How Walton Ford’s Large-Scale Watercolors Satirize the History of Colonialism | Art21

WALTON FORD:
Eu comecei pintando essas coisas

que pareciam com as obras de Audubon.

Elas eram Audubons falsas,

mas eu distorci um pouco a ideia,

e entrei na cabeça dele e tentei pintar

como se realmente fosse sua
alma torturada,

como se sua mão o traísse e ele pintasse

o que ele não queria expor sobre si.

Então, eu comecei por essas

e isso era muito importante
para mim na época

fazer elas parecerem com
as obras de Audubon,

fazer com que elas parecessem ter
cem anos,

fazer parecer que ele as pintou,

mas que elas escaparam dele sem,
você sabe,

quase como uma pintura do Dorian Gray,
mas você sabe,

uma imagem de história natural.

Todo o projeto de impressão parecia
o resultado natural

de todas as outras coisas que eu faço.

Olha pra isso.

PETER: É, tá legal.

Lindo.

Todos os fólios das impressões
de história natural

começaram como aquarelas que foram feitas

no campo ou a partir da natureza

e acabaram como impressões

que foram unidas e vendidas
por assinatura,

e faz sentido fazê-las da maneira que

Peter e eu fazemos.

Nós estamos trabalhando nessas
impressões há mais de 5 anos,

e a ideia de fazer impressões
nesse tamanho

veio de querermos o máximo possível

imitar o livro de Audubon de fólio duplo
"Birds of America".

E queríamos trabalhar com algumas
daquelas mesmas técnicas

que Audubon teria usado para
fazer aquelas impressões.

Todas as nossas impressões são
feitas em seis ou sete chapas,

e cores separadas em cada chapa

e cores provavelmente mais saturadas

do que Audubon usaria.

(engrenagens estalando)

Isso faz parte, eu acho, da maneira de
Walton se inspirar

no que Audubon fez, mas também alterar

e distorcer um pouco,

meio que evidenciando um pouco a ironia. (risos)

Walton: Uau.

Isso ficou bom

Sim, ficou maneiro!

Psicodélico.

Ficou legal.

O alinhamento ficou excelente.

Ficou bom.

Sim, é animador porque

estamos começando a pegar
o espírito da coisa, eu acho

É uma impressão muito legal,
tipo, no geral, só...

O azul é realmente

mais intenso, não é?

Sim, é legal.

(Peter rindo)
Eu curti!

Eu gostei.

Sim, tem estilo.

Quando eu era criança eu amava desenhar.

E eu era meio que um naturalista amador,

identificando pássaros e pegando
cobras e criando pets estranhos.

Este museu era tipo um paraíso para mim.

Para mim os dioramas daqui
são obras de arte.

Para um artista era muito bom que
os animais não se mexessem.

Eu olhava para eles de um jeito que não
se pode olhar para os animais no zoológico

ou animais em programas de natureza.

Eu podia ver como eles eram reunidos.

Pombos passageiros eram os pássaros em
maior número no planeta Terra.

Um único rebanho podia conter
2 bilhões de pássaros.

Havia tantos desses pássaros

que era assustador.

Quando eles pousavam em florestas,

eles quebravam árvores grandes na metade.

E o cocô caía com neve o tempo todo.

E se pensava que eles eram inesgotáveis,

então eles eram caçados pra valer.

Esta é uma série de fotografias

tiradas em 1898.

Eu gosto de fazer essas pequenas
viagens de pesquisa.

É como uma encenação para mim
fingir ser um desses

caras ingleses da história natural
que são tanto heróis como vilões.