A Letalidade da Solidão: John Cacioppo no TEDxDesMoines
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0:07 - 0:09Quando você observa o mundo lá fora,
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0:10 - 0:12certamente parece que a Terra é plana.
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0:13 - 0:14O chão debaixo de você
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0:14 - 0:16é estável e imóvel,
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0:16 - 0:18e estrelas e o sol circulam a Terra.
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0:19 - 0:20Centenas de anos atrás,
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0:21 - 0:23teorias elaboradas foram desenvolvidas
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0:23 - 0:27com base nessas observações de senso comum
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0:27 - 0:29para explicar e prever
a extensão dos oceanos -
0:29 - 0:32e o movimento dos corpos celestes.
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0:33 - 0:35Quando a ciência demonstrou
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0:35 - 0:37que estas observações do senso comum
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0:37 - 0:38eram ilusões,
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0:38 - 0:40e descreveu a Terra e o Universo
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0:40 - 0:42de maneira completamente diferente,
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0:43 - 0:45as pessoas lentamente vieram a aceitar
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0:46 - 0:48que o mundo não era o que parecia.
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0:49 - 0:51Medições científicas e
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0:51 - 0:52cálculos sofisticados
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0:52 - 0:54têm demonstrado repetidamente que
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0:54 - 0:59o que nós pensamos ser intuitivo,
óbvio e de senso comum -
0:59 - 1:01não pode ser aceito como verdade.
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1:02 - 1:04Por essa razão, as ciências modernas
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1:04 - 1:07baseavam-se na negação do senso comum
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1:09 - 1:12até que aparentemente referem-se a nós mesmos:
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1:13 - 1:15quando a ciência comprova um certo modo
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1:15 - 1:17de pensar sobre
a nossa mente e comportamento, -
1:18 - 1:21ou o representa de
uma forma incomum e nova, -
1:21 - 1:23nós tendemos a não acreditar
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1:23 - 1:25que tal ciência que vale a pena,
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1:25 - 1:27mesmo que possível.
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1:27 - 1:30Em vez disso, retornamos à intuição,
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1:30 - 1:34crenças anteriores e, sim, ao senso comum.
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1:35 - 1:37Por exemplo, se eu lhes dissesse
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1:37 - 1:41que pesquisas científicas têm demonstrado
que os opostos se atraem, -
1:41 - 1:43não me diriam vocês
que não precisamos que a ciência -
1:43 - 1:46nos fale algo que já sabemos?
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1:46 - 1:47Mas e se eu lhes dissesse que
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1:47 - 1:49pássaros do mesmo bando voam juntos,
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1:49 - 1:50de acordo com pesquisas científicas,
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1:50 - 1:53não diriam vocês
que não precisamos que a ciência -
1:53 - 1:55nos fale algo que já sabemos?
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1:56 - 1:57Ou vocês já devem ter percebido,
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1:57 - 2:01é claro, que estas podem ambas
ser verdades óbvias, -
2:01 - 2:03mas não podem ambas ser verdades,
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2:03 - 2:05pois são internamente inconsistentes.
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2:06 - 2:08A ciência da mente e do comportamento
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2:08 - 2:10está cheia de tais exemplos:
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2:10 - 2:14verdades óbvias que não
podem ambas ser verdades. -
2:14 - 2:16Sabemos, por exemplo,
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2:16 - 2:17que duas cabeças pensam melhor que uma
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2:17 - 2:20e sabemos que muitos
cozinheiros estragam a sopa. -
2:22 - 2:23Na próxima vez que vocês ouvirem
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2:23 - 2:26um relatório de ciência
com algum resultado óbvio -
2:26 - 2:29lembrem-se de que o resultado
oposto foi também óbvio, -
2:29 - 2:31mas teria sido provado estar errado.
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2:32 - 2:37É óbvio que somos
individualistas rigorosos -
2:37 - 2:37Verdade, verdade, verdade!
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2:37 - 2:40Nascemos para o período
mais prolongado de dependência -
2:40 - 2:45mas na transição para a idade adulta,
alcançamos a autonomia, -
2:45 - 2:49independência, para nos tornarmos
os reis da montanha, -
2:49 - 2:50os capitães do nosso universo.
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2:51 - 2:54É fácil pensar em nosso cérebro,
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2:54 - 2:57como está fundo, dentro da caixa craniana
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2:57 - 2:59separado, isolado, protegido dos outros.
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2:59 - 3:02Quando olhamos para o mundo social lá fora,
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3:02 - 3:04outras pessoas certamente
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3:04 - 3:07parecem ser cercanias
distintas, independentes -
3:07 - 3:10sem forças mantendo-as unidas.
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3:11 - 3:13Não é de admirar que esqueçamos
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3:13 - 3:16de que somos membros de uma classe social,
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3:16 - 3:21nascidos dependentes dos nossos pais.
Para que nossa espécie sobreviva, -
3:22 - 3:25essas crianças devem
imediatamente envolver seus pais -
3:25 - 3:28em um comportamento protetor,
e os pais devem se importar o suficiente -
3:28 - 3:33com estes filhos
para nutri-los e protegê-los. -
3:33 - 3:36Mesmo quando adultos, não somos
espécimes particularmente admiráveis. -
3:36 - 3:38Outros animais conseguem correr mais rápido,
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3:38 - 3:39ter melhor visão e olfato,
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3:39 - 3:41e lutar muito mais
eficazmente do que nós. -
3:42 - 3:43A nossa vantagem evolutiva
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3:43 - 3:47é o nosso cérebro e nossa capacidade de comunicação,
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3:47 - 3:49planejamento, raciocínio e de trabalhar juntos.
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3:49 - 3:53A nossa sobrevivência depende
das nossas habilidades coletivas, -
3:53 - 3:56não da nossa mente individual.
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3:59 - 4:02Estamos conectados uns aos outros
durante nossa vida toda, -
4:02 - 4:05através de uma miríade de forças invisíveis,
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4:05 - 4:09que, tais como a gravidade,
são onipresentes e poderosas. -
4:09 - 4:13Afinal, as espécies sociais, por definição,
criam uma estrutura que se funde, -
4:13 - 4:17que se estende para além de um organismo.
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4:17 - 4:20Estruturas que variam
de casais e famílias -
4:20 - 4:24para escolas e nações e culturas.
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4:25 - 4:28Estas estruturas evoluíram lado a lado
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4:28 - 4:32com mecanismos neurais, hormonais
e genéticos que os suportam, -
4:32 - 4:34porque o comportamento social consequente
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4:34 - 4:37ajuda estes organismos a sobreviver,
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4:37 - 4:40reproduzir e deixar um legado genético.
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4:42 - 4:43Para passar para a vida adulta,
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4:43 - 4:46para uma espécie social, incluindo a humana,
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4:46 - 4:50não é se tornar
autônomo e solitário, -
4:50 - 4:53é tornar-se aquele de quem
outros possam depender. -
4:55 - 4:58Quer saibamos ou não,
nosso cérebro e biologia -
4:58 - 5:01têm sido moldados para
favorecer esta consequência. -
5:02 - 5:06O biólogo evolucionista,
David Sloan Wilson, -
5:06 - 5:08ressalta que, se você perguntar às pessoas:
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5:08 - 5:10"Quais são as características de uma boa pessoa?"
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5:10 - 5:14Você vai ouvir características como,
generosa, compassiva e empática -
5:15 - 5:19Se você perguntar às pessoas quais são
as qualidades de uma má pessoa, -
5:19 - 5:21você vai ouvir características tais como:
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5:21 - 5:24cruel, gananciosa, exploradora e egoísta.
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5:24 - 5:26Dito de outra forma,
as qualidades de uma boa pessoa -
5:26 - 5:29descrevem alguém que se preocupa
consigo mesma e com as outras, -
5:31 - 5:32e uma pessoa má,
preocupa-se consigo -
5:32 - 5:35à custa de outras.
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5:36 - 5:40Durante toda a nossa herança biológica,
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5:40 - 5:43nosso cérebro e biologia
têm sido esculpidos a nos orientar -
5:43 - 5:48para certos tipos de sentimento,
pensamento e comportamento. -
5:49 - 5:50Por exemplo,
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5:50 - 5:54temos um número de
mecanismos biológicos -
5:54 - 5:59que capitalizam sobre os
sinais aversivos para motivar-nos a agir -
5:59 - 6:01de maneiras essenciais
para a nossa sobrevivência. -
6:02 - 6:04A fome, por exemplo, é desencadeada
pelo baixo nível de açúcar no sangue. -
6:04 - 6:06e o motiva a comer;
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6:06 - 6:09um importante sistema de alerta
para um organismo -
6:09 - 6:13que exigiria muito mais
tempo e esforço para encontrar comida -
6:13 - 6:15do que ir para à geladeira,
armário da cozinha -
6:15 - 6:19ou lanchonetes.
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6:19 - 6:20A sede é um sinal aversivo
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6:20 - 6:23que nos motiva a procurar
por água potável -
6:23 - 6:26antes que sejamos vítimas da desidratação.
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6:26 - 6:31E a dor é um sistema aversivo que
nos previne de dano potencial nos tecidos -
6:31 - 6:34e nos motiva a cuidar
do nosso corpo físico. -
6:35 - 6:40Você pode pensar que o sistema
biológico de alertas pára por aí, -
6:40 - 6:42mas tem mais.
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6:42 - 6:44Apesar de não ser parte do senso comum,
embora não seja intuitiva, -
6:44 - 6:48a dor e a aversão da solidão,
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6:48 - 6:51de sentir-se isolado
dos que estão ao seu redor, -
6:51 - 6:55é também parte do mecanismo
biológico de avisos -
6:55 - 7:00que o alertam para as ameaças
e danos ao seu corpo social, -
7:00 - 7:03os quais voce também precisa
para sobreviver e prosperar. -
7:04 - 7:07Quase todos nós
já sentimos dor física -
7:07 - 7:09e quase quase todos nós já sentimos
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7:09 - 7:10a angústia da saudade de casa,
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7:10 - 7:12a agonia do luto,
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7:12 - 7:15o tormento de um amor não correspondido
-
7:15 - 7:17e a dor de ter sido desprezados.
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7:17 - 7:20Todas estas são variações
da experiência da solidão. -
7:21 - 7:23Quando eu comecei a estudar
os efeitos da solidão -
7:23 - 7:25e cérebro e biologia
duas décadas atrás, -
7:27 - 7:30a solidão havia sido caracterizada
como uma doença não-crônica -
7:30 - 7:32sem características redentoras.
-
7:33 - 7:37Foi ainda equiparada
com timidez, depressão. -
7:37 - 7:42com ser solitário, alguém
com poucas habilidades sociais. -
7:43 - 7:46Avaliações científicas
e cálculos sofisticados, -
7:46 - 7:50para nossa surpresa, revelaram
que tudo era mito. -
7:51 - 7:54A ciência e o senso comum
tinham novamente produzido -
7:54 - 7:58duas representações muito diferentes
de um fenômeno. -
7:58 - 8:01E no entanto, se você olhar para a forma
em que cada vez mais vivemos nossas vidas, -
8:01 - 8:05isto mostra o quanto
nós ainda cremos -
8:05 - 8:10nestes mitos de solidão e
valores de autonomia e independência. -
8:11 - 8:12Por exemplo, se você observar
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8:12 - 8:17a porcentagem de residências
com um morador em 1940 nos EUA, -
8:17 - 8:20era muito menor do que 15%
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8:20 - 8:22das residências por estado.
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8:22 - 8:24Avance para 1970,
-
8:24 - 8:28e aumenta para
entre 15 e 20%. -
8:28 - 8:30Avance para o ano 2000
-
8:30 - 8:35e agora é superior a 25%
na maioria dos estados da América do Norte. -
8:35 - 8:37E aquele estado-azul claro, Utah,
-
8:37 - 8:41no censo de 2010 passou para azul-escuro.
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8:42 - 8:44A prevalência da solidão
também está crescendo. -
8:45 - 8:49Na década 80, estudiosos têm
estimado que cerca de 20% dos norte-americanos -
8:49 - 8:52sentiram-se mais solitários do que
em qualquer outra época. -
8:52 - 8:56Duas pesquisas nacionalmente
representativas recentes indicam -
8:56 - 8:58que esse número dobrou,
-
9:00 - 9:02mas você não ouve as pessoas
falando que sentem-se solitárias, -
9:02 - 9:05e isso ocorre porque a
solidão é estigmatizada. -
9:07 - 9:11Equivale psicologicamente a
ser uma pessoa derrotada ou fraca. -
9:11 - 9:13E isso é realmente lamentável,
-
9:13 - 9:16porque significa que estamos mais
propensos a negar que nos sentimos sós, -
9:16 - 9:20que é tão lógico quanto
negar que sentimos -
9:20 - 9:22fome, sede ou dor.
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9:23 - 9:26Pois agora sabemos que viver
com solidão é o principal fator de risco -
9:26 - 9:29de morbidade e mortalidade generalizadas.
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9:31 - 9:33Observe duas condições
que sabemos a respeito: -
9:33 - 9:35a morte prematura.
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9:35 - 9:41Viver com poluição no ar aumenta
suas chances de morte prematura em 5%. -
9:42 - 9:45Viver com obesidade, o que sabemos ser
um problema nacional de saúde, -
9:45 - 9:49aumenta suas chances
de morte prematura em 20%. -
9:50 - 9:53Consumo excessivo de álcool: 30%.
-
9:54 - 9:58Uma análise médica recente com cerca
de cem mil participantes -
9:58 - 10:01mostra que viver com solidão aumenta suas chances
-
10:01 - 10:04de morte prematura em 45%.
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10:07 - 10:10Nós não somos a única espécie social,
e pesquisas experimentais -
10:10 - 10:14com animais sociais não-humanos
que foram isolados mostram -
10:14 - 10:18que eles também sofrem
consequências fisiológicas insalubres -
10:18 - 10:21e têm a vida abreviada.
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10:24 - 10:28Em nossa história, como espécie,
temos sobrevivido e prosperado -
10:28 - 10:30por termos ficado unidos;
-
10:30 - 10:35casais, famílias e tribos,
para a proteção e assistência mútua. -
10:35 - 10:38Pensamos em solidão
como uma situação triste, -
10:38 - 10:41mas para espécies sociais,
estar nos perímetros sociais, -
10:41 - 10:44não só é triste, é perigoso.
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10:46 - 10:51Os cérebros das espécies sociais,
incluindo a nossa própria, evoluíram -
10:51 - 10:53para reagirem quando
estiverem no perímetro social, -
10:53 - 10:56entrando em estado de autopreservação.
-
10:58 - 11:01Se você isolar um roedor, e em seguida,
colocá-lo em um campo aberto -
11:01 - 11:04tal como esses pontos
na parte inferior da imagem, -
11:04 - 11:06ele se engaja no que chamamos
de evasão antipredatória. -
11:06 - 11:11Ele anda ao redor e não
se aventura na parte do meio -
11:11 - 11:16onde escapar de um predator
voador seria mais difícil. -
11:17 - 11:19Quando humanos sentem-se isolados,
-
11:19 - 11:24eles também estão não só em
uma circunstância infeliz, -
11:24 - 11:26mas em uma circunstância perigosa.
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11:26 - 11:30E os cérebros deles também entram
em modo de autopreservação. -
11:31 - 11:34Em um estudo com imagens
cerebrais que fizemos, -
11:34 - 11:36mostramos à pessoas imagens negativas
-
11:36 - 11:38que nada tinham a ver com outras pessoas
-
11:38 - 11:40ou imagens sociais negativas
-
11:40 - 11:42enquanto elas sentavam-se
ao scanner, fizemos a varredura. -
11:42 - 11:44O que descobrimos foi
-
11:44 - 11:46que quanto mais solitário o cérebro,
-
11:47 - 11:50quando uma imagem social negativa
era apresentada, -
11:50 - 11:52isso quer dizer, no ambiente de uma pessoa,
-
11:52 - 11:55quando algo socialmente
negativo acontecia, -
11:56 - 11:58o cérebro prestava mais atenção,
-
11:58 - 12:03maior atividade do córtex visual
mostrado em amarelo aqui, àquela imagem. -
12:04 - 12:07Agora, ao você seguir essa imagem adiante,
-
12:07 - 12:09você chega a essas duas áreas azuis:
-
12:09 - 12:11essa é a junção temporoparietal.
-
12:11 - 12:15Esta é uma parte do tecido cerebral
que está envolvida na teoria da mente, -
12:15 - 12:18em leitura da mente e mentalização,
-
12:18 - 12:21em assumir a perspectiva de
outra pessoa, e em empatia. -
12:22 - 12:27É responsável pelo controle da atenção
necessária para sair de si mesmo -
12:27 - 12:32e colocar-se, pelo menos figurativamente,
dentro da cabeça de outra pessoa -
12:32 - 12:34para que você entenda o ponto de vista dessa pessoa.
-
12:34 - 12:36Quanto mais solitário o cérebro,
-
12:36 - 12:40quando algo negativo
no contexto social era mostrado, -
12:40 - 12:42menor a atividade nessa região.
-
12:43 - 12:45É perigoso no perímetro social
-
12:45 - 12:48quando acontece algo negativo
no ambiente social -
12:48 - 12:51esse cérebro está focado na autopreservação,
-
12:51 - 12:54não na preocupação por outra pessoa.
-
12:56 - 13:00A semelhança nos efeitos neurais
e comportamentais em toda filogenia -
13:00 - 13:04é um testemunho da importância
do ambiente social -
13:04 - 13:06para as espécies sociais.
-
13:06 - 13:11E essas raízes evolutivas profundas
orientando nosso cérebro e biologia -
13:11 - 13:12em direção à nossa autopreservação
-
13:12 - 13:15também sugerem que
muito do que é acionado -
13:15 - 13:18pelo isolamento social não é consciente.
-
13:20 - 13:24Por exemplo, quando você se sente isolado
-
13:25 - 13:28você sente esse motivo,
esse desejo, essa intenção -
13:28 - 13:30de se conectar com outras pessoas novamente.
-
13:31 - 13:32O que você não sente,
-
13:32 - 13:37é que seu cérebro entrou em
hipervigilância contra ameaças sociais -
13:37 - 13:42e essa hipervigilância
significa que você introduz -
13:42 - 13:45vieses cognitivos de atenção,
confirmação e até mesmo de memória -
13:46 - 13:48em termos dessas interações sociais.
-
13:48 - 13:50E se você está à procura de perigos ,
-
13:50 - 13:51é mais provável que você veja perigos
-
13:51 - 13:53quer eles existam ou não,
-
13:53 - 13:55o que significa ser mais provável que você
-
13:55 - 13:56tenha interações negativas.
-
13:57 - 14:01E essa vigilância ameaça de
ficar sempre à procura do próximo adversário -
14:01 - 14:04ativa mecanismos neurobiológicos
-
14:04 - 14:07que podem prejudicar a saúde
e levar à mortalidade precoce. -
14:10 - 14:11A solidão aumenta a resposta defensiva
-
14:11 - 14:14porque você está focado
em seu próprio bem-estar -
14:14 - 14:17ao invés de tomar
o lugar ou a perspectiva -
14:17 - 14:19das pessoas com quem você interage .
-
14:19 - 14:22A solidão aumenta os sintomas depressivos
-
14:22 - 14:26os quais têm o efeito peculiar
de diminuir a sua probabilidade -
14:26 - 14:27de ter conflitos sociais.
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14:27 - 14:29E através da acústica, da postura
-
14:29 - 14:32e das expressões faciais de tristeza,
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14:32 - 14:36tais como esta criança nesta
foto, servem como um sinal -
14:36 - 14:39aos outros ao redor
para reconectarem-se com você, -
14:39 - 14:41se eles estiverem dispostos a fazê-lo.
-
14:41 - 14:44Por isso é uma chamada segura para a conexão.
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14:44 - 14:46A solidão aumenta os
níveis de cortisol matinais, -
14:46 - 14:48um poderoso hormônio do estresse,
-
14:48 - 14:50a consequência da
preparação do cérebro -
14:50 - 14:52para mais um dia perigoso.
-
14:53 - 14:57E a solidão aumenta
a resposta prepotente, -
14:57 - 14:58o que significa que é mais provável você
-
14:58 - 15:03acabar vítima de uma série inteira de
comportamentos impulsivos insalubres. -
15:04 - 15:06E o final do dia
-
15:06 - 15:10não traz o fim do estado
de alerta elevado do cérebro. -
15:10 - 15:14Se é perigoso afastar feras
selvagens sozinho com uma vara, -
15:14 - 15:19imagine como é perigoso
guardar essa vara à noite -
15:20 - 15:22quando os predadores estão soltos
-
15:22 - 15:24e você está sem essa
proximidade social segura. -
15:25 - 15:29Descobrimos que a solidão
também diminui o sono saudável, -
15:29 - 15:31aumentando o número
de microdespertares, -
15:31 - 15:34aumenta o sono fragmentado
-
15:34 - 15:38e assim, diminui a desintoxicação
dos dias estressantes -
15:38 - 15:41ao longo da noite.
-
15:42 - 15:46Solidão até mesmo altera
expressões do gene, tais como -
15:46 - 15:49a biologia inflamatória
para lidar com ataques. -
15:50 - 15:53Não faz muito tempo nós pensávamos
nos genes como o teclado -
15:53 - 15:55no qual se tocava a canção da vida.
-
15:55 - 15:58O que esta pesquisa
sugere é que -
15:58 - 16:01se os genes são as teclas do piano,
-
16:01 - 16:03então, o ambiente, incluindo
o seu ambiente social -
16:03 - 16:09é o pianista influenciando
quais teclas são ligadas e desligadas . -
16:10 - 16:12Bem, se a solidão é perigosa,
-
16:12 - 16:13o que podemos fazer a respeito?
-
16:14 - 16:15Quando sentimos fome,
-
16:15 - 16:17podemos ir ao refrigerador
e fazer um lanche. -
16:17 - 16:18Quando sentimos sede,
-
16:18 - 16:21podemos ir à torneira
e encher um copo de água. -
16:21 - 16:25Mas quando nos sentimos solitários,
não temos uma despensa cheia de amigos -
16:25 - 16:27com quem podemos conectar,
-
16:27 - 16:30e nenhuma rede social online
-
16:30 - 16:33pode substituir o toque
confortante de um amigo. -
16:34 - 16:38Primeiro, reconheça o sinal
-
16:38 - 16:40e não negue-o.
-
16:41 - 16:45Segundo, entenda
o que ele faz ao seu cérebro, -
16:45 - 16:48ao seu corpo, ao seu comportamento.
-
16:49 - 16:50É perigoso,
-
16:50 - 16:53como membro de uma espécie social,
sentir-se isolado -
16:53 - 16:56e nossos cérebros entram
em modo de autopreservação. -
16:57 - 17:01Isso acarreta alguns
efeitos indesejados e desconhecidos -
17:01 - 17:03nos nossos pensamentos e
nossas ações para com os outros. -
17:03 - 17:07Esteja ciente e
entenda esses efeitos -
17:07 - 17:10e seja responsável por
suas ações em relação aos outros. -
17:10 - 17:12E terceiro, reaja.
-
17:13 - 17:16Entenda que não é
a quantidade de amigos, -
17:16 - 17:20mas a qualidade de uns poucos
relacionamentos o que realmente importa. -
17:20 - 17:24Zele pelos três componentes
de conexão. -
17:24 - 17:31Pode-se promover conexões essenciais
ao desenvolver uma única relação -
17:31 - 17:35que é confiável, em que você pode confiar
e que pode confiar em você. -
17:36 - 17:38Você pode promover
conexão relacional -
17:38 - 17:42simplesmente ao dividir
bons momentos com amigos e família. -
17:42 - 17:47Muitas vezes vamos para a mesa de jantar
felizes que provemos para a nossa família, -
17:47 - 17:51mas esquecemos de dividir qualquer
bom momento do percurso com eles. -
17:52 - 17:56Conexões coletivas podem ser
alcançadas ao nos tornarmos -
17:56 - 17:58parte de algo maior do que nós mesmos.
-
17:59 - 18:03Se os obstáculos à conexão
parecem intransponíveis, -
18:03 - 18:07considere voluntariar-se
para algo de que goste. -
18:07 - 18:12Talvez possa ajudar a servir os necessitados,
ajudar em um museu, -
18:12 - 18:17um zoológico, um clube
de corrida ou um evento TEDx. -
18:17 - 18:22Ou simplesmente dedique tempo conversando
com idosos em lares de repouso. -
18:24 - 18:28Compartilhar bons momentos é
uma das chaves para a conexão. -
18:28 - 18:33E não espere. A próxima vez que
sentir-se alienado, isolado ou excluído, -
18:33 - 18:36responda ao sinal aversivo
-
18:36 - 18:39como o faria se fosse fome, sede ou dor,
-
18:39 - 18:41e conecte-se.
-
18:41 - 18:42Obrigado.
-
18:42 - 18:45(Aplausos)
- Title:
- A Letalidade da Solidão: John Cacioppo no TEDxDesMoines
- Description:
-
John Cacioppo demonstra a importância da interação social para os seres humanos como espécie social, e como a solidão pode realmente prejudicar a nossa saúde e até causar a morte. Ele nos dá algumas sugestões de como nos reconectar aos outros.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:45
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TED Translators admin edited Portuguese, Brazilian subtitles for The Lethality of Loneliness: John Cacioppo at TEDxDesMoines | |
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Rafael Eufrasio approved Portuguese, Brazilian subtitles for The Lethality of Loneliness: John Cacioppo at TEDxDesMoines | |
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Adriane Miller commented on Portuguese, Brazilian subtitles for The Lethality of Loneliness: John Cacioppo at TEDxDesMoines | |
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Adriane Miller edited Portuguese, Brazilian subtitles for The Lethality of Loneliness: John Cacioppo at TEDxDesMoines |
Leonardo Leidens
Ótima tradução. Não encontrei erros.
Adriane Miller
Obrigada, Leonardo.