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A Flow of Wealth or a Wealth of Flows?

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    KEN WEBSTER
    Fluxo de Riquezas ou Riqueza de Fluxos?
  • 0:06 - 0:10
    A economia circular surgiu do nada
    nos últimos sete anos.
  • 0:10 - 0:12
    A União Europeia possui um pacote de economia circular,
  • 0:12 - 0:15
    o Fórum Econômico Mundial vem
    trabalhando o tema a fundo
  • 0:15 - 0:18
    e há uma grande expectativa
    vinda das cidades e do governo.
  • 0:18 - 0:19
    Em um reunião recente em Helsinki
  • 0:19 - 0:24
    havia 90 países
    e quase 1.700 representantes em um salão
  • 0:24 - 0:27
    pensando sobre a economia circular ao longo de vários dias.
  • 0:27 - 0:29
    É emocionante.
  • 0:31 - 0:33
    Na academia,
    existem centenas de artigos publicados*
  • 0:33 - 0:35
    e mais são esperados.
  • 0:35 - 0:39
    E está chegando no ensino,
    especialmente nas áreas de negócios e engenharia.
  • 0:41 - 0:42
    Acredito que questão seja:
  • 0:42 - 0:46
    por que a economia circular é tão atraente?
  • 0:50 - 0:52
    Voltemos ao básico da economia.
  • 0:53 - 0:55
    Três perguntas precisam ser respondidas:
  • 0:55 - 0:58
    O que produzir? Como produzir?
  • 0:58 - 1:00
    E quem se beneficiará?
  • 1:02 - 1:05
    Além de três perguntas,
    a economia possui três componentes principais.
  • 1:05 - 1:10
    Toda economia
    tem fluxos de materiais, energia
  • 1:10 - 1:13
    e informação - especialmente dinheiro.
  • 1:14 - 1:20
    Se olhar em um livro, verá uma imagem
    semelhante a um sistema central de aquecimento.
  • 1:22 - 1:23
    Há dois setores:
  • 1:23 - 1:26
    casas e empresas, capital e trabalho.
  • 1:27 - 1:29
    Dinheiro flui entre os dois.
  • 1:29 - 1:33
    Salários são pagos, bens são produzidos,
    a renda volta à empresa.
  • 1:35 - 1:36
    É bem simples.
  • 1:36 - 1:40
    Além disso, o governo cobra impostos
    e realiza pagamentos.
  • 1:41 - 1:43
    Consideremos também os bancos,
    que são intermediários
  • 1:43 - 1:48
    e asseguram que as poupanças
    voltem para a economia de maneira produtiva, como investimentos.
  • 1:50 - 1:54
    É como uma rede canalizada
    e é assim que muitos a entendem.
  • 1:59 - 2:04
    Acima de tudo,
    há uma expectativa de equilíbrio a longo prazo.
  • 2:04 - 2:07
    Tudo será o melhor possível
  • 2:08 - 2:10
    se a economia for eficiente.
  • 2:10 - 2:12
    É quase a história da economia:
  • 2:12 - 2:16
    torne-a eficiente, deixe que funcione e ela se resolverá sozinha
  • 2:16 - 2:18
    desde que você não interfira.
  • 2:23 - 2:26
    De Rosnay foi um pensador sistêmico.
  • 2:26 - 2:30
    Ele queria caracterizar
    uma economia existente
  • 2:30 - 2:33
    e os seus problemas.
  • 2:33 - 2:37
    O principal problema que ele identificou
    foi a falta de contexto.
  • 2:37 - 2:40
    A economia era como uma máquina
  • 2:40 - 2:45
    apoiada em reservas,
    fluxo de recursos e energia.
  • 2:45 - 2:51
    Só tocava no que precisava.
  • 2:51 - 2:55
    Ou seja, certos fatores não eram considerados.
  • 2:55 - 2:58
    Não se calculava o custo real dos recursos.
  • 2:58 - 3:02
    Não se calculava o custo real do desperdício.
  • 3:02 - 3:05
    O preço era determinado artificialmente.
    Tudo tinha um preço,
  • 3:05 - 3:09
    mas eles não compreendiam o valor,
    é o que ele dizia.
  • 3:09 - 3:14
    Ele precisava contextualizar a economia
    e olhar os recursos e fluxos materiais.
  • 3:15 - 3:17
    Vamos fazer uma pausa e pensar.
  • 3:17 - 3:21
    Joël de Rosnay criou O Macroscópio,
    que é a ideia de abandonar os detalhes.
  • 3:22 - 3:24
    Temos um microscópio para enxergar detalhes,
  • 3:24 - 3:26
    temos um telescópio
    para enxergar à distância.
  • 3:26 - 3:30
    A sua ideia era pegar um macroscópio
    e olhando a imagem completa,
  • 3:30 - 3:35
    poderíamos enxergar padrões na economia
    sem nos preocuparmos com detalhes.
  • 3:35 - 3:39
    É muito útil,
    porque se o problema da economia
  • 3:39 - 3:43
    era a falta de contexto,
    um macroscópio permite perguntar:
  • 3:43 - 3:45
    "Onde se situa uma economia?"
  • 3:45 - 3:47
    Se situa na sociedade, é claro,
  • 3:47 - 3:49
    em um ambiente.
  • 3:49 - 3:52
    E tudo isso está intimamente conectado.
  • 3:52 - 3:55
    Porque a parte do sistema
    que não é mecânica
  • 3:56 - 3:59
    é dinâmica, interdependente.
  • 4:00 - 4:04
    Ela corresponde ao que entendemos agora
    sobre o funcionamento do mundo real.
  • 4:04 - 4:09
    O mundo real funciona com a noção
    de sistemas adaptáveis complexos,
  • 4:09 - 4:13
    o que significa
    um sistema dinâmico e imprevisível,
  • 4:13 - 4:15
    mas em que muitos padrões aparecem.
  • 4:15 - 4:19
    Você pode usar os padrões
    para decidir o que fazer.
  • 4:19 - 4:21
    Mas não oferece uma resposta
  • 4:21 - 4:26
    como ter uma máquina econômica
    com alavancas faria.
  • 4:26 - 4:31
    Não existe equilíbrio a longo prazo
    em uma economia adaptável complexa.
  • 4:31 - 4:34
    Pode ser aqui, ali,
    pode dar muito certo ou não.
  • 4:34 - 4:37
    Mas não há uma suposição
    de que dará tudo certo
  • 4:38 - 4:39
    se você for apenas eficiente.
  • 4:40 - 4:44
    Para De Rosnay seria muita ingenuidade.
  • 4:45 - 4:49
    Esse tem sido um grande desafio
    para muitos economistas.
  • 4:49 - 4:55
    Para alguns, é uma jornada
    de uma visão mecanicista
  • 4:55 - 4:58
    para outra mais economicamente complexa.
  • 4:58 - 5:02
    Mas a visão geral da economia
    ainda é a de uma máquina
  • 5:02 - 5:05
    que processa recursos
    e gera crescimento econômico.
  • 5:05 - 5:08
    'É uma pena termos esses problemas
  • 5:09 - 5:13
    e é uma pena que talvez
    nossos recursos estejam acabando'.
  • 5:13 - 5:17
    Mas se tiver uma visão
    de um sistema adaptável complexo
  • 5:18 - 5:21
    pode-se trabalhar
    dentro dos padrões, dos fluxos.
  • 5:30 - 5:33
    A economia existente
    só fala de taxas de transferência.
  • 5:33 - 5:37
    Ela degrada o capital
    e opera o sistema através dele.
  • 5:37 - 5:39
    'Quanto você consegue passar?
    Você é um vencedor.'
  • 5:40 - 5:42
    Enquanto que um sistema
    adaptável complexo diria:
  • 5:42 - 5:45
    "Há um estoque, um fluxo e um retorno".
  • 5:45 - 5:50
    Para funcionar no longo prazo,
    esses três componentes deverão funcionar
  • 5:50 - 5:54
    de maneira contínua e interdependente.
  • 5:56 - 6:00
    É uma questão muito diferente
    sobre como fazer algo
  • 6:00 - 6:03
    com uma economia assim.
    Você participa, influencia,
  • 6:03 - 6:05
    mas não tem controle.
  • 6:05 - 6:08
    E também não se pode prometer às pessoas
  • 6:08 - 6:12
    que tudo funcionará bem caso se
    comportem de uma certa maneira.
  • 6:12 - 6:15
    Mas no mundo real não funciona assim.
  • 6:15 - 6:18
    Muitas pessoas ficam desconfortáveis
  • 6:18 - 6:22
    porque querem poder fazer promessas,
  • 6:22 - 6:27
    os políticos querem prometer
    um bom resultado.
  • 6:27 - 6:29
    Tudo tem que ser melhor no futuro
  • 6:30 - 6:32
    porque controlamos a máquina
    e porque vai ser.
  • 6:32 - 6:35
    É claro que todos estão nervosos.
  • 6:38 - 6:42
    Mas se não for uma máquina,
    é como uma floresta.
  • 6:42 - 6:44
    Não há como prever o que a floresta faz,
  • 6:44 - 6:49
    nela há muitos participantes
    com diversas influências.
  • 6:53 - 6:57
    É como um jardineiro dizer:
    "Quero que a planta cresça mais rápido"
  • 6:57 - 7:01
    e puxar a planta
    para ver se cresce mais rápido.
  • 7:01 - 7:05
    Não se pode fazer isso. É preciso
    estabelecer certas condições para
    a floresta,
  • 7:05 - 7:06
    para o jardim.
  • 7:06 - 7:10
    Você pode escolher onde plantar,
    fazer alguns ajustes,
  • 7:10 - 7:14
    mas não pode dizer:
    "Este será o resultado".
  • 7:14 - 7:16
    Você tem que ver o que acontecerá.
  • 7:16 - 7:18
    Se não funcionar, ajuste.
  • 7:18 - 7:20
    O que requer um pouco de humildade.
  • 7:20 - 7:22
    Algumas pessoas odeiam
  • 7:22 - 7:26
    não estar no controle.
  • 7:26 - 7:28
    Eles não querem admitir,
  • 7:28 - 7:30
    porque sentem que perdem o poder
  • 7:30 - 7:34
    se não puderem prometer
    um certo crescimento
  • 7:34 - 7:37
    em um número determinado de anos
    ou uma grande produção.
  • 7:38 - 7:42
    Há uma tensão real
    entre sermos responsáveis pela economia
  • 7:43 - 7:46
    e participarmos da economia.
  • 7:47 - 7:52
    A diferença de perspectiva é importante
  • 7:52 - 7:55
    e se estende para a noção
    da economia circular.
  • 7:58 - 8:00
    Para algumas pessoas, uma economia circular significa dizer:
  • 8:00 - 8:03
    "Certo, temos um fluxo circular
    de rendimento e gastos.
  • 8:04 - 8:06
    Como adicionamos materiais?"
  • 8:06 - 8:08
    Vamos adicionar fluxos de materiais
  • 8:08 - 8:10
    porque queremos um ciclo contínuo.
  • 8:11 - 8:13
    Mas isso é mais sobre a canalização.
  • 8:13 - 8:16
    É dizer: "Não queremos vazamentos
    nem desperdícios.
  • 8:16 - 8:19
    Queremos eliminar os resíduos por princípio,
    mas também nos assegurar de que não haja nenhum
  • 8:19 - 8:22
    e que possamos controlar o fluxo".
  • 8:25 - 8:29
    Se dissermos: "Vamos trocar a
    posse de coisas pelo acesso a elas",
  • 8:30 - 8:34
    podemos controlar produtos duráveis,
    como carros e casas,
  • 8:34 - 8:37
    e dizer: "Se quiser acesso, pague".
  • 8:37 - 8:41
    Ou seja, podemos usar recursos
    de uma forma mais econômica,
  • 8:41 - 8:42
    mais efetiva.
  • 8:44 - 8:48
    É como vender produtos
    como um serviço ou vender acesso.
  • 8:48 - 8:52
    Pode ajudar na questão econômica
    sobre recursos
  • 8:52 - 8:55
    porque está diminuindo
    o fluxo de recursos pelo sistema
  • 8:55 - 8:57
    e levando de volta.
  • 8:57 - 9:00
    Então pode diminuir o fluxo
    e completar o ciclo.
  • 9:03 - 9:05
    Mas a pergunta então é:
  • 9:05 - 9:08
    "Inserimos materiais nos canais.
  • 9:09 - 9:10
    Quem se beneficiará disto?"
  • 9:11 - 9:13
    Se adicionar materiais nos canais
  • 9:13 - 9:16
    significa uma redução de preços,
  • 9:16 - 9:19
    se mais coisas ficarem disponíveis
    a um custo menor,
  • 9:19 - 9:22
    as pessoas terão
    mais dinheiro para gastar.
  • 9:22 - 9:25
    O que irá gerar crescimento econômico
    e mais empregos.
  • 9:25 - 9:28
    10 ANOS ATRÁS
    HOJE
  • 9:28 - 9:29
    DAQUI A 10 ANOS
  • 9:30 - 9:35
    Muitas pessoas no mundo moderno
    não recebem aumento de renda.
  • 9:35 - 9:39
    Portanto isso seria uma ótima ideia, já que:
    economiza recursos e reduz o custo.
  • 9:39 - 9:42
    Mas se a renda familiar também cai,
  • 9:42 - 9:46
    significa que estão apenas
    aguentando um pouco mais.
  • 9:46 - 9:49
    É assim que uma ótima ideia
    como a economia circular,
  • 9:49 - 9:50
    vista como uma rede de canalização,
  • 9:51 - 9:55
    pode ter um efeito apenas parcial,
  • 9:55 - 9:57
    um que poderia ser melhor,
  • 9:57 - 10:00
    porque outras condições do sistema
    não mudaram.
  • 10:01 - 10:04
    Pare de buzinar, Matt!
    Não vamos a lugar algum!
  • 10:06 - 10:11
    A outra visão de uma economia circular
    é como uma floresta.
  • 10:12 - 10:13
    Existem muitos ciclos que vazam.
  • 10:13 - 10:18
    Esses ciclos significam
    que tudo o que entra e sai é alimento.
  • 10:18 - 10:22
    É útil, não está contaminado,
    não é problemático
  • 10:22 - 10:24
    e as pessoas sabem o que é.
  • 10:24 - 10:26
    E se as pessoas sabem o que é o
    material,
  • 10:26 - 10:29
    se é limpo neste sentido,
    não vai machucá-los,
  • 10:29 - 10:34
    elas acham um jeito de utilizá-lo
    para aumentar a atividade econômica.
  • 10:34 - 10:37
    É como o solo da floresta.
  • 10:37 - 10:39
    Vários materiais caem sobre o solo da floresta
  • 10:39 - 10:44
    e bilhões de criaturas se alimentam deles.
  • 10:44 - 10:49
    A única regra aparente
    é que tudo que cai na floresta
  • 10:49 - 10:52
    pode ser comido por algo.
  • 10:57 - 10:59
    Isto significa que a economia circular
  • 10:59 - 11:02
    é uma forma de gerar
    prosperidade de baixo para cima,
  • 11:02 - 11:06
    porque temos muito mais materiais,
    o acesso é ampliado
  • 11:06 - 11:09
    e o modo de uso não é determinado,
  • 11:09 - 11:12
    mas só precisa seguir
    algumas regras simples.
  • 11:12 - 11:14
    Tudo deve ser alimento para o sistema,
  • 11:14 - 11:19
    seja a biosfera ou o lado técnico
    onde fabricamos os produtos.
  • 11:20 - 11:22
    Para que volte.
  • 11:24 - 11:27
    Quando pensamos na diferença de perspectiva,
  • 11:27 - 11:30
    há uma grande diferença
    entre tentar eliminar desperdícios
  • 11:30 - 11:34
    em uma tubulação para parar o vazamento
    e manter o controle
  • 11:34 - 11:36
    e, por outro lado, Janine Benyus,
  • 11:36 - 11:38
    uma escritora na chamada biomimética,
  • 11:38 - 11:40
    diz para sermos generosos
  • 11:40 - 11:43
    porque é o que acontece em sistemas vivos.
  • 11:43 - 11:46
    É uma lição dos sistemas vivos.
  • 11:46 - 11:47
    Seja generoso. Por quê?
  • 11:47 - 11:50
    Porque para alimentar as árvores,
    é necessário alimentar a floresta.
  • 11:54 - 11:57
    Michael Braungart disse há muito tempo
    (ele é um designer e químico
  • 11:57 - 12:00
    que trabalhou
    na ideia do Cradle to Cradle,
  • 12:00 - 12:05
    a filosofia de design que permeia
    grande parte do pensamento da economia circular)
  • 12:05 - 12:08
    Ele contava uma história,
    acho que ainda conta,
  • 12:08 - 12:11
    da cerejeira.
    Por que floresce tanto na primavera?
  • 12:11 - 12:15
    Não precisamos de tantas flores reproduzindo essa árvore
    por mais de 25 anos.
  • 12:16 - 12:18
    Para que o desperdício?
  • 12:18 - 12:19
    Mas essa é uma pergunta
  • 12:19 - 12:23
    que mesmo se a árvore pudesse,
    ela não responderia.
  • 12:23 - 12:29
    A árvore floresce
    porque precisa se reproduzir.
  • 12:29 - 12:34
    Mas o que cai no chão
    e é espalhado pelo vento
  • 12:34 - 12:36
    é alimento para o sistema.
  • 12:36 - 12:40
    Então a árvore não se alimenta
    com as próprias flores que caem.
  • 12:40 - 12:44
    Não, isso é loucura,
    um pensamento muito burro.
  • 12:44 - 12:46
    Como pensou que funcionava assim?
  • 12:46 - 12:48
    Por que funcionaria assim com negócios?
  • 12:52 - 12:55
    Se você está
    em um ecossistema de negócios,
  • 12:55 - 12:58
    todos deveriam se alimentar uns dos outros
  • 13:00 - 13:02
    para aumentar o nível geral de prosperidade.
  • 13:02 - 13:06
    Isso é o básico dos sistemas efetivos.
  • 13:07 - 13:10
    Para ter um sistema efetivo,
    as coisas devem circular.
  • 13:10 - 13:12
    Se não circular, não funciona.
  • 13:12 - 13:16
    Adam Smith falou sobre isso
    há centenas de anos,
  • 13:16 - 13:17
    a grande circulação.
  • 13:18 - 13:21
    Ele insistiu que o maior problema
    da economia da época
  • 13:21 - 13:23
    era a ausência de um mercado livre.
  • 13:23 - 13:29
    Ele quis dizer que não era livre
    das pessoas que não fazem nada e ganham dinheiro.
  • 13:29 - 13:31
    Eram os locadores da época.
  • 13:31 - 13:34
    Precisávamos de livre mercado
    para que houvesse mais trocas,
  • 13:34 - 13:36
    maior circulação de riquezas.
  • 13:37 - 13:40
    É a ciência moderna
  • 13:40 - 13:43
    atualizando aspectos
    do que Adam Smith dizia:
  • 13:43 - 13:46
    em outras palavras,
    precisa-se das condições certas
  • 13:46 - 13:48
    para que o sistema
    possa maximizar as trocas
  • 13:49 - 13:55
    e as condições certas para garantir
    que ninguém atuando no mercado
  • 13:55 - 13:58
    tenha poder ilimitado.
  • 13:58 - 14:03
    Se tiverem muito poder,
    podem extrair ao invés de circular.
  • 14:03 - 14:05
    Doug Rushkoff foi muito bom nisso.
  • 14:05 - 14:10
    Ele diz que a questão anterior
    era se extraímos ou circulamos valor.
  • 14:10 - 14:15
    Um sistema efetivo é construído
    sobre a ideia da circulação,
  • 14:15 - 14:16
    e um eficiente
  • 14:16 - 14:20
    pode ser bom
    para impedir vazamento na rede,
  • 14:20 - 14:24
    mas não se preocupa em ser justo.
  • 14:25 - 14:29
    É como se a árvore se protegesse
    e dissesse: "As folhas são minhas!
  • 14:29 - 14:31
    Quero todos os nutrientes das folhas".
  • 14:32 - 14:35
    Mas depois esquece que precisa
    de mais do que os nutrientes.
  • 14:35 - 14:37
    Se fosse uma empresa,
    precisaria de clientes.
  • 14:38 - 14:40
    É um grande argumento:
  • 14:40 - 14:43
    De onde vem a renda de uma empresa?
  • 14:43 - 14:46
    Vem dos clientes.
    Clientes precisam estar bem financeiramente.
  • 14:46 - 14:49
    É preciso uma classe média
    para comprar os produtos.
  • 14:49 - 14:52
    E esperamos que os produtos
    sejam feitos do jeito certo.
  • 14:53 - 14:58
    Se não tiver clientes com dinheiro,
    vai enfrentar problemas.
  • 14:58 - 15:01
    Você pode até resolver a questão dos recursos,
  • 15:01 - 15:05
    mas se os clientes
    não tiverem poder de compra para adquirir produtos e serviços,
  • 15:05 - 15:07
    qual terá sido o seu ganho?
  • 15:07 - 15:10
    Isso está relacionado
    com a perspectiva sistêmica.
  • 15:11 - 15:15
    Uma perspectiva sistêmica
    diz que precisamos otimizar o sistema
  • 15:15 - 15:19
    para que os agentes
    tenham oportunidades
  • 15:19 - 15:22
    de melhorar a sua prosperidade
  • 15:22 - 15:27
    e assim aumentar a prosperidade de todos.
  • 15:27 - 15:31
    Pode ser óbvio o motivo de dizermos isso.
  • 15:31 - 15:34
    Mas o mundo não funciona assim agora.
  • 15:35 - 15:37
    Ele tende a ser bem extrativista.
  • 15:40 - 15:44
    O potencial de permitir
    que negócios e pessoas
  • 15:44 - 15:49
    criem a própria prosperidade
    é limitado às vezes,
  • 15:49 - 15:53
    pela falta de acesso a recursos.
  • 15:53 - 15:56
    Não há uma abundância de recursos.
  • 15:56 - 15:59
    Porque uma das formas
    de ganhar dinheiro extra
  • 15:59 - 16:01
    é através da escassez.
  • 16:02 - 16:05
    Faça com que algo se torne escasso
    e as pessoas pagarão um preço maior.
  • 16:05 - 16:07
    Ou maior do que costumam pagar.
  • 16:07 - 16:09
    Não há nada de errado com o preço.
  • 16:10 - 16:13
    Mas pagar mais caro pode significar
    que há uma escassez
  • 16:13 - 16:16
    e algumas pessoas
    podem não ter condição de comprar.
  • 16:20 - 16:23
    A grande questão e as diferentes
    visões da economia circular
  • 16:23 - 16:25
    é que é uma ótima ideia.
  • 16:26 - 16:30
    Precisamos da circulação de materiais
    e nos direcionar para energias renováveis.
  • 16:31 - 16:36
    Mas também precisamos pensar
    no tipo de circulação que construímos.
  • 16:36 - 16:39
    É como a que Janine Benyus fala?
  • 16:39 - 16:44
    Criar um ecossistema efetivo
    baseado na circulação?
  • 16:45 - 16:46
    Ou é como a rede canalizada,
  • 16:46 - 16:51
    trazendo o ciclo de materiais
    para uma economia existente?
  • 16:52 - 16:56
    Esse é um atrativo para muitas pessoas.
  • 16:57 - 17:00
    É sobre a economia existente
    e consertar a parte dos recursos?
  • 17:00 - 17:04
    Ou aponta na direção
    da transformação da economia
  • 17:04 - 17:07
    em uma economia diferente
  • 17:07 - 17:10
    baseada em aprendizados dos sistemas vivos?
  • 17:10 - 17:13
    É sobre otimizar o sistema todo?
  • 17:13 - 17:16
    Ou sobre eficiência de recursos
  • 17:16 - 17:19
    junto com a produtividade do trabalho,
  • 17:19 - 17:21
    e nada mais muda?
  • 17:25 - 17:29
    Se otimizar o sistema todo,
    trata-se da analogia que mencionei
  • 17:29 - 17:34
    sobre a ideia de que:
    "Se quer grandes árvores na floresta,
  • 17:34 - 17:37
    precisa alimentar a floresta,
    não só a árvore".
  • 17:37 - 17:41
    Um sistema saudável
    beneficia todos os envolvidos.
  • 17:42 - 17:44
    É preciso um solo fértil,
    muitos detritívoros
  • 17:44 - 17:46
    para consumirem detritos.
  • 17:46 - 17:48
    Precisa de fungos, insetos.
  • 17:48 - 17:50
    Para cada ser humano no mundo,
  • 17:50 - 17:53
    há 1,2 bilhões de insetos.
  • 17:53 - 17:58
    Se tivéssemos uma ideia real
    da pirâmide dos sistemas vivos,
  • 17:58 - 18:00
    ficaríamos maravilhados.
  • 18:04 - 18:08
    Assumimos um risco ao ignoramos isso na economia.
  • 18:08 - 18:12
    São esses bilhões de pessoas
  • 18:12 - 18:13
    que são produtivas,
  • 18:13 - 18:16
    consumidores e produtores em potencial.
  • 18:16 - 18:19
    Mas precisam participar da economia.
  • 18:19 - 18:21
    Essa é a perspectiva diferente.
  • 18:25 - 18:30
    Como permitir que as pessoas sejam produtivas
    em um sistema regenerativo,
  • 18:30 - 18:32
    acessível e abundante?
  • 18:37 - 18:40
    No momento, estamos focados
    na analogia do sistema de canalização,
  • 18:40 - 18:43
    mas muitas pessoas estão dizendo:
  • 18:43 - 18:47
    "Esta outra perspectiva é muito rica,
  • 18:47 - 18:49
    tem muito potencial".
  • 18:50 - 18:51
    MATÉRIA-PRIMA
  • 18:51 - 18:53
    ENERGIA
    PLANTAS
  • 18:53 - 18:56
    Se a pergunta for: o que é uma economia?
  • 18:57 - 18:58
    Temos que responder três coisas.
  • 18:58 - 19:01
    Nós não, os economistas têm que responder
  • 19:01 - 19:04
    e foi o que perguntei no início:
    o que produzimos?
  • 19:05 - 19:06
    Como produzimos?
  • 19:06 - 19:08
    E quem se beneficia?
  • 19:08 - 19:11
    Não podemos responder
    a essa pergunta econômica
  • 19:11 - 19:14
    só com: "Como produzimos?"
  • 19:19 - 19:20
    ELLEN MACARTHUR FOUNDATION
  • 19:20 - 19:25
    www.ellenmacarthurfoundation.org/pt
  • 19:27 - 19:30
    Filmado por Louis Hudson
    www.louiswilliamhudson.com
Title:
A Flow of Wealth or a Wealth of Flows?
Description:

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Video Language:
Metadata: Geo
Team:
Ellen MacArthur Foundation
Project:
Films
Duration:
19:31

Portuguese, Brazilian subtitles

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