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Trevor Paglen em "Segredos" - Temporada 7 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21

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    Trevor Paglen: O título dessa obra é
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    Um Protótipo para um Satélite Não Funcional,
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    e a ideia aqui é pegar a tecnologia,
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    pegar a engenharia e usá-los
    para o exato oposto
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    do que normalmente fazem.
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    É basicamente um balão gigante
    que se transforma em um cubo muito pequeno.
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    A coisa toda
    pesa menos de um quilo.
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    Você poderia colocar isso em um foguete.
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    ele entraria em uma órbita terrestre baixa,
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    e quando você enviasse um sinal
    para ele, ele se inflaria.
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    Você seria capaz de vê-lo
    do chão.
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    se pareceria com uma estrela
    movendo-se lentamente pelo céu.
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    duraria algumas semanas,
    depois ele acumularia
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    muito desgaste da atmosfera
    e queimaria.
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    é uma coisa muito temporária.
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    Alguns objetos são projetados
    para criar padrões que brilham,
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    outros que cintilam.
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    Outros designs ficam claros
    e depois escurecem novamente.
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    O que estamos fazendo aqui hoje
    são testes de inflação.
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    [ máquina ]
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    Tentando entender o que
    esses objetos são fisicamente
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    tanto como esteticamente.
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    - Encontrei um fio de cabelo aqui.
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    - Sim, tem um ali.
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    Tem outro
    aqui também.
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    Eu realmente penso nelas
    como esculturas pós-minimalistas
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    inspiradas em grande parte
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    por algumas das primeiras espaçonaves
    que a NASA construiu.
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    -Certo, legal.
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    Foi uma época muito estranha
    no final da década de 1950, início da década de 1960
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    onde as pessoas estavam colocando coisas
    no espaço,
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    mas essa linguagem de espaçonaves
    ainda não havia se consolidado.
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    O que era o Sputnik?
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    era uma bola de metal
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    que fazia, "Bip, bip, bip,
    bip, bip, bip."
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    Realmente não havia motivo para ser feito
    a não ser para fazê-lo.
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    A NASA realizou um projeto
    chamado Pageos,
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    fazendo grandes balões autoinfláveis.
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    Esses eram satélites de comunicação.
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    Você poderia fazer uma
    chamada telefônica transcontinental
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    transmitindo uma onda de rádio
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    para um desses satélites
    refletivos no céu,
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    e então a onda
    rebateria
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    para outro lugar no mundo.
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    Havia outra coisa
    que eles queriam fazer
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    com essas espaçonaves,
    é claro,
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    que era fazer mapas melhores
    para armas nucleares.
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    Muitos artistas daquela época
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    estavam olhando para eles
    como objetos estéticos.
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    Talvez tenham visto um mundo
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    onde não tivéssemos que
    nos matar com uma guerra nuclear,
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    não precisávamos usar a tecnologia
    para criar um estado de monitoramento.
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    Talvez houvesse
    uma direção diferente.
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    E esse momento é algo
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    que estou tentando muito
    entender.
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    Estamos aqui
    na fronteira sul
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    de uma área militar gigantesca,
    aproximadamente do tamanho da Suíça
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    chamada a "Nellis Range".
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    Logo a oeste daqui
    fica o local de testes de Nevada,
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    onde testes nucleares
    foram realizados
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    ao longo de muitas, muitas décadas.
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    Esse é o centro
    para muitos dos drones
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    que são pilotados pela força aérea,
    bem como várias partes
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    da comunidade militar
    e de inteligência.
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    A base fica bem ao lado de uma
    de uma rodovia.
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    Encontrei esses drones pela primeira vez
    literalmente passando de carro,
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    olhando para o céu e dizendo
    "Ei, o que é aquilo?"
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    É perfeitamente legal
    o que estamos fazendo.
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    Você pode fotografar qualquer coisa
    que pode ver com seus olhos.
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    Estamos em terra pública.
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    Por um lado, os Estados Unidos
    possuem um enorme aparato de sigilo,
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    mas, ao mesmo tempo, também é
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    um dos países mais abertos
    do mundo.
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    Eu cresci na Força Aérea.
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    Isso me fez muito confortável
    ao redor da cultura militar,
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    que o exército é parte
    do que é os Estados Unidos.
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    Morei no Texas, em Washington, D.C.;
    vários lugares diferentes no exterior.
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    Você está sempre sendo desalojado,
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    mas pelo lado positivo,
    você está sempre vendo coisas novas,
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    tendo a chance de ver as coisas
    de uma maneira diferente.
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    Tenho trabalhado como um artista
    por toda a minha vida.
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    Desde que eu era criança
    e durante o ensino médio,
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    Eu sempre trabalhei
    em projetos criativos.
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    Quando fui para a escola de arte,
    a maneira como a arte é ensinada
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    no nível universitário
    é muito teórico
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    e vem mais ou menos
    da teoria literária.
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    Qual é a retórica de uma imagem?
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    Isso nunca funcionou completamente para mim.
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    Eu queria ir além.
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    Arte é mais do que uma série
    de imagens desincorporadas.
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    Arte é objetos que vivem
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    em lugares reais, economias,
    espaços, arquitetura.
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    Eu estava procurando por
    várias formas diferentes
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    de tentar encontrar uma linguagem
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    Que me permitisse pensar
    sobre o que eu estava fazendo,
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    e acabei chegando à geografia.
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    A geografia é sobre tudo.
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    Isso me permitiu levar ideias
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    da teoria visual
    e estudos culturais
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    e incorporá-las
    em uma paisagem maior
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    que poderia lidar
    com a economia política,
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    que poderia lidar
    com arquitetura,
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    que poderia lidar com o espaço.
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    De fato, a coisa toda
    é sobre isso,
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    era a produção de espaço.
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    Muitos trabalhos
    que agora observamos
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    como sendo um tipo clássico de
    fotografia artística de paisagem,
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    pessoas como Timothy O'Sullivan
    Ou Muybridge,
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    Fotógrafos ocidentais,
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    você vai até os Arquivos Nacionais
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    e procura
    essas fotografias originais,
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    elas vêm em relatórios gigantescos
    que dizem, você sabe,
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    "Pesquisa de reconhecimento
    do Oeste Americano,
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    Departamento de Guerra".
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    Na verdade, elas não foram feitas
    para serem fotografias de paisagem
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    na forma como os fotógrafos de
    paisagem contemporâneos trabalham.
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    Esses fotógrafos foram contratados
    pelo Departamento de Guerra
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    para sair e documentar o Oeste
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Title:
Trevor Paglen em "Segredos" - Temporada 7 - "Arte no Século Vinte e Um" | Art21
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
17:15

Portuguese, Brazilian subtitles

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