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Construindo um ambiente de trabalho psicologicamente seguro | Amy Edmondson | TEDxHGSE

  • 0:05 - 0:10
    Uma enfermeira no turno da noite
    em um hospital movimentado
  • 0:10 - 0:13
    percebe que a dosagem
    para um paciente em particular
  • 0:13 - 0:14
    parece um pouco alta.
  • 0:15 - 0:17
    Por um momento, ela considera
    ligar para o médico em casa,
  • 0:18 - 0:19
    para checar a prescrição.
  • 0:19 - 0:20
    Rapidamente,
  • 0:20 - 0:24
    ela se lembra dos comentários
    depreciativos sobre suas habilidades
  • 0:24 - 0:26
    da última vez em que ela
    ligou para ele em casa.
  • 0:26 - 0:30
    Quase certa de que a dose está correta,
  • 0:30 - 0:33
    já que o paciente está
    em um protocolo experimental,
  • 0:33 - 0:35
    o que justifica a dose alta,
  • 0:35 - 0:39
    ela vai até o carrinho, pega o medicamento
    e vai até a cama do paciente.
  • 0:40 - 0:42
    Longe deste hospital,
  • 0:43 - 0:47
    um jovem piloto em um voo
    de treinamento militar
  • 0:47 - 0:51
    percebe que seu oficial sênior pode ter
    cometido um erro de julgamento crucial.
  • 0:52 - 0:53
    Ele deixa o momento passar.
  • 0:55 - 0:57
    Longe de ambas histórias,
  • 0:57 - 1:00
    um executivo sênior,
    contratado recentemente
  • 1:00 - 1:02
    por uma empresa bem-sucedida
    de produtos de consumo
  • 1:02 - 1:05
    para se juntar à equipe de alta gerência,
  • 1:05 - 1:08
    tem sérias reservas
    sobre um plano de aquisição.
  • 1:09 - 1:12
    Novo na equipe, se sentindo um estranho,
  • 1:12 - 1:15
    todos os outros estão
    tão entusiasmados com o plano,
  • 1:15 - 1:17
    ele não diz nada.
  • 1:17 - 1:20
    Esses são três episódios de silêncio
    no ambiente de trabalho
  • 1:20 - 1:22
    quando falar era necessário.
  • 1:22 - 1:24
    A voz teria sido de grande ajuda.
  • 1:24 - 1:28
    Talvez você pense: "Se estivesse
    no lugar deles, eu não faria isso".
  • 1:28 - 1:30
    Ou talvez você saiba, assim como eu,
  • 1:30 - 1:33
    como isso é comum
    no ambiente de trabalho moderno.
  • 1:35 - 1:38
    Esse problema me fascinou por muito tempo.
  • 1:38 - 1:39
    Por que isso acontece?
  • 1:39 - 1:41
    É bem simples, na verdade.
  • 1:41 - 1:46
    Acontece que ninguém
    acorda de manhã e pula da cama
  • 1:46 - 1:49
    porque mal pode esperar
    para chegar logo ao trabalho
  • 1:49 - 1:52
    para parecer ignorante, incompetente,
    intrusivo ou negativo, certo?
  • 1:52 - 1:53
    (Risos)
  • 1:53 - 1:56
    Não, em geral preferimos parecer
    inteligentes e prestativos
  • 1:56 - 1:59
    e também, positivos e prestativos.
  • 1:59 - 2:03
    A boa notícia é que tudo isso
    é muito fácil de resolver.
  • 2:04 - 2:06
    Não quer parecer ignorante?
    Não pergunte nada.
  • 2:06 - 2:10
    Não quer parecer incompetente?
    Não admita fraqueza ou erro.
  • 2:10 - 2:12
    Não quer parecer intrusivo?
    Não ofereça ideias.
  • 2:12 - 2:15
    E se não quer parecer
    negativo, certamente,
  • 2:15 - 2:18
    não critique o cenário vigente.
  • 2:19 - 2:20
    Agora,
  • 2:20 - 2:21
    essa estratégia...
  • 2:22 - 2:24
    a boa notícia sobre
    essa estratégia de sucesso
  • 2:24 - 2:27
    é que ela funciona para autoproteção.
  • 2:27 - 2:30
    Os psicólogos chamam isso
    de "gerenciamento da impressão",
  • 2:30 - 2:33
    e há muitas evidências
    de que somos muito bons nisso.
  • 2:33 - 2:36
    Aprendemos a fazer isso desde o primário.
  • 2:36 - 2:38
    Quando nos tornamos adultos,
  • 2:38 - 2:40
    esta habilidade já está
    profundamente enraizada.
  • 2:40 - 2:44
    Já aconteceu de você ter uma pergunta,
    olhar em volta e não perguntar?
  • 2:44 - 2:46
    Ninguém mais parece estar questionando.
  • 2:46 - 2:48
    Talvez você devesse saber.
  • 2:48 - 2:50
    Você pensa "Vou descobrir depois".
  • 2:51 - 2:52
    Mas por que isso importa?
  • 2:52 - 2:55
    Importa porque todos esses momentos,
  • 2:55 - 2:56
    todas as vezes que nos contemos,
  • 2:57 - 3:01
    privamos nossos colegas e a nós mesmos
    de pequenos momentos de aprendizado,
  • 3:03 - 3:04
    e não inovamos.
  • 3:05 - 3:07
    Não trazemos novas ideias.
  • 3:09 - 3:12
    Ficamos tão ocupados, inconscientemente,
  • 3:12 - 3:15
    na maior parte do tempo,
    gerenciando impressões,
  • 3:15 - 3:20
    que não contribuímos
    para criar uma organização melhor.
  • 3:21 - 3:24
    As enfermeiras não ligam,
    o piloto não fala,
  • 3:24 - 3:27
    o executivo não diz nada.
  • 3:28 - 3:32
    A boa notícia é que nem todo
    ambiente de trabalho funciona assim.
  • 3:32 - 3:34
    Existem alguns locais de trabalho
  • 3:34 - 3:36
    em que as pessoas acordam de manhã
  • 3:37 - 3:40
    ávidas, ou pelo menos dispostas e prontas
  • 3:40 - 3:43
    para assumir riscos
    interpessoais de aprendizado.
  • 3:43 - 3:47
    Esses locais de trabalho especiais
    possuem segurança psicológica.
  • 3:47 - 3:49
    Vou definir segurança psicológica
  • 3:49 - 3:53
    como uma crença de que é normal,
    na verdade é esperado
  • 3:53 - 3:58
    ter preocupações,
    ter perguntas, ter ideias, errar.
  • 4:00 - 4:05
    Eu me interessei por isso,
    na verdade, meio que por acidente.
  • 4:05 - 4:06
    Vou contar o que aconteceu.
  • 4:06 - 4:11
    Eu me juntei a uma equipe de médicos
    e enfermeiros, em sua maioria,
  • 4:11 - 4:15
    e o trabalho dessa equipe
    era descobrir, avaliar,
  • 4:15 - 4:17
    categoricamente,
  • 4:17 - 4:21
    qual era a real taxa de erros de medicação
  • 4:21 - 4:26
    em alguns modernos hospitais
    de cuidados terciários.
  • 4:26 - 4:31
    O trabalho deles era coletar dados
    de erros na administração de remédios,
  • 4:31 - 4:33
    erros causados por humanos.
  • 4:34 - 4:35
    Minha pequena parte era bem simples:
  • 4:35 - 4:38
    eu iria fazer e responder a pergunta:
  • 4:39 - 4:43
    "Melhores equipes hospitalares
    cometem menos erros?"
  • 4:43 - 4:48
    Usei um questionário padrão
    para avaliar a efetividade da equipe,
  • 4:48 - 4:53
    e enfermeiros treinados visitaram
    diversas unidades em dois hospitais
  • 4:53 - 4:56
    a cada dois dias por seis meses.
  • 4:56 - 4:58
    Esses são os dados que eles obtiveram.
  • 4:58 - 5:03
    Essas são reações adversas a remédios,
    erros, que chamaremos erros de medicação,
  • 5:03 - 5:06
    que foram considerados
    ser causados por erro humano,
  • 5:06 - 5:10
    expressos em termos
    de erros por mil pacientes.
  • 5:11 - 5:15
    Agora, é aqui que a história
    fica um pouco estranha.
  • 5:15 - 5:17
    Esperei pacientemente,
  • 5:17 - 5:21
    peguei os dados das equipes e dos erros,
  • 5:21 - 5:23
    e fiz minha análise.
  • 5:23 - 5:24
    E o que eu encontrei?
  • 5:25 - 5:29
    Os resultados foram exatamente
    o oposto do que eu esperava.
  • 5:29 - 5:34
    Parece que equipes melhores
    estavam cometendo mais erros, não menos.
  • 5:35 - 5:37
    Do ponto de vista
    de uma jovem pesquisadora
  • 5:37 - 5:40
    querendo publicar um estudo,
    isso era um verdadeiro problema.
  • 5:40 - 5:42
    Os outros problemas não importam, certo?
  • 5:43 - 5:46
    Então isso era um problema.
    Não, era um enigma.
  • 5:46 - 5:48
    Então, sentei e pensei: por quê?
  • 5:49 - 5:53
    Pensei na necessidade de coordenação
    entre médicos e enfermeiros.
  • 5:53 - 5:56
    Pensei sobre a necessidade
    de trabalho em equipe no expediente,
  • 5:56 - 5:58
    para falar, para checar de novo.
  • 5:59 - 6:00
    E pensei: "Talvez",
  • 6:00 - 6:02
    em uma espécie de flash
    ofuscante do óbvio,
  • 6:02 - 6:06
    pensei: "Talvez as melhores equipes
    não estejam cometendo mais erros,
  • 6:06 - 6:09
    talvez estejam mais dispostas
    a conversar sobre eles".
  • 6:09 - 6:12
    E se as melhores equipes
    tiverem um clima mais aberto,
  • 6:12 - 6:14
    que as permite reportar
  • 6:14 - 6:16
    e até mesmo chegar ao fundo dessas coisas?
  • 6:17 - 6:20
    Mas eu precisava provar isso.
  • 6:20 - 6:22
    Então o que eu fiz?
  • 6:22 - 6:25
    Enviei um jovem assistente de pesquisa
  • 6:25 - 6:27
    para estudar essas unidades
    com muito cuidado.
  • 6:27 - 6:30
    Ele não podia ter preconceitos,
    ele não sabia as taxas de erros,
  • 6:30 - 6:33
    não sabia como as equipes
    foram classificadas na pesquisa,
  • 6:33 - 6:35
    ele não sabia nem mesmo minha hipótese.
  • 6:35 - 6:37
    E eu perguntei: "O que você descobriu?"
  • 6:37 - 6:38
    Sabe o que ele descobriu?
  • 6:39 - 6:42
    Ele descobriu que essas unidades,
    essas oito unidades eram muito diferentes
  • 6:42 - 6:47
    em relação a como lidavam com os erros.
  • 6:47 - 6:51
    Algumas delas estavam, na verdade,
    falando sobre eles o tempo todo
  • 6:51 - 6:56
    e tentavam trabalhar juntos
    para encontrar novos meios de reduzi-los.
  • 6:56 - 6:59
    Algum tempo depois,
    chamei isso de segurança psicológica.
  • 6:59 - 7:02
    Você deve querer saber agora
    qual a ordem nessa tabela.
  • 7:02 - 7:07
    A princípio parece que eu estava ordenando
    do maior índice de erro para o menor
  • 7:07 - 7:11
    e que não sou muito boa em matemática
    e acabei misturando um pouco as coisas.
  • 7:11 - 7:12
    Não.
  • 7:12 - 7:14
    Os dados estão ordenados
    de acordo com a abertura do ambiente
  • 7:14 - 7:19
    segundo a avaliação
    do assistente de pesquisa.
  • 7:19 - 7:22
    Como você pode ver, a correlação
    é, de fato, muito alta.
  • 7:22 - 7:25
    Então como você constrói isso?
    O que você faz?
  • 7:25 - 7:26
    Se você é o líder, como implementa
  • 7:26 - 7:29
    segurança psicológica
    no seu local de trabalho?
  • 7:29 - 7:32
    Vou sugerir três coisas simples
    que você pode fazer
  • 7:32 - 7:34
    para que a enfermeira faça a ligação,
  • 7:34 - 7:36
    o piloto fale,
  • 7:36 - 7:40
    e até o executivo revele
    suas preocupações sobre a aquisição.
  • 7:41 - 7:45
    Primeiro, enquadre o trabalho
    como um problema de aprendizado,
  • 7:45 - 7:47
    não um problema de execução.
  • 7:47 - 7:51
    Reconheça, deixe claro
    que há uma enorme incerteza à frente
  • 7:51 - 7:53
    e grande interdependência.
  • 7:54 - 7:56
    Dadas essas duas coisas,
    nunca estivemos aqui antes.
  • 7:56 - 7:58
    Não sabemos o que vai acontecer.
  • 7:59 - 8:03
    Precisamos do cérebro
    e voz de todos no jogo.
  • 8:03 - 8:06
    Isso cria uma razão para que se manifeste.
  • 8:06 - 8:10
    Segundo, reconheça
    sua própria possibilidade de falhar.
  • 8:12 - 8:13
    Você sabe que você é falho.
  • 8:14 - 8:15
    Diga coisas simples como:
  • 8:15 - 8:19
    "Acho que deixei algo passar.
    Preciso ouvir de você".
  • 8:19 - 8:23
    A propósito, isso vale igualmente
    para subordinados e colegas, .
  • 8:23 - 8:27
    Isso cria mais segurança para falar.
  • 8:27 - 8:31
    E terceiro, modele a curiosidade.
    Faça muitas perguntas.
  • 8:31 - 8:34
    Isso realmente gera
    uma necessidade de expressar-se.
  • 8:34 - 8:37
    Então, essas três coisas simples
    podem contribuir muito
  • 8:37 - 8:39
    para criar o tipo de ambiente de trabalho
  • 8:39 - 8:43
    onde podemos evitar
    as catástrofes que antevimos
  • 8:43 - 8:45
    nas três histórias que contei no início.
  • 8:45 - 8:50
    Agora, neste ponto de descrever
    e ensinar sobre essas coisas,
  • 8:51 - 8:55
    a maioria dos gerentes com quem eu falo
    começam a ficar um pouco nervosos.
  • 8:55 - 9:00
    Eles dizem: "Eu entendo como isso poderia
    realmente ajudar as pessoas a aprender.
  • 9:00 - 9:03
    Eu entendo, e não quero ouvir sobre erros.
  • 9:03 - 9:07
    Mas você está dizendo que eu tenho
    que reduzir um pouco a excelência?
  • 9:07 - 9:09
    Não é mais possível
  • 9:09 - 9:11
    responsabilizar as pessoas
    por ótimos resultados?
  • 9:11 - 9:14
    Mantê-las sob pressão?"
  • 9:15 - 9:18
    E eu digo: "Não, na verdade,
    eu não acho que é uma troca.
  • 9:18 - 9:20
    Acho que são duas dimensões separadas.
  • 9:21 - 9:23
    Duas dimensões que você deve considerar".
  • 9:23 - 9:26
    Na verdade, quando falo
    sobre segurança psicológica,
  • 9:26 - 9:29
    estou essencialmente falando
    sobre tirar o pé do freio.
  • 9:29 - 9:31
    Não estou falando...
  • 9:33 - 9:34
    do combustível.
  • 9:34 - 9:37
    Não estou falando de motivação.
  • 9:37 - 9:39
    Fala-se muito em motivação,
  • 9:39 - 9:42
    e é realmente importante,
    é muito importante entendê-la.
  • 9:42 - 9:45
    Mas é igualmente importante
    libertar as pessoas,
  • 9:45 - 9:49
    para que se empenhem
    e não tenham medo umas das outras.
  • 9:49 - 9:51
    Então, se você não faz nenhum dos dois,
  • 9:51 - 9:54
    você está na zona da apatia,
    o que é bem triste, então vamos em frente.
  • 9:54 - 9:57
    Se você apenas faz segurança psicológica,
  • 9:57 - 10:00
    é possível que esteja criando
    uma zona de conforto,
  • 10:00 - 10:02
    deixando dinheiro sobre a mesa.
  • 10:04 - 10:06
    Mas o que mais me preocupa,
  • 10:06 - 10:09
    e gostaria que mais gerentes
    estivessem preocupados com isso também,
  • 10:09 - 10:16
    é que se você só pede que as pessoas
    prestem contas por sua excelência
  • 10:16 - 10:19
    e não se certifica que não tenham
    medo de conversar entre si,
  • 10:19 - 10:21
    então elas estão na zona da ansiedade.
  • 10:21 - 10:24
    Ali é onde a enfermeira estava,
    onde o piloto estava,
  • 10:24 - 10:26
    até o executivo sênior estava nesse lugar,
  • 10:26 - 10:28
    e é um lugar muito perigoso para se estar.
  • 10:28 - 10:30
    Então, onde quero que você esteja?
  • 10:30 - 10:34
    Quero que você esteja bem alto
    na zona de aprendizagem.
  • 10:35 - 10:37
    E, caso ainda não tenha ficado claro,
  • 10:38 - 10:42
    esta também é a zona da alta performance,
  • 10:42 - 10:46
    desde que exista incerteza
    e interdependência.
  • 10:46 - 10:49
    Se você não tem incerteza
    nem interdependência, tudo bem,
  • 10:49 - 10:51
    você não precisa de segurança psicológica.
  • 10:51 - 10:53
    É divertido ter, mas não é necessário.
  • 10:53 - 10:56
    Mas se você tem ambas,
    incerteza e interdependência,
  • 10:56 - 11:00
    é absolutamente crucial
    que você tenha segurança psicológica.
  • 11:00 - 11:04
    Então o nosso ambiente de trabalho atual,
    a complexidade, a interdependência,
  • 11:04 - 11:07
    não vai desaparecer tão cedo.
  • 11:07 - 11:11
    Precisamos de pessoas que dão tudo de si
  • 11:11 - 11:12
    para os desafiados que estão por vir,
  • 11:12 - 11:17
    e espero que você me ajude a criar
    esse tipo de ambiente de trabalho
  • 11:17 - 11:23
    para que elas possam aprender
    e trazer o melhor de si.
  • 11:23 - 11:24
    Obrigada.
  • 11:24 - 11:26
    (Aplausos)
Title:
Construindo um ambiente de trabalho psicologicamente seguro | Amy Edmondson | TEDxHGSE
Description:

Amy Edmondson, professora de Liderança e Gerenciamento da Novartis na Harvard Business School, é bem conhecida por seu trabalho com equipes.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
11:27

Portuguese, Brazilian subtitles

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