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ARLENE SHECHET: A argila é extremamente elementar.
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Não há nada nela que seja atraente
ou interessante.
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É simplesmente muito, muito básico.
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A ausência de beleza em seu estado bruto é importante para mim,
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porque isso me dá muita liberdade.
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Porque ela não tem caráter, eu posso fazer qualquer coisa.
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Ela apenas existe para ser inventada.
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Isso é chamado de "wedging".
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É um termo em argila para amassar.
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Se você aprende como fazer isso,
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ela balança para frente e para trás e forma essa espiral.
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O visual é bem legal.
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Não sou uma pessoa dedicada a um material.
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Mas eu dediquei os últimos seis ou sete anos
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ao trabalho com argila.
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A argila é um desses materiais que permite
que alguém esteja tanto no controle quanto fora dele.
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É como uma verdadeira conversa com o trabalho.
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Uma das melhores coisas de fazer arte
é que você pode fazer coisas
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e depois ouvir essas coisas e
prestar atenção a essas coisas.
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Eu sempre quis trabalhar em uma fábrica.
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Eu dizia aos meus pais que queria ser
um fazendeiro ou um operário de fábrica.
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Meus pais me ignoraram completamente com relação a isso.
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Crescendo em Nova York, você meio que vê tudo pronto.
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Você não vê nada sendo feito.
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Então, eu queria saber de onde
tudo veio.
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- Acho que é melhor eu cobrir isso de novo.
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Se eu adicionar um pedaço de argila muito cedo, desmorona.
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Muito tarde, não vai fixar.
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Existe um momento perfeito para fazer tudo.
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E então, quando o momento passa, ele se foi
e não tem o que fazer sobre isso.
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Intelectualmente e talvez espiritualmente,
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É algo interessante de se trabalhar com.
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Construo quatro ou cinco coisas ao mesmo tempo.
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Todas essas peças estão no começo.
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Então, essas peças provavelmente serão muito maiores
e terão outros elementos
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que eu ainda não sei.
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Ontem, eu descobri que precisava
adicionar algumas partes a isso,
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porque isso vai ser apenas um rolo de fios
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e esses só podem ser adicionados um pouco de
de cada vez.
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Tenho esses pinos para me lembrar que esses
não foram unidos,
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porque as vezes eu simplesmente esquecia.
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Eu estava pensando, eu tenho que ter um apetite real
para o feio.
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Há muitos pontos em que essa coisa
é simplesmente horrível
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e, ainda assim, preciso acreditar nela.
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E eu preciso continuar com ela.
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Mas pode ser algo bom.
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O cubo é o próximo.
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E, em cerca de quinze minutos, vamos despejar
a barbotina extra que você vê por cima.
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E o gesso permitirá que as coisas se tornem
argila seca então
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quando o retirarmos em algumas horas.
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Esta é uma moldura de barbotina modelada de um tijolo refratário.
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E você pode ver que o molde pega cada
parte do tijolo refratário.
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Cada nuance, quando estão molhados assim,
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Às vezes eu aproveito a oportunidade para, você sabe,
fazer algo com ele.
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Se essa coisa não tivesse o ar pressionando para fora,
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ele simplesmente desmancharia.
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Não comportaria todas essas formas.
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Ou, se fosse sólido, você não conseguiria fazer nada.
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Isso já está em uma prateleira do forno, certo?
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A parte realmente fora de controle é
essa coisa com a qual eu me escravizo ou com a qual brinco,
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vai secar por vários meses e depois
vai entrar em um forno de mais de 2.000 graus
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e isso é loucura.
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Você sabe.....
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E então todas as apostas estão canceladas.
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Venho aqui e escolho da árvore de esmaltes.
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Eu tenho um livro referência que tem
fotografias de cada trabalho e
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depois anotações sobre o que fiz.
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Se um esmalte estiver sob outro esmalte ou
por cima dele,
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ele será quimicamente completamente diferente
e a queima completamente diferente.
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Nós colocamos fogo com um computador em um grau muito exato com base no tipo de esmalte.
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Esta peça passou por cinco ou seis queimas.
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Serão alguns dias de queima e
depois
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dois dias e meio de resfriamento.
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O fato de você ter que tornar as coisas ocas
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é algo que me atrai.
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Essa substância pastosa se torna estrutural.
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Você pode pressionar contra ela,
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você pode criar formas de uma maneira que algo
que é sólido nunca poderia criar forma.
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Ok, vamos carregar isso muito em
breve.
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Se for uma coisa completamente sólida, então
não pode ser queimada.
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Um dia, senti o quanto estava feliz aqui e
como eu estava realmente vivendo minha fantasia.
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Que ser um artista, trabalhar em um estúdio,
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Eu havia criado uma fazenda e uma fábrica.
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E quando pensei sobre isso,
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a essência desse desejo era realmente
querer saber como as coisas eram feitas.
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Estou sempre dizendo sim a novas situações.
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Se eu continuar criando um sistema fechado,
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então eu não estou desconfortável o suficiente para desafiar algum limite.
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-Aqui vamos nós.
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Eu só quero estar ultrapassando limites
e resolvendo problemas.
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Fui convidada para Meissen.
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Foi muito, muito aberto.
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Recebi um estúdio e não precisei
definir um projeto.
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Não precisei dizer o que eu ia fazer.
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E eu não precisava projetar algo que
faria parte da produção deles.
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Noventa e nove por cento das coisas lá são moldadas.
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Então, trabalhar com moldes era algo
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que eu não havia incorporado na
minha prática regular com argila.
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A infraestrutura de como as coisas eram feitas lá
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entrou para o meu vocabulário
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em termos das esculturas que eu realmente
acabei fazendo para a exposição da RISD.
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O que eu trouxe para Meissen foi tudo o que eu sabia.
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Eu só queria me permitir.
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Adoro todo tipo de arquitetura industrial.
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Indústria em geral, ferramentas.
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O que algumas pessoas podem ver como
mecanizado e assustador,
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Eu vejo como mecanizado e fascinante.
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Também é uma coisa muito particular em um lugar
como
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a fábrica de Meissen, que começou em 1710.
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As origens de todo o mundo da porcelana estão
bem ali.
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Foi o primeiro lugar na Europa
onde descobriram como fazer porcelana.
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Dentro desse lugar tem uma fábrica,
mas dedicada ao feito à mão,
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a essa habilidade diligente que,
de muitas formas eu sou a antítese.
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Pegar emprestado de sua necessidade insana por perfeição,
empoderou meu desejo por imperfeição.
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Eu andei pela fábrica sem parar e
percebi que
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que o que eu realmente amava eram os moldes.
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As formas dos moldes estavam muito mais próximas da minha estética do que
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as coisas que estavam saindo desses moldes
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que eram os objetos tradicionais de Meissen.
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Eu acabei fazendo uma proposta de que eu faria moldes dos moldes deles
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e moldar em meus moldes com barbotina de porcelana, criando
versões de porcelana de seus objetos industriais.
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Quando eu moldava em seus moldes,
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Eu deixava todas as marcas e
todos os pequenos sinais e símbolos que
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indicavam como montar a peça e
nunca seriam vistos fora da fábrica.
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Eu coloquei as assinaturas como uma espécie de celebração
do trabalhador.
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Os trabalhadores, quando os viam,
eles apenas riam.
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Eu estava pegando pedaços de tudo
que era fiel a Meissen,
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historicamente e tudo o que era
verdadeiro para mim como uma artista contemporânea
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trabalhando em uma fábrica do século 18
e tentando juntar tudo isso.
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ANDREW MOLLEUR: Essa é a maior coisa
aqui em cima também.
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ARLENE SHECHET: Sim, é, bem aqui.
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eu acho que bem perto ali é ótimo.
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Eu realmente gosto disso.
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É como se estivesse vindo de dentro.
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Ok, bem, sem dúvida nós vamos queimá-lo de novo.
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Mas talvez eu comece, comece a trabalhar com isso.
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Eu vou virar isso.
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Precisávamos fazer versões em escala de cada escultura para a galeria.
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Aqui embaixo, eu posso ver mais ou menos como eu veria as coisas entrando na galeria.
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Não quero tudo na mesma altura.
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Não quero muitas coisas com metal ali,
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muitas coisas com concreto aqui.
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Portanto, estou balanceando todas essas preocupações muito,
muito intencionalmente.
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A peça completa não é apenas a cerâmica.
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A peça completa é algo que permite
a cerâmica
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para viver no mundo na altura que eu quiser,
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no formato que eu quiser e na combinação de materiais
que eu quiser.
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E na cor que eu quiser.
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O que é conhecido como o pedestal,
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Às vezes eu chamo de arquitetura da peça.
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Eu tenho uma apreciação real por como ele é complexo
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para fazer algo que é atraente
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e que muda com cada visão.
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Essa é uma preocupação escultural antiquada
que eu adoro
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E que eu acredito que se deve ao fato de
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pessoas andando em volta das peças na galeria.
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As esculturas criam movimento.
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Eu fiz dança improvisada no meu início ensinando
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com os alunos, porque eu acho que é a
a mesma coisa.
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A argila é um excelente material de desenho tridimensional.
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Ele deixa um registro da mesma forma que
um desenho deixa um registro muito direto da
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mão do artista.
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A instalação é a coisa toda e essa é
uma ideia muito grande.
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Na verdade, eu acho que sou um artista de instalações
que faz objetos.
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Quero fazer algo mais do que uma ideia.
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Não quero que ninguém seja capaz de descrever
as peças com muita facilidade.
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Quero fazer coisas que sejam mais ambíguas do que isso.
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Quero fazer comédia física e humor intelectual
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que tem um tipo de reação visceral
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que acaba criando algum tipo de sentimento complexo.
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Para que a reação não seja, eu entendo isso,
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A reação é: o que é isso e por quê?