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(pássaros cantando)
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(água fluindo)
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O local é importante no meu trabalho.
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Vindo de um local que é
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determinado na imaginação
de outras pessoas.
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Eu estou interessada
na ideia de opacidade.
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(tráfego de rua soando suavemente)
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Um direito de se manter opaco
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até para si próprio,
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mesmo coisas das quais você pode
não compreender sobre si mesmo,
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e estar em paz com isso
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e não precisar se explicar para os outros.
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Acho que como isso
se manifesta no meu trabalho
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é através dessas camadas
com as quais eu estou brincando.
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Particularmente, como isso
se relaciona à ideia de camuflagem
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porque eu acho que é algum tipo
de opacidade de uma forma visual.
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(ondas batendo)
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Camuflagem é essa estratégia
de sobrevivência no mundo natural.
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Conforme navegamos na sociedade,
essa ideia de misturar-se
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ou ser visível,
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e ter controle sobre isso,
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eu acho que é uma ferramenta
para libertação, de certa forma.
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(sirenes tocando)
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(sirenes tocando)
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Meu nome é Joiri Minaya.
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Eu sou uma artista
visual multidisciplinar.
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morando em Nova Iorque, da
República Dominicana.
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O que mais posso dizer?
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Meus pronomes
são ela/dela.
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Tenho me interessado em padrões
como uma metáfora da sociedade.
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Como pessoas repetem e
personificam esses padrões.
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Siboney é sobre trabalho
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e desempacotar o trabalho
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por trás da fachada de
uma embalagem tropical,
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e pensando no papel da mulher
nessa embalagem
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♪ ♪ ♪
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Há um processo interessante
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que acontece qdo
vc vê uma imagem
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que você não necessariamente
tem uma linguagem para isso imediatamente.
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♪ ♪ ♪
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Estou interessada em
como uma imagem
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tem o poder de transmitir tanto
em tão pouco tempo,
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mas também como você pode gastar
um tempo maior com aquela imagem
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e desempacotar todas
essas outras coisas.
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A série O Contêiner desenvolvida
a partir das colagens
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que fiz inicialmente para a série
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de Buscas do Google
de Mulheres Dominicanas.
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Eu comecei a salvar as imagens
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que eu achava na pesquisa do Google
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e a classificá-las
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pela forma como estavam posando,
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porque pensei que havia alguns padões.
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Ou talvez eu apenas seja
obcecada por padrões.
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Mas pensei que havia certos padrões
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na maneira como as mulheres
posam para as câmeras.
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Como se houvesse
muitos braços abertos
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e como se muitas poses parecidas
com as de obeliscos
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de mulheres deitadas na praia.
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E eu comecei a reconhecer
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como algumas delas são coisas
as quais eu mesmo fiz
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(pessoas conversando)
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Bem, comecei a costurar
roupas para o corpo
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que me forçavam
a incorporar essas poses,
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como uma exploração à mim mesma
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mas também para questionar
essa forma de performance,
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porque você inicialmente
reconhece muito rapidamente
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mas então há a estranheza
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dessa pessoa estando
totalmente envolvida.
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(batida animada)
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(buzinas de carros tocando)
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Eu cresci na cidade de Santo Domingo
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que é cheia de concreto
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e notoriamente carente
de parques públicos.
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Eu realmente gosto da natureza
quando tenho acesso a ela.
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Ao mesmo tempo, estou
ciente da minha possível
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provável romantização da natureza.
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Quando volto para a região
de onde vem minha familia
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eu fico muito animada
com essa natureza.
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Mas também minha mãe é assim:
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"Bem, crescendo nós tínhamos
preocupações com parasias
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e o calor é realmente horrível,
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e você pode ser estuprada no escuro."
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Então, há muitos desses
medos e perigos da natureza
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que são muito reais.
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(ondas batendo)
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(chão rangendo
sob os pés)
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Especificidade do local e
a história que um lugar tem
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tem sido importante,
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especificamente com os trabalhos
nos quais faço novos padrões
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em resposta aos padrões
dos quais tenho me apropriado.
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Tenho feito designs de padrões
que parecem tropicais
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e estão brincando com a linguagem visual
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de ilustrações botânicas.
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Mas, olhando para as plantas usadas
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por pessoas que resistiram
aos processos coloniais
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através do uso dessas plantas.
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Então, algumas plantas foram
usadas para fazer armas,
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algumas vezes foram usadas
para fazer venenos,
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algumas vezes essas plantas são
usadas para falar com seus ancestrais.
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Então estou interessada em todos
esses diferentes sistemas
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de resistência através dessas plantas.
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A principal maneira de mostrar isso
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é imprimi-las em tecido
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que é então usado para
cobrir as estátuas dos colonizadores.
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Estou pensando em uma maneira de
resignificar o espaço público
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que é usado para comemorar
a história colonial,
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e ao invés disso, tentar
comemorar as pessoas
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que resistiram ao colonialismo
que não possuem uma estátua.
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Apenas pensando em espaço público
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como um espaço que
deveria ser democrático,
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mas então, é claro,
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meio que há forças que
determinam o que é mais significativo
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e o que é deixado de fora.
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Estou tentando contar as histórias
que permanecem não contadas.
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(música percussiva animada)