Biomimética — As lições surpreendentes dos engenheiros da Natureza
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0:00 - 0:04É emocionante estar aqui numa conferência
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0:04 - 0:09que é dedicada ao "Inspirado pela Natureza" -- vocês podem imaginar.
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0:09 - 0:13E estou também emocionada por estar na secção de preliminares.
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0:13 - 0:15Repararam que esta secção é de preliminares?
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0:15 - 0:18Porque eu posso falar acerca de uma das minhas criaturas favoritas,
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0:18 - 0:21que é o Colimbo Ocidental. Vocês não viveram
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0:21 - 0:25até terem visto estes indivíduos a fazer a sua dança de acasalamento.
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0:25 - 0:28Eu estava no Bowman Lake no Glacier National Park,
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0:28 - 0:32que é um lago longo e estreito com uma espécie de montanhas de cabeça para baixo dentro dele,
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0:32 - 0:34e o meu companheiro e eu tínhamos um barco a remos.
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0:34 - 0:40E então nós estávamos a remar, e um desses Colimbos Ocidentais apareceu.
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0:40 - 0:45E o que eles fazem na sua dança de acasalamento é, eles vão juntos,
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0:45 - 0:50os dois, o casal, e começam a correr debaixo de água.
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0:50 - 0:54Eles patinham rápido, e mais rápido, e mais rápido, até andarem tão rápido
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0:54 - 0:57que literalmente se erguem para fora da água,
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0:57 - 1:01e ficam de pé, como se patinhassem em cima da água.
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1:01 - 1:06E um desses Colimbos veio ter connosco enquanto estávamos a remar.
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1:06 - 1:10E nós estávamos num sku (barco a remos), e estávamos a andar muito, mas muito depressa.
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1:10 - 1:17E este Colimbo, penso eu, talvez nos tenha confundido com um possível parceiro,
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1:17 - 1:21e começou a correr connosco ao longo da água,
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1:21 - 1:26numa dança de acasalamento -- durante milhas.
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1:26 - 1:30Ele parava, e depois recomeçava, e depois parava, e depois recomeçava.
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1:30 - 1:32Isso sim é que são preliminares.
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1:32 - 1:35(Gargalhadas)
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1:35 - 1:44OK. Eu quase -- eu estava a isto de mudar de espécie naquele momento.
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1:44 - 1:48Obviamente, a vida pode ensinar-nos alguma coisa
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1:48 - 1:52na área de entretenimento, OK. A vida tem muito para nos ensinar.
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1:52 - 1:55Mas o assunto sobre o qual gostaria de falar hoje
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1:55 - 1:59é o que a vida nos pode ensinar sobre tecnologia e sobre design.
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1:59 - 2:01O que aconteceu desde que o livro saiu --
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2:01 - 2:04o livro era maioritariamente acerca da pesquisa em biomímica.
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2:04 - 2:08E o que aconteceu desde aí é que arquitectos, designers, engenheiros --
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2:08 - 2:11pessoas que constroem o nosso mundo -- começaram a ligar e a dizer,
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2:11 - 2:15nós queremos um biólogo que se sente connosco na secretária para discutir sobre design
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2:15 - 2:18para nos ajudar, em tempo real, a inspirarmo-nos.
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2:18 - 2:22Ou -- e esta é a parte divertida para mim -- nós queremos que nos leve
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2:22 - 2:24para o mundo natural. Nós aparecemos com um desafio de design
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2:24 - 2:29e descobrimos os campeões em adaptação ao mundo natural, que nos possam inspirar.
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2:29 - 2:33Então esta é uma fotografia de uma viagem às Galápagos que nós fizemos
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2:33 - 2:37com alguns engenheiros de tratamento de águas residuais; eles purificam as águas residuais.
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2:37 - 2:40E, na realidade, alguns estavam muito resistentes a estarem lá.
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2:40 - 2:45O que eles nos disseram no início foi, vocês sabem, nós já fazemos biomímica.
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2:45 - 2:50Nós usamos bactérias para limpar a nossa água. E nós dissemos,
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2:50 - 2:54bem, isso não é exactamente -- isso não é ser exactamente inspirado pela natureza.
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2:54 - 2:58Isso é bio-processamento; Isso é tecnologia bio-assistida:
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2:58 - 3:03usar um organismo para fazer o tratamento das águas residuais
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3:03 - 3:06é uma velha, mas mesmo velha tecnologia chamada "domesticação".
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3:06 - 3:13Isto é aprender alguma coisa, pegar numa ideia, de um organismo e depois aplicá-la.
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3:13 - 3:16E ainda assim eles não estavam a entender isso.
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3:16 - 3:18Então nós fomos caminhar na praia e eu disse,
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3:18 - 3:23bem, dêem-me um dos vossos grandes problemas. Dêem-me um desafio de design,
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3:23 - 3:26um obstáculo à sustentabilidade, que vos impeça de serem sustentáveis.
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3:26 - 3:32E eles disseram a calcificação, que é a acumulação de minerais dentro de tubos.
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3:32 - 3:34E eles disseram, sabe o que acontece é que, os minerais --
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3:34 - 3:36tal como na sua casa -- os minerais acumulam-se.
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3:36 - 3:40E depois a abertura entope, e nós temos de limpar os tubos com toxinas,
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3:40 - 3:42ou temos de desenterrá-los.
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3:42 - 3:45Então se tivéssemos uma maneira de parar esta calcificação --
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3:45 - 3:50e aí eu apanhei algumas conchas na praia. E perguntei-lhes,
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3:50 - 3:52O que é a calcificação? O que está nos vossos canos?
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3:52 - 3:55E eles disseram, carbonato de cálcio.
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3:55 - 3:58E eu disse, é isso que isto é; isto é carbonato de cálcio.
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3:58 - 4:01E eles não sabiam isso.
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4:01 - 4:03Eles não sabiam o que era uma concha,
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4:03 - 4:07é formada por proteínas, e iões da água do mar
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4:07 - 4:10que cristalizam no local, OK, para criar uma concha.
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4:10 - 4:14Então o mesmo tipo de processo, sem as proteínas,
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4:14 - 4:17está a acontecer dentro dos tubos deles. Eles não sabiam.
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4:17 - 4:23Isto não é devido a falta de informação; é falta de integração.
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4:23 - 4:26Vocês sabem, é um silo, as pessoas vivem em silos. Eles não sabiam
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4:26 - 4:29que o mesmo processo estava a acontecer. Então um deles pensou acerca disso
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4:29 - 4:33e disse, OK, bem, se isto é só cristalização
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4:33 - 4:38que acontece automaticamente fora da água do mar -- auto-montagem --
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4:38 - 4:43então porque é que as conchas não têm um tamanho infinito? O que pára a calcificação?
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4:43 - 4:45Porque é que que não continuam?
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4:45 - 4:49E eu disse, bem, da mesma forma que elas libertam uma proteína --
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4:49 - 4:53que elas segregam uma proteína e ela inicia a cristalização --
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4:53 - 4:57e eles como que se inclinaram para a frente --
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4:57 - 5:00elas libertam proteínas que páram a cristalização.
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5:00 - 5:02Literalmente aderem à superfície do cristal que se desenvolve.
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5:02 - 5:06E, de facto, há um produto chamado TPA
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5:06 - 5:11que imita essa proteína -- essa proteína inibidora --
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5:11 - 5:15e é uma maneira amiga do ambiente para parar com a calcificação nos canos.
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5:15 - 5:19Isso mudou tudo. A partir daí,
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5:19 - 5:23não se conseguia levar esses engenheiros de volta para o barco.
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5:23 - 5:26No primeiro dia eles iam fazer uma caminhada,
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5:26 - 5:29e era, click, click, click, click. Cinco minutos depois voltavam para o barco.
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5:29 - 5:33Já está. Sabem, eu já vi esta ilha.
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5:33 - 5:35Depois disto,
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5:35 - 5:38eles andavam em todo o lado. Eles não se fartavam --
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5:38 - 5:43eles faziam snorkel durante o tempo que eu os deixasse fazer snorkel.
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5:43 - 5:47O que aconteceu foi que eles perceberam que há organismos
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5:47 - 5:51por aí que já resolveram problemas
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5:51 - 5:54que eles investiram as suas carreiras a tentar resolver.
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5:54 - 5:59Aprender acerca do mundo natural é uma coisa,
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5:59 - 6:01aprender a partir do mundo natural -- essa é a diferença.
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6:01 - 6:04É uma diferença profunda.
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6:04 - 6:08O que eles perceberam foi que as respostas às suas questões estavam em todo o lado;
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6:08 - 6:12que eles só precisavam de mudar as lentes através das quais viam o mundo.
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6:12 - 6:163.8 biliões de anos de testes.
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6:16 - 6:1910 a 30 -- Craig Venter provavelmente vai-vos dizer;
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6:19 - 6:23Eu acho que há muito mais do que 30 milhões -- de soluções bem adaptadas.
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6:23 - 6:31O importante para mim é que estas são soluções criadas num contexto.
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6:31 - 6:33E o contexto é a Terra --
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6:33 - 6:38o mesmo contexto em que estamos a tentar resolver os nossos problemas.
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6:38 - 6:42Então é a consciente emulação dos génios da vida.
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6:42 - 6:44Não é mímica cega --
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6:44 - 6:47apesar do Al estar a tentar manter o penteado --
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6:47 - 6:51não é uma mímica submissa. É tirar os princípios de design,
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6:51 - 6:56a genialidade do mundo natural, e aprender alguma coisa com isso.
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6:56 - 7:00Agora, num grupo com tantas pessoas de TI, eu tenho de mencionar que --
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7:00 - 7:03uma coisa sobre a qual não vou falar, e que é que a vossa área
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7:03 - 7:07já aprendeu uma grande quantidade de coisas a partir de seres vivos,
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7:07 - 7:11na parte do software. Então há computadores que se protegem a eles próprios,
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7:11 - 7:14como um sistema imunitário, e estamos a aprender acerca da regulação de genes
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7:14 - 7:19e desenvolvimento biológico. E nós estamos a aprender a partir de redes neuronais,
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7:19 - 7:22algoritmos genéticos, computação evolucional.
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7:22 - 7:27Isto é do lado do software. Mas o que é interessante para mim
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7:27 - 7:32é que nós não olhámos suficientemente para isto. Quero dizer, estas máquinas
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7:32 - 7:35não são muito de alta tecnologia, na minha opinião
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7:35 - 7:40no sentido em que há dúzias e dúzias de substâncias cancerígenas
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7:40 - 7:43na água de Sillicon Valley.
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7:43 - 7:46Então o hardware
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7:46 - 7:51não é nada em termos do que a vida chamaria de sucesso.
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7:51 - 7:56Então o que é que podemos aprender acerca da construção -- não só de computadores, mas de tudo?
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7:56 - 8:00O avião em que vieram, carros, as cadeiras onde estão sentados.
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8:00 - 8:07Como é que redesenhamos o mundo que construímos, o mundo feito por humanos?
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8:07 - 8:11Mais importante, o que é que deveríamos perguntar nos próximos 10 anos?
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8:11 - 8:14E há muitas tecnologias fixes que a vida tem.
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8:14 - 8:16Qual é o programa curricular?
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8:16 - 8:20Há três questões chave, para mim.
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8:20 - 8:22Como é que a vida faz as coisas?
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8:22 - 8:25Isto é o oposto; isto é como nós fazemos as coisas.
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8:25 - 8:27Chama-se aquecer, bater e tratar --
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8:27 - 8:29é o que os cientistas de materiais chamam a isso.
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8:29 - 8:34E é esculpir as coisas do princípio, com 96 por cento de desperdício
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8:34 - 8:39e só 4 por cento de produto. Aquecem, batem a pressões altas,
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8:39 - 8:42usam químicos. OK. Aquecer, bater e tratar.
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8:42 - 8:46A vida não tem recursos para fazer isso. Como é que a vida faz as coisas?
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8:46 - 8:49Como é que a vida faz a maior parte das coisas?
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8:49 - 8:52Isto é pólen de gerânio.
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8:52 - 8:57E a sua forma é o que lhe dá a funcionalidade
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8:57 - 9:01de flutuar pelo ar tão facilmente, OK. Olhem para esta forma.
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9:01 - 9:06A vida acrescenta informação à matéria.
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9:06 - 9:08Em outras palavras: estrutura.
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9:08 - 9:13Dá-lhes informação. Ao adicionar informação à matéria,
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9:13 - 9:19dá-lhes uma função que seria diferente se não tivesse aquela estrutura.
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9:19 - 9:24E, terceiro, como é que a vida faz as coisas desaparecerem nos sistemas?
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9:24 - 9:29Porque a vida não lida realmente com coisas;
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9:29 - 9:33não há coisas no mundo natural que estejam separadas
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9:33 - 9:36dos seus sistemas.
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9:36 - 9:38Um programa curricular mesmo rápido.
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9:38 - 9:44À medida que leio cada vez mais agora, e seguindo a história,
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9:44 - 9:48há algumas coisas maravilhosas que aparecem nas ciências biológicas.
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9:48 - 9:51E ao mesmo tempo, estou a ouvir muitas empresas
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9:51 - 9:55e a descobrir quais são os tipos de grandes desafios que elas têm.
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9:55 - 9:57Os dois grupos não estão a falar entre si.
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9:57 - 10:00Mesmo nada.
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10:00 - 10:04O que poderia no mundo da biologia, ser útil nesta conjuntura
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10:04 - 10:09para nos tirar deste nó de evolução em que estamos?
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10:09 - 10:12Eu vou tentar apresentar 12, muito rapidamente.
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10:12 - 10:15OK, uma que é excitante para mim é a auto-montagem.
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10:15 - 10:19Actualmente, vocês já ouviram isto em termos de nanotecnologia.
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10:19 - 10:23Voltando àquela concha: a concha é um material de auto-montagem.
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10:23 - 10:27Do lado esquerdo em baixo há uma foto de uma madrepérola
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10:27 - 10:31a formar-se a partir da água do mar. É uma estrutura em camadas que é mineral
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10:31 - 10:34e depois polímero, e isso fá-la muito, muito resistente.
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10:34 - 10:37É duas vezes mais resistente do que as nossas cerâmicas de alta tecnologia.
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10:37 - 10:41Mas o que é realmente interessante: ao contrário das nossas cerâmicas que vão ao forno,
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10:41 - 10:46isto acontece na água do mar. Isto acontece perto, dentro e perto do corpo do organismo.
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10:46 - 10:48OK, as pessoas estão a começar --
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10:48 - 10:53esse é o Sandia National Labs; um indivíduo chamado Jeff Brinker
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10:53 - 10:57descobriu uma maneira de obter um código de processo de auto-montagem.
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10:57 - 11:01Imaginem que são capazes de fazer cerâmica à temperatura ambiente
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11:01 - 11:05simplesmente mergulhando uma coisa num líquido,
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11:05 - 11:08tirá-la do líquido, e deixar que a evaporação
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11:08 - 11:12force as moléculas do líquido a estarem juntas,
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11:12 - 11:14de forma a que elas se mantivessem unidas
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11:14 - 11:18da mesma forma que a cristalização funciona.
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11:18 - 11:21Imaginem fazer todos os materiais duros desta maneira.
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11:21 - 11:28Imaginem pulverizar os precursores de uma célula fotovoltaica, para uma célula solar,
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11:28 - 11:32num telhado, e deixar que ela se auto-montasse numa estrutura em camadas que aproveitasse a luz solar.
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11:32 - 11:36Aqui está uma interessante para o mundo das TI:
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11:36 - 11:41bio-silício. Isto é uma diatomácea, que é feita de silicatos.
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11:41 - 11:43E o silício, que produzimos neste momento --
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11:43 - 11:49é parte do problema carcinogénico na produção dos nossos chips --
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11:49 - 11:53isto é um processo de biomineralização que está agora a ser imitado.
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11:53 - 11:57Isto é na UC de Santa Barbara. Olhem para estas diatomáceas;
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11:57 - 12:00isto é do trabalho de Ernst Haeckel.
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12:00 - 12:05Imaginem serem capazes de -- e, outra vez, isto é um processo inspirado num modelo,
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12:05 - 12:09que solidifica a partir de um processo líquido -- imaginem serem capazes de ter essa
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12:09 - 12:13espécie de estrutura a sair a uma temperatura ambiente.
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12:13 - 12:16Imaginem serem capazes de fazer lentes perfeitas.
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12:16 - 12:21À esquerda, temos um ofiuro, está coberto por lentes
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12:21 - 12:24que as pessoas da Lucent Technologies descobriram
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12:24 - 12:26que não têm nenhuma distorção.
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12:26 - 12:29É uma das lentes sem distorção que nós conhecemos.
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12:29 - 12:32E há muitas delas, pelo seu corpo.
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12:32 - 12:35O que é interessante, mais uma vez, é que se auto-montam.
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12:35 - 12:39Uma mulher chamada Joanna Aizenberg, na Lucent,
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12:39 - 12:43está agora a aprender a fazer isto para um processo a baixas temperaturas para criar
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12:43 - 12:47este tipo de lentes. Ela está também a procurar fibras ópticas.
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12:47 - 12:50Esta é uma esponja do mar que tem fibra óptica.
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12:50 - 12:53Na base da sua estrutura, está a fibra óptica
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12:53 - 12:56que, na verdade, funciona melhor que a nossa, a mover a luz.
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12:56 - 13:02mas podem fazer um nó com elas; são incrivelmente flexíveis.
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13:02 - 13:06Aqui está oura grande ideia: CO2 como alimento para animais.
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13:06 - 13:09Um indivíduo chamado Geoff Coates, na Cornell, disse para si próprio,
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13:09 - 13:13sabem, as plantas não olham para o CO2 como o maior veneno do nosso tempo.
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13:13 - 13:16Nós vemo-lo dessa forma. As plantas estão ocupadas em fazer grandes cadeias
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13:16 - 13:22de amido e glicose, certo, a partir de CO2. Ele descobriu uma forma --
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13:22 - 13:25ele encontrou um catalizador, ele descobriu uma maneira de tirar o CO2
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13:25 - 13:29e fazer policarbonatos. Plásticos bidegradáveis
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13:29 - 13:31a partir de CO2 -- como as plantas gostam.
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13:31 - 13:34Transformações solares: a mais excitante.
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13:34 - 13:38Há pessoas que estão a imitar o dispositivo de colheita de energia
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13:38 - 13:42dentro de bactérias roxas, as pessoas da ASU. Ainda mais interessante,
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13:42 - 13:45ultimamente, nas duas últimas semanas, as pessoas têm visto
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13:45 - 13:50que há uma enzima chamada hidrogenase que é capaz de reduzir
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13:50 - 13:54moléculas de hidrogénio com protões e electrões. E consegue oxidar o hidrogénio --
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13:54 - 13:59basicamente o que acontece numa célula de combustível, no ânodo de uma célula de combustível
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13:59 - 14:01e numa célula de combustível invertida.
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14:01 - 14:04Nas nossas células de combustível, nós fazemos isso com platina.
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14:04 - 14:08A vida faz isso com o comum ferro.
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14:08 - 14:12E uma equipa acabou de conseguir imitar
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14:12 - 14:17essa hidrogenase que faz malabarismo com hidrogénio.
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14:17 - 14:19Isto é muito excitante para as células de combustível --
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14:19 - 14:22ser capaz de o fazer sem platina.
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14:22 - 14:27O poder da forma: aqui está uma baleia. Nós vimos que as barbatanas desta baleia
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14:27 - 14:30têm tubérculos nelas. E essas pequenas protuberâncias
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14:30 - 14:35na verdade aumentam a eficiência, por exemplo,
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14:35 - 14:40nas arestas de um avião -- aumentam a eficiência em cerca de 32 por cento.
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14:40 - 14:42Que é uma poupança incrível de combustível fóssil,
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14:42 - 14:47se fôssemos colocá-las numa aresta de uma asa.
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14:47 - 14:51Pintar sem pigmentos: este pavão cria cor com forma.
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14:51 - 14:54A luz passa, bate nas camadas;
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14:54 - 14:57chama-se interferência em películas finas. Imaginem serem capazes
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14:57 - 15:00de auto-montar produtos em que as últimas camadas
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15:00 - 15:04brincam com a luz para criar cor.
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15:04 - 15:09Imaginem serem capazes de criar uma forma na parte exterior de uma superfície,
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15:09 - 15:14de forma a que esta fosse auto-lavável com água. É isso que uma folha faz.
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15:14 - 15:16Vêem esta imagem ampliada?
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15:16 - 15:19É uma bolha de água, e aquelas são partículas de sujidade.
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15:19 - 15:22E esta é uma imagem ampliada de uma folha de lótus.
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15:22 - 15:27Há uma empresa que está a fazer um produto chamado Lotusan, que imita --
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15:27 - 15:31quando a tinta da fachada do edifício seca, imita os altos
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15:31 - 15:36de uma folha que se limpa a ela própria, e a chuva limpa o edifício.
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15:36 - 15:42A água vai ser nosso grande, enorme desafio:
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15:42 - 15:44acabar com a sede.
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15:44 - 15:47Aqui estão dois organismos que recolhem água.
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15:47 - 15:51Aquele à esquerda é o escaravelho do Deserto da Namíbia que tira água do nevoeiro.
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15:51 - 15:54Aquele à direita é o bicho de conta -- tira a água do ar.
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15:54 - 15:57Não bebe água fresca.
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15:57 - 16:04Recolher água do nevoeiro de Monterey e do ar húmido de Atlanta,
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16:04 - 16:08antes que chegue a um edifício, são tecnologias chave.
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16:08 - 16:12As tecnologias de separação vão ser extremamente importantes.
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16:12 - 16:16E se disséssemos, não às explorações mineiras?
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16:16 - 16:22E se separássemos os metais dos riachos de resíduos --
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16:22 - 16:26pequenas quantidades de metais na água? É o que os micróbios fazem,
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16:26 - 16:28eles fazem a quelação de metais da água.
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16:28 - 16:31Há uma empresa aqui em S. Francisco chamada MR3
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16:31 - 16:37que está a incorporar a imitação das moléculas de micróbios em filtros
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16:37 - 16:40para extrair minérios de riachos de resíduos.
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16:40 - 16:44A química verde é química com água.
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16:44 - 16:46Nós fazemos química em solventes orgânicos.
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16:46 - 16:50Esta é uma fotografia de glândulas fiandeiras de uma aranha, OK,
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16:50 - 16:53e a teia a ser formada a partir de uma aranha. Não é bonito?
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16:53 - 17:01A química verde está a substituir a indústria química com o livro de receitas da natureza.
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17:01 - 17:06Não é fácil, porque a vida usa
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17:06 - 17:10só um subgrupo dos elementos da tabela periódica.
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17:10 - 17:14E nós usamos todos eles, mesmo os tóxicos.
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17:14 - 17:19Descobrir as receitas elegantes que pegariam no pequeno subgrupo
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17:19 - 17:25da tabela periódica, e criar materiais miraculosos como aquela célula,
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17:25 - 17:27é a tarefa da química verde.
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17:27 - 17:31Degradação com o tempo: a embalagem é boa
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17:31 - 17:35até não a quererem mais, e dissolve-se quando quisermos.
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17:35 - 17:38Aqui está um mexilhão que podem encontrar nas águas por aqui.
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17:38 - 17:42E os fios que os seguram às rochas têm uma validade -- aos dois anos de idade,
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17:42 - 17:44eles começam a dissolver-se.
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17:44 - 17:47Curar: esta é boa.
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17:47 - 17:50Aquele pequeno indivíduo ali é um tardígrado.
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17:50 - 17:56Há um problema com as vacinas por todo o mundo
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17:56 - 17:59não chegam aos pacientes. E a razão é que
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17:59 - 18:03a refrigeração não se sabe como, é interrompida;
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18:03 - 18:05a chamada "cadeia fria" é interrompida.
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18:05 - 18:08Um homem chamado Bruce Rosner olhou para o tardígrado --
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18:08 - 18:14que seca completamente, e ainda assim permanece vivo durante meses
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18:14 - 18:17e meses e meses, e é capaz de se regenerar.
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18:17 - 18:20E ele foi capaz de secar vacinas --
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18:20 - 18:24embalá-las no mesmo tipo de cápsulas de açúcar
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18:24 - 18:27como o tardígrado faz com as suas células --
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18:27 - 18:32o que significa que as vacinas não precisam de ser refrigeradas.
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18:32 - 18:36Elas podem ser colocadas no porta-luvas, OK.
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18:36 - 18:41Aprender a partir dos organismos. Esta é uma sessão acerca da água --
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18:41 - 18:44aprender acerca de organismos que sobrevivem sem água,
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18:44 - 18:51para criar uma vacina que dura e dura e dura sem refrigeração.
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18:51 - 18:54Eu não vou chegar à ideia número 12.
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18:54 - 18:58Mas o que eu vou fazer é dizer-vos que a coisa mais importante,
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18:58 - 19:03para além de todas estas adaptações, é o facto de que estes organismos
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19:03 - 19:08descobriram uma forma de fazerem as coisas maravilhosas que fazem
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19:08 - 19:11enquanto tomam conta do sítio
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19:11 - 19:16que vai tomar conta dos seus descendentes.
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19:16 - 19:19Quando eles estão envolvidos em preliminares,
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19:19 - 19:22eles estão a pensar em algo muito, mas muito importante,
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19:22 - 19:26e que é que o seu material genético
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19:26 - 19:31se mantenha, 10000 gerações a partir de agora.
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19:31 - 19:33E isso significa encontrar uma maneira de fazer o que eles fazem
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19:33 - 19:37sem destruir o lugar que vai tomar conta dos seus descendentes.
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19:37 - 19:40Este é o maior desafio de design.
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19:40 - 19:46Felizmente, há milhões e milhões de génios
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19:46 - 19:49dispostos a presentear-nos com as suas melhores ideias.
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19:49 - 19:52Boa sorte a conversarem com eles.
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19:52 - 19:53Obrigada.
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19:53 - 20:07(Aplausos)
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20:07 - 20:11Chris Anderson: Falando de preliminares, eu -- nós precisamos que apresente as 12, mas mesmo rápido.
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20:11 - 20:12Janine Benyus: A sério?
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20:12 - 20:15CA: Sim. Só que, sabe, a versão de 10 segundos
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20:15 - 20:18da 10, 11 e 12. Porque nós -- os seus slides são tão lindos,
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20:18 - 20:20e as ideias são tão grandes, que eu não suporto deixá-la ir embora
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20:20 - 20:22sem ver a 10, 11 e 12.
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20:22 - 20:26JB: OK, sendo assim -- OK, eu vou só segurar nisto. Ok, óptimo.
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20:26 - 20:29OK, então esta foi sobre a cura.
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20:29 - 20:32Sentir e responder: o feedback é muito importante.
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20:32 - 20:36Este é um gafanhoto. Podem haver 80 milhões deles por quilómetro quadrado,
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20:36 - 20:39e mesmo assim eles não colidem uns com os outros.
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20:39 - 20:44E ainda assim nós temos 3.6 milhões de colisões entre carros por ano.
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20:44 - 20:46(Gargalhadas)
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20:46 - 20:50Certo. Há uma pessoa em Newcastle
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20:50 - 20:53que descobriu que é devido a um neurónio muito grande.
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20:53 - 20:56E ela está, de facto, a perceber como fazer
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20:56 - 20:58um circuito que evite colisões
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20:58 - 21:02baseado neste grande neurónio do gafanhoto.
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21:02 - 21:04Esta é grande e importante, número 11.
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21:04 - 21:06E é cultivar a fertilidade.
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21:06 - 21:10Isso significa, vocês sabem, aumento da fertilidade agrícola.
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21:10 - 21:14Nós deveríamos estar a aumentar a fertilidade. E, oh sim -- teríamos comida, também.
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21:14 - 21:19Porque nós temos de aumentar a capacidade deste planeta
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21:19 - 21:22de criar mais e mais oportunidades para a vida.
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21:22 - 21:24E realmente, é o que os outros organismos fazem também.
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21:24 - 21:27No conjunto, é o que todos os ecossistemas fazem:
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21:27 - 21:30eles criam mais e mais oportunidades para a vida.
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21:30 - 21:33A nossa agricultura tem feito o contrário.
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21:33 - 21:37Então, uma agricultura baseada na forma como um prado gere o solo,
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21:37 - 21:41uma pecuária baseada na maneira como uma manada nativa não-regulada
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21:41 - 21:43efectivamente melhora a saúde do pasto.
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21:43 - 21:48Até o tratamento das águas residuais baseadas em como um pântano
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21:48 - 21:50não só purifica a água
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21:50 - 21:54mas também cria uma produtividade borbulhante e incrível.
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21:54 - 21:58Este é apenas o resumo de design. Quero dizer, parece simples
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21:58 - 22:03porque o sistema, ao longo de 3.8 mil milhões de anos, resolveu isto.
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22:03 - 22:08E isso quer dizer, aqueles organismos que não foram capazes de descobrir
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22:08 - 22:12como melhorar ou tornar os seus lugares mais agradáveis,
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22:12 - 22:15não estão aí para nos falarem disso.
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22:15 - 22:18Essa é a décima segunda.
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22:18 - 22:22A vida -- e este é o truque secreto; este é o truque mágico --
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22:22 - 22:26a vida cria condições que conduzem à vida.
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22:26 - 22:30Gere o solo, limpa o ar, limpa a água,
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22:30 - 22:33mistura o cocktail de gases que vocês e eu precisamos para viver.
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22:33 - 22:39E faz isso ao mesmo tempo que vai tendo óptimos preliminares
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22:39 - 22:45e vai de encontro às suas necessidades. Então não é mutuamente exclusiva.
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22:45 - 22:48Nós temos de encontrar uma maneira de ir ao encontro das nossas necessidades,
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22:48 - 22:54enquanto fazemos deste lugar um Éden.
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22:54 - 22:55CA: Janine, muito obrigada.
-
22:55 - 22:56(Aplausos)
- Title:
- Biomimética — As lições surpreendentes dos engenheiros da Natureza
- Speaker:
- Janine Benyus
- Description:
-
Nesta inspiradora apresentação acerca dos recentes desenvolvimentos em biomímica, Janine Benyus mostra exemplos animadores nos quais a natureza já está a influenciar os produtos e sistemas que construímos.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 22:55
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Biomimicry's surprising lessons from nature's engineers | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Biomimicry's surprising lessons from nature's engineers | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Biomimicry's surprising lessons from nature's engineers | ||
Ana Sofia Pinho added a translation |