O alimentos como remédio | Michael Greger, M.D. | TEDxSedona
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0:15 - 0:19Um toque pessoal...
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0:21 - 0:27esta é uma foto minha, tirada mais
ou menos ao mesmo tempo que a minha avó -
0:27 - 0:32foi diagnosticada com doença cardíaca
terminal e enviada para casa para morrer. -
0:33 - 0:36Ela já tinha feito tantas pontes,
que não tinha mais artérias, -
0:36 - 0:38presa à cadeira de rodas,
fortes dores no peito. -
0:38 - 0:43A vida dela estava acabada aos 65 anos.
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0:45 - 0:48Então ela ouviu falar
deste cara, Nathan Pritikin, -
0:48 - 0:51um dos pioneiros
da medicina de estilo de vida, -
0:51 - 0:54e o que aconteceu depois
é narrado na biografia de Pritikin. -
0:54 - 0:57A minha avó era uma das pessoas
"às portas da morte". -
0:57 - 1:01Frances Greger, a minha avó,
chegou numa cadeira de rodas. -
1:01 - 1:04Ela tinha doença cardíaca,
angina, claudicação. -
1:04 - 1:06A condição dela era tão ruim
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1:06 - 1:09que não podia andar sem fortes
dores no peito e nas pernas. -
1:09 - 1:11No entanto, dentro de três semanas,
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1:11 - 1:14não só estava livre da cadeira de rodas,
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1:14 - 1:17como caminhava 16 km por dia!
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1:18 - 1:22Aqui está uma foto da minha avó
no casamento do neto, -
1:22 - 1:2515 anos após os médicos
terem abandonado ela para morrer. -
1:25 - 1:30Recebeu uma sentença de morte aos 65 anos,
mas, graças à uma dieta saudável, -
1:30 - 1:35foi capaz de aproveitar mais 31 anos
neste planeta até ter 96 anos... -
1:35 - 1:38(Aplausos)
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1:39 - 1:43para curtir os seis netos, incluindo eu.
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1:43 - 1:46É por isso que entrei na área médica.
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1:46 - 1:48(Risos)
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1:48 - 1:53Anos mais tarde, quando Dr. Dean Ornish
publicou o épico ensaio sobre o coração, -
1:53 - 1:56provando, através da chamada
angiografia quantitativa, -
1:56 - 1:59que a doença cardíaca poderia
ser revertida, as artérias dilatariam, -
1:59 - 2:01sem drogas ou cirurgia,
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2:01 - 2:04apenas com um programa
de dieta e estilo de vida saudáveis, -
2:04 - 2:07eu presumi que isso seria
uma forma de mudar o jogo. -
2:07 - 2:12Minha família tinha presenciado isso,
mas aqui estava, preto no branco, -
2:12 - 2:16publicado num dos jornais médicos
mais prestigiados do mundo, -
2:16 - 2:18e no entanto nada aconteceu.
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2:18 - 2:19Eu disse: "Espere um segundo".
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2:19 - 2:23Se efetivamente a cura
para nossa doença mortal número um -
2:23 - 2:26podia perder-se e ser ignorada,
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2:26 - 2:29o que mais existe na literatura médica
que pode ajudar os meus pacientes, -
2:29 - 2:33mas que simplesmente não foi promovido
pelo orçamento de alguma empresa? -
2:33 - 2:37Bem, eu fiz desta a missão
da minha vida, descobrir isso. -
2:37 - 2:39Para os que não conhecem meu trabalho,
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2:39 - 2:43todos os anos eu leio todas as publicações
dos jornais médicos de nutrição em inglês -
2:43 - 2:47pra que pessoas ocupadas,
como vocês, não precisem fazê-lo. -
2:47 - 2:48(Risos)
-
2:48 - 2:52Depois compilo as descobertas
mais interessantes, inovadoras e práticas -
2:52 - 2:57nos meus vídeos e artigos que envio todos
os dias ao meu site NutritionFacts.org. -
2:57 - 2:59Tudo que está no site é gratuito.
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2:59 - 3:01Não há propagandas
e nem patrocínios de empresas. -
3:01 - 3:04Estritamente não-comercial.
Não vendemos nada. -
3:04 - 3:07É usado como um serviço público,
como um trabalho de amor, -
3:07 - 3:12como um tributo à minha avó.
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3:12 - 3:17Sempre há novos vídeos, novidades,
artigos de nutrição baseada em evidências. -
3:17 - 3:19Que conceito!
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3:20 - 3:22De onde Pritikin obteve as evidências?
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3:22 - 3:26Uma rede de hospitais missionários
montada na África subsariana -
3:26 - 3:29revelou o que pode ser um
dos mais importantes avanços da medicina, -
3:29 - 3:32segundo uma das figuras médicas
mais notórias do século passado, -
3:32 - 3:34Dr. Dennis Burkit,
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3:34 - 3:37o fato de que muitas das nossas
doenças mais comuns e graves, -
3:37 - 3:40como a doença cardíaca,
serem universalmente raras. -
3:40 - 3:43Na população africana
da Uganda, por exemplo, -
3:43 - 3:46a doença arterial coronariana
quase não existia. -
3:46 - 3:50Espere um segundo, nosso assassino
número um era quase inexistente? -
3:50 - 3:52O que eles comiam?
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3:52 - 3:53(Risos)
-
3:54 - 3:57Bem, eles comiam muitos vegetais,
grãos e verduras, -
3:57 - 4:03e a proteína era quase
inteiramente de fontes vegetais, -
4:03 - 4:05e os níveis de colesterol provavam isso,
-
4:06 - 4:10muito semelhantes ao que vemos
num vegetariano moderno. -
4:10 - 4:12Vocês dizem: "Espere um segundo".
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4:12 - 4:16Talvez eles apenas morressem mais cedo
e nunca chegassem a ter doença cardíaca. -
4:16 - 4:23Não. Vejam as taxas de ataque cardíaco
na mesma idade, na Uganda e em St. Louis. -
4:23 - 4:26Das 632 autópsias na Uganda,
apenas um infarte do miocárdio. -
4:27 - 4:32Em 632 autópsias correspondentes
em idade e sexo no Missouri, -
4:32 - 4:34136 infartes do miocárdio;
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4:34 - 4:37uma taxa 100 vezes maior
da nossa doença mais mortal. -
4:37 - 4:41Eles ficaram tão espantados, que fizeram
mais 800 autópsias na Uganda. -
4:41 - 4:45Havia só aquele pequeno infarte curado,
nem sequer tinha sido a causa de morte, -
4:45 - 4:50em 1.427 pacientes;
menos de um caso em mil, -
4:51 - 4:55enquanto por aqui é epidêmico.
-
4:55 - 5:01A arteriosclerose, o endurecimento
das artérias, começa na infância. -
5:01 - 5:06Aos dez anos, quase todas as crianças
com a dieta norte-americana padrão -
5:06 - 5:09já tem estrias de gorduras
se acumulando dentro das artérias, -
5:10 - 5:12a primeira fase da doença.
-
5:12 - 5:16Essas estrias se transformam
em placas quando temos 20 anos, -
5:16 - 5:21pioram aos 30, e depois
começam a nos matar. -
5:22 - 5:24No coração, chama-se ataque cardíaco;
-
5:24 - 5:27no cérebro, a mesma doença pode provocar
um acidente vascular cerebral. -
5:27 - 5:34Portanto, se há aqui alguém
com mais de dez anos... -
5:34 - 5:37(Risos)
-
5:37 - 5:41A questão não é se querem se alimentar
bem para prevenir a doença cardíaca; -
5:41 - 5:46mas se querem reverter a doença cardíaca
que provavelmente já têm, -
5:47 - 5:49quer saibam ou não.
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5:49 - 5:50Mas isso é mesmo possível?
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5:50 - 5:53Quando se estudou pessoas
com doença cardíaca, -
5:53 - 5:54elas fizeram a dieta de base vegetal
-
5:54 - 5:57das populações que não sofriam
desta epidemia cardíaca, -
5:57 - 6:00e a esperança era poder
desacelerar um pouco a doença, -
6:00 - 6:03ou mesmo pará-la.
-
6:04 - 6:07Mas em vez disso,
aconteceu algo miraculoso. -
6:07 - 6:10Ao deixarem de comer
dietas entupidoras das artérias, -
6:10 - 6:12os corpos foram capazes
de dissolver parte da placa, -
6:12 - 6:15abrindo as artérias,
mas sem remédios ou cirurgia -
6:15 - 6:18sugerindo que os corpos
sempre quiseram estar saudáveis, -
6:18 - 6:21mas nunca lhes foi dada a oportunidade.
-
6:21 - 6:26Esta incrível melhoria do fluxo sanguíneo
para o próprio músculo cardíaco -
6:26 - 6:32ocorreu após apenas três semanas
de nutrição baseada em vegetais. -
6:32 - 6:36O corpo humano é uma máquina de autocura,
-
6:36 - 6:41a não ser que você o agrida
com um garfo três vezes ao dia. -
6:41 - 6:46Claro que você pode escolher ser moderado
e agredir-se com um martelo menor... -
6:46 - 6:48(Risos)
-
6:48 - 6:51mas por que agredir-se?
-
6:51 - 6:53Isto não é nada novo.
-
6:53 - 6:56American Heart Journal, 1977,
casos como o Sr. F.W.: -
6:56 - 6:58sua doença cardíaca estava tão ruim,
-
6:58 - 7:01que ele nem conseguia
chegar à caixa de correio. -
7:01 - 7:04Começou a alimentar-se
melhor, e meses depois, -
7:04 - 7:07estava escalando montanhas, sem dores.
-
7:07 - 7:08Tudo certo?
-
7:08 - 7:10(Risos)
-
7:10 - 7:14Existe agora um novo tipo
de drogas contra a angina no mercado. -
7:14 - 7:16Custam milhares de dólares por ano,
-
7:16 - 7:20mas na dose mais alta,
podem prolongar a duração do exercício -
7:20 - 7:21apenas uns 33,5 segundos.
-
7:21 - 7:24(Risos)
-
7:24 - 7:26Parece que quem escolher os remédios
-
7:26 - 7:30não vai escalar montanhas em breve.
-
7:30 - 7:32(Risos)
-
7:32 - 7:34A nutrição de base vegetal
é mais segura e barata. -
7:34 - 7:40E pode funcionar melhor porque trata
as causas reais da doença. -
7:42 - 7:46Normalmente, falaria sobre o câncer
e outras 15 principais causas de morte, -
7:46 - 7:49falaria sobre como a alimentação
pode prevenir, parar ou reverter -
7:49 - 7:53os 15 principais assassinos,
mas o que mais você precisa saber? -
7:53 - 7:58Há apenas uma dieta já comprovada
na reversão das doenças do coração -
7:58 - 8:00na maioria dos pacientes:
dieta baseada em vegetais. -
8:00 - 8:05Portanto quando alguém tentar lhe vender
alguma dieta nova, faça-me um favor, -
8:05 - 8:06faça uma pergunta simples:
-
8:06 - 8:10"Esta dieta já foi comprovada
na reversão da doença cardíaca, -
8:10 - 8:12a razão número um pela qual
eu e meus próximos morreremos?" -
8:12 - 8:15Se a resposta for "não",
por que considerá-la? -
8:15 - 8:18Se isto é tudo o que uma dieta
vegetal pode fazer, -
8:18 - 8:21reverter a principal causa de morte
de homens e mulheres, -
8:22 - 8:26não deveria ser ela a dieta padrão
até provas em contrário? -
8:26 - 8:28O fato de poder ser útil
para prevenir, impedir ou reverter -
8:28 - 8:31outras doenças mortais
como diabetes tipo 2 e hipertensão, -
8:31 - 8:37torna o argumento de uma alimentação
de base vegetal simplesmente indiscutível. -
8:37 - 8:42A maioria das mortes
nos EUA são preveníveis -
8:42 - 8:45e relacionadas com a alimentação.
-
8:46 - 8:48Segundo o Estudo
da Carga Global de Doença, -
8:48 - 8:51a maior análise de fatores de risco
de doenças humanas, -
8:51 - 8:53financiado pela Fundação
Bill e Melinda Gates, -
8:53 - 8:58a principal causa de morte
nos EUA é a alimentação. -
8:58 - 9:04A principal causa de deficiência
nos EUA é a alimentação. -
9:04 - 9:07Deixou o tabagismo em segundo lugar,
-
9:07 - 9:11os cigarros só matam cerca de meio milhão
de norte-americanos por ano, -
9:11 - 9:16enquanto que nossa dieta
mata centenas de milhares mais. -
9:17 - 9:20Logo, se a maioria das mortes
é prevenível e relacionada com nutrição, -
9:20 - 9:24então, obviamente, a nutrição
é a principal matéria -
9:24 - 9:25ensinada nas faculdades de medicina, né?
-
9:25 - 9:27(Risos)
-
9:27 - 9:30Quero dizer, obviamente
é a principal tema -
9:30 - 9:36sobre o qual seu médico fala
em todas as consultas, certo? -
9:37 - 9:39Como pode haver esta desconexão
-
9:39 - 9:44entre a ciência e a prática da medicina?
-
9:46 - 9:49Vamos fazer um exercício de imaginação.
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9:49 - 9:55Imagine-se um fumante na década de 1950.
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9:55 - 9:57(Risos)
-
9:57 - 10:02Nessa altura, o consumo médio
de cigarros per capita -
10:02 - 10:04era de 4 mil cigarros por ano,
-
10:04 - 10:09o que significa que a pessoa "média"
fumava meio maço por dia. -
10:09 - 10:13Os meios de comunicação
diziam às pessoas para fumar. -
10:13 - 10:17Atletas famosos concordavam,
até o Papai Noel queria que você fumasse. -
10:17 - 10:19(Risos)
-
10:20 - 10:22Quero dizer, vejam isto.
-
10:22 - 10:25Quer manter-se em forma e elegante?
-
10:25 - 10:29Então, certifique-se de fumar
e comer muitos cachorros-quentes -
10:29 - 10:32e muito açúcar, para continuar magro.
-
10:32 - 10:37Bem melhor que essa maçã.
Quero dizer, como isso é possível? -
10:37 - 10:40"Sem dúvida, maçãs
lembram saúde e frescor", -
10:40 - 10:42diz uma circular da indústria tabagista,
-
10:42 - 10:44e traz "muitas possibilidades
de cigarros para jovens". -
10:44 - 10:50Queriam fazer cigarros com sabor de maçã
para as crianças. Vergonhoso! -
10:51 - 10:54"Para uma boa digestão, fume."
-
10:55 - 10:58A Phillip Morris não alegava
poderes curativos, -
10:58 - 11:03mas, ei, é melhor prevenir
do que remediar, fumem. -
11:05 - 11:09"Sopre na cara dela
e ela te seguirá por toda parte!" -
11:09 - 11:12(Risos)
-
11:17 - 11:20"Nenhuma mulher diz que não."
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11:20 - 11:23Eles são "tão redondos,
tão firmes, tão carregados". -
11:23 - 11:26(Risos)
-
11:26 - 11:31Afinal de contas, o John Wayne os fumava
até ter câncer de pulmão e morrer. -
11:32 - 11:36Nessa altura até homens
das cavernas fumavam -
11:36 - 11:38(Risos)
-
11:39 - 11:42E os médicos igualmente.
-
11:42 - 11:46Isto não quer dizer que não houvesse
controvérsia entre os médicos. -
11:46 - 11:51Alguns médicos fumavam Camels,
outros preferiam Luckys, -
11:51 - 11:53portanto havia algum desentendimento.
-
11:53 - 11:56O líder do senado dos EUA concordava,
-
11:56 - 11:58quem queria proporcionar
uma pausa à sua garganta? -
11:58 - 12:01"Nem um único caso
de irritação da garganta." -
12:01 - 12:07Como poderia haver, se "os cigarros
são tão puros como a água que se bebe". -
12:09 - 12:11Talvez em Flint, no Michigan.
-
12:11 - 12:13(Risos)
-
12:13 - 12:16Mas não se preocupe, se ficar inflamado,
-
12:16 - 12:20o médico pode simplesmente
prescrever cigarros. -
12:20 - 12:24Isso apareceu no Jornal da Associação
Médica Norte-Americana, AMA. -
12:24 - 12:27Quando a AMA dizia que o fumo,
em geral, era bom para você; -
12:27 - 12:29quando a Associação Médica
Norte-Americana diz isso, -
12:29 - 12:34a quem você recorreria
se apenas quisesse os fatos? -
12:34 - 12:37Os novos dados apresentados pela ciência?
-
12:37 - 12:41Bem, ela estava demasiado cansada
para se divertir, "então fumou um Camel". -
12:41 - 12:43(Risos)
-
12:43 - 12:47O Babe Ruth falou de ciência
médica baseada em provas, -
12:47 - 12:53pelo menos enquanto ainda podia falar
antes de morrer de câncer na garganta. -
12:54 - 12:59Veja, se por algum milagre houvesse
um site SmokingFacts.org -
12:59 - 13:01que pudesse divulgar
diretamente a ciência, -
13:01 - 13:04rompendo filtros institucionais
corrompidos por dinheiro, -
13:04 - 13:06vocês saberiam de estudos como este.
-
13:06 - 13:10Este é um estudo de adventistas
na Califórnia publicado em 1958, -
13:10 - 13:15que mostrava que os não fumantes tinham
90% menos cancro que os fumantes. -
13:15 - 13:17Mas não foi o primeiro.
-
13:17 - 13:19Ao perguntarem ao cirurgião
Michael DeBakey -
13:19 - 13:22por que estudos dos anos 1930
-
13:22 - 13:25que relacionavam o câncer do pulmão
com o tabagismo foram ignorados, -
13:25 - 13:27ele teve de lhes lembrar
como era naquela época. -
13:27 - 13:30Éramos uma sociedade de fumantes.
Eles estavam em toda a parte. -
13:30 - 13:32Estavam no cinema, nos aviões;
-
13:32 - 13:35as reuniões dos médicos eram
uma baita nuvem de fumo. -
13:35 - 13:39Fumar era, numa palavra, normal.
-
13:40 - 13:43Certo. Então voltemos
ao nosso exercício de raciocínio. -
13:43 - 13:48Se você fosse um fumante nos anos 1950
que conhecesse os fatos, o que faria? -
13:48 - 13:50Se você tem acesso à ciência,
-
13:50 - 13:55percebe que as provas disponíveis sugerem
que o hábito de fumar não é tão bom. -
13:55 - 13:58Então você mudaria ou esperaria?
-
13:58 - 14:03Se esperasse que seu médico dissesse,
entre baforadas, para parar, -
14:03 - 14:05você já teria câncer.
-
14:05 - 14:08Se esperasse os poderes instituídos
reconhecerem oficialmente, -
14:08 - 14:11como fez o porta-voz para assuntos
de saúde na década seguinte, -
14:11 - 14:13você já estaria morto.
-
14:13 - 14:20Foram precisos mais de 7 mil estudos
e a morte de muitos fumantes -
14:20 - 14:24antes de o relatório contra o tabagismo,
do porta-voz para assuntos de saúde, sair. -
14:24 - 14:27Seria de pensar que depois
dos primeiros 6 mil estudos -
14:27 - 14:29talvez as pessoas recebessem um aviso?
-
14:30 - 14:33É uma indústria poderosa.
-
14:33 - 14:39Talvez devêssemos ter parado de fumar
depois do 700º estudo, como este. -
14:39 - 14:43Como fumante nos anos 50, por um lado,
havia a sociedade, o governo, -
14:43 - 14:47a própria classe médica
te dizendo para fumar. -
14:47 - 14:51E, por outro lado,
tudo o que você tinha era a ciência. -
14:51 - 14:54Se ao menos você estivesse
par de estudos como este. -
14:54 - 14:56Muito bem, avancemos 55 anos.
-
14:56 - 14:58Há um novo estudo
adventista na Califórnia, -
14:58 - 15:02avisando os norte-americanos sobre
outra coisa que estão colocando na boca. -
15:02 - 15:06Claro, não é só um estudo;
é o conjunto de todos os estudos. -
15:06 - 15:09A mortalidade por todas as causas,
das nossas mais temidas doenças, -
15:09 - 15:14é significativamente menor entre aqueles
que têm dietas baseadas em plantas. -
15:15 - 15:21Em vez de imaginar alguém
que tinha o hábito de fumar nos anos 1950, -
15:21 - 15:27imagine você, ou alguém que você conhece,
com hábitos alimentares dos EUA de hoje. -
15:28 - 15:29O que você faria?
-
15:29 - 15:33Com acesso à ciência, você percebe
que as provas disponíveis -
15:33 - 15:34sugerem que sua dieta não é boa.
-
15:34 - 15:37Então você muda ou espera?
-
15:37 - 15:42Se esperar até que o seu médico
lhe diga, entre garfadas, para mudar, -
15:42 - 15:43será tarde demais.
-
15:43 - 15:46Mesmo após o relatório do porta-voz
para assuntos de saúde, -
15:46 - 15:49a Associação Médica Americana
recusou-se oficialmente a apoiá-lo. -
15:49 - 15:50Por quê?
-
15:50 - 15:53Talvez porque tinham acabado de receber
um cheque de 10 milhões -
15:53 - 15:55da indústria do tabaco?
-
15:55 - 15:56Talvez.
-
15:56 - 15:57(Risos)
-
15:57 - 16:03Sabemos porque a AMA
bajulava a indústria do tabaco, -
16:03 - 16:05mas por que mais médicos
individuais não falavam? -
16:05 - 16:08Havia algumas almas valentes
à frente do seu tempo, -
16:08 - 16:11que falavam contra indústrias
que matavam milhões, -
16:11 - 16:12por que não havia mais?
-
16:12 - 16:19Talvez porque a maioria
dos próprios médicos -
16:19 - 16:20fumava cigarros.
-
16:20 - 16:23Assim como muitos médicos
ainda comem alimentos -
16:23 - 16:26que contribuem para a nossa
epidemia de doenças alimentares. -
16:26 - 16:28Qual era o grito de guerra
da AMA na época? -
16:28 - 16:30Tudo em moderação.
-
16:30 - 16:36"Extensos estudos científicos provaram
que fumar em moderação", oh, tudo bem.. -
16:36 - 16:39Soa familiar?
-
16:39 - 16:41A indústria alimentar usou
táticas da indústria de tabaco, -
16:41 - 16:44distorcendo a ciência, desinformando.
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16:44 - 16:45Os mesmos cientistas pagos
-
16:45 - 16:48para menosprezar os riscos
de cigarros e de produtos tóxicos -
16:48 - 16:52foram também pagos
pela Associação Nacional de Confeiteiros -
16:52 - 16:54para ignorar os riscos dos doces,
-
16:54 - 16:59e os mesmos pagos pela indústria da carne
para desconsiderar os riscos da carne, -
16:59 - 17:02sabendo que produtos
de origem animal ou processados -
17:02 - 17:08matam pelo menos
14 milhões de pessoas por ano. -
17:08 - 17:12Nós, envolvidos nesta revolução
da nutrição com evidências, -
17:12 - 17:15falamos de 14 milhões de vidas em risco.
-
17:16 - 17:18Talvez a nutrição de base vegetal
-
17:18 - 17:22devesse ser considerada o equivalente
nutricional de deixar de fumar, -
17:22 - 17:26mas quanto temos de esperar antes de o CDC
dizer: não esperem para operar o coração, -
17:26 - 17:30comecem a comer de forma mais saudável.
-
17:30 - 17:32Até o sistema mudar,
-
17:32 - 17:37precisamos nos responsabilizar
por nossa saúde e da nossa família. -
17:37 - 17:41Não podemos esperar até que a sociedade
se atualize com a ciência, -
17:42 - 17:45porque é uma questão de vida ou de morte.
-
17:45 - 17:47Há alguns anos atrás,
-
17:48 - 17:52o Dr. Kim Williams tornou-se presidente
da Faculdade Americana de Cardiologia. -
17:52 - 17:53Perguntaram na entrevista
-
17:53 - 17:56por que ele segue a mesma dieta
que recomenda aos seus pacientes, -
17:56 - 17:58uma dieta estritamente vegetal.
-
17:58 - 18:01"Não me importo de morrer",
respondeu o Dr. Williams. -
18:02 - 18:04"Só não quero que seja por minha causa."
-
18:04 - 18:06(Risos)
-
18:06 - 18:08Obrigado.
-
18:08 - 18:11(Aplausos)
- Title:
- O alimentos como remédio | Michael Greger, M.D. | TEDxSedona
- Description:
-
De acordo com o estudo Global Burden of Disease,o maior estudo de fatores de risco de doenças na história, financiado pela Fundação Bill and Melinda Gates, a principal causa de mortes e de deficiência nos EUA é a nossa alimentação. Os cigarros agora matam apenas meio milhão de norte-americanos por ano, enquanto a nossa alimentação parece matar centenas de milhares mais. A boa notícia é que isso significa que temos um tremendo poder sobre o destino da nossa saúde e sobre a nossa longevidade.
A alimentação saudável tem o potencial não só de prevenir, mas de reverter algumas das nossas principais causas de morte, incluindo doenças cardíacas, diabetes de tipo 2 e hipertensão. Então, por qual razão a nutrição não é a principal matéria ensinada nas faculdades de medicina?
O Dr. Michael Greger é médico, autor e orador sobre assuntos de saúde pública, particularmente os benefícios de uma alimentação com base em vegetais integrais e sobre os perigos dos produtos de origem animal. É vegano e criador do NutritionFacts.org.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:29
Claudia Sander approved Portuguese, Brazilian subtitles for Food as Medicine | Michael Greger, M.D. | TEDxSedona | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Food as Medicine | Michael Greger, M.D. | TEDxSedona | ||
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