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Como eu denunciei, envergonhei e encarcerei

  • 0:02 - 0:06
    Desculpem eu não poder mostrar a cara,
  • 0:06 - 0:09
    porque, se o fizer,
    os maus vêm atrás de mim.
  • 0:10 - 0:14
    A minha jornada começou há 14 anos.
  • 0:15 - 0:19
    Eu era um jovem repórter.
    Tinha acabado de sair da faculdade.
  • 0:19 - 0:21
    Então, arranjei um "furo".
  • 0:22 - 0:25
    Esse furo era uma notícia muito simples.
  • 0:25 - 0:28
    Havia agentes da polícia
    a receber subornos
  • 0:28 - 0:31
    de vendedores ambulantes
    que andavam pela rua.
  • 0:31 - 0:34
    Como jovem repórter, achei
    que devia fazer a notícia
  • 0:34 - 0:37
    de modo diferente,
    para ter um impacto maior,
  • 0:37 - 0:40
    já que toda a gente sabia
    o que se estava a passar,
  • 0:40 - 0:43
    mas não havia nada
    que o limpasse do sistema.
  • 0:44 - 0:46
    Portanto, decidi ir lá
  • 0:46 - 0:49
    e agir como um vendedor.
  • 0:50 - 0:53
    No que se refere à venda,
    consegui documentar
  • 0:53 - 0:55
    provas irrefutáveis.
  • 0:56 - 0:58
    O impacto foi grande.
  • 0:58 - 1:00
    Foi fantástico.
  • 1:01 - 1:05
    Foi o que se chama jornalismo de imersão,
  • 1:05 - 1:07
    ou jornalismo encoberto.
  • 1:07 - 1:10
    Sou um jornalista encoberto.
  • 1:11 - 1:16
    O meu jornalismo repousa
    sobre três princípios básicos:
  • 1:16 - 1:19
    denunciar, envergonhar e encarcerar.
  • 1:21 - 1:23
    O jornalismo trata de resultados.
  • 1:23 - 1:27
    Trata de afetar a nossa comunidade
    ou a nossa sociedade
  • 1:27 - 1:29
    da forma mais progressista.
  • 1:29 - 1:34
    Tenho trabalhado nisto há mais de 14 anos
  • 1:34 - 1:37
    e, digo-vos, os resultados são muito bons.
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    Uma notícia que me vem à cabeça
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    nas minhas peças encobertas
  • 1:41 - 1:43
    é "Spirit Child" [Criança espírito].
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    Era sobre crianças que nasciam
    com deformidades,
  • 1:47 - 1:50
    e os pais achavam que,
    como elas tinham nascido
  • 1:50 - 1:52
    com essas deformidades,
  • 1:52 - 1:54
    não tinham condições
    para viver na sociedade.
  • 1:54 - 1:57
    Por isso, davam-lhes uma poção qualquer
  • 1:57 - 2:00
    e, em resultado disso, elas morriam.
  • 2:00 - 2:03
    Assim, construi um bebé falso,
  • 2:03 - 2:05
    e fui à aldeia,
  • 2:05 - 2:11
    fingindo que aquele bebé
    tinha nascido com uma deformidade
  • 2:11 - 2:14
    e encontrei os tipos que os matavam.
  • 2:14 - 2:16
    Eles prepararam-se.
  • 2:16 - 2:19
    Quando se preparavam para matar,
    eu mantive a polícia alerta.
  • 2:19 - 2:22
    Chegaram naquela fatídica manhã
  • 2:22 - 2:24
    para matar a criança.
  • 2:24 - 2:29
    Recordo como eles estavam a ferver
    conscienciosamente a poção.
  • 2:29 - 2:31
    Puseram-na ao lume. Estava a ferver.
  • 2:31 - 2:34
    Estavam a preparar-se
    para a dar às crianças.
  • 2:34 - 2:37
    Enquanto isto se passava,
    os polícias que eu tinha avisado,
  • 2:37 - 2:38
    estavam à espera.
  • 2:39 - 2:42
    Quando a poção estava pronta,
  • 2:42 - 2:45
    e eles iam dá-la às crianças,
  • 2:45 - 2:47
    liguei para a polícia.
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    Felizmente eles chegaram e apanharam-nos.
  • 2:51 - 2:54
    Neste momento,
    estão a enfrentar julgamento.
  • 2:54 - 2:56
    Não se esqueçam
    dos princípios fundamentais:
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    denunciar, envergonhar e encarcerar.
  • 2:59 - 3:01
    O processo do tribunal está a decorrer
  • 3:01 - 3:03
    e de certeza que, no fim do dia,
  • 3:03 - 3:05
    vamos encontrá-los e vamos metê-los
  • 3:05 - 3:08
    no sítio a que pertencem.
  • 3:08 - 3:11
    Outra história importante
    que me vem à cabeça
  • 3:11 - 3:16
    que está relacionada com
    este fenómeno da criança espírito
  • 3:16 - 3:20
    é "O Feitiço dos Albinos".
  • 3:21 - 3:23
    De certeza que muitos de vocês
    já ouviram falar,
  • 3:23 - 3:27
    na Tanzânia, as crianças
    que nascem com albinismo
  • 3:27 - 3:31
    por vezes são consideradas
    como inadequadas
  • 3:31 - 3:34
    para viverem na sociedade.
  • 3:34 - 3:37
    Cortam-lhes pedaços do corpo com catanas
  • 3:37 - 3:40
    que, segundo parece,
    são usados para poções
  • 3:40 - 3:43
    ou poções para as pessoas
    arranjarem dinheiro
  • 3:43 - 3:47
    — são imensas as histórias
    que as pessoas contam.
  • 3:47 - 3:50
    Chegara a altura de voltar a infiltrar-me.
  • 3:50 - 3:52
    Portanto, fui disfarçado como um homem
  • 3:52 - 3:55
    que estava interessado
    nesse negócio especial.
  • 3:55 - 3:58
    Voltei a construir um braço protésico.
  • 3:58 - 4:01
    Pela primeira vez,
    filmei com câmara oculta
  • 4:01 - 4:03
    os tipos que fazem isso.
  • 4:03 - 4:07
    Eles estavam dispostos a comprar o braço
  • 4:07 - 4:08
    e estavam dispostos a usá-lo
  • 4:08 - 4:11
    para preparar
    essas poções para as pessoas.
  • 4:12 - 4:15
    Hoje sinto-me feliz por
    o governo da Tanzânia ter agido,
  • 4:15 - 4:19
    mas a questão principal
    é que o governo da Tanzânia
  • 4:19 - 4:22
    só pôde agir porque havia provas.
  • 4:23 - 4:26
    O meu jornalismo
    é arranjar provas irrefutáveis.
  • 4:27 - 4:29
    Se eu disser que vocês roubaram,
    eu mostro-vos as provas
  • 4:29 - 4:31
    de que roubaram mesmo.
  • 4:31 - 4:33
    Mostro-vos como roubaram
  • 4:33 - 4:35
    e quando, ou como usaram,
  • 4:35 - 4:37
    o que vocês roubaram e para quê.
  • 4:37 - 4:41
    Qual é a essência do jornalismo,
    se não beneficiar a sociedade?
  • 4:42 - 4:45
    O meu tipo de jornalismo
    é um produto da minha sociedade.
  • 4:48 - 4:51
    Sei que, por vezes,
  • 4:51 - 4:54
    as pessoas fazem críticas
  • 4:54 - 4:57
    ao jornalismo encoberto.
  • 4:58 - 5:02
    (Vídeo) Polícia: Ele tirou
    dinheiro dos bolsos
  • 5:02 - 5:05
    e pô-lo em cima da mesa,
  • 5:05 - 5:08
    para nós não termos receio.
  • 5:08 - 5:14
    Quer trazer o cacau e enviá-lo
    para a Costa do Marfim.
  • 5:15 - 5:17
    Então, com a minha segunda intenção,
    fiquei calado.
  • 5:17 - 5:20
    Não proferi uma palavra.
  • 5:20 - 5:22
    Mas os meus colegas não sabiam.
  • 5:22 - 5:25
    Portanto, depois de recolher o dinheiro,
  • 5:25 - 5:28
    quando ele saiu, ficámos à espera
    que ele trouxesse a mercadoria.
  • 5:28 - 5:31
    Logo depois de ele ter saído,
    eu disse aos meus colegas
  • 5:31 - 5:33
    que, como eu era o chefe do grupo,
  • 5:33 - 5:36
    disse aos meus colegas que,
    se eles viessem,
  • 5:36 - 5:38
    nós íamos prendê-los.
  • 5:38 - 5:42
    Segundo polícia:
    Nem sequer conheço esse lugar.
  • 5:42 - 5:43
    Nunca lá fui.
  • 5:43 - 5:45
    Portanto, estou admirado.
  • 5:45 - 5:50
    Estão a ver uma mão a contar dinheiro
    mesmo à minha frente.
  • 5:50 - 5:53
    No momento seguinte,
    vemos o dinheiro nas minhas mãos,
  • 5:53 - 5:57
    a contar, embora eu não tenha entrado
    em contacto com ninguém.
  • 5:57 - 5:59
    Não fiz nenhum negócio com ninguém.
  • 5:59 - 6:02
    Repórter: Quando o Metro News
    contactou o repórter de investigação,
  • 6:02 - 6:04
    Anas Aremeyaw Anas,
    para saber a sua reação,
  • 6:04 - 6:06
    ele apenas sorriu
    e deu este extrato de vídeo
  • 6:06 - 6:10
    que ele não usou no documentário
    que foi exibido há pouco tempo.
  • 6:11 - 6:14
    O polícia que tinha negado
    o seu envolvimento
  • 6:14 - 6:17
    agarra numa calculadora para calcular
    a quantidade de dinheiro
  • 6:17 - 6:20
    que vão cobrar sobre o cacau
    que vai ser contrabandeado.
  • 6:21 - 6:24
    AAA: Foi mais uma história
    sobre anticorrupção.
  • 6:24 - 6:26
    E aqui estava ele, a negar.
  • 6:26 - 6:28
    Mas veem, quando temos provas sólidas,
  • 6:28 - 6:31
    podemos afetar a sociedade.
  • 6:31 - 6:33
    Por vezes são estes
    cabeçalhos que aparecem.
  • 6:33 - 6:35
    [Hei de condenar Anas à morte]
  • 6:35 - 6:37
    [Anas Mente]
  • 6:38 - 6:41
    [Alarme Soa depois da Notícia
    de Anas sobre Dinheiro]
  • 6:41 - 6:44
    [Denunciada Agenda Contra
    Altos Funcionários do CEPS]
  • 6:44 - 6:47
    [Anas Funciona com Poderes Invisíveis?]
  • 6:47 - 6:50
    [Governo Vacila com o Vídeo de Anas]
  • 6:50 - 6:52
    [Caça ao Caçador]
  • 6:52 - 6:55
    [Anas 'Suborna' Homens no Tribunal]
  • 6:55 - 7:00
    [Rolam 15 Cabeças com Fita de Anas]
  • 6:59 - 7:03
    [Ministro das Finanças Apoia Anas]
  • 7:03 - 7:06
    [11 Inquéritos sobre a Notícia de Anas]
  • 7:07 - 7:10
    [GJA ao Lado de Anas]
  • 7:11 - 7:13
    [Pres. Mills Invade Terna Harbour
    Após Vídeo de Anas]
  • 7:14 - 7:17
    [Falecido Prof. John Evans Atta Mills:
    Antigo presidente do Gana]
  • 7:18 - 7:20
    John E. Atta Mills: O que Anas diz
  • 7:20 - 7:23
    é uma coisa que muitos de nós conhecemos,
  • 7:23 - 7:27
    mas, por favor, aqueles que são agentes,
  • 7:27 - 7:32
    e que estão a fazer cair em tentação
    os funcionários da alfândega,
  • 7:32 - 7:37
    digo-vos, o Gana não vos vai dizer
  • 7:37 - 7:39
    coisas boas sobre isto.
  • 7:39 - 7:41
    AAA: Este era o meu presidente.
  • 7:41 - 7:44
    Pensei que não podia vir aqui
  • 7:44 - 7:46
    sem vos dar qualquer coisa especial.
  • 7:46 - 7:50
    Tenho uma peça e estou entusiasmado
  • 7:50 - 7:53
    porque estou a mostrá-la
    aqui pela primeira vez.
  • 7:54 - 7:57
    Tenho estado em prisões, infiltrado.
  • 7:58 - 8:02
    Estive lá durante muito tempo.
  • 8:02 - 8:07
    E digo-vos que o que lá vi não é bonito.
  • 8:07 - 8:10
    Mas repito, só posso afetar a sociedade
  • 8:10 - 8:13
    e afetar o governo,
    se arranjar provas irrefutáveis.
  • 8:14 - 8:18
    Muitas vezes, as autoridades
    da prisão negaram
  • 8:18 - 8:20
    haver problemas
    com o uso de drogas,
  • 8:20 - 8:23
    problemas de sodomia,
    muitos problemas que eles negam
  • 8:23 - 8:25
    jamais ter acontecido.
  • 8:25 - 8:28
    Como arranjar provas irrefutáveis?
  • 8:28 - 8:31
    Portanto, estive na prisão.
  • 8:31 - 8:33
    [Prisão Nsawan]
  • 8:32 - 8:36
    O que estão a ver
    é uma pilha de cadáveres.
  • 8:36 - 8:40
    Acontece que eu acompanhei um dos presos,
  • 8:40 - 8:44
    um dos meus amigos, desde a sua cama
    de doente até à sua morte,
  • 8:44 - 8:47
    e digo-vos que não foi nada bonito.
  • 8:47 - 8:51
    Havia a questão de nos servirem
    comida estragada.
  • 8:52 - 8:56
    Recordo que alguns dos alimentos que comi
  • 8:56 - 8:58
    não era boa para um ser humano.
  • 9:00 - 9:03
    Instalações sanitárias: muito más.
  • 9:05 - 9:09
    Ou seja, tínhamos que ir para a bicha,
    para arranjar sanitários limpos
  • 9:09 - 9:11
    e isto é aquilo a que eu chamo limpo,
  • 9:11 - 9:14
    quando quatro presos estão num esgoto.
  • 9:15 - 9:18
    É uma coisa que, se contarmos a alguém,
  • 9:18 - 9:20
    ninguém acreditaria.
  • 9:20 - 9:23
    A única forma de levar
    essa pessoa a acreditar
  • 9:23 - 9:25
    é quando mostramos provas irrefutáveis.
  • 9:25 - 9:27
    Claro que as drogas eram abundantes.
  • 9:27 - 9:30
    Era mais fácil arranjar
    cannabis, heroína e cocaína,
  • 9:30 - 9:34
    mais rápido ainda, na prisão
    do que fora da prisão.
  • 9:34 - 9:38
    O mal na sociedade é uma doença grave.
  • 9:39 - 9:41
    Se temos doenças graves,
  • 9:41 - 9:43
    precisamos de arranjar remédios radicais.
  • 9:44 - 9:46
    O meu tipo de jornalismo
    pode não se ajustar
  • 9:46 - 9:49
    a outros continentes ou a outros países,
  • 9:49 - 9:52
    mas funciona na minha parte
    do continente, África,
  • 9:52 - 9:54
    porque normalmente,
    quando as pessoas falam
  • 9:54 - 9:56
    sobre corrupção, perguntam:
  • 9:56 - 9:58
    "Onde estão as provas?
    Mostre-me as provas".
  • 9:58 - 10:00
    Eu digo: "As provas estão aqui".
  • 10:00 - 10:03
    Isso tem-me ajudado a pôr muita gente
    por detrás das grades.
  • 10:04 - 10:09
    Nós, no continente, conseguimos
    contar melhor a história
  • 10:09 - 10:12
    porque enfrentamos as condições
    e vemos as condições.
  • 10:13 - 10:15
    Foi por isso que fiquei
    muito entusiasmado
  • 10:15 - 10:17
    quando lançámos
    a série "África Investiga"
  • 10:17 - 10:20
    em que investigámos
    muitos países africanos.
  • 10:20 - 10:24
    Como resultado do êxito
    da série "África Investiga",
  • 10:24 - 10:26
    vamos passar para "O Mundo Investiga".
  • 10:27 - 10:29
    No final, muitos mais tipos maus
  • 10:29 - 10:33
    do nosso continente
    serão postos atrás das grades.
  • 10:33 - 10:34
    Isto não vai parar.
  • 10:34 - 10:37
    Vou continuar com este tipo de jornalismo,
  • 10:37 - 10:41
    porque sei que,
    quando homens maldosos destroem,
  • 10:41 - 10:43
    os homens bons têm que construir e ligar.
  • 10:43 - 10:44
    Muito obrigado.
  • 10:44 - 10:48
    (Aplausos)
  • 10:54 - 10:55
    Chris Anderson: Obrigado. Obrigado.
  • 10:55 - 10:57
    Queria fazer-lhe umas perguntas.
  • 10:57 - 11:02
    Como é que foi parar à cadeia?
    Foi há poucas semanas, não foi?
  • 11:02 - 11:06
    AAA: Foi. Sabe, o anonimato
    tem que estabelecer as prioridades,
  • 11:06 - 11:09
    portanto arranjámos pessoas
    que me levaram a tribunal.
  • 11:09 - 11:11
    Passei por todo o procedimento legal,
  • 11:11 - 11:13
    porque, no final do dia,
    as autoridades prisionais
  • 11:13 - 11:16
    querem verificar
    se nós estivemos lá ou não.
  • 11:16 - 11:18
    Foi assim que eu lá entrei.
  • 11:18 - 11:20
    CA: Quer dizer, alguém o processou,
  • 11:20 - 11:23
    e levaram-no para lá e
    você esteve em prisão preventiva
  • 11:23 - 11:25
    e você fez isso propositadamente?
  • 11:25 - 11:27
    AAA: Pois foi.
  • 11:27 - 11:30
    CA: Fale-me do medo
  • 11:30 - 11:32
    e como é que geriu isso,
  • 11:32 - 11:34
    porque você está sempre
    a pôr em risco a sua vida.
  • 11:34 - 11:36
    Como é que faz isso?
  • 11:36 - 11:39
    AAA: O anonimato
    é sempre o último recurso.
  • 11:39 - 11:42
    Antes de nos infiltrarmos,
    seguimos as regras.
  • 11:42 - 11:45
    E só me sinto à vontade e não tenho medo
  • 11:45 - 11:48
    quando tenho a certeza
    de que foram dados todos os passos.
  • 11:48 - 11:50
    Não faço isto sozinho.
    Tenho uma equipa de apoio
  • 11:50 - 11:54
    que me ajuda a garantir que há segurança
    e que estão a funcionar todos os sistemas,
  • 11:54 - 11:57
    mas é preciso tomar
    decisões muito inteligentes
  • 11:57 - 11:58
    sempre que elas são necessárias.
  • 11:58 - 12:01
    Se o não fizermos,
    acabamos por perder a vida.
  • 12:01 - 12:03
    Depois de instalados os sistemas de apoio,
  • 12:03 - 12:05
    eu fico bem, entro nessa.
  • 12:05 - 12:07
    Sim, é arriscado, mas são
    os riscos duma profissão.
  • 12:07 - 12:10
    Quer dizer, toda a gente corre riscos.
  • 12:10 - 12:11
    E quando dizemos
    quais são os nossos,
  • 12:11 - 12:13
    temos que os assumir,
    quando eles aparecem.
  • 12:13 - 12:16
    CA: Você é fantasticamente humano
    e tem feito um trabalho espantoso
  • 12:16 - 12:18
    e ensinou-nos uma história
  • 12:18 - 12:21
    que, segundo creio,
    nunca ninguém tinha ouvido.
  • 12:21 - 12:25
    Apreciámos muito. Muito obrigado, Anas.
  • 12:25 - 12:26
    Obrigado. Mantenha-se seguro.
  • 12:26 - 12:29
    (Aplausos)
Title:
Como eu denunciei, envergonhei e encarcerei
Speaker:
Anas Aremeyaw Anas
Description:

O jornalista Anas Aremeyaw Anas tem publicado dezenas de notícias sobre a corrupção e o crime organizado em todo o Gana — sem nunca revelar a sua identidade. Nesta palestra (em que mantém o rosto tapado) Anas mostra terríveis cenas filmadas de algumas das suas investigações e demonstra a importância de enfrentar a injustiça.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:46
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for How I named, shamed and jailed
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António Ribeiro accepted Portuguese subtitles for How I named, shamed and jailed
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