:03
    [A reação ao estresse
    injeta adrenalina no sangue.]
  • 14:06 - 14:07
    [Prepara seu corpo para agir.]
  • 14:07 - 14:10
    [Alimenta seu corpo e cérebro
    com sangue e oxigênio.]
  • 14:13 - 14:16
    [Mas pode impedir seu raciocínio]
  • 14:16 - 14:19
    [e diminuir a clareza
    de seus pensamentos.]
  • 14:19 - 14:21
    [Aumenta sua energia e atenção.]
  • 14:23 - 14:25
    [A reação ao estresse pode deteriorar...]
  • 14:25 - 14:27
    [A reação ao estresse vai melhorar...]
  • 14:27 - 14:29
    [seu foco, tomada de decisão,]
  • 14:29 - 14:32
    [direção, desempenho.]
  • 14:34 - 14:36
    [Considere estes exemplos:]
  • 14:37 - 14:38
    [Considere estes exemplos:]
  • 14:38 - 14:40
    [Atletas falham em momentos cruciais.]
  • 14:40 - 14:43
    [As melhores jogadas ocorrem
    nos momentos mais tensos.]
  • 14:46 - 14:50
    [Os melhores profissionais cometem
    os piores erros sob estresse.]
  • 14:52 - 14:55
    [Fadiga mental e estresse levam
    os médicos a cometerem erros.]
  • 14:55 - 14:56
    (Fim do vídeo)
  • 14:56 - 14:58
    Vocês entenderam o objetivo, não é?
  • 15:00 - 15:02
    Aqui estamos...
  • 15:04 - 15:05
    no escuro.
  • 15:05 - 15:07
    (Risos)
  • 15:09 - 15:10
    Aqui estamos...
  • 15:10 - 15:15
    eles estão assistindo a fatos,
    pesquisas e curiosidades,
  • 15:15 - 15:21
    tudo verdade, mas direcionado
    para uma visão ou para outra.
  • 15:22 - 15:24
    O que constatamos é interessante:
  • 15:24 - 15:28
    aqueles que assistiram
    a esses vídeos simples de três minutos
  • 15:28 - 15:31
    antes de iniciarem seu trabalho,
  • 15:32 - 15:36
    ao longo das próximas semanas relataram
    menos sintomas de saúde negativos,
  • 15:36 - 15:41
    menos dores nas costas,
    tensão muscular e insônia.
  • 15:41 - 15:43
    E também relataram
  • 15:43 - 15:48
    um nível mais alto de comprometimento
    e desempenho no trabalho.
  • 15:50 - 15:53
    A esta altura, apresentei quatro estudos;
  • 15:53 - 15:58
    quatro estudos que demonstram
    o poder da mentalidade:
  • 15:58 - 16:02
    na medicina, no exercício,
  • 16:02 - 16:05
    na dieta e no estresse.
  • 16:05 - 16:08
    Há vários outros
    estudiosos muito talentosos
  • 16:08 - 16:12
    abordando esse fenômeno
    enquanto conversamos.
  • 16:12 - 16:15
    A pesquisa de Carol Dweck nos mostra que,
  • 16:15 - 16:19
    se mudarmos nossa mentalidade
    sobre inteligência e talento,
  • 16:19 - 16:20
    de algo determinado
  • 16:21 - 16:24
    para algo variável com o tempo,
  • 16:24 - 16:28
    isso poderá alterar drasticamente
    nosso sucesso acadêmico e profissional.
  • 16:29 - 16:33
    A pesquisa da epidemiologista
    de Yale Becca Levy nos mostra
  • 16:33 - 16:36
    que, se pudermos mudar nossa
    mentalidade sobre o envelhecimento,
  • 16:36 - 16:40
    deixando de vê-lo como um processo
    inevitável de deterioração
  • 16:42 - 16:46
    para vê-lo como um processo
    de ganho de sabedoria, de crescimento,
  • 16:46 - 16:49
    não apenas moldaremos o percurso
    do nosso envelhecimento,
  • 16:49 - 16:52
    mas ainda prolongaremos a longevidade.
  • 16:53 - 16:58
    Ted Kaptchuk e seu grupo de estudos
    sobre placebos em Harvard
  • 16:58 - 17:00
    estão fazendo um trabalho de ponta
  • 17:00 - 17:03
    ao compreender como podemos
    começar a aproveitar
  • 17:03 - 17:07
    e utilizar eticamente
    o efeito placebo na prática clínica.
  • 17:08 - 17:13
    Apesar do contexto ser diferente,
    a mensagem é a mesma.
  • 17:14 - 17:16
    Nossa mentalidade é importante.
  • 17:20 - 17:21
    Não me entendam mal,
  • 17:22 - 17:26
    não estou dizendo
    que a medicina não funciona,
  • 17:26 - 17:28
    ou que não há benefícios em se exercitar,
  • 17:28 - 17:32
    e que o que comemos não tem
    importância, porque tem.
  • 17:32 - 17:36
    Mas o efeito psicológico e fisiológico
  • 17:36 - 17:39
    de qualquer coisa na nossa vida
  • 17:39 - 17:43
    pode e é influenciado
    pela nossa mentalidade.
  • 17:44 - 17:46
    Então, o poder da nossa
    mentalidade é ilimitado?
  • 17:47 - 17:48
    Provavelmente não,
  • 17:49 - 17:51
    mas o que espero ter feito por vocês hoje
  • 17:51 - 17:55
    é inspirá-los a reconsiderar
    onde realmente estão estes limites.
  • 17:56 - 17:58
    Pois a verdadeira lição à frente
  • 17:58 - 18:01
    é começar a reivindicar
    esse poder para nós mesmos,
  • 18:02 - 18:05
    para reconhecermos o poder da mentalidade
  • 18:05 - 18:07
    e sabermos que bem assim,
  • 18:07 - 18:09
    (Estalo de dedos)
  • 18:09 - 18:11
    num piscar de olhos,
  • 18:11 - 18:15
    nós podemos virar o jogo
  • 18:15 - 18:18
    simplesmente mudando a nossa mentalidade.
  • 18:18 - 18:19
    Obrigada.
  • 18:19 - 18:21
    (Aplausos)
Title:
Mude sua mentalidade, vire o jogo | Dra. Alia Crum | TEDxTraverseCity
Description:

Dra. Crum diz que o grande jogador capaz de virar o jogo é "VOCÊ, ao aproveitar o poder da sua mente". Ela explora os resultados científicos que mostram a influência da mentalidade no corpo e como a mudança da mentalidade subjetiva produziu resultados diferentes. O trabalho da Dra. Crum é inspirado em parte pelo efeito placebo e tem implicações que se estendem muito além do domínio da medicina.

Dra. Crum é professora, psicóloga e pesquisadora que investiga como a mentalidade afeta a saúde e o comportamento.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:21

Portuguese, Brazilian subtitles

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