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(pássaros cantando)
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(água fluindo)
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O local é importante no meu trabalho.
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Vindo de um local que é
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determinado na imaginação
de outras pessoas.
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Eu estou interessada
na ideia de opacidade.
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(tráfego de rua soando suavemente)
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Um direito de se manter opaco
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até para si próprio,
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mesmo coisas das quais você pode
não compreender sobre si mesmo,
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e estar em paz com isso
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e não precisar se explicar para os outros.
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Acho que como isso
se manifesta no meu trabalho
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é através dessas camadas
com as quais eu estou brincando.
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Particularmente, como isso
se relaciona à ideia de camuflagem
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porque eu acho que é algum tipo
de opacidade de uma forma visual.
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(ondas batendo)
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Camuflagem é essa estratégia
de sobrevivência no mundo natural.
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Conforme navegamos na sociedade,
essa ideia de misturar-se
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ou ser visível,
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e ter controle sobre isso,
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eu acho que é uma ferramenta
para libertação, de certa forma.
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(sirenes tocando)
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Meu nome é Joiri Minaya.
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Eu sou uma artista
visual multidisciplinar.
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morando em Nova Iorque, da
República Dominicana.
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O que mais posso dizer?
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Meus pronomes são ela/dela.
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Tenho me interessado em padrões
como uma metáfora da sociedade.
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Como pessoas repetem e
personificam esses padrões.
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Siboney é sobre trabalho
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e desempacotar o trabalho
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por trás da fachada de
uma embalagem tropical,
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e pensando no papel da mulher
nessa embalagem
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Há um processo interessante
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que acontece quando
você vê uma imagem
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que você não necessariamente
tem uma linguagem para isso imediatamente.
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Estou interessada em
como uma imagem
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tem o poder de transmitir tanto
em tão pouco tempo,
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mas também como você pode gastar
um tempo maior com aquela imagem
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e desempacotar todas
essas outras coisas.
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A série O Contêiner desenvolvida
a partir das colagens
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que fiz inicialmente para
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a série de Buscas do Google
de Mulheres Dominicanas.
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Eu comecei a salvar as imagens
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que eu achava na pesquisa do Google
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e a classificá-las
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pela forma como estavam posando,
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porque pensei que havia alguns padões.
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Ou talvez eu apenas seja
obcecada por padrões.
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Mas pensei que havia certos padrões
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na maneira como as mulheres
posam para as câmeras.
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Como se houvesse
muitos braços abertos
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e como se muitas poses parecidas
com as de obeliscos
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de mulheres deitadas na praia.
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E eu comecei a reconhecer
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como algumas delas são coisas
as quais eu mesmo fiz
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(pessoas conversando)
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Bem, comecei a costurar
roupas para o corpo
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que me forçavam
a incorporar essas poses,
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como uma exploração à mim mesma.
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Apenas pensando em espaço público
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como esse espaço que
deveria ser democrático,
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mas então, é claro,
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meio que há forças que
determinam o que é mais significativo
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e o que é deixado de fora.
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Estou tentando contar as histórias
que permanecem não contadas.
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(música percussiva animada)