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Abraham Cruzvillegas em "Legacy" - Temporada 7 - Art in the Twenty-First Century" | Art21

  • 0:22 - 0:24
    Eu fui às ruas de Paris
  • 0:24 - 0:27
    procurando materiais provenientes
    de demolições.
  • 0:29 - 0:34
    Gosto de Antonin Artaud, o poeta francês,
    desde que eu era adolescente.
  • 0:40 - 0:45
    Para este projeto em Paris,
    decidi ressuscitá-lo.
  • 0:45 - 0:51
    Eu gosto que ele sempre busca
    uma transformação da linguagem.
  • 0:52 - 0:55
    Este é o mapa de Paris de Artaud.
  • 0:55 - 0:57
    E tracei algumas linhas
  • 0:57 - 1:01
    para descrever possíveis caminhos
    entre pontos.
  • 1:01 - 1:05
    Pontos que representam a mente de Artaud.
  • 1:14 - 1:17
    Para esta exposição, fui às ruas de Paris
  • 1:17 - 1:21
    e usei o mapa de Paris de Artaud
    para fazer esculturas
  • 1:21 - 1:25
    nos lugares a que ele costumava ir
    para visitar amigos ou beber.
  • 1:26 - 1:30
    E fiz esculturas nos lugares
    com materiais dos lugares
  • 1:30 - 1:32
    e deixei as esculturas nos lugares.
  • 1:33 - 1:36
    Não deve haver imagens
    do trabalho que fiz.
  • 1:36 - 1:39
    E há apenas imagens
    dos lugares onde fiz o trabalho.
  • 1:40 - 1:42
    Foi uma grande experiência para mim
  • 1:42 - 1:46
    tentar, de certo modo,
    destruir meu próprio método de trabalho.
  • 1:55 - 2:00
    Neste projeto, tentei fazer referências
    e conexões com Artaud,
  • 2:00 - 2:02
    mas não de modo didático.
  • 2:02 - 2:09
    Eu chamaria esta peça grande de madeira
    que fiz de colar, mas não é isso, claro.
  • 2:10 - 2:16
    No começo, acho que vai parecer
    que esqueceram de concluir o trabalho
  • 2:17 - 2:22
    até a pessoa descobrir
    que tem algo que une tudo.
  • 2:24 - 2:27
    Tem outro trabalho que fiz, um vídeo.
  • 2:27 - 2:32
    Fiz aqui em Paris, em 2008,
    e foi quando fomos embora de Paris.
  • 2:32 - 2:34
    Moramos aqui por três anos e meio.
  • 2:34 - 2:36
    Sou eu mesmo correndo.
  • 2:36 - 2:40
    Morando aqui sem ser daqui
    e depois saindo daqui
  • 2:40 - 2:42
    mas, na verdade,
    estou fugindo de mim mesmo.
  • 2:47 - 2:50
    A origem da autoconstrucción como conceito
  • 2:50 - 2:55
    tem a ver com as pessoas
    construírem casas como podem.
  • 2:55 - 2:59
    Não é um método, uma técnica ou um estilo.
  • 3:01 - 3:05
    Tem mais a ver
    com as circunstâncias sociais e políticas.
  • 3:05 - 3:06
    As pessoas não têm dinheiro
  • 3:06 - 3:10
    para comprar um apartamento
    ou uma casa de uma vez
  • 3:11 - 3:15
    Meu pai veio para cá
    no meio dos anos 1960,
  • 3:15 - 3:19
    após ser convidado por um parente.
  • 3:19 - 3:22
    Um primo disse a ele: "Tem um terreno lá.
  • 3:22 - 3:25
    Ninguém ocupou porque é muito árido."
  • 3:25 - 3:32
    E o primo vendeu um lote para ele
    mesmo que não estivesse à venda.
  • 3:32 - 3:36
    Não tinha nada além de pedras,
    então ele criou algo do nada.
  • 3:38 - 3:42
    Em comunidade, começaram
    a ajudar uns aos outros a construir casas
  • 3:42 - 3:46
    e, claro, não tinham noção de arquitetura
    ou de como construir.
  • 3:46 - 3:50
    Eles improvisavam
    com os materiais que encontravam.
  • 3:51 - 3:52
    Isto era um grande terraço.
  • 3:52 - 3:54
    A cozinha ficava ali.
  • 3:54 - 3:57
    Os quartos e a porta da rua ficavam ali.
  • 3:57 - 3:59
    Tinha uma cerca, uma cerca de madeira.
  • 4:00 - 4:05
    A rua não era pavimentada.
    Era apenas terra e pedras.
  • 4:16 - 4:19
    A exposição no Walker
    não foi pensada como uma retrospectiva.
  • 4:19 - 4:24
    É mais uma seleção de trabalhos
    relacionados à ideia da autoconstrucción.
  • 4:25 - 4:28
    Acho que eles têm a vontade de aprender
    em comum
  • 4:28 - 4:31
    e acho que isso sempre esteve presente
    no meu trabalho.
  • 4:31 - 4:34
    Essa necessidade de entender.
  • 4:41 - 4:45
    Entender ou lidar
    com o conceito de autoconstrucción
  • 4:45 - 4:47
    também é difícil em espanhol.
  • 4:54 - 4:57
    Este é um trabalho
    que considero autoconstrucicón:
  • 4:57 - 5:03
    a sala de recursos em que há referências,
    como a história do México,
  • 5:03 - 5:05
    o êxodo rural.
  • 5:07 - 5:09
    É uma escultura que está crescendo.
  • 5:09 - 5:11
    Ela ganha vida quando a utilizam.
  • 5:14 - 5:19
    Tem muitas fotos do meu bairro
    que vieram do acervo pessoal das famílias.
  • 5:20 - 5:22
    Também tem algumas serigrafias que criei.
  • 5:22 - 5:26
    São cópias de panfletos,
    filipetas e pôsteres
  • 5:26 - 5:31
    de movimentos políticos da América Latina
    de 1968 até hoje.
  • 5:33 - 5:36
    Gosto que seja algo mais didático.
  • 5:37 - 5:42
    As pessoas podem saber mais do contexto
    do meu conceito de autoconstrucción,
  • 5:43 - 5:48
    de coisas que não estão
    exatamente ligadas à autoconstrucción,
  • 5:48 - 5:51
    mas que, na minha cabeça,
    foram importantes para mim,
  • 5:52 - 5:56
    para minha educação e minha definição
    do conceito de autoconstrucción.
  • 6:09 - 6:15
    [Spanish]
  • 6:15 - 6:17
    Minha mãe é descendente de indígenas.
  • 6:17 - 6:21
    Eles moravam em extrema pobreza
    perto de Tacubaya, na Cidade do México,
  • 6:21 - 6:25
    então encarar problemas não era novidade
    para ela, mas era pior.
  • 6:26 - 6:29
    Foi mesmo um processo de...
  • 6:30 - 6:33
    de construir a nossa história
  • 6:33 - 6:36
    junto com outros,
    e não somente nós mesmos.
  • 6:36 - 6:40
    Aqui aprendi o que é ser fraterna
    e solidária com essas pessoas,
  • 6:40 - 6:41
    com esse bairro.
  • 6:42 - 6:46
    Ela precisou se transformar,
    querendo ou não.
  • 6:47 - 6:52
    Aí ela se tornou ativista
    e virou uma mulher mais forte
  • 6:52 - 6:54
    e um grande exemplo para todos nós.
  • 6:54 - 6:57
    Não só para a minha família,
    mas para os vizinhos também.
  • 6:57 - 7:00
    Ela e outras mulheres passaram
    a organizar as pessoas
  • 7:00 - 7:05
    para exigir as coisas, como água potável,
    saneamento ou eletricidade.
  • 7:05 - 7:09
    E testemunhei essa transformação
    ainda criança.
  • 7:09 - 7:12
    Então a casa é importante para mim
    por causa disso.
  • 7:12 - 7:15
    Não é só a aparência
  • 7:15 - 7:19
    ou o formato que adquiriu com o tempo
    de acordo com as necessidades,
  • 7:19 - 7:24
    mas também de acordo
    com a transformação de uma ideologia.
  • 7:27 - 7:30
    Este trabalho é composto por dois vídeos.
  • 7:30 - 7:36
    Eu entrevistei meus pais separadamente
    para que contassem a própria versão
  • 7:36 - 7:38
    sobre a construção da casa.
  • 7:39 - 7:42
    Eles tinham percepções contraditórias
    da realidade.
  • 7:43 - 7:49
    Quando eu era criança, minha sensação era
    de estar entre duas coisas barulhentas.
  • 7:49 - 7:55
    [Spanish]
  • 7:55 - 7:58
    Meu pai já morreu.
  • 7:58 - 8:02
    Acho que a percepção dele da realidade
    era pragmática em vários aspectos.
  • 8:02 - 8:03
    Ele observava a paisagem
  • 8:03 - 8:08
    e descrevia as plantas e as pedras
    como algo bonito,
  • 8:08 - 8:11
    e acho que me identifico com ele.
  • 8:11 - 8:14
    Eu vejo as coisas de modo muito parecido
    a como ele via.
  • 8:15 - 8:19
    E minha mãe fala mais das dificuldades,
    da luta,
  • 8:19 - 8:22
    da corrupção do governo e da pobreza.
  • 8:22 - 8:26
    [Spanish]
  • 8:26 - 8:31
    Eu cresci com essas versões contraditórias
    da realidade
  • 8:31 - 8:32
    e gosto muito disso.
  • 8:32 - 8:36
    E aceito a contradição como parte de mim,
    como parte da minha identidade.
  • 8:36 - 8:38
    E tenho pensado
  • 8:38 - 8:40
    cada vez mais nisso
  • 8:40 - 8:42
    como elemento do meu trabalho também,
  • 8:42 - 8:47
    que sou composto
    de elementos contraditórios e instáveis.
  • 8:49 - 8:52
    Nós chamamos este espaço de "El Taller",
  • 8:54 - 8:57
    porque meu pai costumava pintar aqui,
  • 8:57 - 9:01
    a ler e ouvir música
  • 9:01 - 9:06
    e, mesmo quando ele parou de pintar
    e de esculpir,
  • 9:06 - 9:09
    continuamos a chamar de El Taller.
  • 9:09 - 9:11
    Então, de certo modo,
    era o coração da casa.
  • 9:12 - 9:15
    Ele morou com os franciscanos.
  • 9:15 - 9:19
    Ele chegou lá não como órfão,
    mas como filho de mãe solteira.
  • 9:19 - 9:23
    Minha avó o levou para lá ainda pequeno.
  • 9:23 - 9:25
    Ele vestiu o hábito dos monges
  • 9:25 - 9:29
    e aprendeu a tocar vários instrumentos
    e a pintar.
  • 9:29 - 9:32
    Tudo que ele sabia,
    ele aprendeu com os franciscanos.
  • 9:32 - 9:36
    Eu fui criado como católico,
    mas não sou mais católico.
  • 9:36 - 9:45
    Mas eu entendo. Eu acho que entendia
    que a essência do cristianismo é o amor.
  • 9:47 - 9:53
    Ele amava a religião como ele amava Deus
    e a presença de Deus em todas as coisas.
  • 9:54 - 9:58
    E acho que foi por isso que também adotei
    essa espécie de animismo no meu trabalho.
  • 9:58 - 10:03
    Eu associo isso a outras formas de pensar,
    como o taoísmo.
  • 10:03 - 10:06
    Acho que ele teve motivos
    para deixar a ordem,
  • 10:06 - 10:11
    mas ele amava... Ele ama...
    Quer dizer, eu acho. Onde quer que esteja,
  • 10:11 - 10:15
    ele ama São Francisco
    e a vida que ele teve.
  • 10:16 - 10:20
    Minha mãe guarda alguns objetos
    que meu pai fez.
  • 10:20 - 10:22
    Ele era um pintor mais comercial.
  • 10:22 - 10:27
    Ele fez centenas dessas pinturas
    muito parecidas, se não forem iguais.
  • 10:27 - 10:31
    Ele não tentava seguir nenhuma tendência
    ou estilo ou qualquer coisa.
  • 10:31 - 10:36
    Estava mais para produzir objetos
    para vender e ganhar dinheiro.
  • 10:36 - 10:40
    Naquela parede, tem um retrato
    da minha mãe nos anos 1960.
  • 10:40 - 10:44
    Acho que eles têm o mesmo formato, sabe?
    Os cogumelos e o cabelo.
  • 10:51 - 10:57
    Trabalhos que fiz no começo dos anos 1990,
    como usar as pinturas do meu pai e tal...
  • 10:57 - 10:59
    Um desses trabalhos
    foi incluído na exposição.
  • 11:00 - 11:03
    Se chama "Objeto útil pero bonito".
  • 11:03 - 11:06
    Ele usa um dos corrimões
    e uma pintura do meu pai.
  • 11:08 - 11:09
    Ele é importante para mim
  • 11:09 - 11:13
    em termos de entender
    minha própria identidade e meu contexto
  • 11:13 - 11:18
    e, de certo modo, eu estava tentando
    colocar todo objeto possível
  • 11:18 - 11:19
    no meu trabalho.
  • 11:19 - 11:23
    Era como dizer
    que tudo no mundo está vivo
  • 11:23 - 11:26
    e que tudo combina, fica junto,
  • 11:26 - 11:29
    e é uma metáfora para a comunidade também.
  • 11:34 - 11:39
    Aqui dá para ver que a escada muda
    por que era para a cadeira de rodas.
  • 11:40 - 11:43
    E gosto muito desse formato.
  • 11:43 - 11:46
    Também considero isso uma escultura.
  • 11:46 - 11:49
    Mas esta é uma
    das minhas esculturas favoritas da casa,
  • 11:49 - 11:54
    que é essa espécie de sulco
    feito pela roda da cadeira de rodas.
  • 11:54 - 11:58
    Então ele foi entalhado com o tempo,
    durante muitos e muitos anos,
  • 11:58 - 12:00
    pela cadeira do meu pai.
  • 12:00 - 12:06
    Aí, por causa disso, tomei consciência
    ou percebi a autoconstruccón
  • 12:07 - 12:10
    como um motor para meu trabalho,
  • 12:10 - 12:14
    como algo que estava na minha alma
    e na minha mente,
  • 12:14 - 12:15
    mas eu não sabia.
  • 12:16 - 12:19
    E, de repente...
    Não é que entendi da noite para o dia,
  • 12:19 - 12:23
    mas, aos poucos, entendi que havia algo,
  • 12:23 - 12:27
    uma forte influência do meu contexto
    na arte que eu estava fazendo.
  • 12:51 - 12:56
    Às vezes eu só brinco com os materiais
    para encontrar combinações.
  • 13:02 - 13:04
    Só pego o que estiver ao meu alcance,
    sem escolher,
  • 13:04 - 13:08
    mas pensando
    que qualquer elemento pode ser usado.
  • 13:11 - 13:13
    E acho que isso é importante,
  • 13:13 - 13:16
    porque não tem a ver com escolher algo
    porque fica mais bonito ou não.
  • 13:22 - 13:26
    Ele pode funcionar
    nessa comunidade de coisas.
  • 13:30 - 13:32
    As coisas falam.
  • 13:34 - 13:36
    Eu tento encontrar o equilíbrio
    entre elas.
  • 13:45 - 13:47
    De certo modo,
    estou fazendo um autorretrato.
  • 14:01 - 14:04
    O tempo todo eu faço esculturas
    que ficam prestes a cair.
  • 14:04 - 14:08
    Não estão tecnicamente corretas.
  • 14:08 - 14:10
    Por exemplo, se um colecionador
    quiser colecionar algo assim
  • 14:10 - 14:13
    ou guardá-lo na própria coleção,
    ele vai ter um problema.
  • 14:14 - 14:16
    É algo que devemos proteger de si mesmo.
  • 14:18 - 14:19
    Acho que não posso deixar isto aqui,
  • 14:19 - 14:23
    porque está no caminho da porta,
    e preciso fechar a porta.
  • 14:23 - 14:27
    E é porque tem um elemento grande
    que não cabe no ateliê.
  • 14:27 - 14:32
    Mas, se eu pudesse, adoraria deixar
    e exibir assim num museu,
  • 14:32 - 14:34
    tipo prendendo a porta, sabe?
  • 14:34 - 14:37
    Tipo quando usamos um sapato
    para prender a porta.
  • 14:37 - 14:40
    Usando algo como uma ferramenta, sabe?
  • 14:42 - 14:44
    Os materiais têm origens diferentes.
  • 14:44 - 14:45
    Isto é carne seca.
  • 14:46 - 14:50
    Isto é um pedaço de vaso de planta.
    Isto é um pé de uma churrasqueira.
  • 14:51 - 14:57
    A madeira é de vigas da casa
    que reformei recentemente.
  • 14:57 - 15:03
    Eu uso materiais que vêm de demolição,
    então eles têm a própria história,
  • 15:03 - 15:05
    uma longa experiência.
  • 15:05 - 15:10
    Esta madeira é do final do século 19,
  • 15:10 - 15:14
    então tem muita história para contar.
  • 15:15 - 15:17
    Mas tem coisas que são novas,
    como estas,
  • 15:17 - 15:22
    que talvez sejam feias
    ou não signifiquem nada,
  • 15:22 - 15:25
    mas, no final, tudo combina muito bem.
  • 15:25 - 15:29
    E gosto de usar essas tampinhas
    de garrafa da cerveja
  • 15:29 - 15:31
    que bebo com os amigos.
  • 15:31 - 15:35
    E isto é da calça nova
    que comprei em Nova York da última vez,
  • 15:35 - 15:39
    mas ela é muito comprida,
    porque não sou do tamanho dos americanos,
  • 15:39 - 15:43
    então sempre tento encontrar
    roupas muito grandes
  • 15:43 - 15:45
    por causa da minha barriga,
  • 15:45 - 15:50
    mas preciso diminuir muito a calça,
    então isso é...
  • 15:50 - 15:51
    Sei lá.
  • 15:51 - 15:57
    Não há nada específico para dizer
    sobre nada,
  • 15:57 - 16:00
    mas o conjunto todo diz alguma coisa,
  • 16:00 - 16:01
    e acho que isso é mais legal.
  • 16:05 - 16:07
    Não, ainda não acabei.
  • 16:22 - 16:24
    Saiba mais
    sobre Art in the Twenty-First Century
  • 16:24 - 16:26
    e seus recursos educacionais
  • 16:26 - 16:30
    visitando PBS.org/Art21.
  • 16:31 - 16:34
    Art in the Twenty-First Century
    está disponível em DVD.
  • 16:34 - 16:40
    Para encomendar, visite shopPBS.org
    ou ligue para 1-800-PLAY-PBS.
Title:
Abraham Cruzvillegas em "Legacy" - Temporada 7 - Art in the Twenty-First Century" | Art21
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
16:54

Portuguese, Brazilian subtitles

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