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Trevor Paglen em "Segredos" - Temporada 7 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21

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    Trevor Paglen: O título dessa obra é
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    Um Protótipo para um Satélite Não Funcional,
  • 0:28 - 0:31
    e a ideia aqui é pegar a tecnologia,
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    pegar a engenharia e usá-los
    para o exato oposto
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    do que normalmente fazem.
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    É basicamente um balão gigante
    que se transforma em um cubo muito pequeno.
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    A coisa toda
    pesa menos de um quilo.
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    Você poderia colocar isso em um foguete.
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    ele entraria em uma órbita terrestre baixa,
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    e quando você enviasse um sinal
    para ele, ele se inflaria.
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    Você seria capaz de vê-lo
    do chão.
  • 0:55 - 0:58
    se pareceria com uma estrela
    movendo-se lentamente pelo céu.
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    duraria algumas semanas,
    depois ele acumularia
  • 1:02 - 1:03
    muito desgaste da atmosfera
    e queimaria.
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    é uma coisa muito temporária.
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    Alguns objetos são projetados
    para criar padrões que brilham,
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    outros que cintilam.
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    Outros designs ficam claros
    e depois escurecem novamente.
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    O que estamos fazendo aqui hoje
    são testes de inflação.
  • 1:25 - 1:27
    [ máquina ]
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    Tentando entender o que
    esses objetos são fisicamente
  • 1:31 - 1:32
    tanto como esteticamente.
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    - Encontrei um fio de cabelo aqui.
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    - Sim, tem um ali.
  • 1:37 - 1:39
    Tem outro
    aqui também.
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    Eu realmente penso nelas
    como esculturas pós-minimalistas
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    inspiradas em grande parte
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    por algumas das primeiras espaçonaves
    que a NASA construiu.
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    -Certo, legal.
  • 1:52 - 1:56
    Foi uma época muito estranha
    no final da década de 1950, início da década de 1960
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    onde as pessoas estavam colocando coisas
    no espaço,
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    mas essa linguagem de espaçonaves
    ainda não havia se consolidado.
  • 2:02 - 2:03
    O que era o Sputnik?
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    era uma bola de metal
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    que fazia, "Bip, bip, bip,
    bip, bip, bip."
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    Realmente não havia motivo para ser feito
    a não ser para fazê-lo.
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    A NASA realizou um projeto
    chamado Pageos,
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    fazendo grandes balões autoinfláveis.
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    Esses eram satélites de comunicação.
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    Você seria capaz de fazer uma
    chamada telefônica transcontinental
  • 2:21 - 2:22
    transmitindo uma onda de rádio
  • 2:22 - 2:24
    para um desses satélites
    refletivos no céu,
  • 2:24 - 2:26
    e então a onda
    rebateria
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    para outro lugar no mundo.
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    Havia outra coisa
    que eles queriam fazer
  • 2:32 - 2:34
    com essas espaçonaves,
    é claro,
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    que era fazer mapas melhores
    para armas nucleares.
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    Muitos artistas daquela época
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    estavam olhando para eles
    como objetos estéticos.
  • 2:45 - 2:47
    Talvez tenham visto um mundo
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    onde não tivéssemos que
    nos matar com uma guerra nuclear,
  • 2:50 - 2:53
    não precisaríamos usar a tecnologia
    para criar um estado de monitoramento.
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    Talvez houvesse
    uma direção diferente.
  • 2:56 - 2:58
    E esse momento é algo
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    que estou tentando mesmo
    entender.
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    Estamos aqui
    na fronteira sul
  • 3:12 - 3:15
    de uma área militar gigantesca,
    aproximadamente do tamanho da Suíça
  • 3:15 - 3:16
    chamada a "Nellis Range".
  • 3:18 - 3:20
    Logo a oeste daqui
    fica o local de testes de Nevada,
  • 3:20 - 3:23
    onde testes nucleares
    foram realizados
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    ao longo de muitas, muitas décadas.
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    Esse é o centro
    para muitos dos drones
  • 3:30 - 3:32
    que são pilotados pela força aérea,
    bem como várias partes
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    da comunidade militar
    e de inteligência.
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    A base fica bem ao lado de uma
    de uma rodovia.
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    Encontrei esses drones pela primeira vez
    literalmente passando de carro,
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    olhando para o céu e dizendo
    "Ei, o que é aquilo?"
  • 3:49 - 3:51
    É perfeitamente legal
    o que estamos fazendo.
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    Você pode fotografar qualquer coisa
    que pode ver com seus olhos.
  • 3:55 - 3:57
    Estamos em terra pública.
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    Por um lado, os Estados Unidos
    possuem um enorme aparato de sigilo,
  • 4:00 - 4:02
    mas, ao mesmo tempo, também é
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    um dos países mais abertos
    do mundo.
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    Eu cresci na Força Aérea.
  • 4:12 - 4:15
    Isso me fez muito confortável
    ao redor da cultura militar,
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    que o exército é parte
    do que é os Estados Unidos.
  • 4:20 - 4:27
    Morei no Texas, em Washington, D.C.;
    vários lugares diferentes no exterior.
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    Você está sempre sendo desalojado,
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    mas pelo lado positivo,
    você está sempre vendo coisas novas,
  • 4:32 - 4:35
    tendo a chance de ver as coisas
    de uma maneira diferente.
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    Tenho trabalhado como um artista
    por toda a minha vida.
  • 4:42 - 4:44
    Desde que eu era criança
    e durante o ensino médio,
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    Eu sempre trabalhei
    em projetos criativos.
  • 4:48 - 4:54
    Quando fui para a escola de arte,
    a maneira como a arte é ensinada
  • 4:54 - 4:56
    no nível universitário
    é muito teórico
  • 4:56 - 5:00
    e vem mais ou menos
    da teoria literária.
  • 5:00 - 5:02
    Qual é a retórica de uma imagem?
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    Isso nunca funcionou completamente para mim.
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    Eu queria ir além.
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    Arte é mais do que uma série
    de imagens que estão desincorporadas.
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    Arte é objetos que vivem
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    em lugares reais, economias,
    espaços, arquitetura.
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    Eu estava procurando por
    várias formas diferentes
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    de tentar encontrar uma linguagem
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    Que me permitisse pensar
    sobre o que eu estava fazendo,
  • 5:28 - 5:30
    e acabei chegando à geografia.
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    A geografia é sobre tudo.
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    Isso me permitiu levar ideias
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    da teoria visual
    e estudos culturais
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    e incorporá-las
    em uma paisagem maior
  • 5:44 - 5:46
    que poderia lidar
    com a economia política,
  • 5:46 - 5:48
    que poderia lidar
    com arquitetura,
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    que poderia lidar com o espaço.
  • 5:49 - 5:51
    De fato, a coisa toda
    é sobre isso,
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    era a produção de espaço.
  • 6:06 - 6:08
    Muitos trabalhos
    que agora observamos
  • 6:08 - 6:11
    como sendo um clássico tipo de
    fotografia artística de paisagem,
  • 6:11 - 6:14
    pessoas como Timothy O'Sullivan
    Ou Muybridge,
  • 6:15 - 6:16
    Fotógrafos ocidentais,
  • 6:17 - 6:18
    você vai até os Arquivos Nacionais
  • 6:18 - 6:20
    e procura
    essas fotografias originais,
  • 6:20 - 6:22
    elas vêm em relatórios gigantescos
    que dizem, você sabe,
  • 6:22 - 6:25
    "Pesquisa de reconhecimento
    do Oeste Americano,
  • 6:25 - 6:26
    Departamento de Guerra".
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    Na verdade, elas não foram feitas
    para serem fotografias de paisagem
  • 6:31 - 6:34
    na forma como os fotógrafos de
    paisagem contemporâneos trabalham.
  • 6:34 - 6:37
    Esses fotógrafos foram contratados
    pelo Departamento de Guerra
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    para sair e documentar o Ocidente
  • 6:39 - 6:43
    por motivos de levantamento topográfico
    e cartografia e elaboração de mapas
  • 6:43 - 6:47
    mas também por motivos ideológicos,
    como uma espécie de reivindicação do Ocidente.
  • 6:49 - 6:52
    Isso é interessante para mim
    nessa tradição,
  • 6:52 - 6:56
    essa relação
    entre estética e poder
  • 6:56 - 6:59
    e tecnologia e ideologia.
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    Colonos, pessoas da Corrida do Ouro
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    descreveu essa paisagem
    usando vocabulário
  • 7:09 - 7:10
    que eles usariam
    para descrever o inferno.
  • 7:11 - 7:14
    Eles falaram sobre pilares de sal, infernos,
  • 7:14 - 7:19
    esse lugar muito bizarro, perigoso
    e aterrorizante.
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    Em termos dessa tradição de
    fotografia de paisagem ocidental,
  • 7:26 - 7:29
    é algo em que eu penso
    em manter um diálogo com.
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    Talvez isso volte
    àquela questão do Ocidente,
  • 7:35 - 7:37
    essa promessa
    de um certo tipo de liberdade,
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    um horizonte de possibilidade
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    mas um que nunca foi
    sem uma quantidade extrema de violência.
  • 7:47 - 7:49
    Isso era verdade
    do século 19
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    com a colonização do
    oeste e as guerras indígenas,
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    e talvez isso seja verdade agora,
    com as guerras dos drones.
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    Praticamente não importa onde
    um drone no mundo esteja voando,
  • 8:03 - 8:05
    há uma boa chance de que
    seu piloto esteja baseado em Nevada.
  • 8:06 - 8:12
    Eles estão voando em missões de combate
    no Paquistão, Iêmen e Afeganistão,
  • 8:12 - 8:14
    controlados de Nevada,
  • 8:14 - 8:17
    então esses espaços
    estão dobrados uns sobre os outros
  • 8:17 - 8:18
    de uma forma muito real.
  • 8:20 - 8:24
    Você passa algum tempo lá fora,
    e você percebe
  • 8:24 - 8:26
    que há pequenas coisas
    voando por aí
  • 8:26 - 8:27
    que se parecem com insetos.
  • 8:27 - 8:30
    Esses são diferentes drones
    que são pilotados de Nevada.
  • 8:33 - 8:38
    O que é interessante para mim sobre
    fotografar drones
  • 8:38 - 8:41
    é continuar essa exploração
    do relacionamento
  • 8:41 - 8:47
    entre ver e tecnologia
    e estética e política.
  • 8:48 - 8:54
    Essas são câmeras controladas remotamente
    que têm mísseis acoplados a elas.
  • 8:54 - 8:56
    Elas estão envolvidas em assassinatos
    e esse tipo de coisa.
  • 8:57 - 9:00
    Olhando para o drone no céu,
    para mim,
  • 9:00 - 9:04
    talvez seja um pouco
    de um eco de Turner
  • 9:04 - 9:05
    olhando para o trem
  • 9:07 - 9:09
    na famosa pintura
    Chuva, Vapor e Velocidade.
  • 9:09 - 9:12
    É uma imagem bem embaçada,
    muito abstrata de um trem,
  • 9:12 - 9:16
    mas o que estava acontecendo
    naquele momento histórico
  • 9:16 - 9:18
    era que os trens eram
    alguns dos primeiros exemplos
  • 9:18 - 9:20
    de coisas que os humanos haviam feito
  • 9:20 - 9:23
    que se moviam mais rápido
    do que seus olhos podiam ver.
  • 9:23 - 9:24
    E existem histórias loucas,
  • 9:24 - 9:26
    pessoas sendo atingidas por trens
  • 9:26 - 9:27
    que estavam viajando
    a 30 milhas por hora
  • 9:27 - 9:31
    porque elas literalmente
    não podiam entender
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    o que essa velocidade significava.
  • 9:35 - 9:39
    Estou tentando ver
    alguns dos objetos
  • 9:39 - 9:42
    que estão transformando radicalmente
    a maneira como
  • 9:42 - 9:44
    nós entendemos e percebemos
    o mundo.
  • 9:46 - 9:49
    Em Muybridge, você encontra
    esse desmembramento do tempo,
  • 9:49 - 9:52
    que é captado
    por alguém como Edgerton,
  • 9:52 - 9:55
    que tem fotografias famosas de uma
    bala voando através de uma maçã,
  • 9:55 - 9:57
    realmente acelerando o tempo.
  • 9:58 - 10:01
    Edgerton recebe então um contrato
  • 10:01 - 10:05
    para fotografar os primeiros
    testes nucleares atmosféricos,
  • 10:05 - 10:09
    qual é a aparência de uma explosão nuclear.
  • 10:09 - 10:13
    Para fazer esse tipo de fotografia,
    os gatilhos de seus obturadores
  • 10:13 - 10:17
    são melhores do que os gatilhos
    das próprias armas nucleares,
  • 10:17 - 10:19
    então o gatilho da câmera
    se torna incorporado
  • 10:19 - 10:21
    na arma nuclear.
  • 10:21 - 10:23
    Uma empresa é criada, chamada EG&G,
  • 10:23 - 10:25
    que agora é
    uma importante empresa de defesa.
  • 10:25 - 10:29
    Tem uma história muito interessante
    e complicada
  • 10:29 - 10:34
    sobre ver, sobre tecnologia,
    sobre o militarismo e as armas
  • 10:34 - 10:35
    que são agrupados
  • 10:35 - 10:38
    na fotografia de paisagem do século 19.
  • 10:39 - 10:42
    Essa questão de representação
    e tecnologia
  • 10:42 - 10:44
    e política e ideologia
  • 10:44 - 10:47
    sempre fez parte
    da história da arte–
  • 10:48 - 10:52
    Leonardo da Vinci,
    mistérios mitraicos romanos.
  • 10:53 - 10:57
    Em termos dos limites na forma em
    que costumamos falar sobre arte,
  • 10:57 - 11:03
    falhamos em reconhecer que
    a produção de imagens ou objetos de arte
  • 11:03 - 11:07
    tem tudo a ver com
    o que está acontecendo em uma sociedade.
  • 11:10 - 11:15
    O que estou fazendo aqui é
    colecionar distintivos e patches
  • 11:15 - 11:19
    para projetos militares secretos.
  • 11:21 - 11:25
    A questão de como representar aquilo
    que não deve ser representado
  • 11:25 - 11:28
    é uma das questões mais antigas na arte.
  • 11:29 - 11:33
    A maior parte da arte religiosa em muitas, muitas
    tradições diferentes
  • 11:33 - 11:34
    tem a ver
    exatamente com essa questão.
  • 11:36 - 11:39
    A imagem do peixe, do cordeiro,
    essas são imagens
  • 11:39 - 11:42
    que seriam entendidas
    por outros cristãos
  • 11:42 - 11:43
    durante o Império Romano
  • 11:43 - 11:46
    mas não significariam nada para
    alguém que fosse de fora.
  • 11:48 - 11:51
    United States Air Force
    aerospace medicine, AFFTC,
  • 11:52 - 11:54
    Isso significa
    Centro de Testes de Voo da Força Aérea,
  • 11:54 - 12:00
    usado pelos doutores
    que atendem os pilotos na Área 51,
  • 12:00 - 12:04
    que é uma espécie de base famosa
    que não existe em Nevada.
  • 12:04 - 12:08
    O pequeno slogan que eles têm
    é "Melhor atendimento em nenhum lugar".
  • 12:08 - 12:11
    então temos todos os tipos de piada
    acontecendo.
  • 12:12 - 12:17
    A figura do dragão
    geralmente significa
  • 12:17 - 12:20
    um assim dito satélite de inteligência de sinais,
  • 12:20 - 12:21
    ou um satélite de espionagem.
  • 12:21 - 12:24
    Ele simplesmente coleta chamadas de telefones celulares,
    qualquer tipo de transmissão de rádio
  • 12:24 - 12:26
    emanando da superfície
    da terra.
  • 12:26 - 12:28
    É uma antena gigante.
  • 12:28 - 12:29
    É do tamanho
    de um campo de futebol.
  • 12:29 - 12:31
    Eles se parecem com guarda-chuvas.
  • 12:31 - 12:36
    A antena circular estendida nestes ícones
  • 12:36 - 12:38
    se traduz na imagem
    do dragão
  • 12:38 - 12:40
    com suas asas estendidas,
  • 12:40 - 12:44
    e parece que é uma estrela
    juntando-se a uma coleção de outras estrelas,
  • 12:44 - 12:46
    Portanto, é um satélite
    que está se juntando a uma coleção
  • 12:46 - 12:47
    de outros satélites
  • 12:47 - 12:51
    que têm algum tipo de
    missão secreta de reconhecimento.
  • 12:55 - 12:57
    O que são todas as coisas
    que estão acontecendo ao nosso redor
  • 12:57 - 13:01
    que influenciam nossas vidas,
    nossa cultura política,
  • 13:01 - 13:02
    sabe, nossa cultura em geral
  • 13:02 - 13:04
    e que, no entanto, são invisíveis?
  • 13:05 - 13:07
    Quais são as coisas em órbita
  • 13:07 - 13:10
    que influenciam o que acontece
    na superfície da Terra
  • 13:10 - 13:14
    mas que também são, em um sentido muito literal, extraterrestres?
  • 13:20 - 13:23
    Há um pequeno grupo de astrônomos amadores
    em todo o mundo
  • 13:23 - 13:26
    que todas as noites saem
    e procuram por coisas
  • 13:26 - 13:29
    que "não estão lá" no céu.
  • 13:29 - 13:31
    E ao longo de dezenas de anos,
    eles montaram
  • 13:31 - 13:35
    um tipo de catálogo alternativo
    para o céu noturno.
  • 13:35 - 13:39
    Tomando observações
    desses astrônomos amadores,
  • 13:39 - 13:41
    você pode modelar as órbitas
    de espaçonaves
  • 13:41 - 13:44
    e prever exatamente onde estarão no céu noturno.
  • 13:46 - 13:48
    Os satélites precisam seguir as
    Leis de Kepler
  • 13:48 - 13:49
    do Movimento Planetário,
  • 13:49 - 13:53
    e, portanto, há uma verdadeira contradição
    no sentido de que os militares podem fazer
  • 13:53 - 13:55
    todas as coisas secretas
    que quiserem,
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    mas eles não podem inventar
    leis secretas da física.
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    Eu quero– vamos descobrir
    a que horas será o pôr do sol.
  • 14:10 - 14:14
    O pôr do sol será às 7:50,
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    portanto, quero dar uma olhada nos satélites
    que vão começar, digamos,
  • 14:23 - 14:26
    entre 8:45 e 11:45 de hoje à noite.
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    E aqui eu tenho minha lista.
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    Estas são todas as naves espaciais confidenciais
    que estarão no céu esta noite,
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    muitas das quais não serão visíveis.
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    Vou fazer uma captura de tela
    dessa trajetória e salvar.
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    Isso basicamente
    vai me dar um mapa
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    do que essas espaçonaves
    vão fazer.
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    E depois vou colocar isso
    em uma lista de capturas,
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    e eu vou dizer,
    "Ok, às 9:10,
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    "Queremos estar olhando
    para esta parte do céu
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    e procurar por esse satélite".
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    Isso é o que vai realmente tirar as fotos.
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    Essa é uma câmera muito simples, padrão,
    e sem graça
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    com uma lente comum.
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    Às vezes, eu tiro fotos
    sob um céu nublado
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    ou céu misto ou céu limpo.
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    Eu realmente tento incorporar
    um espectro amplo
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    de condições atmosféricas nas
    nas fotografias que eu tiro.
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    Há uma longa tradição
    de olhar para o céu noturno.
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    O céu noturno
    é um espelho cultural.
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    Desde os babilônios
    ou gregos, qualquer que seja,
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    as pessoas têm olhado para o céu
    em busca de respostas para as grandes questões.
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    Quem somos nós?
    De onde viemos?
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    Para onde vamos?
  • 15:45 - 15:48
    E isso era verdade
    dos astrólogos babilônicos
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    tentando descobrir o futuro
    com base no movimento dos planetas,
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    E isso é verdade
    dos cientistas contemporâneos
  • 15:53 - 15:55
    usando coisas
    como o telescópio espacial hubble
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    para tentar ver o começo do tempo
    e os limites do universo.
  • 16:00 - 16:04
    É pegar esse conceito
    e transformá-lo um pouco
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    e olhando para o céu.
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    Mas ao invés de ver
    algum tipo de futuro divino,
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    nós vemos coisas militares.
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    nós vemos máquinas de vigilância.
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    A revolução que está acontecendo
    na percepção neste momento
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    tem a ver com máquinas
    vendo por outras máquinas.
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    Os seres humanos estão projetando máquinas
    e softwares para ver por nós,
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    e isso é novo.
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    É algo que estou apenas tentando
    entender como ver, eu acho.
Title:
Trevor Paglen em "Segredos" - Temporada 7 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
17:15

Portuguese, Brazilian subtitles

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