-
Despertar
-
é a próxima fase natural
do desenvolvimento humano.
-
Despertar é apenas reconhecer a
natureza de nosso ser essencial.
-
Não se trata de uma experiência religiosa
mística e estranha
-
disponível apenas para alguns.
-
Está disponível para todos.
-
Nosso ser essencial já é
-
completamente consciente e desperto.
-
E é totalmente ilimitado.
-
Sua verdadeira natureza está
mais próxima
-
do que a pessoa que você pensa ser .
-
Consciência é a
realidade suprema do Universo.
-
O próximo passo da ciência é
perceber
-
que a consciência é fundamental.
-
O que é despertar, afinal?
-
Alguém me explica?
-
O que é despertar?
-
Quer você o chame de Eu Verdadeiro,
-
Eu Iminente ou Não Eu
-
ou Natureza Buda,
-
Tao ou Consciência de Cristo
-
Não faz a menor diferença.
-
Neste filme,
utiliaremos a palavra Consciência.
-
Consciência não pertence
-
a nenhuma religião.
-
Despertar ou perceber a consciência
-
é como acordar de um sonho.
-
O sonho do seu personagem
-
na trama da vida.
-
Através de nossos personagens,
-
vivenciamos o mundo
-
em toda a sua beleza e feiura.
-
Chamamos esta experiência
de vida e morte dualidade.
-
Damos voltas em círculos,
-
obcecados pelos pensamentos
-
e sensações dos personagens.
-
Bom e mau.
-
Guerra e Paz.
-
Luz e escuridão.
-
Nascimento e morte.
-
Até que despertamos
-
e descobrimos que
não somos o personagem.
-
Neste filme, convidamos vocês
-
a experienciar diretamente
-
sua verdadeira natureza.
-
Descobrir diretamente,
-
não intelectualmente...
-
Quem é você?
-
Refaremos o convite
-
de diversas formas.
-
Ao questionar sua natureza,
-
deixe as coisas como estão.
-
Não use a mente para
fazer algo acontecer,
-
ou para encontrar respostas
-
de forma intelectual.
-
Mas também não
tente expulsá-la.
-
Tente sentir diretamente
quem você é,
-
permitindo que a mente
permaneça alheia.
-
O despertar é a solução para todos
os problemas do mundo.
-
em todos os níveis.
-
Todos os problemas do mundo
-
decorrem de uma ilusão.
-
A ilusão fundamental da mente.
-
A ilusão de que sou
este personagem limitado.
-
Quando nos identificamos com
o Eu pequeno e individual,
-
há sempre uma sensação
contínua de insatisfação.
-
Pode ser uma grande
insatisfação, como trauma,
-
ou apenas uma sensação
vaga.
-
"Algo não está certo."
-
"Há algo de errado,
algo me falta."
-
Mesmo quando sinto prazer,
mesmo quando tenho conquistas,
-
Mesmo quando tenho um bom relacionamento,
-
Se eu parar por um instante,
-
Vem aquele sentimento
de insatisfação
-
Como se eu tivesse
isolado
-
Ou desconectado de algo.
-
Portanto, este sentimento,
-
que muitos parecem ter,
-
pode nos levar
-
à desidentificação com
-
o Eu pequeno e individual
-
cuja natureza se assemelha
à ansiedade de separação.
-
O personagem limitado
-
tende a se agarrar ao que deseja.
-
Ele opera como um acumulado
-
de padrões condicionados
-
a implorar por seus desejos,
-
ou afastar as coisas indesejadas.
-
É um processo sem fim
-
do
-
do princípio de prazer,
-
buscando o prazer,
evitando a dor.
-
E se acreditarmos
-
ser esse personagem,
-
esse padrão condicionado,
-
então sofremos,
e criamos sofrimento no mundo.
-
O mundo se torna o reflexo
-
de tal consciência egoica.
-
O bom de despertar
-
é que você sofre menos,
-
e as pessoas ao seu redor
sofrem menos.
-
Não tenho dúvidas
-
de que minha conexão inicial com
-
minha compreensão de Deus
-
foi um despertar em minha vida.
-
O maior despertar que já experimentei.
-
Foi
-
como se estivesse dormindo
por 50 anos.
-
Andando
por aí como um robô,
-
fazendo as coisas como
haviam me ensinado.
-
Desde garoto, eu já
conhecia a fórmula,
-
Arrumar uma namorada,
um carro,
-
um trabalho, uma casa,
uma esposa
-
A fórmula que pensei ser
-
como a vida
deveria funcionar.
-
Até que cheguei
aos meus 53 anos
-
e percebi que,
-
apesar de ter feito
a maioria daquelas coisas
-
e ter obtido...
-
sucesso profissional,
-
até certo ponto,
-
foi que percebi que
nada daquilo importava.
-
Acordei por volta dos 53 anos
me dando conta que...
-
nada disso importa.
-
Nada disso tem qualquer significado.
-
Fiquei chocado
-
ao perceber
-
o quão sem sentido
era tudo aquilo.
-
Quem é você?
-
Quando você deixa de seguir o roteiro
-
que foi estabelecido para seu personagem,
-
aquele herdado dos pais, da sociedade,
-
e do condicionamento biológico,
-
novas dimensões se abrem no jogo.
-
O caminho se abre.
-
Mas não é um caminho que
leva a certo destino.
-
É um caminho sem caminho.
-
O despir da ilusão
-
para chegar exatamente
aonde você está.
-
No presente momento.
-
Meu nome é Rupert Spira.
-
Discurso sobre
-
a compreensão não-dual essencial
-
que está na base de todas
-
as tradições religiosas e espirituais.
-
Também escrevo e conduzo
-
meditações guiadas e tenho
-
conversas
-
cujo propósito é levar
-
a um reconhecimento empírico
-
desse entendimento.
-
Entenda que
-
a paz e a felicidade
-
pelas quais todos almejamos,
-
acima de tudo, jamais pode,
-
por definição,
ser encontrada na experiência objetiva.
-
Jamais podem ser oferecidas
por objetos,
-
substâncias, atividades
-
ou relacionamentos.
-
Sugiro
-
entender isso claramente.
-
E não passar o resto da vida
-
buscado realização
-
onde ela não pode ser encontrada.
-
Qualquer um que assista
a este filme, o faz
-
exatamente porque
-
entendeu, ou pelo menos
teve a intuição,
-
que a paz e a felicidade
pelas quais almeja
-
não podem ser encontradas
-
na experiência objetiva.
-
E deu início
-
a essa investigação.
-
com relação a sua verdadeira natureza.
-
Essa é a investigação mais importante
-
que alguém pode fazer,
e é a investigação
-
da qual depende
-
nossa felicidade.
-
A grande questão da
minha vida, sem dúvidas,
-
que acredito ser a questão
-
com a qual a maioria se depara,
uma hora ou outra,
-
é
-
"Qual é o objetivo, de fato?"
-
"Qual é o sentido da vida?"
-
E, para minha surpresa,
-
disseram-me que
-
o sentido da vida não tinha
nada a ver
-
com nada que eu estava
fazendo.
-
Não se tratava do meu
emprego.
-
Nem da minha carreira.
-
Não se tratava
-
de praticamente nada
em minha vida física.
-
Esses eram aspectos
da minhas vida,
-
mas não o objetivo em si.
-
O sentido da minha vida,
como passei a entender,
-
era vivenciar,
-
expressar, demonstrar
e preencher
-
minha identidade verdadeira,
-
quem eu realmente sou.
-
Creio que a pergunta
mais importante
-
com a qual a maioria
se depara
-
é uma pergunta que quase
ninguém se faz,
-
ou mesmo responde.
-
A grande pergunta da vida,
-
segundo meu entendimento é:
-
"Quem sou eu?"
-
Quem sou eu?
-
Sou apenas uma entidade física,
-
como um pássaro no
céu ou peixe no mar?
-
Claro, talvez mais sofisticado...
-
Mas apenas uma entidade física.
-
Eu nasço, vivo e morro.
-
O começo e o fim de tudo.
-
Ou seria possível,
-
quem sabe,
-
que sou mais do que isso?
-
Será que sou uma entidade
espiritual
-
apenas tendo uma experiência física?
-
Cada experiência de sua vida
-
o levou a esta questão universal.
-
"Quem é você?"
-
Não busque
uma resposta com a mente.
-
Permita que as coisas
sejam exatamente como são.
-
Quem está ciente da mente?
-
Sinta tudo que vier à tona.
-
Quem está ciente
desses sentimentos?
-
Experiencie plenamente
tudo que vier à tona
-
ao se fazer tais perguntas.
-
Sou o Donald Hoffman e sou
professor emérito
-
de ciências cognitivas
na Universidade da Califórnia em Irvine.
-
Meu trabalho era lecionar, mas agora
que sou emérito e não leciono mais.
-
Agora sou pesquisador.
-
Pesquiso atualmente a consciência,
-
modelos matemáticos da consciência,
-
e como a física e o espaço-tempo
podem surgir
-
de uma teoria da consciência
completamente precisa
-
do ponto de vista matemático.
-
Minha própria jornada tem sido
-
tanto do lado espiritual
quanto do lado científico.
-
Meu pai era pastor,
um pastor cristão fundamentalista.
-
Então eu ia à igreja aos domingos
-
e às aulas de ciência na escola,
-
e os dois colidiam, certo?
-
As histórias que
ouvia eram contraditórias.
-
Então, na adolescência, percebi que
precisaria descobrir as coisas
-
por conta própria.
-
E decidi...
-
A pergunta que queria
responder era:
-
"Somos máquinas?"
-
As pessoas são simplesmente
máquinas ou não?
-
Do ponto de vista fisicalista,
-
éramos apenas máquinas.
-
Do ponto de vista espiritual,
não seríamos máquinas.
-
Não era preciso
o suficiente dizer o que seríamos.
-
Então decidi fazer a pergunta...
-
cientificamente.
-
Somos apenas máquina?
-
E a melhor forma que encontrei
foi estudar inteligência artificial.
-
Então fui para o MIT.
-
e fiquei no laboratório
estudando inteligência artificial,
-
e no departamento de
ciências cognitivas e do cérebro
-
estudando o lado humano
das coisas.
-
Queria fazer ambos.
-
O que as máquinas podem fazer?
-
E o que há de especial,
se é que há,
-
nos humanos e na neurociência
humana.
-
Para responder essa...
-
essa pergunta:
-
As tradições espirituais
têm razão?
-
Somos mais do que
meras máquinas?
-
Ou o ponto de vista
científico e fisicalista
-
tem razão e
somos meras máquinas e
-
a consciência é um
mero artefato
-
da atividade cerebral?
-
O paradigma materialista
científico,
-
em predominância no último século,
-
nega a existência de qualquer
coisa além do físico.
-
Qualquer coisa que não possa
-
ser verificada
pelo método científico.
-
A ciência está em um impasse.
-
Ela não consegue ir além do
paradoxo
-
fundamental à física quântica.
-
Que a trouxe cara a
cara com o observador,
-
com a consciência em si.
-
Da mesma forma, as religiões
funcionam, em geral,
-
apenas no nível da crença.
-
Perderam seu propósito original,
-
que era levar à experiência
-
da verdade de quem
e o que somos.
-
A separação entre a ciência
e a espiritualidade
-
empobreceu ambas.
-
Religiões e sistemas
espirituais
-
carecem desesperadamente de
métodos rigorosos
-
que possam criar
condições para o despertar.
-
E a ciência precisa desesperadamente
se abrir
-
à possibilidade de algo além
do físico.
-
Não se trata de largar a religião
ou a ciência,
-
Mas de se aprofundar.
-
De estar disposto a mudar
a nós mesmos
-
para que nos tornemos uma melhor
ferramenta de investigação.
-
Somos quem conduz o experimento,
-
e o experimento em si.
-
A religião tem sido a linguagem
-
e o instrumento
-
dessas tradições de meditação e
espiritualidade
-
que foram registradas e
-
transmitidas pelas gerações.
-
Sem dúvida há
linguagens
-
muito literais
-
que separam religiões
e separam
-
culturas quando as coisas
são levadas ao pé da letra.
-
Mas quando se sente
o espírito da religião,
-
é possível traçar o caminho
-
de volta ao autêntico
-
despertar.
-
O potencial existe em todos,
-
independentemente
-
de crença ou não crença,
-
pois o despertar é
-
inerente à nossa consciência humana
-
simplesmente por
-
estarmos vivos.
-
Portanto, como quer que chame
-
e sempre que uma
linguagem for usada,
-
há certos princípios que
parecem ser os mesmos
-
por todas essas diferentes
religiões,
-
espiritualidades e tradições de meditação.
-
Quando eu era mais jovem,
-
esse conhecimento era
sobretudo usado
-
pelas tradições espirituais do Oriente.
-
Ele existia nas tradições...
-
do Ocidente, mas estava tão disfarçado
e codificado
-
que se tornou
praticamente inacessível.
-
Então, muitas pessoas
-
da minha geração foram fisicamente,
-
ou pelo menos intelectualmente,
ao Oriente
-
para encontrar esse conhecimento.
-
E a cultura oriental, comparada
-
à cultura ocidental, é exótica.
-
E portanto, esse conhecimento
-
adquiriu traços exóticos
-
das culturas nas quais ele
era expressado.
-
E muitos, inclusive eu,
-
acabaram imaginando
-
que havia algo de exótico
-
no conhecimento não-dual;
-
que era necessário um
-
estilo de vida extraordinário;
-
que era preciso renunciar à
vida familiar,
-
ou deixar o cabelo crescer,
ter um nome especial,
-
afiliar-se a um tipo de professor
ou tradição,
-
envolver-se em práticas esquisitas.
-
Esse monte de coisas que
não tinham nada a ver
-
com o conhecimento central.
-
Tinham a ver com a cultura
na qual
-
o conhecimento era expressado
-
em um determinado momento.
-
Hoje, o conhecimento está
completamente despido
-
da roupagem cultural tradicional
-
através da qual muitos de nós
-
o conhecemos.
-
E agora apenas o
-
conhecimento essencial
é passado
-
de uma forma que nos permite
-
continuar levando nossas vidas
-
exatamente como elas são.
-
Vida familiar, vida profissional.
-
Não é preciso fazer nenhuma
-
mudança externa em nossa vida.
-
O desafio que enfrentamos
neste planeta
-
é que achamos que há
mais do que uma
-
essência.
-
Portanto, vivemos em um
-
mundo que chamaria
de dualidade.
-
Há macho e fêmea,
preto e branco.
-
Grande e pequeno,
rápido e lento.
-
Para cima e para baixo,
aqui e ali.
-
Antes e depois.
-
Mas, na realidade,
há apenas uma coisa.
-
Todas as coisas são
uma coisa só.
-
E só existe uma coisa.
-
Então, acontece que quando
analisamos tudo profundamente,
-
vemos que
aqui e ali,
-
grande e pequeno,
rápido e lento
-
Para cima e para baixo,
esquerda e direita,
-
macho e fêmea
-
são tudo a mesma coisa.
-
Apenas expressando características
distintas.
-
Mas de forma alguma
separados uns dos outros.
-
Creio que todos nós
-
somos individuações
-
de Deus.
-
Creio que Deus existe em,
-
como e por meio de
-
cada
-
ser
-
humano.
-
E, aliás, de cada ser senciente
no cosmos.
-
Percebo, então, que estou
para Deus
-
assim como a onda está
para o oceano.
-
A onda não é diferente do oceano.
-
É apenas o oceano se erguendo
-
em forma individual.
-
E quando a individuação se completa,
-
a onda recua de volta ao oceano
de onde veio,
-
para se erguer novamente
-
um outro dia.
-
Portanto, acredito que somos todos
individuações
-
da divindade.
-
E quando vemos tudo
como divino,
-
nosso relacionamento com
tudo também muda.
-
E tudo
-
se transforma
em nossa experiência.
-
É assim que o mundo muda.
-
A consciência
-
é a realidade suprema do Universo.
-
A pergunta que fica,
-
já que a consciência é
-
a realidade suprema do Universo,
-
e tudo e todos obviamente
também são,
-
então como é
-
que
-
o mundo se apresenta a nós
-
como uma multiplicidade
e diversidade,
-
existindo independentemente
e individualmente,
-
de pessoas, animais e coisas,
-
todos feitos de algo chamado matéria?
-
Como podemos reconciliar
essa afirmação que
-
a consciência é a realidade
suprema do Universo
-
quando ele se apresenta
-
como uma multiplicidade e diversidade
de objetos feitos de matéria?
-
O indício que estou usando
para indicar que
-
a consciência é fundamental,
-
tem muitos aspetos.
-
Um deles é que a própria física
-
diz que o espaço-tempo
não é fundamental.
-
E a teoria evolutiva
-
também concorda que o
espaço-tempo e
-
objetos físicos não são
a realidade fundamental.
-
Ambas as teorias
-
nos dizem
-
apenas isso, que o espaço-tempo
não é fundamental.
-
Não nos dizem o que está
além do espaço-tempo.
-
Então,
-
meu argumento é que
o que os físicos estão descobrindo
-
além do espaço-tempo são
estruturas matemáticas.
-
Mas, do que se tratam,
-
não fica muito claro.
-
De que se trata esse campo
além do espaço-tempo?
-
Portanto, proponho que esse campo
além do espaço-tempo é a consciência.
-
Eu diria que a consciência
infinita é capaz de
-
se canalizar
-
e existir como incontáveis
indivíduos.
-
Ou seja, todos os seres sencientes,
-
todas as pessoas ou animais.
-
Cada um de nós é
-
uma "canalização" da consciência infinita,
-
dentro da consciência infinita,
-
feito puramente
de consciência infinita,
-
de cuja perspectiva ela
observa
-
sua própria atividade
como o mundo exterior.
-
Então, o que nos parece
um mundo feito de matéria,
-
de acordo com
nossa perspectiva localizada,
-
é, do ponto de vista da realidade,
-
apenas a atividade da única
consciência infinita.
-
Ou seja, em última análise,
-
não há
-
coisas individuais ou
existindo independentemente...
-
ou pessoas.
-
Há um todo infinito e indivisível.
-
A unidade de existência
-
que é meramente refratada
-
em uma aparente multiplicidade
e diversidade de objetos e coisas,
-
quando o sujeito observa sua
própria atividade
-
por meio das faculdades de
percepção
-
da mente finita.
-
Se estamos despertos,
-
percebemos
-
que há uma
-
consciência
-
que está disfarçada em todos
os diferentes seres no planeta.
-
Uma consciência que brilha
nos olhos de todos.
-
Então, vemo-nos literalmente
nos outros.
-
E a propensão de agir
através ego,
-
a tendência de tomar para si
-
desaparece
-
porque percebemos diretamente
a verdade.
-
A verdade é que somo
todos uma só consciência.
-
A experiência do meu Eu espiritual
-
só foi possível no domínio físico
-
por uma excelente razão.
-
É apenas no domínio físico
que experienciamos o oposto.
-
Ou seja, para ilustrar
de forma simples,
-
Se eu quisesse experienciar a mim mesmo,
-
falando metaforicamente,
-
como a luz,
-
não poderia experimentar a luz
se estivesse em meio dela,
-
nada mais ao meu redor além da luz,
-
que é a perfeita definição
-
do domínio espiritual.
-
Então, venho a um domínio,
o qual chamo de domínio físico,
-
onde há algo além da luz,
-
pois se quisesse me
sentir como a luz—
-
não apenas me conhecer
como tal—
-
mas para ter a experiência,
-
só seria possível onde houvesse
-
o oposto da luz.
-
Neste caso, a escuridão.
-
Portanto,
-
venho ao domínio físico
-
onde a luz e a escuridão
-
existem simultaneamente.
-
E, então, nessa
-
expressão externa de mim mesmo
enquanto a luz,
-
eu poderia ser quem
realmente sou.
-
Esse conhecimento sugere que
-
por trás de nossas diferenças,
somos todos
-
o mesmo ser,
-
não seres parecidos,
-
mas somos
todos literalmente um só.
-
O mesmo ser, e...
-
o amor é a experiência sentida
-
dessa unidade ou ser compartilhado.
-
É
-
um
-
teorema
-
de nossa teoria
-
que existe, em última análise,
apenas uma consciência.
-
Há essa dinâmica de muitos
agentes conscientes,
-
mas,
-
a teoria diz que,
em última análise,
-
todos esses agentes
conscientes são, na verdade,
-
projeções de uma única
consciência.
-
O atual
-
paradigma da ciência,
-
e tem sido assim há séculos,
-
é que o espaço e o tempo
-
são a natureza
fundamental da realidade.
-
São irredutíveis
-
e são a base de tudo.
-
E, antes do Einstein,
-
eram vistos como separados.
-
Agora, o espaço e o tempo juntos,
unificados no espaço-tempo,
-
são vistos como a natureza
fundamental da realidade.
-
E a ciência, então, supôs que
-
o espaço-tempo e objetos dentro dele
-
são a realidade fundamental.
-
Quando falamos a respeito
de consciência, por exemplo,
-
a consciência em si deve ser,
de alguma forma,
-
produto de objetos no
espaço e tempo.
-
Nessa base fisicalista,
-
o espaço e o tempo, e
objetos físicos,
-
sem qualquer consciência,
-
são a realidade fundamental.
-
E a consciência
-
surge mais tarde
na evolução do Universo, certo?
-
Então no Big Bang
-
não havia consciência,
-
havia apenas o espaço-tempo
e energia.
-
A energia se aglutinou
em partículas maciças,
-
e por fim a vida surgiu depois de
sabe-se lá milhões,
-
centenas de milhões,
ou bilhões de anos.
-
Depois disso, a consciência surgiu
ainda mais tarde.
-
Desse ponto de vista,
quando você morre,
-
a complexidade física
que deu origem
-
à consciência se dissolve,
-
e então a sua consciência
se dissolve.
-
Portanto, a base
fisicalista
-
de fato exclui
totalmente
-
a consciência
como algo fundamental
-
e diz que quando morremos,
nossa consciência morre junto.
-
De outro ponto de vista,
-
Meus colegas e eu
usamos a teoria evolutiva
-
para apontar
-
que é
-
uma implicação da
teoria evolutiva que
-
o espaço e o tempo
não são fundamentais.
-
Portanto, a interpretação
fisicalista da evolução está errada.
-
A ideia de que o espaço e o tempo
e partículas
-
de alguma forma evoluíram
devido aos organismos humanos
-
é a base errônea pois o
espaço-tempo não é fundamental.
-
Estamos propondo
uma dinâmica
-
além do espaço-tempo
muito mais rica,
-
a dinâmica da consciência.
-
Não dispensamos
nossas antigas teorias.
-
Quando os físicos dizem
-
que o espaço-tempo
está condenado,
-
não significa descartar
o Einstein.
-
De forma alguma.
-
Prestamos atenção
ao Einstein.
-
Qualquer nova teoria além
do espaço-tempo
-
que os físicos venham
a propor,
-
é melhor que se projete no
espaço-tempo
-
e nos devolva Einstein
e a teoria quântica.
-
Ou estão errados.
-
Todas nossas antigas
teorias
-
são amigas maravilhosas
-
e vamos mantê-las
-
como casos especiais de
uma teoria mais profunda.
-
Em nossa teoria da consciência
devemos fazer o mesmo.
-
Não podemos propor
o que quisermos.
-
Temos que ter uma teoria que
projete e nos devolva
-
o espaço-tempo,
-
devolva a teoria quântica,
-
devolva a relatividade restrita e geral
-
e a evolução por
seleção natural.
-
Se não pudermos
fazer isso
-
de forma detalhada e precisa,
-
então, não há razão
para os cientistas nos levarem a sério.
-
É como se a consciência infinita
colocasse
-
um óculos de realidade virtual.
-
Um aparelho de realidade virtual
feito de pensamento e percepção.
-
E assim,
-
no momento em que a consciência
coloca o óculos,
-
ela se restringe dentro
de sua própria atividade.
-
E por meio desse aparelho,
-
ela observa através das
faculdades de percepção
-
da mente finita: visão, audição, tato,
paladar e olfato.
-
E ela fragmenta
-
a unicidade
de seu próprio ser
-
e assume a identidade
-
de milhares de
coisas distintas.
-
O que estou insinuando
é que
-
há muito mais
no Universo
-
que a mente finita.
-
Não estou insinuando que
-
o Universo apenas apareça
em cada uma de nossas mentes finitas.
-
O Universo existe além
delas,
-
mas dentro da consciência.
-
Mas são as limitações
-
da nossa mente finita
-
que dão ao Universo
sua aparência.
-
Portanto, quando observamos o Universo,
-
vemos a realidade que existe
-
antes de ele ser percebido.
-
Mas o observamos pela lente
-
de nossas faculdades de percepção,
-
o que lhe atribui
sua aparência.
-
O conceito de despertar,
-
em muitas tradições espirituais,
tem sido
-
o conceito de que
-
o que entendemos
por realidade—
-
—objetos no espaço e tempo,
o corpo físico e etc.,
-
não é a realidade final,
-
que há uma realidade muito
mais profunda.
-
Uma realidade de consciência
que transcende
-
o espaço e tempo, e
objetos físicos.
-
E que não nos separamos
de tal realidade,
-
ela é, de certa forma, a essência
do que somos.
-
Portanto, o despertar é acordar
da ilusão
-
que somos apenas um corpo
no espaço e tempo,
-
para o fato
-
de que somos os autores de
tudo que vemos no espaço e tempo.
-
Criamos na hora
-
conforme olhamos e percebemos.
-
COMO DESPERTAR?
-
A pessoa se torna desperta
-
ao reconhecer que
-
o que somos
essencialmente já está
-
totalmente desperto,
totalmente consciente,
-
completo, íntegro,
-
realizado, em paz.
-
É como perguntar:
-Como o...
-
-Como o sol ilumina a si mesmo?
-
Sua natureza é luz.
-
Já está completamente iluminado.
-
A natureza de nosso ser essencial
-
já é paz e felicidade.
-
Não fica claro para nós,
-
pois nossa essência está tão misturada
-
com o conteúdo da experiência
-
que sua
-
paz e felicidade inatas
-
são ofuscadas pela experiência.
-
Por isso, achamos que
nossa essência
-
precisa ser iluminada.
-
Não, nossa essência não precisa
ser iluminada,
-
assim como o sol não
precisa ser "aceso"
-
de manhã cedo.
-
O sol sempre brilha
com a mesma intensidade.
-
Nossa essência sempre brilha
com a mesma paz e alegria.
-
Mas a paz e alegria são
ofuscadas
-
pela ansiedade e escassez
-
que caracterizam nosso
pensamentos e sentimentos.
-
Não há uma pessoa que desperta.
-
Então, então...
-
O Eu que despertou,
-
despertou de minha
própria estrutura
-
em um centro de meditação.
-
Um centro Zen.
-
Fazíamos um sesshin Zen,
-
que é um longo período
de prática intensa.
-
Portanto, Zen é
-
ótimo para criar este ambiente
-
de onde não se pode escapar.
-
Então, o personagem do Dan
-
que havia aprendido meditação,
-
que vinha praticando a meditação...
-
Esse "praticante" de
meditação
-
percebeu que
-
não podia despertar.
-
Todos os truques de meditação,
-
todas as práticas aprendidas
-
não tinham valor.
-
Chegou ao ponto onde
aquele personagem
-
que estava tentando despertar
-
não conseguiu despertar.
-
E assim foi necessário.
-
O personagem que eu
vinha vivendo,
-
o personagem que
vinha representando
-
por toda minha vida,
-
tinha que se desprender
ou falecer,
-
e,
-
o que restou,
-
o que ficou quando o personagem—
-
quando não havia o "praticante",
-
quando não havia o meditador
-
meditando ou praticando
algo
-
chamado de meditação,
-
o que restou foi
-
minha natureza verdadeira.
-
Ou eu,
apenas eu.
-
Quando despertamos dessa ideia
do Eu pequeno e separado,
-
não é como se estivessemos
-
extinguindo o ego ou
-
lutando contra ele.
-
Na verdade, permitimos que ele
se aposente parcialmente
-
de seu posto de identidade
egoica
-
e relaxe
-
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