A história e contação oral de histórias dos nativos norte-americanos | Seth Fairchild | TEDxSMU
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0:17 - 0:21As gerações mais velhas
estão começando a morrer. -
0:22 - 0:23Olhos que testemunharam
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0:23 - 0:27o período mais transformador
da história da humanidade -
0:27 - 0:29estão indo descansar.
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0:29 - 0:31Para os nativos norte-americanos,
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0:31 - 0:34eles são as testemunhas
dos movimentos dos direitos civis, -
0:34 - 0:35de iniciativas de internatos,
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0:35 - 0:39e não tão distantes
dos esforços de relocalização. -
0:42 - 0:46Seleah Pistubbee nasceu em 1899.
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0:46 - 0:47Aos quatro anos de idade
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0:47 - 0:51ela se inscreveu oficialmente
no Dawes Roll para ser, -
0:51 - 0:53aos olhos do governo federal,
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0:53 - 0:55uma nativa norte-americana.
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0:55 - 0:58Seu sobrenome, Pistubbee, é a
combinação de duas palavras choctaw: -
0:58 - 1:00"pisa", que significa ver,
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1:00 - 1:04e "tubbee", que significa matar,
ou "abi", que significa matar. -
1:04 - 1:08Seu nome significa literalmente
Seleah "ver e matar". -
1:09 - 1:12Seleah faleceu em 1988.
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1:12 - 1:14Ela era minha bisavó.
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1:16 - 1:18Minha avó, Belvia Mintz,
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1:18 - 1:21está nesta foto,
em frente ao seu internato, -
1:21 - 1:24Chilocco Indian Academy.
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1:25 - 1:26Ao olhar para essas duas fotos,
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1:26 - 1:28penso imediatamente em duas coisas.
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1:28 - 1:33A primeira é que eu não estaria aqui
sem essas mulheres maravilhosas; -
1:33 - 1:37de maneira muito real,
estou vivendo o legado delas. -
1:38 - 1:42A segunda é que,
mesmo vendo o rosto delas -
1:42 - 1:44e sabendo que elas existiram,
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1:45 - 1:47o mundo jamais ouvirá
a voz delas novamente. -
1:48 - 1:51Tenho uma filhinha em casa
e um filho a caminho, -
1:51 - 1:53e não consigo nem dizer
como seria importante -
1:53 - 1:55que eles pudessem ouvir as histórias delas
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1:55 - 1:58contadas não por mim,
mas pelos lábios delas, -
1:58 - 2:01e ver seus olhos brilharem ao falar
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2:01 - 2:03sobre como era ser nativo
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2:03 - 2:07em um mundo onde isso nem sempre é bom.
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2:07 - 2:10Mesmo sendo especial e única para mim,
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2:10 - 2:12essa história não é única
para nossa tribo. -
2:12 - 2:15Scott Wesley, que também
trabalha nesse projeto, -
2:15 - 2:17tinha um ano de idade nessa foto
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2:17 - 2:23com seu bisavô, Bennet Wesley,
e seu avô, Otis, que já faleceram. -
2:24 - 2:30Costuma-se dizer que toda vez que um idoso
morre, uma biblioteca se queima com ele. -
2:30 - 2:32Parece que toda semana,
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2:32 - 2:34ouvimos sobre outro idoso da tribo,
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2:34 - 2:37um primeiro orador, que faleceu.
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2:37 - 2:41E com eles, todo o conhecimento
que a experiência de vida os ensinou. -
2:42 - 2:44Então por que fazemos este projeto?
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2:45 - 2:48Primeiro, para podermos relembrar.
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2:49 - 2:53Se você não conhece sua história,
está condenado a repeti-la. -
2:55 - 2:56Como muitos sabem,
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2:56 - 3:00ver a história dos nativos
norte-americanos aqui nos EUA -
3:00 - 3:04nem sempre é algo alegre ou positivo.
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3:04 - 3:06Mas há momentos felizes,
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3:06 - 3:09momentos incríveis que podemos capturar.
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3:09 - 3:11Não sei quantos de vocês sabem,
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3:11 - 3:15mas Choctaws eram os codificadores
originais na Primeira Guerra Mundial. -
3:16 - 3:21Em 1917, quando foram convocados
para lutar com as forças dos Aliados, -
3:21 - 3:24nem mesmo eram cidadãos
dos Estados Unidos. -
3:25 - 3:29Tobias Frazier era um dos codificadores.
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3:29 - 3:33Tivemos a oportunidade de visitar
sua filha, Ruth Frazier McMillan, -
3:33 - 3:36e conversar sobre ele.
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3:36 - 3:38Quero passar esse vídeo para vocês.
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3:39 - 3:45(Vídeo) Ruth: Eu soube que papai tinha ido
para a guerra por causa de um ferimento. -
3:46 - 3:48Ele tinha uma ferida enorme na perna.
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3:48 - 3:51Eu disse: "Dói, papai? Doeu?"
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3:51 - 3:54Ele disse: "Eu me machucava
mais no futebol". -
3:54 - 3:58Era o que ele sempre dizia quando
eu perguntava: "Não, não doeu". -
3:58 - 4:03Eu disse: "O que você
achou de sair daqui?" -
4:03 - 4:07Era um lugarzinho bem pequeno,
bem naquela roça ali. -
4:07 - 4:10Ele pegou um trem até a costa leste,
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4:10 - 4:14e disse que era uma maravilha,
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4:14 - 4:18com os olhos arregalados vendo
coisas que nunca tinha visto. -
4:18 - 4:19Era isso.
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4:19 - 4:21Não perguntei se ele ficava mareado.
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4:21 - 4:23A filha dele ficava e imaginei
se ele também. -
4:23 - 4:26Queria ter perguntado...
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4:26 - 4:29e ele disse que...
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4:29 - 4:33ele falava sobre os franceses
quando chegou lá, -
4:33 - 4:35como a recepção deles foi maravilhosa.
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4:36 - 4:40Eles ficaram curiosos com seu cabelo;
acharam que seria encaracolado, -
4:40 - 4:42e queriam tocá-lo.
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4:42 - 4:45Ele teve que tirar o boné
para verem que era liso. -
4:45 - 4:47Liso, liso.
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4:48 - 4:51Mas ele disse que as pessoas
eram maravilhosas. -
4:52 - 4:55A França estava sendo muito
atacada naquela época, -
4:55 - 5:00então eles ficaram muito felizes
de alguém ter vindo para ajudar. -
5:04 - 5:07Infelizmente, Ruth faleceu há dois anos,
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5:08 - 5:11e gostaria de dedicar
esse projeto e essa palestra -
5:11 - 5:14à sua memória e à sua honra.
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5:16 - 5:20Enquanto vejo esse vídeo e me lembro
de estar sentado com ela naquele dia, -
5:20 - 5:25não consigo expressar como fico feliz
em saber que daqui a 500 anos, -
5:26 - 5:30nossos filhos, netos e bisnetos
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5:30 - 5:33poderão ouvir a voz dela
e ver seus olhos brilharem -
5:33 - 5:36quando ela fala sobre
esse herói do nosso povo, -
5:36 - 5:38mas que, para ela,
era apenas o papai dela. -
5:40 - 5:43O segundo motivo de fazermos isso
é para podermos olhar para o futuro. -
5:43 - 5:46Se falharmos em passar
esse conhecimento geracional, -
5:47 - 5:50faremos uma grande injustiça
não apenas à nossa tribo, -
5:50 - 5:53mas faremos um desserviço
aos nossos filhos e netos. -
5:53 - 5:57Recentemente, pude conversar
com um jovem choctaw em Oklahoma, -
5:57 - 5:58chamado Brenner Billy,
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5:58 - 6:00que teve um filho há pouco tempo.
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6:01 - 6:04O nome do meio de seu filho é Ahina,
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6:05 - 6:09que em choctaw significa guardião
ou alguém que fica ao seu lado, -
6:09 - 6:10como um irmão mais velho,
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6:10 - 6:12e foi um nome muito apropriado,
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6:12 - 6:16pois a família Billy há muito tempo
é guardiã de nossa cultura. -
6:16 - 6:20Eles transmitiram nossos cantos,
nossas músicas e danças -
6:20 - 6:22da maneira que foram ensinados.
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6:22 - 6:27Perguntei para Brenner: "Se pudesse
transmitir um conselho para seu filho, -
6:27 - 6:31que ele guardaria pra sempre, qual seria?"
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6:31 - 6:33Quero mostrar para vocês.
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6:34 - 6:37(Vídeo) Brenner: Nunca deixe de aprender.
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6:37 - 6:40Tudo o que fazemos como choctaws
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6:40 - 6:43nós aprendemos e nunca
deixamos de aprender. -
6:43 - 6:49Para ter sucesso ou mais conhecimento,
precisamos continuar aprendendo, -
6:49 - 6:52e precisamos continuar aprendendo
não só com a nossa família, -
6:52 - 6:54mas com outras famílias também.
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6:54 - 6:57Pois temos nosso senso de conhecimento,
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6:57 - 7:01mas também podemos nos aventurar
onde algumas coisas se relacionam conosco. -
7:01 - 7:03E eu diria para nunca deixar de aprender,
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7:03 - 7:05sempre lembrar,
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7:05 - 7:10sempre exercitar sua herança.
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7:10 - 7:15Provavelmente essa é uma das coisas
que mais determina nossa identidade, -
7:15 - 7:20que me faz ser um choctaw,
tanto quanto me faz parecer um choctaw, -
7:20 - 7:25em vez de usar roupas típicas, sou tão
choctaw como quando estou sem elas. -
7:25 - 7:28E é algo que não posso tirar,
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7:28 - 7:32é algo que sou eu.
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7:32 - 7:35Eu daria ao meu filho o seguinte conselho:
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7:35 - 7:38"Nunca se afaste de sua cultura.
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7:38 - 7:40Ela sempre estará lá,
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7:40 - 7:43sempre será o que mantém
você autêntico, -
7:43 - 7:47e mantém você e seu povo sendo choctaws
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7:47 - 7:50e é algo que nada, ninguém
pode tirar de você". -
7:54 - 7:58Dizem que nativos norte-americanos
não são pensadores lineares, -
7:58 - 8:01que pensamos de forma circular.
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8:01 - 8:05Temos uma perspectiva mais holística
da vida e de tudo o que fazemos. -
8:05 - 8:07E a beleza do círculo
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8:07 - 8:11é que, enquanto se pode olhar
para trás e para frente, -
8:11 - 8:14também se pode olhar para os lados,
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8:14 - 8:16para as pessoas próximas a você.
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8:16 - 8:18O Movimento dos Direitos Civis
foi um período -
8:18 - 8:22em que as pessoas pararam
de olhar só para dentro de seu círculo -
8:22 - 8:26e começaram a olhar para
outros círculos, outras raças. -
8:28 - 8:29Martin Luther King Jr
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8:29 - 8:34foi um defensor da raça
afro-americana durante esse período, -
8:34 - 8:37mas ele também foi uma voz
para os nativos norte-americanos. -
8:37 - 8:39Ao falarmos sobre o
Movimento dos Direitos Civis -
8:39 - 8:44a primeira coisa que vem à mente
é a luta por igualdade racial, -
8:44 - 8:46mas, na verdade, é mais do que isso.
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8:46 - 8:50É uma luta por direitos humanos;
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8:50 - 8:54é uma luta pela dignidade humana.
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8:55 - 8:58Acho que isso é algo
que todos podemos apoiar. -
8:58 - 9:01Recentemente pude conversar
com Olin Williams, -
9:02 - 9:05que, durante a época
de Martin Luther King Jr, -
9:05 - 9:10era um jovem choctaw morando
na reserva do Mississippi. -
9:10 - 9:14Ele contou sobre quando ouviu
Martin Luther King Jr pela primeira vez. -
9:16 - 9:19(Vídeo) Olin: Quando eu estava crescendo,
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9:19 - 9:25havia muita tensão racial,
principalmente no Sul. -
9:25 - 9:29E como eu era criança,
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9:29 - 9:31eu não entendia
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9:34 - 9:37nada que estava acontecendo na minha vida;
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9:37 - 9:41eu apenas sentia os efeitos
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9:42 - 9:45das preocupações sociais daquela época.
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9:45 - 9:48Eu não tinha um modelo;
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9:48 - 9:52eu não tinha ninguém em quem me espelhar,
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9:52 - 9:56que pudesse ter respostas
para as minhas perguntas, -
9:56 - 9:58algo que pudesse me orientar.
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9:58 - 10:00Naquela época,
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10:00 - 10:05a tecnologia não era
tão avançada como hoje, -
10:05 - 10:09então só tínhamos acesso ao rádio.
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10:10 - 10:15Ouvimos esse homem falando,
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10:17 - 10:20e ele estava falando sobre injustiça.
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10:20 - 10:24E aquilo meio que me tocou,
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10:24 - 10:29pois parecia ser o que
estávamos enfrentando, -
10:29 - 10:33e não estávamos preparados,
não sabíamos como lidar com aquilo. -
10:34 - 10:38Então, eu o ouvi e fazia sentido.
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10:38 - 10:44Eu senti que ele era alguém
que eu poderia compreender, -
10:44 - 10:46alguém que poderia me ajudar a entender
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10:46 - 10:51nem que fosse um pouquinho
sobre a luta social na época. -
10:51 - 10:54Então precisei tomar uma decisão.
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10:54 - 10:58Entendi que ele não era choctaw,
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10:58 - 11:02mas ainda assim, o princípio
que ele estava trazendo -
11:02 - 11:05também era comum aos choctaws.
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11:05 - 11:10Então, aprendi logo que a luta
não estava no exterior, -
11:10 - 11:14mas sim no interior do homem,
e era sobre isso que ele estava falando. -
11:14 - 11:18E com meu entendimento infantil,
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11:18 - 11:23comecei a compreender, a ser educado
com o que ele estava dizendo, -
11:23 - 11:29acho, então, que ele teve um grande
impacto no meu processo de pensamento. -
11:34 - 11:38Os choctaws não são o único grupo
de pessoas com histórias. -
11:38 - 11:39Essas são as histórias
-
11:39 - 11:43muito importantes para nós
como indivíduos e como tribo, -
11:44 - 11:46mas vocês têm histórias.
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11:46 - 11:48Suas famílias têm histórias.
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11:48 - 11:51Vocês vêm de uma tribo
e de um povo de algum lugar. -
11:51 - 11:53Enquanto olho para a plateia,
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11:53 - 11:55e pude conversar com muitos
de vocês hoje, -
11:55 - 11:58há tantas raças representadas aqui hoje,
-
11:58 - 12:02há tantos contextos
representados aqui hoje. -
12:02 - 12:07Então, eu quero encorajá-los
a explorar a sua história. -
12:08 - 12:11Não desejem, daqui a 20 ou 30 anos,
-
12:11 - 12:14que vocês tivessem conversado
com seus pais, seus bisavôs, -
12:14 - 12:18e que pudessem voltar no tempo,
olhar no rosto deles, ouvir a voz deles, -
12:18 - 12:22e vocês podem passar
isso para seus filhos. -
12:22 - 12:24Todas as vidas importam.
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12:24 - 12:29Todas as vidas humanas importam,
pois todas têm histórias. -
12:29 - 12:32Quero encorajá-los
a explorar sua história, -
12:32 - 12:37e, mais importante, a compartilhá-la
com o mundo ao seu redor. -
12:37 - 12:38Obrigado.
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12:38 - 12:40(Aplausos)
- Title:
- A história e contação oral de histórias dos nativos norte-americanos | Seth Fairchild | TEDxSMU
- Description:
-
Com um forte senso de identidade como um Choctaw, Seth Fairchild compartilha as entrevistas que filmou com outros membros da tribo falando sobre a história Choctaw no último século.
Ele faz parte de uma iniciativa para "reunir relatos orais de como era ser nativo norte-americano durante esse período, a partir das histórias que nos tornam únicos como pessoas nas atividades diárias que universalmente nos conectam. Usamos a tecnologia para preservar e compartilhar nossa história única e o conhecimento que obtemos com esses encontros".
Após a faculdade, Seth aceitou um cargo em sua tribo, a Nação Choctaw de Oklahoma, para trabalhar com alunos Choctaw de idades entre 6 a 18 anos, no programa Success Through Academic Recognition (STAR). Em 2011, Seth uniu forças com a recém-renovada Chahta Foundation, uma organização sem fins lucrativos intimamente associada à Nação Choctaw e cujos principais beneficiários são os Choctaws que vivem nos Estados Unidos. Neste cargo, Seth vem trabalhando diligentemente com uma pequena equipe central para construir e desenvolver a Chahta Foundation para poder atender melhor os Choctaws por meio de iniciativas inovadoras, educacionais, culturais e ligadas à saúde.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 12:45