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Uma produção
Awakening Mind Films
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Despertar
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é a próxima fase natural
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do desenvolvimento humano.
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Despertar é apenas reconhecer
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a natureza de nosso ser essencial.
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Não se trata de uma experiência religiosa
mística e distinta.
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disponível apenas para alguns.
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Está disponível para todos.
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Nosso ser essencial já é
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completamente consciente e desperto.
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E é totalmente ilimitada.
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Sua verdadeira natureza
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está mais próxima
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do que a pessoa que você pensa ser.
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A consciência
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é a realidade suprema do Universo.
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O próximo passo da ciência
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é perceber
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que a consciência é fundamental.
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O que é despertar, afinal?
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Alguém me explica?
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O DESPERTAR DA MENTE
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Parte 1: CONHECE-TE A TI MESMO
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O que é despertar?
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Se o chamar de o Eu Verdadeiro,
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o Eu Iminente, o Não Eu
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ou Natureza Buda,
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Tao ou Consciência de Cristo,
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não faz diferença.
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Neste filme,
utilizaremos a palavra Consciência.
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Consciência não pertence
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a nenhuma religião.
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Despertar ou se dar conta da consciência
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é como acordar de um sonho.
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O sonho do seu personagem
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na trama da vida.
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Por meio de nossos personagens,
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presenciamos o mundo
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em toda a sua beleza e feiura.
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Podemos chamar esta experiência
de vida e morte
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de dualidade.
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Damos voltas em círculos
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obcecados pelos pensamentos
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e sensações dos personagens.
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Bom e mau.
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Guerra e paz.
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Luz e escuridão.
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Nascimento e morte.
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Até que despertamos
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e descobrimos que
não somos o personagem.
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O Convite
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Neste filme, convidamos você
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a experienciar diretamente
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sua verdadeira natureza.
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A descobrir diretamente,
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não intelectualmente.
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Quem é você?
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Refaremos o convite
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de diversas formas.
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Ao questionar sua natureza,
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deixe que tudo permaneça como está.
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Não recorra à mente em busca
de algo,
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ou para encontrar respostas
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em nível intelectual.
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E mesmo assim não
a expulse.
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Busque apenas experimentar
de forma direta
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quem você é.
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Permitindo que a mente
permaneça alheia.
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Despertar é a solução para todos
os problemas do mundo.
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em todos os níveis.
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Todos os problemas do mundo
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decorrem de uma ilusão.
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A ilusão primordial da mente.
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A ilusão é que sou
este personagem limitado.
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Quando nos identificamos com
o Eu pequeno e individual,
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há sempre uma sensação
constante de insatisfação.
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Pode ser uma grande
insatisfação, como trauma,
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ou apenas uma sensação
vaga.
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-Algo não está certo.
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-Há algo de errado.
-Algo me falta.
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Mesmo quando sinto prazer,
mesmo quando alcanço conquistas,
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Mesmo quando tenho um bom relacionamento.
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Se eu parar por um instante,
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vem aquele sentimento
de insatisfação
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como se eu tivesse
isolado ou
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desconectado.
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Portanto, este sentimento,
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que muitos parecem ter,
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pode nos levar
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a despertar
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do Eu pequeno e individual
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cuja natureza se assemelha
à ansiedade de separação.
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O personagem limitado
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tende a se agarrar ao que deseja.
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Opera como um acumulado
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de padrões condicionados
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que implora por seus desejos,
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ou afasta as coisas indesejadas.
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É um processo sem fim
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do
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do princípio de prazer,
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buscando o prazer,
evitando a dor.
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E se acreditarmos
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ser esse personagem,
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esse padrão condicionado,
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então sofremos,
e criamos sofrimento no mundo.
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O mundo se torna o reflexo
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de tal consciência egoica.
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O bom de despertar
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é que você sofre menos,
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e as pessoas ao seu redor
sofrem menos.
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Não tenho dúvidas
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de que minha conexão inicial com
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minha compreensão de Deus
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foi um despertar em minha vida.
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O maior despertar que já experimentei.
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Foi
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como se estivesse adormecido
por 50 anos.
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Andando
por aí como um robô,
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fazendo as coisas como
haviam me ensinado.
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Desde garoto, eu já
tinha aprendido a fórmula,
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Arrumar uma namorada,
um carro,
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um trabalho, uma casa,
uma esposa.
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A fórmula que pensei ser
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como a vida
deveria funcionar.
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Até que fiz 53 anos
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e percebi que,
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apesar de ter feito
a maioria daquelas coisas
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e ter obtido...
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sucesso profissional,
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até certo ponto,
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foi que percebi que
nada daquilo importava.
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Acordei por volta dos 53 anos
me dando conta que...
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nada disso importa.
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Nada disso tem qualquer significado.
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Fiquei chocado
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ao perceber
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o quão sem sentido era
tudo aquilo.
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QUEM É VOCÊ?
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Quando você deixa de seguir o roteiro
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que foi estabelecido para seu personagem.
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Aquele herdado dos pais, da sociedade,
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e do condicionamento biológico.
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Aí, novas dimensões se abrem no jogo.
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O caminho se abre.
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Mas não é um caminho que
o leva a certo destino.
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É um caminho sem caminho.
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O despir da ilusão
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para chegar exatamente
aonde você está.
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No presente momento.
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Meu nome é Rupert Spira.
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Eu falo sobre
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o entendimento não-dual essencial que
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fundamenta todas
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as grandes tradições
religiosas e espirituais.
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Também escrevo e conduzo
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meditações guiadas e tenho
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conversas
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cujo propósito é levar
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a um reconhecimento empírico
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desse entendimento.
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Entenda que
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a paz e a felicidade
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pelas quais todos almejamos,
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acima de tudo, jamais podem,
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por definição,
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ser encontradas na experiência objetiva.
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Jamais podem ser oferecidas
por objetos,
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substâncias, atividades
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ou relacionamentos.
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Sugiro
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entender isso claramente.
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E não passar o resto da vida
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buscado realização
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onde ela não pode ser encontrada.
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Todos que assistem
a este filme,
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fazem isso
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exatamente porque
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ou entenderam
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ou pelo menos perceberam
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de que a paz e a felicidade
pelas quais almejam
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não podem ser encontradas
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na experiência objetiva.
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E iniciaram
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essa investigação
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sobre sua verdadeira natureza.
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Essa é a investigação mais importante
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que alguém pode fazer e é
a investigação
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da qual depende
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nossa felicidade.
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A grande questão da
minha vida, sem dúvidas,
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que acredito ser a questão
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que chega para todos,
uma hora ou outra,
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é
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-Qual é o objetivo, realmente?
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-Qual é o sentido da vida?
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E, para minha surpresa,
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soube que
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o sentido da vida não tinha
nada a ver
-
com o que eu estava
fazendo.
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Não se tratava do meu
emprego.
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Nem da minha carreira.
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Não se tratava de
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praticamente
nada em minha vida física.
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Esses eram aspectos da minha
vida,
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mas não o sentido em si.
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O sentido da minha vida,
como passei a entender,
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era vivenciar,
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expressar, demonstrar e preencher
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minha identidade verdadeira,
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quem eu realmente sou.
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Creio que a pergunta mais importante
-
comum à maioria
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é a pergunta que quase ninguém
se faz.
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Muito menos responde.
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A grande pergunta da vida,
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segundo meu entendimento é:
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-Quem sou eu?
-
-Quem sou eu?
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Sou apenas uma entidade física,
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como um pássaro no céu
ou peixe no mar?
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Claro, talvez mais sofisticado.
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Mas apenas uma entidade física.
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Eu nasço, vivo e morro.
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O começo e o fim de tudo.
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Ou seria possível,
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quem sabe,
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que sou mais do que isso?
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Será que sou uma entidade
espiritual
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apenas tendo uma experiência física?
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Todas as experiências da sua vida
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te trazem a esta questão universal.
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-Quem é você?
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Não busque
uma resposta com a mente.
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Deixe as coisas exatamente como estão.
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-Quem percebe a mente?
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-Sinta tudo que vier à tona.
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-Quem percebe esses sentimentos?
-
-Experiencie plenamente tudo que
vier à tona
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ao se fazer essas perguntas.
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Sou o Donald Hoffman e sou
professor emérito
-
de ciências cognitivas
na Universidade da Califórnia em Irvine.
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Meu trabalho era lecionar, mas agora
que sou emérito e não leciono mais.
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Agora sou pesquisador.
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Atualmente pesquiso sobre a consciência.
-
Modelos matemáticos da consciência,
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e como a física e o espaço-tempo
podem surgir
-
de uma teoria da consciência
completamente precisa
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do ponto de vista matemático.
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Minha própria jornada tem sido
-
tanto do lado espiritual
quanto do lado científico.
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Meu pai era pastor,
-
um pastor cristão fundamentalista.
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Então, eu aprendia isso aos domingos
-
e aprendia ciência na escola,
-
e os dois colidiam, certo?
-
As histórias que
ouvia eram contraditórias.
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Então,
-
na adolescência, percebi que
precisaria descobrir as coisas
-
por conta própria.
-
E decidi...
-
A pergunta que queria
responder era:
-
-Somos máquinas?
-
-As pessoas são simplesmente
máquinas ou não?
-
Do ponto de vista físico,
-
éramos apenas máquinas.
-
Do ponto de vista espiritual,
não seríamos máquinas.
-
Não podia afirmar
com certeza o que seríamos.
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Então, decidi fazer a pergunta
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cientificamente.
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-Somos apenas máquinas?
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E a melhor forma que encontrei
-
foi estudar inteligência artificial.
-
Então, ingressei no MIT
-
e fiquei no laboratório
de inteligência artificial
-
estudando inteligência artificial.
-
E no departamento de
neurociência e ciências cognitivas
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estudando o lado humano
das coisas.
-
Pois queria ambos.
-
O que as máquinas podem fazer?
-
E o que há de especial,
se é que há,
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nos humanos e na neurociência
humana.
-
Para responder essa...
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essa pergunta:
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-As tradições espirituais têm razão?
-
-Somos mais do que meras máquinas?
-
Ou o ponto de vista físico científico
-
tem razão e
somos meras máquinas e
-
a consciência é um mero artefato
-
da atividade cerebral?
-
O paradigma científico materialista
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em predominância no último século,
-
nega a existência de algo além do físico.
-
Qualquer coisa que não possa ser
-
verificada pelo método científico.
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A ciência está diante de um impasse.
-
Ela não consegue ir além do paradoxo
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fundamental à física quântica.
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Que a trouxe cara a cara com o observador,
-
com a consciência em si.
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Da mesma forma, as religiões funcionam,
em geral,
-
apenas no nível da crença.
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Perderam seu propósito original,
-
que era levar à experiência
-
da verdade de quem e o que somos.
-
A separação entre a ciência
e a espiritualidade
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empobreceu ambas.
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Religiões e sistemas espirituais
-
carecem intensamente de
métodos rigorosos
-
que possam criar
condições favoráveis
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para o despertar.
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E a ciência precisa desesperadamente
se abrir
-
à possibilidade de algo além
do físico.
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Não se trata de largar a religião
ou a ciência,
-
mas de se aprofundar.
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De estarmos dispostos a mudar a nós mesmos
-
para que nos tornemos uma melhor
ferramenta de investigação.
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Conduzimos o experimento
-
e somos o experimento em si.
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A religião tem sido a linguagem
-
e o instrumento
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dessas tradições
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de meditação
-
e espiritualidade.
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Que foram registradas e
-
transmitidas
-
pelas gerações.
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Sem dúvida, há linguagens
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muito literais
-
que separam religiões
e separam
-
culturas quando as coisas
são levadas ao pé da letra.
-
Mas quando se sente
o espírito da religião,
-
é possível traçar o caminho
-
de volta ao autêntico
-
despertar.
-
O potencial existe em todos,
-
independentemente
-
de crença ou falta de crença,
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pois despertar é
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inerente à nossa consciência humana
-
simplesmente por
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estarmos vivos.
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Portanto,
independentemente do nome
-
ou da linguagem usada,
-
há certos princípios que parecem ser
os mesmos
-
em todas essas diferentes religiões,
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espiritualidades e tradições de meditação.
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Quando eu era mais novo,
-
esse conhecimento existia
predominantemente
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nas tradições espirituais do Oriente.
-
Ele existia nas tradições...
-
do Ocidente.
-
Mas ficava tão disfarçado
e codificado
-
em tais tradições
-
que se tornou praticamente inacessível.
-
Então, muitas pessoas
-
da minha geração foram fisicamente,
-
ou pelo menos intelectualmente,
ao Oriente
-
para encontrar esse conhecimento.
-
E a cultura oriental,
-
comparada à
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cultura ocidental, é exótica.
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E portanto, esse conhecimento
-
adquiriu traços exóticos
-
das culturas nas quais ele era expressado.
-
E muitos, inclusive eu,
-
acabaram imaginando
-
que havia algo de exótico
-
no conhecimento não-dual.
-
Que era necessário um
-
estilo de vida extraordinário.
-
Que era preciso renunciar à
vida familiar,
-
ou, ou
-
deixar o cabelo crescer
-
ou usar um nome especial,
-
ou associar-se a um tipo de professor
-
ou tradição.
-
Envolver-se em práticas inusitadas.
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Esse...
-
monte de coisas
-
que não tinham nada a ver
-
com o conhecimento central.
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Tinham a ver com a cultura na qual
-
o conhecimento era expressado
-
em um dado momento.
-
Hoje,
-
o conhecimento foi completamente despido
-
da roupagem cultural tradicional
-
através da qual
-
muitos de nós
-
o conhecemos.
-
E agora, apenas
-
o conhecimento essencial
-
é passado
-
de uma forma que nos permite
-
continuar levando nossas vidas
-
exatamente como elas são.
-
Vida familiar, vida profissional.
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Não é preciso fazer nenhuma
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mudança externa em nossa vida.
-
O desafio que enfrentamos neste planeta
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é que achamos que há mais do que uma
-
essência.
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Portanto, vivemos em um...
-
...um mundo que chamaria de
-
"mundo da dualidade".
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Há macho e fêmea,
preto e branco.
-
Grande e pequeno,
rápido e lento.
-
Para cima e para baixo,
aqui e ali.
-
Antes e depois.
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Mas, na realidade, há apenas uma coisa.
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Todas as coisas são uma coisa só.
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E só existe uma coisa.
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Então, acontece que quando analisamos
tudo profundamente,
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vemos que aqui e ali,
-
grande e pequeno,
rápido e lento
-
Para cima e para baixo,
esquerda e direita,
-
macho e fêmea
-
são todos a mesma coisa
-
apenas expressando características
diferentes.
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Mas de forma alguma separados
uns dos outros.
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Creio que todos nós
-
somos individuações
-
de Deus.
-
Creio que Deus exista em, como e através
-
de cada
-
ser
-
humano.
-
Aliás, isso se aplica a cada ser senciente
do universo.
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Percebo, então, que estou para Deus
-
assim como a onda está para o oceano.
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A onda não é diferente do oceano.
-
É apenas o oceano se erguendo
-
de forma individual.
-
E quando a individuação se completa,
-
a onda recua de volta ao oceano
de onde veio,
-
para se erguer novamente
-
um outro dia.
-
Portanto, acredito que somos todos
individuações
-
da divindade.
-
E quando vemos tudo como divino,
-
nosso relacionamento com tudo
também muda.
-
E tudo
-
se transforma em nossa experiência.
-
É assim que o mundo muda.
-
O QUE É CONSCIÊNCIA?
-
Consciência
-
é a realidade suprema do Universo.
-
A pergunta que fica,
-
já que a consciência é
-
a realidade suprema do Universo,
-
e tudo e todos também são.
-
Então, como é
-
que
-
o mundo se apresenta a nós
-
como uma multiplicidade e diversidade
-
existindo independentemente
e individualmente,
-
de pessoas, animais e coisas,
-
todos feitos de algo chamado matéria?
-
Como podemos reconciliar
-
essa afirmação de que
-
a consciência é a realidade
suprema do Universo
-
quando ela se apresenta
-
como uma multiplicidade e diversidade
de objetos feitos de matéria?
-
O indício que estou usando
para indicar que
-
a consciência é fundamental,
-
tem muitos aspetos.
-
Um deles é que
-
a própria física
-
diz que o espaço-tempo não é fundamental.
-
E a teoria evolutiva
-
também concorda que o
espaço-tempo e
-
objetos físicos não são
a realidade fundamental.
-
Ambas as teorias
-
nos dizem
-
apenas isso, que o espaço-tempo
não é fundamental.
-
Não nos dizem o que está
além do espaço-tempo.
-
Então,
-
meu argumento é que
o que os físicos estão descobrindo
-
além do espaço-tempo são
estruturas matemáticas.
-
Mas, do que se tratam,
-
não fica muito claro.
-
-De que se trata esse campo
além do espaço-tempo?
-
Portanto, proponho
-
que esse campo se trata da consciência.
-
Eu diria que a consciência infinita
-
é capaz de
-
localizar-se
-
e existir enquanto vários
seres individuais.
-
Em outras palavras, todos
-
os seres sencientes.
-
Todas as pessoas ou animais.
-
Cada um de nós é
-
uma "localização" da consciência infinita,
-
dentro da consciência infinita,
-
feito puramente de consciência infinita,
-
de cuja perspectiva
-
ela enxerga
-
sua própria atividade
-
como o mundo exterior.
-
Então, o que nos parece
-
um mundo feito de matéria,
-
de acordo com
nossa perspectiva "localizada",
-
é, do ponto de vista da realidade,
-
apenas a atividade
-
da única consciência infinita.
-
Ou seja, em última análise,
-
não há
-
coisas individuais ou
existindo independentemente.
-
Ou pessoas.
-
Existe apenas um todo indivisível
e infiníto.
-
A unidade de existência.
-
Que é meramente refratado
-
em uma aparente multiplicidade
e diversidade de objetos e coisas.
-
Quando Ele observa sua
própria atividade
-
pelas faculdades de percepção
-
da mente finita.
-
Quando estamos despertos,
-
percebemos
-
que há uma
-
consciência
-
que se disfarça
-
de todos esses seres no planeta.
-
Uma consciência que brilha nos olhos
de todos.
-
Então,
-
literalmente nos vemos
-
nos outros.
-
E,
-
a propensão de agir através ego,
-
a tendência de
-
tirar proveito
-
desaparece
-
porque percebemos diretamente a verdade.
-
A verdade é que somo todos uma só
consciência.
-
A experiência do meu Eu espiritual
-
só foi possível no domínio físico
-
por uma excelente razão.
-
Pois é apenas no domínio físico que
o oposto
-
pode ser encontrado.
-
Ou seja, para ilustrar
de forma simples.
-
Se eu quisesse ter a experiência,
-
falando metaforicamente,
-
de ser a luz.
-
Isso não seria possível
-
se eu estivesse mergulhado nela.
-
Nada mais ao meu redor além da luz.
-
Que é a perfeita definição
-
do domínio espiritual.
-
Então, venho a um domínio,
-
o qual chamo de domínio físico,
onde há algo além da luz.
-
Pois se eu quiser ter a experiência
de ser a luz,
-
não apenas saber que sou ela,
-
mas para ter a experiência,
-
só seria possível
-
onde houvesse o oposto da luz.
-
Neste caso, a escuridão.
-
Portanto,
-
venho ao
-
domínio físico
-
onde a luz e a escuridão
-
existem simultaneamente.
-
E, então, nessa
-
expressão externa de mim mesmo
enquanto a luz,
-
eu poderia ser quem realmente sou.
-
Esse conhecimento
-
sugere que,
-
por trás de nossas diferenças,
-
somos todos o mesmo ser.
-
Não seres parecidos.
-
Mas que somos todos literalmente um só.
-
O mesmo ser.
-
E...
-
o amor é a experiência percebida
-
dessa unicidade ou
-
"ser compartilhado".
-
É
-
um
-
teorema
-
de nossa teoria
-
que existe, em última análise,
apenas uma consciência.
-
Há essa dinâmica de muitos agentes
conscientes.
-
Mas, a teoria diz que, em última
análise,
-
todos esses agentes conscientes são,
na verdade,
-
projeções de uma única consciência.
-
O atual
-
paradigma da ciência,
-
e tem sido assim há séculos,
-
é que o espaço e o tempo são a natureza
essencial da relidade
-
São irredutíveis
-
e são a base de tudo.
-
E antes do Einstein
-
eram vistos como separados.
-
Agora, o espaço e o tempo juntos,
-
unificados como espaço-tempo,
-
são vistos como a natureza
essencial da realidade.
-
E a ciência, então, supôs que
-
o espaço-tempo e objetos dentro dele
-
são a realidade essencial.
-
Então,
-
por exemplo, quando falamos
da consciência,
-
ela deve ser, de alguma forma, fruto
-
de objetos no espaço e tempo.
-
Nessa base física,
-
o espaço e o tempo, e objetos físicos,
-
sem qualquer consciência,
-
são a realidade essencial.
-
E a consciência
-
surge mais tarde
na evolução do Universo, certo?
-
Então no Big Bang
-
não havia consciência,
-
havia apenas o espaço-tempo
e energia.
-
A energia se aglutinou em partículas
maciças,
-
e por fim a vida surgiu depois de
sabe-se lá milhões,
-
centenas de milhões ou bilhões de anos.
-
Depois disso, a consciência surgiu
ainda mais tarde.
-
Desse ponto de vista, quando você morre,
-
a complexidade física que deu origem
-
à consciência se dissolve,
-
e então a sua consciência se dissolve.
-
Portanto, a base física
-
realmente desconsidera a consciência
-
como uma parte fundamental.
-
E diz que quando morremos, nossa
consciência morre junto.
-
De outro ponto de vista,
-
eu e meus colegas
usamos a teoria evolutiva
-
para mostrar
-
que
-
a teoria evolutiva subentende que
-
o espaço e o tempo não são
fundamentais.
-
Portanto, a interpretação
física da evolução está errada.
-
A ideia de que o espaço e o tempo
e partículas
-
de alguma forma evoluíram
-
devido aos organismos humanos
-
é a base errônea pois o
espaço-tempo não é fundamental.
-
Estamos propondo uma dinâmica
-
além do espaço-tempo
muito mais rica,
-
a dinâmica da consciência.
-
Não dispensamos nossas antigas teorias.
-
Quando os físicos dizem
-
que o espaço-tempo está condenado,
-
não significa descartar o Einstein.
-
De forma alguma.
-
Mantemos o Einstein.
-
Qualquer nova teoria além
do espaço-tempo
-
que os físicos venham
a propor,
-
é melhor que se projete no
espaço-tempo
-
e nos devolva Einstein
e a teoria quântica.
-
Ou estão errados.
-
Todas nossas antigas teorias
-
são amigas maravilhosas.
-
E vamos mantê-las...
-
como casos especiais de
uma teoria mais profunda.
-
Em nossa teoria da consciência
devemos fazer o mesmo.
-
Não podemos propor o que quisermos.
-
Temos que ter uma teoria que
projete
-
e nos devolva o espaço-tempo,
-
devolva a teoria quântica,
-
devolva as relatividades restrita e geral
-
e a evolução por seleção natural.
-
Se não pudermos fazer isso
-
de forma detalhada e precisa,
-
então, não há razão
para os cientistas nos levarem a sério.
-
É como se a consciência infinita
colocasse
-
um óculos de realidade virtual.
-
Um aparelho de realidade virtual
feito de pensamento e percepção.
-
E, ao fazer isso,
-
assim que a consciência
coloca o óculos,
-
ela se confina
-
dentro
de sua própria atividade.
-
E por meio
-
desse aparelho,
-
ela enxerga usando as
faculdades de percepção
-
da mente finita: visão, audição, tato,
paladar e olfato.
-
E ela fragmenta
-
sua própria unicidade.
-
E toma a forma
-
de milhares de coisas distintas.
-
O que dizendo
-
é que
-
há muito mais
-
por trás do Universo
-
do que a mente finita.
-
Não estou dizendo que
-
o Universo apenas apareça
-
em cada uma de nossas mentes finitas.
-
O Universo existe além delas,
-
mas dentro da consciência.
-
Mas são as limitações da nossa
mente finita
-
que conferem ao Universo sua aparência.
-
Portanto, quando observamos o Universo,
-
vemos a realidade que existe
-
antes de ele ser percebido.
-
Mas o observamos pela lente
-
de nossas faculdades de percepção,
-
o que lhe confere sua aparência.
-
O conceito de despertar,
-
em muitas tradições espirituais,
tem sido
-
o conceito de que
-
o que entendemos por realidade,
-
objetos no espaço e tempo, nosso corpo
físico e etc.,
-
não é a realidade final.
-
Que há uma realidade muito
mais profunda.
-
Uma realidade de consciência
que transcende
-
o espaço e tempo, e
objetos físicos.
-
E que não nos separamos
de tal realidade,
-
ela é, de certa forma, a essência
do que somos.
-
Portanto, o despertar é acordar
da ilusão
-
que somos apenas um corpo
no espaço e tempo,
-
para o fato
-
de que somos, de fato, os autores
-
de tudo que vemos no espaço e tempo.
Criamos na hora
-
conforme olhamos e percebemos.
-
COMO DESPERTAR?
-
A pessoa desperta ao reconhecer que
-
o que somos essencialmente já está
-
totalmente desperto,
totalmente consciente.
-
Completo, íntegro,
-
realizado, em paz.
-
É como perguntar:
-Como o...
-
-Como o sol ilumina a si mesmo?
-
Sua natureza é luz.
-
Já está completamente iluminado.
-
A natureza de nosso ser essencial
-
já é paz e felicidade.
-
Não fica claro para nós,
-
pois nossa essência está tão misturada
com o conteúdo da experiência
-
que sua
-
paz e felicidade inatas
-
são ofuscadas pela experiência.
-
Por isso, achamos que nossa essência
precisa ser iluminada.
-
Não, nossa essência não precisa
ser iluminada.
-
Assim como o sol não precisa ser "aceso"
de manhã cedo.
-
O sol sempre brilha
com a mesma intensidade.
-
Nossa essência sempre brilha
com a mesma paz e alegria.
-
Mas a paz e alegria são ofuscadas
-
pela ansiedade e escassez
-
que caracterizam nosso pensamentos e
sentimentos.
-
Não há uma pessoa que desperta.
-
Então, então...
-
O Eu que despertou,
-
despertou de minha própria estrutura
-
em um centro de meditação.
-
Um centro Zen.
-
Fazíamos um sesshin Zen,
-
que é um longo período de prática
intensa.
-
Portanto, Zen é
-
ótimo para criar este ambiente
-
de onde não se pode escapar.
-
Então, o personagem do Dan
-
que havia aprendido meditação,
-
que vinha praticando a meditação...
-
Esse "praticante" de
meditação
-
percebeu que não podia despertar.
-
Todos os truques de meditação,
-
todas as práticas aprendidas
-
não tinham valor.
-
Chegou ao ponto onde aquele personagem
-
que estava tentando despertar
-
não conseguiu despertar.
-
E assim foi necessário.
-
O personagem que eu vinha vivendo,
-
o personagem que vinha representando
por toda minha vida,
-
tinha que se desprender ou falecer.
-
E,
-
o que restou,
-
o que sobrou quando o personagem—
quando não havia o "praticante",
-
quando não havia o meditador
-
meditando ou praticando algo
-
chamado de meditação,
-
o que restou foi
-
minha natureza verdadeira.
-
Ou eu,
apenas eu.
-
Quando despertamos dessa ideia
do Eu pequeno e separado,
-
não é como se estivessemos
-
extinguindo o ego ou
-
lutando contra ele.
-
Na verdade, permitimos que ele
se aposente parcialmente
-
de seu posto de identidade egoica.
-
E que ele relaxe para fazer parte de
nosso
-
time, de nossa consciência.
-
E isso nos dá uma sensação
de liberdade
-
logo que não estamos
-
observando o mundo
por uma lente pequena.
-
Logo que
-
estamos com o coração
e a mente abertos
-
de forma
-
expansiva e ainda,
-
ao mesmo tempo,
-
mais intimamente conectada.
-
Iluminação não se trata de
tornar-se desperto.
-
Ninguém se torna desperto
ou iluminado.
-
É o reconhecimento
-
da luz,
-
a luz do puro saber,
-
cuja natureza é paz e felicidade
-
que sempre fomos.
-
Meu nome é Lisa Natoli.
-
Sou professora espiritual.
-
Falo sobre cura,
-
despertar e transformação.
-
Despertar é o reconhecimento de sua
verdadeira natureza.
-
É o reconhecimento do que
realmente somos,
-
que é consciência.
-
E consciência é apenas uma palavra
-
para as muitas palavras
que as pessoas usam
-
para percepção,
-
vida,
-
amor,
-
Deus,
-
luz.
-
É despertar para o entendimento
-
que não sou este corpo.
-
Que sou aquilo que nunca morre,
e aquilo que nunca nasce.
-
e
-
o
-
o jeito mais fácil para mim—
-
foi muito difícil para mim.
-
Estou no caminho espiritual
desde 1992.
-
Comecei lendo
"Um Curso em Milagres"
-
Estudava aquele livro religiosamente.
-
Eu estava muito empenhada
-
em conhecer o Eu,
conhecer Deus, despertar...
-
Não estava rolando.
-
Pois eu estava sob a crença
que despertar envolvia algo místico.
-
Que algo aconteceria, que
algo
-
aconteceria.
-
E seria como Jesus,
-
ou Buda, ou todos
esses mestres iluminados,
-
e não estava rolando para mim.
-
Eu não entendia.
-
-Por que estou tão empenhada,
-
tendo momentos profundos
de paz, felicidade e alegria,
-
e ainda assim tendo dificuldade?
-
Comecei a perceber a simplicidade
-
de nossa verdadeira natureza,
que é consciência.
-
Então,
-
para aqueles que me escutam
neste momento,
-
a consciência que escuta esta voz:
-
É ela quem somos.
-
Ela não tem localização,
-
nem gênero,
-
nem cor, nem corpo,
-
e é totalmente ilimitada.
-
Portanto, despertar é quando
percebemos
-
a nossa verdadeira natureza.
-
Despertamos para a compreensão
-
de que somos a consciência
-
desta experiência.
-
Aqui e agora.
-
E ela é tão comum que
nos passa batido.
-
Achamos que não
tem como ser assim tão simples.
-
O reconhecimento de nossa
verdadeira natureza
-
não nos leva à felicidade.
-
É a felicidade em si.
-
A natureza da existência
-
é a própria felicidade.
-
Portanto, o reconhecimento de nossa
verdadeira natureza
-
é a experiência de felicidade.
-
-Quem está consciente neste instante?
-
A mente buscará uma resposta,
ou tentará complicar as coisas.
-
Você já é
-
aquilo que a mente está buscando.
-
A mente sempre deixará isso passar
batido.
-
Portanto, não recorra a ela
em busca de respostas.
-
Não afaste seus pensamentos.
E não se perca neles.
-
Deixe de lado o interesse ou apego
-
a pensamentos, ideias e crenças.
-
Busque sentir de forma direta quem você é.
-
Não tente anular a mente
-
ou alcançar algum estado.
-
Todo esforço, toda manobra,
-
todo movimento,
-
é a mente em controle novamente.
-
Permita que a mente permaneça como está.
-
Às vezes, é possível despertar
durante o dia a dia.
-
A prática nem sempre é necessária.
-
Às vezes, coisas acontecem
-
onde
-
há uma interrupção no seu paradigma.
-
E pode haver um despertar espontâneo.
-
Mas se a vida da pessoa simplesmente
passa
-
de forma meio robótica ou repetitiva
-
então,
-
alguma intervenção é necessária se...
-
se ela quiser despertar.
-
E essa interrupção do paradigma
-
é, às vezes, chamada de Sadhana
-
ou prática spiritual.
-
E essas práticas são sempre
-
condicionadas.
-
Há algo que aprendemos com
a mente condicionada.
-
que facilita o processo de despertar.
-
Afrouxando as rédeas do Autoconceito.
-
Às vezes, dizem...
-
que o despertar acontece por acidente.
-
Mas a prática o torna mais propenso
a "acidentes".
-
As técnicas e as práticas podem ser
muito úteis
-
para torná-lo mais propenso
a "acidentes".
-
Mas elas,
-
em algum momento, têm que ser
abandonadas.
-
Porque se a mente está
constantemente em ação,
-
fazendo algo,
-
então, a mente tem as rédeas.
A mente está no comando.
-
Portanto, as práticas são úteis.
-
Muito úteis enquanto ferramenta para
-
tornar o Autoconceito menos "denso".
-
Ou para "relaxá-lo" para que se torne mais
-
acessível à nossa verdadeira natureza.
-
O paradoxo da prática
-
é que quando você finalmente
desperta,
-
percebe que todas as práticas
eram feitas pelo Eu falso.
-
Pelo personagem no jogo
de realidade virtual.
-
E que você, o verdadeiro Eu,
nunca esteve limitado.
-
Tudo que você tem que fazer
-
é deixar as preferências do ego de lado.
-
Largar a obsessão pelas coisas.
-
Qualquer coisa que se apresenta
-
no âmbito dos fenômenos
-
não é o verdadeiro Eu.
-
O "eu" que você pensa ser,
-
o "eu" com quem você sempre
se identificou,
-
jamais despertará.
-
Você desperta da identificação
com o personagem.
-
Você desperta da ilusão
-
de que você é o personagem
condicionado.
-
Quando as pessoas vão aos retiros,
-
elas pensam:
-
-O eu, o pequeno eu, irá despertar!
-
-Algo incrível vai acontecer!
-
Mas uma hora ou outra,
-
percebem que
isso não é posível.
-
Ele tem que desistir,
-
ele tem que fracassar.
-
E é apenas nesse fracasso
-
que percebemos quem somos.
-
Que sempre estivemos conscientes.
-
Que sempre estivemos presentes.
-
Apenas ficamos agarrados ao personagem,
-
acreditando que éramos ele.
-
O CAMINHO DIRETO
-
Iniciei minha busca spiritual
-
na tradição clássica Advaita Vedanta,
-
que era um caminho devocional.
-
Que envolvia
-
meditação com mantra,
-
que pratiquei assiduamente
por 20 anos.
-
E a meditação com mantra envolve
-
concentrar sua atenção
-
em um som.
-
E, gradualmente, o som desaparece.
-
No entanto, foi...
-
realmente quando conheci
-
o caminho direto
-
que
-
minha busca espiritual
-
chegou em seu ápice.
-
Pois nessa
-
abordagem direta,
-
não focamos diretamente
-
em nenhum objeto
-
por mais sutil que seja, por exemplo,
-
uma mantra, um som, a respiração.
-
Permitimos que nossa atenção
-
se recolha para dentro ou para trás
-
em direção à sua fonte.
-
Vamos usar uma analogia.
-
Imagine que você está assistindo
-
à sua vida em uma tela de TV.
-
Você se identifica com o personagem
na tela.
-
Dia após dia,
-
ano após ano,
-
você se envolve com a história
do personagem.
-
Quando, de repente,
-
você desperta da história
-
e nota a tela em que o
personagem aparece.
-
E percebe não ser
o personagem ao qual assistia.
-
Objetos vêm e vão na tela.
-
Personagens vão e vêm.
-
Mas a tela permanece a mesma.
-
O personagem pode se molhar.
-
Mas a tela não se molha.
-
O personagem pode se abalar.
-
Mas a tela não se abala.
-
Sem a tela,
-
os personagens não existiriam.
-
Mas a tela passa despercebida.
-
Os personagens seguem suas
vidas roteirizadas.
-
A consciência é como a tela.
-
É como o espaço no qual todo
os pensamento,
-
movimentos,
-
e estados de consciência vêm e vão.
-
Pensamentos, sensações,
-
e todo o mundo exterior
-
aparecem na tela.
-
Em constante mudança.
-
Mas a tela permanece intacta.
-
É
-
a mente
-
que muda de estado
-
através da experiência humana.
-
Mas há algo
-
dentro de você que permanece.
-
Algo que está sempre presente.
-
Que está consciente das mudanças
de estado.
-
Esse algo é a consciência,
-
ou nossa verdadeira natureza.
-
Enquanto houver apego ao
personagem da tela—
-
a sensação de que sou aquele personagem—
-
haverá sofrimento.
-
Maya, a ilusão do Eu.
-
Nada que o personagem faça
-
poderá te libertar.
-
Quer você siga o roteiro
-
no drama de sua vida
-
ou se volte contra ele,
-
se agir do ponto de vista do personagem,
-
você estará preso na ilusão.
-
Para despertar,
-
pare de se identificar com o que
aparece na tela.
-
Aceite que é tudo impermanente.
-
Pare de reagir a pensamentos
-
e de tratar o programa como real.
-
Se eu tirar a atenção da tela,
-
voltando a consciência para sua própria
direção,
-
algo imensurável acontece.
-
A consciência em si desperta.
-
Isso não é um acontecimento.
-
Acontecimento é o que passa na tela.
-
Despertar é só o reconhecimento
-
da tela que sempre esteve lá.
-
Não acredite no seu próximo pensamento.
-
Em vez disso,
-
direcione a consciência
em direção a ela mesma.
-
Sempre fui Eu mesmo.
-
Minha percepção do meu Eu
-
se estende por toda minha vida.
-
Permanece constante
durante toda a minha vida.
-
O que está presente em mim hoje,
-
que estava presente ontem,
-
ano passado, dez anos
atrás,
-
e quando eu tinha dois anos de idade?
-
O que é esse Eu essencial
-
com quem todas as minhas experiências
acontecem?
-
O reconhecimento
-
da natureza desse Eu
é o grande
-
segredo da vida.
-
É o caminho direto
-
para a paz e felicidade.
-
Não é algo que se inicia.
-
É algo que se reconhece.
-
Re-conhecer.
-
Ou seja, conhecer outra vez.
-
Algo que sabemos desde o princípio,
-
mas que esquecemos,
-
negamos,
-
ou não conseguimos acreditar.
-
Portanto, não iniciamos a
proximidade com Deus.
-
Apenas reconhecemos.
-
Re-conhecemos algo que sempre
esteve presente.
-
E que sempre estará presente.
-
Foi somente
-
esse direcionamento direto
para o despertar,
-
essa abertura
-
para o que já está aqui
-
que me permitiu encontrar
-
uma nova forma de ser.
-
Uma nova fase de desenvolvimento.
-
Muitas gente acredita que é
-
muito impossível alcançar
o objetivo
-
de conhecer o Eu.
-
E...
-
meu propósito enquanto professora—
-
devido à minha experiência
de despertar—
-
é de deixar o processo
-
bastante prático,
-
bastante realista.
-
Eu amo mostrar às pessoas
-
que todos são capazes.
-
Se nós...
-
acreditarmos e sentirmos
que somos um Eu
-
temporário, finito e separado,
-
estaremos—quer saibamos disso
ou não—
-
buscando paz e felicidade.
-
Ou seja, não é possível ser um
Eu separado, ou
-
identificar-se
-
com separação,
-
e não estar em busca da felicidade.
-
Portanto,
-
o que é preciso nesse caso
-
é redirecionar a busca pela felicidade
-
em vez de buscá-la no conteúdo
objetivo da experiência.
-
Buscar a felicidade dentro de si.
-
Portanto, a prática espiritual
que é necessária,
-
é direcionar a atenção,
-
ou—para ser mais preciso—
relaxar a atenção
-
em direção à sua fonte.
-
Consciência pura.
-
Em vez de direcioná-la em direção
-
a objetos, substâncias, atividades,
relacionamentos, etc.
-
Portanto, a prática espiritual—
-
se é que pode ser chamada
de prática—
-
seria
-
o relaxamento da atenção,
-
o acalmamento da atenção,
-
guiando-a ao centro da consciência.
-
Repousando no ato de ser
-
enquanto o próprio ser.
-
Amor.
-
Amor puro é meu
Eu verdadeiro.
-
Minha verdadeira natureza.
-
Amor puro por tudo e todos.
-
Por cada aspecto da vida.
-
Até mesmo pelas coisas
com as quais discordo.
-
Aqueles que reconhecem a natureza
do seu ser
-
sabem que ele é
-
a
-
a fonte
-
da paz e felicidade
-
pelas quais anseiam.
-
Portanto, o mundo já não é mais
-
o lugar
-
onde buscam felicidade,
-
ou realização.
-
Não quer dizer que elas não tenham
mais desejos.
-
Mas os desejos não estão lá
para preencher
-
algo que está faltando,
-
que é
-
característica do Eu separado.
-
Elas encontraram a fonte de felicidade
-
dentro de si mesmas.
-
E seus desejos vêm
-
desse estado de felicidade.
-
E não
-
em direção à felicidade.
-
Por exemplo,
-
no âmbito dos relacionamentos,
-
faz uma diferença enorme.
-
Deixamos de buscar alguém
-
para preencher
-
nossas necessidades.
-
Buscamos alguém para compartilhar
-
a experiência de felicidade
-
que já existe em nós.
-
E isso alivia nossos
-
companheiros do fardo doloroso
-
de prover
-
felicidade a um Eu
-
insatisfeito e voraz.
-
Nada ocorre na minha vida
-
que não me trouxe benefícios,
-
ou que não me trará benefícios
-
no sentido de que
-
cada momento, cada atividade,
cada resultado
-
me impulsiona
-
no processo de evolução da minha alma.
-
E é por isso que vim ao domínio físico.
-
Para evoluir.
-
Permaneça aberto.
-
Sinta sua vivacidade interior,
-
deixando a energia circular livremente.
-
Não tente fazer algo acontecer.
-
Quem está consciente dessa energia?
-
Dessa vivacidade interior?
-
Perceba a tendência da mente de
controlar e manipular.
-
De se envolver.
-
Sem o uso de sua memória ou linguagem,
-
quem é você?
-
Além da mente e dos sentidos,
-
quem é você?
-
Quem está consciente?
-
TRANSFORMANDO O MUNDO
-
Muitos que ouvem essas ideias
pela primeira vez
-
nunca nem ouviram falar da ideia do Eu.
-
Para mim, há dois grupos
-
diferentes de pessoas.
-
Há aqueles que estão no caminho espiritual
-
e conhecem o tema.
-
Estão tentando alcançar o Eu,
-
tentando ser o Eu.
-
Estão na busca, procurando.
-
E há pessoas que vêm vivendo suas vidas.
-
Nunca ouviram falar disso tudo antes.
-
Nunca ouviram "Conhece-te a Ti Mesmo".
-
Muitos acham que "Conhece-te a Ti Mesmo"
-
significa "conhecer o corpo".
-
-Conheça-se!
-
-Seja você mesmo!
-
-Seja autêntico!
-
O verdadeiro significado
-
de Conhece-te a Ti Mesmo é
saber quem você é.
-
Saber quem você é de verdade.
-
Conhecer de fato sua verdadeira natureza.
-
As palavras "Conhece-te a Ti Mesmo"
foram
-
esculpidas
-
na entrada do Templo de Apolo em Delfos,
-
e como tal,
-
representam um convite no início
-
da civilização ocidental à humanidade.
-
Sugerindo que
-
"Conhece-te a Ti Mesmo"
-
é a base
-
de toda civilização.
-
Por quê?
-
Porque nosso Eu fica
-
no centro de toda a nossa experiência.
-
Seja o que for que estejamos
vivenciando,
-
somos nós que
estamos vivenciando.
-
O que quer que pensemos e sintamos,
-
nossos pensamentos e sentimentos
surgem
-
em nome do nosso Eu.
-
Quaisquer que sejam as atividades
-
e relacionamentos
-
nos quais nos envolvemos,
-
fazemos tudo isso em
nome do nosso Eu.
-
Portanto, nosso Eu permanece no centro
-
da nossa experiência.
-
Logo, o que poderia ser mais valioso
-
do que compreender a natureza do nosso Eu?
-
E,
-
seria possível
-
compreender a natureza de qualquer
outra coisa
-
se não compreendermos primeiramente
-
a natureza daquilo que compreende?
-
Acredito que o despertar
-
se
-
trata
-
de encerrar o pesadelo
-
e adentrar o sonho.
-
Com isso quero dizer que
-
finalmente abandonamos o pesadelo
-
do que nos foi dito a respeito da vida,
-
de Deus e de nós mesmos.
-
E adentramos o sonho de nossa
noção mais grandiosa.
-
Costumo perguntar:
-
-Como você acha que sua vida seria
-
se se deparasse
-
com a ideia mais elevada e grandiosa,
-
a ideia mais maravilhosa que já teve
sobre Deus,
-
sobre a vida
-
e sobre você mesmo?
-
O reconhecimento da nossa
verdadeira natureza
-
não é só
-
o reconhecimento
-
que leva nosso desejo por
felicidade mundial
-
ao fim.
-
É também o reconhecimento
-
que nos permite
-
viver de forma compatível
-
com o entendimento de que—
-
no nível mais profundo—
-
tudo e todos
-
são um.
-
Essa compreensão traria gentileza,
-
compaixão,
-
justiça,
-
tolerância
-
e compreensão
-
à nossa sociedade.
-
Nossa sociedade seria revolucionada
-
por essa compreensão.
-
Conforme a humanidade deixa para trás
abordagens egoicas,
-
a ciência,
-
a religião,
-
a política
-
e a economia
-
começam a refletir a
sabedoria perene.
-
Sejam as tradições indígenas
-
que compreendem o Grande Espírito
em todas as coisas.
-
Os as tradições egípcias/keméticas
-
que descrevem a jornada evolucionária
humana
-
do humilde escaravelho
-
à fonte suprema.
-
Ou quando ouvimos as palavras
-
dos místicos
-
das tradições cristã,
-
hinduísta,
-
muçulmana ou budista.
-
Ou os ensinamentos de Platão e Plotino.
-
Notamos que aqueles que compreenderam
sua verdadeira natureza,
-
falam sobre agrupamentos
de agentes conscientes.
-
É claro que usam a linguagem
de sua cultura e época
-
ao expressar a verdade perene suprema.
-
A ciência está começando a perceber
-
não um mundo de partículas
e campos inconscientes.
-
Mas um universo feito
-
de agentes conscientes.
-
Algo de novo está surgindo
no mundo da ciência.
-
Como disse Nikola Tesla:
-
"O dia em que a ciência começar a estudar
os fenômenos não-físicos,
-
avançará mais em uma década
-
do que em todos os séculos anteriores."
-
Esse dia é hoje.
-
Toda vez que houve um avanço
de precisão matemática
-
na ciência,
-
surgiram novas tecnologias
-
que pareciam mágica
-
em comparação com o que
tinhamos antes.
-
Portanto, sinto que essa teoria
de agentes conscientes
-
além do espaço-tempo
-
vai nos fornecer tecnologias
-
que serão surpreendentes.
-
Por exemplo,
-
hoje,
-
a maioria das galáxias que vemos—
-
acho que 97% delas—
-
jamais poderemos visitá-las.
-
Elas estão recuando
-
mais rápido que
a velocidade da luz.
-
Elas não se movem no espaço
-
mas rápido que a luz.
-
O espaço em si que se expande
-
tão rapidamente que
-
a velocidade com que se afastam
-
é maior que a da luz.
-
Portanto, jamais poderemos
viajar pelo espaço
-
e alcançar 97% das galáxias que vemos.
-
Há todo esse espaço lá fora acenando
para nós e dizendo:
-
"Olá, estamos aqui e vocês
nunca poderão vir até nós!"
-
Isso se viajar pele espaço-tempo.
-
Mas e se percebêssemos que o espaço-tempo
-
é apenas os óculos de VR?
-
Apenas o formato do jogo.
-
E você não está preso dentro dos óculos.
-
É possível alterar o software
-
que roda o jogo.
-
É como alguém que está jogando GTA.
-
Você é o mago do jogo.
-
Você sabe dirigir
o carro pelas ruas
-
e consegue vencer todo mundo no jogo.
-
Mas suponha que você conhece o software
-
que está por trás.
-
Aí você remove os óculos
-
e passa a manipular o programa.
-
Pois você tira a gasolina do tanque
-
do mago.
-
Você estoura o pneu dele.
-
Você muda a geometria das ruas.
-
Você faz o que der na telha.
-
Portanto, quando entendermos
-
nossos "óculos" do espaço-tempo,
-
não teremos que viajar
-
até a Galáxia de Andrômeda
-
através do espaço-tempo—o que
nos tomaria 2,4 milhões de anos.
-
Poderemos contornar o espaço-tempo.
-
Vejo o mundo ao meu redor
-
como adentrar
-
uma expressão e experiência
mais silenciosas
-
do que significa ser humano
-
e do que significa ser uma parte
da divindade.
-
Mas não creio que nosso tempo
seja ilimitado.
-
Tenho a impressão que
o tempo está
-
se esgotando.
-
Que é agora ou nunca.
-
Creio que estamos no caminho certo.
-
Tenho a sensação de otimismo
-
de que—devido às
-
oportunidades
-
que temos hoje para comunicar
-
ideias poderosas e importantes—
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caminhos que não existiam mesmo
há alguns anos
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estão criando a possibilidade
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de atingirmos aquele ponto
de massa crítica;
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de que atinjamos a massa crítica
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antes que nosso tempo se esgote.
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Mas estaríamos errados se achássemos
que nosso tempo
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é ilimitado
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neste planeta.
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Quando cada indivíduo
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se desassocia de seu personagem
condicionado,
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ele deixa de agir como uma
entidade egoica.
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E isso promove uma transformação
no planeta.
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Produz uma nova Terra.
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Mas a vida como a conhecemos hoje
neste planeta,
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acho que devemos fazer
algumas mudanças repentinas,
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dramáticas e radicais
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se quisermos ver o amanhã
com o qual sonhamos.
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Seria possível essa compreensão
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se popularizar nesta geração?
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Por que não?
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Claro!
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O desafio atual é que nada
está funcionando.
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E chegou a hora de admitirmos que
essa é a verdade.
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Com certeza podemos fazer melhor que isso.
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Sem dúvida.
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Podemos expandir o entendimento
de quem somos
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e a expressão
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de nossa verdadeira natureza.
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Temos que ficar atentos
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ao nosso meio ambiente,
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à política,
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à economia
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e ao nosso processo spiritual
neste planta.
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Pois o problema no mundo hoje
não é um problema político.
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Não é um problema econômico.
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Não é um problema social.
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É um problema espiritual.
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Tem a ver com o quão
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comprometidos estamos
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com as
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mais altas verdades espirituais.
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Não se trata de filosofia New Age.
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Essas ideias existem
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há milhares de anos.
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A sabedoria perene tem
sido expressada através de
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incontáveis tradições e culturas.
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E assim como a consciência,
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sempre esteve escondida à vista de todos.
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No cristianismo,
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o evangelho gnóstico de Tomé
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contém referências diretas à nossa
verdadeira natureza.
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Os discípulos perguntaram a Jesus:
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-Quando virá o Reino?
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Jesus disse:
-Não virá se ficarmos esperando por ele.
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Não será como dizer
"aqui está", ou "ali está".
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Em vez disso, o Reino está
espalhado pela Terra
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e as pessoas não o veem.
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O Reino não está aqui ou ali.
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A consciência não está aqui ou ali.
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Não está fixo no tempo e espaço.
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Se estiver esperando que
algo aconteça,
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esperando por um evento externo,
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um estado,
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uma ascensão,
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uma cura ou uma energia,
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então a mente condicionada
permanece em busca.
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Permanece intermediando sua experiência
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do agora.
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No Budismo, diz-se que o samsara—
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o mundo do sofrimento—
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e o nirvana—
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o mundo da libertação—
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não são dois mundos separados.
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Eles são exatamente o mesmo.
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Não manipulamos ou mudamos as coisas
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a fim de encontrar uma realidade mística.
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Quando despertamos,
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a perfeição do mundo se revela
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diretamente como é.
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É possível simplesmente estar aqui
e agora,
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neste momento
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sem a mediação da mente em busca?
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É possível aceitar
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este momento
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assim como ele é,
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e simplesmente ser?