O ensino virado para as crianças
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0:02 - 0:04Bem, aquela é uma afirmação bastante óbvia.
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0:04 - 0:07Comecei com aquela frase há cerca de 12 anos,
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0:07 - 0:10e comecei no contexto
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0:10 - 0:12dos países em desenvolvimento,
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0:12 - 0:15mas vocês estão aqui sentados de todos os cantos do mundo.
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0:15 - 0:18Então, se pensarem num mapa do vosso país,
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0:18 - 0:20penso que vão perceber
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0:20 - 0:22que para cada país na Terra,
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0:22 - 0:24podiam desenhar pequenos círculos para dizer
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0:24 - 0:27"Estes são lugares para onde os bons professores não vão."
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0:28 - 0:30Ainda por cima,
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0:30 - 0:33esses são os lugares de onde vêm os problemas.
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0:33 - 0:35Então temos um problema irónico.
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0:35 - 0:37Os bons professores não querem ir
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0:37 - 0:40apenas para aqueles lugares onde são mais necessários.
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0:40 - 0:43Comecei em 1999
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0:43 - 0:46a tentar abordar este problema com uma experiência,
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0:46 - 0:49que era uma experiência muito simples em Nova Deli.
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0:51 - 0:54Basicamente eu embuti um computador
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0:54 - 0:57num muro de um bairro de lata em Nova Deli.
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0:58 - 1:01As crianças quase não iam à escola. Não sabiam o mínimo de inglês.
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1:01 - 1:03Nunca tinham visto um computador,
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1:03 - 1:06e não sabiam o que era a Internet.
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1:06 - 1:09Fiz uma ligação de Internet a alta velocidade, a cerca de um metro do chão,
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1:09 - 1:11liguei-a e deixei-a ali.
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1:11 - 1:13Depois disto,
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1:13 - 1:16notámos algumas coisas interessantes, que vão passar a ver.
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1:16 - 1:19Mas eu fiz isto por toda a Índia
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1:19 - 1:21e depois
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1:21 - 1:23em grande parte do mundo
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1:23 - 1:25e notei
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1:25 - 1:27que as crianças vão aprender a fazer
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1:27 - 1:30aquilo que querem aprender a fazer.
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1:30 - 1:32Esta é a primeira experiência que fizemos:
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1:32 - 1:34à vossa direita um rapaz com oito anos
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1:34 - 1:37a ensinar a sua aluna, uma miúda de seis anos,
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1:37 - 1:40e ele estava a ensiná-la a navegar.
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1:41 - 1:44Este rapaz aqui no meio da Índia central,
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1:45 - 1:47isto é numa vila de Rajasthan,
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1:47 - 1:50onde os miúdos gravavam a sua própria música
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1:50 - 1:53e depois tocavam-na uns aos outros,
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1:53 - 1:55e no processo,
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1:55 - 1:57divertiram-se do princípio ao fim.
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1:57 - 1:59Fizeram tudo isto em quatro horas
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1:59 - 2:02depois de verem um computador pela primeira vez.
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2:02 - 2:05Numa outra vila no sul da Índia,
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2:05 - 2:07estes rapazes aqui
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2:07 - 2:09montaram uma câmara de filmar
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2:09 - 2:11e estavam a tentar tirar a fotografia de uma abelha.
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2:11 - 2:13Eles fizeram a transferência a partir do Disney.com,
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2:13 - 2:15ou um desses websites,
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2:15 - 2:1814 dias depois de colocar o computador na sua vila.
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2:21 - 2:23Portanto, no fim disto tudo,
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2:23 - 2:25concluímos que grupos de crianças
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2:25 - 2:28conseguem aprender a utilizar computadores e a Internet por sua conta,
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2:28 - 2:30independentemente de quem fossem
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2:30 - 2:33ou de onde estivessem.
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2:33 - 2:36Naquela altura, tornei-me um pouco mais ambicioso
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2:36 - 2:39e decidi ver
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2:39 - 2:42que outras coisas podiam as crianças fazer com um computador.
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2:42 - 2:45Começámos com uma experiência em Hyderabad, na Índia,
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2:45 - 2:48com um grupo de crianças
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2:48 - 2:51que falava inglês com um sotaque Telugu muito forte.
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2:51 - 2:53Dei-lhes um computador
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2:53 - 2:55com um interface de conversão de voz para texto,
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2:55 - 2:58que agora podem obter gratuitamente com o Windows,
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2:58 - 3:00e pedimos-lhes que falassem para o computador.
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3:00 - 3:02Quando falaram para o computador,
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3:02 - 3:04o computador escreveu palavras sem nexo,
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3:04 - 3:06então elas disseram, "Bem, isto não percebe nada do que nós estamos a dizer."
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3:06 - 3:08Então eu disse, "Pois é. Vou deixá-lo aqui durante dois meses.
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3:08 - 3:10Façam-se entender
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3:10 - 3:12para o computador."
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3:12 - 3:14Então as crianças disseram, "Como é que fazemos isso?"
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3:14 - 3:16E eu disse,
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3:16 - 3:18"Na verdade, não sei."
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3:18 - 3:20(Risos)
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3:20 - 3:22E fui-me embora.
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3:22 - 3:24(Risos)
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3:25 - 3:27Dois meses mais tarde -
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3:27 - 3:29e isto agora está documentado
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3:29 - 3:31no Jornal de Informação e Tecnologia
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3:31 - 3:33para o Desenvolvimento Internacional -
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3:33 - 3:35os sotaques tinham mudado
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3:35 - 3:38e eram notoriamente parecidos ao sotaque britânico neutro
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3:38 - 3:41para o qual eu tinha programado o sintetizador de voz para texto.
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3:41 - 3:44Por outras palavras, estavam todas a falar como o James Tooley.
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3:44 - 3:46(Risos)
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3:46 - 3:48Portanto elas conseguiram fazer aquilo sozinhas.
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3:48 - 3:50Depois disso, comecei a fazer experiências
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3:50 - 3:52com várias outras coisas
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3:52 - 3:54que elas pudessem aprender a fazer por si mesmas.
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3:54 - 3:57Uma vez recebi um telefonema interessante de Colombo,
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3:57 - 3:59do recentemente falecido Arthur C. Clarke,
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3:59 - 4:01que disse, "Quero ver o que se está a passar."
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4:01 - 4:04Ele não podia viajar, então eu fui até lá.
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4:04 - 4:06Ele disse duas coisas interessantes,
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4:06 - 4:11"Um professor que puder ser substituído por uma máquina deve sê-lo."
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4:11 - 4:13(Risos)
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4:13 - 4:15A segunda coisa que ele disse foi que,
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4:15 - 4:17"Se as crianças tiverem interesse,
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4:17 - 4:20a educação acontece."
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4:20 - 4:22E eu estava a fazer isso no terreno,
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4:22 - 4:24portanto cada vez que via isso lembrava-me dele.
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4:24 - 4:27(Vídeo) Arthur C. Clarke: E eles podem definitivamente
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4:27 - 4:29ajudar as pessoas,
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4:29 - 4:31porque as crianças aprendem rapidamente a navegar
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4:31 - 4:34e vão e encontram coisas que lhes interessam.
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4:34 - 4:37E quando se tem interesse, então tem-se educação.
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4:37 - 4:40Sugata Mitra: Levei a experiência para a África do Sul.
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4:40 - 4:42Este é um rapaz de 15 anos.
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4:42 - 4:45(Video) Rapaz: ... nomeando alguns, gosto de jogar jogos
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4:45 - 4:48por exemplo com animais,
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4:48 - 4:51e ouço música.
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4:51 - 4:53SM: E eu perguntei-lhe, "Envias emails?"
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4:53 - 4:56E ele disse, "Sim, e eles pulam através do oceano."
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4:57 - 4:59Isto é no Camboja,
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4:59 - 5:02no Camboja rural,
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5:02 - 5:05um jogo aritmético bastante simples,
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5:05 - 5:07com o qual nenhuma criança brincava dentro da sala de aula ou em casa.
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5:07 - 5:09Eles atiravam-vos o jogo.
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5:09 - 5:11Diziam, "Isto é muito aborrecido."
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5:11 - 5:13Se o deixarem no chão,
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5:13 - 5:15e se todos os adultos forem embora,
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5:15 - 5:17aí eles vão exibir-se uns aos outros
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5:17 - 5:19sobre o que são capazes de fazer.
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5:19 - 5:21Isto é o que estas crianças estão a fazer.
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5:21 - 5:24Penso que estão a tentar multiplicar.
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5:24 - 5:26E em toda a Índia,
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5:26 - 5:28ao fim de quase dois anos,
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5:28 - 5:31as crianças estavam a começar a usar o Google nos seus trabalhos de casa.
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5:31 - 5:33Como resultado, os professores reportaram
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5:33 - 5:35enormes melhorias no seu inglês,
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5:35 - 5:39(Risos)
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5:39 - 5:41rápido desenvolvimento e uma grande variedade de coisas.
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5:41 - 5:44Disseram, "Tornaram-se pensadores verdadeiramente profundos, e isto e aquilo.
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5:44 - 5:47(Risos)
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5:47 - 5:49E de facto era verdade.
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5:49 - 5:51Quero dizer, se há coisas no Google,
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5:51 - 5:54porque é que iam precisar de metê-las nas vossas cabeças?
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5:55 - 5:57Então, no fim dos quatro anos seguintes,
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5:57 - 6:00decidi que grupos de crianças conseguem navegar na Internet
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6:00 - 6:03para atingir objectivos educativos por si mesmas.
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6:03 - 6:05Nessa altura, uma grande quantidade de dinheiro
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6:05 - 6:07tinha entrado na Universidade Newcastle
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6:07 - 6:10para melhorar o ensino na Índia.
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6:10 - 6:13Então telefonaram-me de Newcastle. Disse, "Faço-o a partir de Deli."
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6:13 - 6:15Eles disseram, "Nem penses que vais controlar
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6:15 - 6:18um milhão de libras do dinheiro da Universidade
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6:18 - 6:20estando em Deli"
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6:20 - 6:22Então em 2006,
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6:22 - 6:24comprei um sobretudo
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6:24 - 6:26e mudei-me para Newcastle.
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6:27 - 6:29Queria testar os limites
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6:29 - 6:31do sistema.
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6:31 - 6:33A primeira experiência que fiz a partir de Newcastle
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6:33 - 6:35foi na realidade feita na Índia.
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6:35 - 6:38E eu defini uma meta impossível:
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6:38 - 6:41será que as crianças de 12 anos
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6:41 - 6:43que falam tamil
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6:43 - 6:46numa vila do sul da Índia
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6:46 - 6:48podem aprender sozinhas
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6:48 - 6:50biotecnologia em inglês?
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6:50 - 6:53E eu pensei, vou testá-las. Elas vão ter um zero.
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6:53 - 6:55Forneço os materiais. Volto e testo-as.
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6:55 - 6:57Elas têm outro zero.
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6:57 - 7:01Regresso e digo, "Sim, nós precisamos de professores para certas coisas."
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7:01 - 7:03Chamei 26 crianças.
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7:03 - 7:05Todas vieram e eu disse-lhes:
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7:05 - 7:07"Há coisas neste computador que são de facto bastante difíceis.
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7:07 - 7:10Não me surpreenderia se vocês não entendessem nada.
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7:10 - 7:13Está tudo em inglês, e eu vou-me embora."
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7:13 - 7:15(Risos)
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7:15 - 7:17Então deixei-as com aquilo.
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7:17 - 7:19Voltei dois meses depois,
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7:19 - 7:21e as 26 crianças entraram muito, muito caladas.
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7:21 - 7:24Eu disse, "Muito bem, olharam para alguma destas coisas?"
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7:24 - 7:26Elas disseram, "Sim, olhámos."
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7:26 - 7:29"Entenderam alguma coisa?" "Não, nada."
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7:29 - 7:31Então eu disse,
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7:31 - 7:33"Bom, quanto tempo estiveram a praticar
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7:33 - 7:35antes de decidirem que não entendiam nada?"
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7:35 - 7:38Elas disseram, "Olhámos para aquilo todos os dias."
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7:38 - 7:40Eu disse, "Estiveram durante dois meses a olhar para coisas que não entendiam?"
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7:40 - 7:42Então uma rapariga de 12 anos levantou a mão e diz,
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7:42 - 7:44literalmente,
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7:45 - 7:48"Além do facto de que a replicação imprópria da molécula do DNA
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7:48 - 7:50causar doenças genéticas,
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7:50 - 7:52não entendemos mais nada."
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7:52 - 7:54(Risos)
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7:54 - 8:01(Aplausos)
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8:01 - 8:04(Risos)
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8:04 - 8:06Precisei de três anos para publicar isto.
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8:06 - 8:09Acabou de ser publicado no Jornal Britânico de Educação e Tecnologia.
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8:09 - 8:12Um dos revisores que reviu o artigo disse,
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8:12 - 8:15"É bom demais para ser verdade,"
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8:15 - 8:17o que não foi muito agradável.
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8:17 - 8:19Bom, uma das raparigas tinha-se educado no sentido de se
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8:19 - 8:21tornar a professora.
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8:21 - 8:23E então ali está ela.
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8:31 - 8:33Lembrem-se, eles não estudam inglês.
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8:46 - 8:49Editei o último bocado quando perguntei, "Onde está o neurónio?"
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8:49 - 8:51e ela diz, "O neurónio? O neurónio?"
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8:51 - 8:54Então ela olhou e fez isto.
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8:54 - 8:57Independentemente da expressão, não foi muito agradável.
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8:57 - 9:00Assim a sua pontuação tinha subido de zero para 30 porcento.
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9:00 - 9:03que é uma impossibilidade educativa dadas as circunstâncias.
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9:03 - 9:06Mas 30 porcento não dão para passar.
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9:06 - 9:08Então eu soube que eles tinham uma amiga,
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9:08 - 9:10uma contabilista local, uma jovem,
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9:10 - 9:12com quem jogavam futebol.
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9:12 - 9:14Perguntei a essa rapariga, "Queres ensinar-lhes
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9:14 - 9:16suficiente biotecnologia para que passem?"
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9:16 - 9:18E ela disse, "Como é que eu faço isso? Eu não conheço a matéria."
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9:18 - 9:20Eu disse, "Não, usas o método da avó."
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9:20 - 9:22Ela disse, "O que é isso?"
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9:22 - 9:24Eu disse, "Bem, o que tens de fazer
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9:24 - 9:26é ficar atrás deles
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9:26 - 9:29e admirá-los o tempo todo.
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9:29 - 9:31Diz-lhes apenas, "Isso está altamente. Isso está fantástico.
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9:31 - 9:34O que é isso? Consegues fazer isso outra vez? Podes mostrar-me mais?"
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9:34 - 9:36Ela fez isso durante dois meses.
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9:36 - 9:38As pontuações subiram para 50,
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9:38 - 9:40que é o que as escolas coquetes de Nova Deli,
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9:40 - 9:43com um professor treinado em biotecnologia, estavam a conseguir.
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9:43 - 9:45Então regressei a Newcastle
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9:45 - 9:47com estes resultados
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9:47 - 9:49e decidi
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9:49 - 9:51que estava aqui a acontecer alguma coisa
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9:51 - 9:54que definitivamente estava a tornar-se muito séria.
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9:55 - 9:58Assim, tendo feito experiências em todo o tipo de lugares longínquos,
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9:58 - 10:01vim para o lugar mais distante que consegui pensar.
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10:01 - 10:03(Risos)
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10:04 - 10:07Aproximadamente a 8000 quilómetros de Deli
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10:07 - 10:09está a pequena cidade de Gateshead.
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10:09 - 10:12Em Gateshead, peguei em 32 crianças,
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10:12 - 10:15e comecei a afinar o método.
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10:15 - 10:18Organizei-as em grupos de quatro.
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10:18 - 10:20Disse, "Façam os vossos próprios grupos de quatro.
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10:20 - 10:23Cada grupo de quatro pode usar um computador e não quatro."
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10:23 - 10:26Lembram-se disto, do Buraco na Parede.
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10:26 - 10:28"Podem trocar de grupos.
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10:28 - 10:30Podem dirigir-se a outro grupo,
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10:30 - 10:32se não gostaram do vosso grupo, etc.
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10:32 - 10:35Podem ir até outro grupo, espreitar, ver o que estão a fazer,
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10:35 - 10:38voltar para o vosso próprio grupo e reivindicar o trabalho como vosso."
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10:38 - 10:40E expliquei-lhes
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10:40 - 10:43que muita investigação científica é feita usando esse método.
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10:43 - 10:45(Risos)
-
10:45 - 10:50(Aplausos)
-
10:52 - 10:54As crianças vieram entusiasticamente atrás de mim e disseram,
-
10:54 - 10:56"E agora, o que é que temos que fazer?"
-
10:56 - 10:59Dei-lhes seis perguntas de GCSE [Certificado Geral de Ensino Secundário].
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10:59 - 11:01O primeiro grupo, o melhor,
-
11:01 - 11:03resolveu tudo em 20 minutos.
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11:03 - 11:06O pior, em 45.
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11:06 - 11:08Utilizaram tudo o que conheciam:
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11:08 - 11:10grupos de notícias, Google, Wikipedia,
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11:10 - 11:12Pergunta ao Jeeves, etc.
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11:12 - 11:15Os professores disseram, "Isto é aprendizagem profunda?"
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11:15 - 11:17Eu disse, "Bem, vamos tentar.
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11:17 - 11:19Eu volto daqui a dois meses.
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11:19 - 11:21Vamos dar-lhes um teste escrito,
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11:21 - 11:23sem computadores, sem conversarem uns com os outros, etc."
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11:23 - 11:25A pontuação média quando o fiz com os computadores e os grupos
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11:25 - 11:27foi de 76 porcento.
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11:27 - 11:29Quando fiz a experiência, quando fiz o teste,
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11:29 - 11:32passados dois meses, a pontuação
-
11:32 - 11:35foi de 76 porcento.
-
11:35 - 11:37Houve memória fotográfica
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11:37 - 11:39nas crianças,
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11:39 - 11:42o que suspeito ter sido por estarem a discutir umas com as outras.
-
11:42 - 11:44Uma única criança em frente a um computador
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11:44 - 11:46não fará isso.
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11:46 - 11:48Tenho mais resultados,
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11:48 - 11:50que são quase inacreditáveis,
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11:50 - 11:52de pontuações que aumentam com o tempo.
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11:52 - 11:54Porque os seus professores dizem
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11:54 - 11:56que no final da sessão,
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11:56 - 11:59as crianças continuam a usar o Google.
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11:59 - 12:01Aqui na Grã-Bretanha, fiz um apelo
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12:01 - 12:03às avós britânicas,
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12:03 - 12:05após a minha experiência.
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12:05 - 12:07Como vocês sabem,
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12:07 - 12:09as avós britânicas são pessoas muito vigorosas.
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12:09 - 12:11200 delas ofereceram-se imediatamente.
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12:11 - 12:13(Risos)
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12:13 - 12:16O acordo foi que elas me dariam
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12:16 - 12:18uma hora de tempo de banda larga,
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12:18 - 12:20a partir das suas casas,
-
12:20 - 12:22um dia por semana.
-
12:22 - 12:24E foi isso que fizeram.
-
12:24 - 12:26E ao longo dos últimos dois anos,
-
12:26 - 12:28mais de 600 horas de instrução
-
12:28 - 12:30deram-se via Skype,
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12:30 - 12:33utilizando o que os meus alunos chamam de 'nuvem-avó'.
-
12:33 - 12:36A nuvem-avó está ali.
-
12:36 - 12:39Eu posso enviá-las para a escola que eu quiser.
-
12:45 - 12:47(Video) Professor: Não consegues apanhar-me.
-
12:47 - 12:50Agora diz tu.
-
12:50 - 12:53Não consegues apanhar-me.
-
12:53 - 12:56Crianças: Não consegues apanhar-me.
-
12:56 - 12:59Professor: Eu sou o homem de gengibre.
-
12:59 - 13:01Crianças: Eu sou o homem de gengibre.
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13:01 - 13:03Professor: Bem dito. Muito bem...
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13:09 - 13:11SM: De volta a Gateshead,
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13:11 - 13:13uma miúda de 10 anos entra em contacto com o essencial do Hinduísmo
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13:13 - 13:15em 15 minutos.
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13:15 - 13:18Enfim, coisas sobre as quais eu não sei nada.
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13:21 - 13:23Duas crianças vêem uma palestra do TED.
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13:23 - 13:25Antes elas queriam ser jogadores de futebol.
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13:25 - 13:27Depois de verem 8 palestras do TED,
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13:27 - 13:30um deles quer tornar-se em Leonardo da Vinci.
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13:30 - 13:33(Risos)
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13:33 - 13:36(Aplausos)
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13:36 - 13:38São coisas muito simples.
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13:38 - 13:40Isto é o que estou a construir agora.
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13:40 - 13:43Chamam-se SOLEs: Ambientes de Aprendizagem Auto-Organizados.
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13:43 - 13:45A mobília é desenhada
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13:45 - 13:48para que as crianças se possam sentar em frente a grandes, imponentes ecrãs,
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13:48 - 13:51grandes ligações de banda larga, mas em grupos.
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13:51 - 13:54Se eles quiserem, podem chamar a nuvem-avó.
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13:54 - 13:56Isto é a SOLE em Newcastle.
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13:56 - 13:58O mediador é da Índia.
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13:58 - 14:01Quão longe podemos ir então? Só mais um bocadinho e eu paro.
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14:01 - 14:04Fui a Turin em Maio.
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14:05 - 14:08Afastei todos os professores do meu grupo de alunos de 10 anos.
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14:09 - 14:12Eu só falo inglês, eles só falam italiano,
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14:12 - 14:14portanto não tinhamos forma de comunicar.
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14:14 - 14:17Comecei a escrever perguntas em inglês no quadro.
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14:18 - 14:20As crianças olharam para mim e disseram, "O quê?"
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14:20 - 14:22Eu disse, "Toca a fazê-lo."
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14:22 - 14:25Elas escreveram no Google, traduziram para italiano,
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14:25 - 14:27voltaram ao Google Italiano.
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14:27 - 14:3015 minutos mais tarde...
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14:37 - 14:40Próxima questão: onde fica Calcutá?
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14:42 - 14:45Para esta precisaram apenas de 10 minutos.
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14:49 - 14:52Depois tentei uma realmente difícil.
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14:52 - 14:55Quem foi Pitágoras, e o que fez ele?
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14:57 - 14:59Fez-se silêncio por um tempo,
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14:59 - 15:01depois disseram, "Escreveste mal.
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15:01 - 15:04É 'Pitagora' (em italiano)."
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15:08 - 15:10E depois,
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15:10 - 15:12em 20 minutos,
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15:12 - 15:14os triângulos rectângulos começaram a aparecer nos ecrãs.
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15:14 - 15:17Fez-me arrepios na espinha.
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15:17 - 15:19São miúdos de 10 anos.
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15:32 - 15:35Texto: Na meia hora seguinte eles iam chegar à Teoria da Relatividade. E depois?
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15:35 - 15:37(Risos)
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15:37 - 15:46(Aplausos)
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15:46 - 15:48Sabem o que aconteceu?
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15:48 - 15:50Penso que acabámos de tropeçar
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15:50 - 15:52num sistema de auto-organização.
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15:52 - 15:54Um sistema de auto-organização é aquele
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15:54 - 15:56em que a estrutura aparece
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15:56 - 15:59sem uma intervenção explícita do exterior.
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15:59 - 16:02Sistemas de auto-organização também mostram sempre ser emergentes,
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16:02 - 16:04que é quando o sistema começa a fazer coisas,
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16:04 - 16:06para as quais nunca tinha sido concebido.
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16:06 - 16:08É por isso que vocês reagem dessa maneira,
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16:08 - 16:11porque parece impossível.
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16:11 - 16:14Penso que agora posso fazer uma suposição.
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16:14 - 16:16A educação é um sistema auto-organizado,
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16:16 - 16:18onde a aprendizagem é um fenómeno emergente.
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16:18 - 16:20Vou levar alguns anos para prová-lo, experimentalmente,
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16:20 - 16:22mas vou tentar.
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16:22 - 16:25Entretanto, há um método disponível.
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16:25 - 16:28Para um bilião de crianças, precisamos de 100 milhões de mediadores
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16:28 - 16:30e há muitos mais que isso no planeta.
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16:30 - 16:3210 milhões de SOLEs,
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16:32 - 16:35180 biliões de dólares e 10 anos.
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16:36 - 16:38Podíamos mudar tudo.
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16:38 - 16:40Obrigado.
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16:40 - 16:51(Aplausos)
- Title:
- O ensino virado para as crianças
- Speaker:
- Sugata Mitra
- Description:
-
O cientista da educação Sugata Mitra aborda um dos maiores problemas desta área: os melhores professores e as melhores escolas não existem onde são mais necessários. Numa série de experiências na vida real desde Nova Deli a África até Itália, deu às crianças acesso auto-supervisionado à Internet e viu resultados que podem revolucionar a nossa forma de pensar sobre o ensino.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 16:53
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The child-driven education | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The child-driven education | ||
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Marta Pinto added a translation |