Sementes de Liberdade
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0:01 - 0:05[Música]
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0:26 - 0:32A agricultura global mudou mais no decorrer das nossas vidas, do que nos 10.000 anos anteriores
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0:33 - 0:38Mas com toda a mudança emergem conflitos de interesses.
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0:38 - 0:43Em lado algum esses conflitos são mais cruciais que na história da semente.
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0:44 - 0:49Neste filme, veremos como a semente mudou na agricultura e na nossa cultura,
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0:49 - 0:57de um elemento sagrado e o criador de vida, para uma mercadoria poderosa, usada para monopolizar a produção mundial de alimentos.
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0:58 - 1:02Este conflito entre a agricultura e negócios, entre conhecimento e controlo,
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1:02 - 1:10entre verdade e propaganda, está no cerne da história da semente.
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1:10 - 1:15Quando uma empresa começa a colectar lucro pela patente de cada semente,
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1:15 - 1:21força as suas culturas geneticamente modificadas, para substituir as espécies nativas que agricultores e camponeses cultivaram ao longo de milénios.
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1:21 - 1:24Não sabemos o que está no nosso ecossistema.
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1:24 - 1:27Não sabemos o que temos nele.
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1:27 - 1:28Portanto, não tem nada a ver com "alimentar do mundo".
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1:28 - 1:32Não se trata de resolver algumas destas grandes questões que enfrentamos nos dias de hoje.
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1:32 - 1:35Trata-se de controlo do sector alimentar, da economia de alimentos.
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1:37 - 1:45[SEMENTES DE LIBERDADE]
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2:03 - 2:09[A EVOLUÇÃO DA DIVERSIDADE]
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2:14 - 2:17Começamos a história da semente, milhares de anos atrás,
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2:17 - 2:23num tempo em que a Terra estava coberta de comunidades dispersas, isoladas por montanhas, mares e desertos.
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2:24 - 2:30Uma enorme diversidade de culturas, tradições e línguas evoluíram por todo o planeta,
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2:30 - 2:33adaptando-se a diferentes climas e ecossistemas.
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2:34 - 2:39Ao longo dos séculos, cada uma destas sociedades desenvolveu ideias diferentes,
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2:39 - 2:45cosmologias, rotinas e rituais, criando uma vasta base de diversidade.
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2:46 - 2:52Hoje, ainda existem comunidades, em vários pontos do globo, que nos abrem uma janela para este passado ancestral.
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2:53 - 2:58Todas as culturas tradicionais basearam-se
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2:58 - 3:02no reconhecimento de que a mais importante razão por estarmos aqui na Terra,
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3:02 - 3:05é para desempenhar o nosso papel na manutenção da vida na sua diversidade.
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3:06 - 3:09Porque a semente contém vida,
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3:10 - 3:16a semente tem sido fundamental para reproduzir a cultura da vida.
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3:16 - 3:22E se observarmos rituais na Índia, na África, na América Latina.
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3:22 - 3:24A semente desempenha um papel central.
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3:26 - 3:28A semente é a nossa vida...
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3:30 - 3:35O nosso sustento depende dela.
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3:36 - 3:44Nós plantamos sementes para acolher nova vida.
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3:44 - 3:48Quando um menino se torna homem nós cobrimo-lo de sementes.
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3:49 - 3:54E quando uma pessoa morre, plantamos sementes no seu túmulo.
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3:56 - 4:01Sementes não são apenas comida...
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4:02 - 4:06Elas têm um significado espiritual...
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4:06 - 4:12Usamo-las quando realizamos rituais.
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4:25 - 4:31Como os nossos antepassados se diversificaram, assim o fizeram suas semente e seus cultivos.
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4:31 - 4:36Muito antes de Darwin ter articulado a teoria da evolução pela seleção natural,
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4:36 - 4:40homens e mulheres em todo o globo já usavam este mesmo processo:
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4:40 - 4:44re-semeando sementes melhor adaptadas ao seu ambiente particular
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4:44 - 4:49e assim, tornando-se parte do processo de mudança evolutiva.
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4:49 - 4:52No centro desta mudança estava a semente
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4:52 - 4:55que a cada ano poderia ser colhida novamente
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4:55 - 4:59e poderia ser armazenada, compartilhada e cruzada.
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4:59 - 5:04Nós somos os herdeiros desta rica biodiversidade global.
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5:05 - 5:12Quanto mais olhamos para as sementes e a biodiversidade, mais, compreendemos que o nível de inteligência – na semente em si -
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5:12 - 5:16e na sua replicação, que os agricultores têm feito por trabalhar com a semente,
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5:16 - 5:20tem nos dado, não apenas o mais alto nível de biodiversidade,
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5:20 - 5:23mas o mais alto nível de qualidade dos alimentos.
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5:23 - 5:25O mais alto nível de nutrição.
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5:26 - 5:30Para nós uma variedade não é suficiente.
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5:30 - 5:33Se perdemos isso, estamos perdidos.
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5:34 - 5:36Os agricultores cultivam para a resiliência.
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5:36 - 5:40E, por conseguinte, eles cultivam para elos cooperativos.
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5:40 - 5:41Eles não cultivam uma variedade.
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5:42 - 5:45Eles sabem que devem ter muitas culturas, porque o clima muda.
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5:45 - 5:49Eles sabem que devem ter muitas culturas, porque necessidades nutricionais são diversas.
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5:51 - 5:55A produção de alimentos nas tradições indígenas, na maior da história da Humanidade,
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5:55 - 6:00tem se focado na promoção da diversidade biológica.
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6:20 - 6:27[O CAMINHO DA INDÚSTRIA]
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6:34 - 6:38No virar do século XX, a agricultura começou a depender da tecnologia;
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6:39 - 6:42forçando as pessoas a migrar das suas terras para as cidades,
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6:42 - 6:47à medida que o trabalho e as habilidades tradicionais foram substituídas gradualmente por maquinaria moderna.
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6:48 - 6:51Mas como a Europa se envolveu em duas Guerras Mundiais,
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6:51 - 6:55os químicos produzidos para a guerra foram destinados a mudar a face da agricultura.
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6:57 - 7:02Com o mundo preso em conflito novos químicos começaram a ser produzidos em grandes quantidades.
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7:03 - 7:07E quando a paz regressa, as empresas fabricantes desses produtos químicos
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7:07 - 7:11precisavam de criar mercados alternativos para os seus produtos.
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7:11 - 7:20Com pequenas alterações, explosivos e agentes nervosos foram reformulados como fertilizantes e pesticidas,
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7:20 - 7:25e a agronomia química encontrou o caminho para as terras de cultivo de todo o mundo.
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7:26 - 7:30Hoje, tudo mudou...
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7:32 - 7:35O solo exige comida...
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7:35 - 7:40Ele pede por uma variedade de alimentos diferentes.
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7:40 - 7:44Nossos pais nunca precisaram desses produtos químicos.
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7:45 - 7:48Agora estamos a assar num monte de produtos químicos.
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7:48 - 7:53E a necessidade continua a crescer – não é estática,
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7:53 - 7:55e essa carência nunca termina.
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7:55 - 8:01Num dado momento os nossos solos começaram a erudir-se, a desgastar-se...
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8:02 - 8:05Podemos dizer que eles se tornaram "toxicodependentes".
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8:05 - 8:08Tornaram-se dependentes desses adubos.
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8:09 - 8:12Se optarmos por usar fertilizantes num cultivo...
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8:13 - 8:18Na temporada seguinte, temos de usar fertilizante novamente. Não há escolha!
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8:33 - 8:36Com o terreno agrícola mecanizado e o uso de químicos a aumentar,
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8:37 - 8:40a história da semente também estava prestes a mudar.
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8:41 - 8:44Ciclos naturais de conservação e partilha de sementes,
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8:44 - 8:47que mantiveram os interesses comerciais à distância,
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8:47 - 8:50foram desafiados por um novo avanço na produção de sementes:
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8:50 - 8:52As novas sementes híbridas
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8:53 - 9:00cruzamentos de duas plantas-mãe puras, produzindo sementes geneticamente ricas na primeira geração,
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9:00 - 9:05que perdem rapidamente a vitalidade na segunda e terceira gerações.
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9:05 - 9:09Este processo natural de esterilização dos híbridos,
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9:09 - 9:13significa que os agricultores já não têm beneficio em re-semear a sua semente.
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9:14 - 9:17Em vez disso, têm que comprar sementes novas a cada estação.
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9:17 - 9:23Isto permitiu às corporações internacionais a privatização e controlo dos lucros das sementes.
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9:23 - 9:29Na década de 1960 essas corporações começaram uma proliferação mundial das suas novas sementes,
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9:30 - 9:35Reconhecendo a agricultura global como um mercado inexplorado e extremamente rentável,
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9:35 - 9:40traçaram como objectivo, na realidade, a privatização do sistema de alimentação do mundo.
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9:41 - 9:45Em todo o mundo, agricultores abandonaram em massa os seus sistemas de agricultura tradicional;
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9:46 - 9:51comprando um sonho de maior produtividade, menos trabalho e mais dinheiro.
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9:52 - 9:56Monoculturas, como o chá e o café começaram a substituir as espécies de cultivo indígenas,
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9:57 - 10:01e a agricultura de subsistência - da qual sobrevivia a comunidade local -
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10:01 - 10:06foi substituída por estas novas monoculturas para exportação.
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10:08 - 10:13Como a produção mundial de alimentos aumentou, agricultores tradicionais foram sendo seduzidos para este novo sistema.
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10:14 - 10:18Apesar dos custos de produção subirem drasticamente,
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10:18 - 10:24pois novas sementes, fertilizantes e pesticidas tinham de ser comprados a cada nova estação.
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10:25 - 10:30E notaram que estas novas culturas estão sujeitas a mercados internacionais imprevisíveis.
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10:31 - 10:37Estes agricultores tinham entrado, inconscientemente, num sistema que se provava menos resiliente,
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10:37 - 10:40menos sustentável, mais caro e,
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10:40 - 10:44em última análise, prejudicial à sua sobrevivência.
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10:45 - 10:49Quando nós plantamos essas novas sementes...
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10:49 - 10:54Só podemos plantá-las por uma temporada.
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10:54 - 10:58Na temporada seguinte, elas são débeis.
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10:58 - 11:04As nossas culturas tradicionais são boas para comer.
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11:04 - 11:08Enquanto que as culturas modernas podem ser exportadas.
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11:08 - 11:12Mas nós não podemos comer café!
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11:13 - 11:20Que consequências achas que decorrem da substituição de muitas variedades diferentes de culturas
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11:20 - 11:25culturas alimentícias, na verdade, por uma única cultura que não se pode comer?
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11:26 - 11:31Acho que a maior preocupação é que há um crescente controlo corporativo do ciclo da semente.
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11:31 - 11:35E isso significa, cada vez mais, que um número muito pequeno de pessoas
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11:35 - 11:39tem uma enorme influência sobre a forma como os agricultores são capazes de produzir alimentos.
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11:40 - 11:46As práticas tradicionais de guardar sementes estão agora sob ameaça e o que isso faz, essencialmente,
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11:46 - 11:51é colocar o lucro empresarial à frente da capacidade dos agricultores se alimentarem a si mesmos e às suas comunidades.
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11:52 - 11:59Há más consequências para esta nova semente.
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11:59 - 12:05Temos que comprá-la...
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12:05 - 12:11E depois não podemos armazená-la, porque apodrece.
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12:11 - 12:15Pouparíamos dinheiro se retornássemos à nossa antiga semente.
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12:21 - 12:26Peças são ligadas em duas cadeias entrelaçadas,
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12:26 - 12:30formando uma estrutura, como uma longa escada em espiral.
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12:31 - 12:35Nesta molécula encontramos uma qualidade essencial da matéria viva.
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12:35 - 12:39A capacidade de se reproduzir, fazer cópias de si mesma.
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12:39 - 12:42E de todas as moléculas conhecidas pela química,
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12:42 - 12:45só o ADN e os seus parentes têm essa capacidade
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12:45 - 12:48[CONTROLANDO A SEMENTE]
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12:48 - 12:53Em 1953, a descoberta do dupla hélice do ADN, por Watson e a Crick ,
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12:53 - 12:57Definiu o cenário para um dos mais rápidos avanços da Ciência:
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12:58 - 13:00A engenharia genética.
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13:00 - 13:05A possibilidade de mover genes entre células, organismos e espécies,
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13:06 - 13:07rapidamente se tornou viável.
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13:08 - 13:12Na agricultura, as possibilidades de tal engenharia pareciam ilimitadas.
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13:12 - 13:19Colheitas maiores, maior capacidade de resistência às secas, melhor sabor e maturação mais rápida.
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13:20 - 13:26Mas o surgimento desta nova tecnologia foi acompanhado por um aceso debate quanto à sua ética.
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13:27 - 13:31Enquanto isso, o impacto mais significativo desta nova tecnologia
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13:31 - 13:36não estava a ser decidido no campo, mas sim no tribunal.
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13:37 - 13:42"A constituição dos Estados Unidos dá ao Congresso o poder de aprovar leis relativas às patentes,
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13:42 - 13:45que atribui ao seu dono determinados direitos relativos a uma invenção.
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13:45 - 13:56Estes incluem: o direito de evitar que outras pessoas reproduzam, usem, vendam ou ofereçam para venda, a invenção descrita na patente."
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13:56 - 14:02As leis de propriedade intelectual há muito que estipulam que se podem alegar patentes sobre invenções novas e comprovadas.
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14:03 - 14:10Mas, em 1995, a Organização Mundial do Comércio propôs uma mudança radical no direito internacional.
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14:10 - 14:18Sob a pressão de corporações multinacionais, decidiram que micro-organismos, e processos microbiológicos,
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14:18 - 14:21que já existiam na Natureza, podiam ser patenteados.
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14:22 - 14:28De acordo com esta lei, uma semente poderia ser geneticamente modificada para conter genes particulares,
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14:28 - 14:32que poderiam ser patenteados e possuídos por privados.
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14:33 - 14:40No que diz respeito à semente, este salto, em termos de direitos de propriedade sobre a própria vida,
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14:40 - 14:43é a mais grave ameaça
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14:43 - 14:48para as sementes de diversidade, as sementes da liberdade que estão nas mãos dos camponeses.
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14:49 - 14:55Um ano mais tarde a gigante agroquímica Monsanto produziu o primeiro OGM para cultivo na América:
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14:56 - 15:02A soja "RoundUp Ready", que foi rapidamente seguida por milho GM e canola GM.
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15:02 - 15:07As sementes geneticamente modificadas continham uma única alteração,
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15:08 - 15:14foram projectadas especificamente para resistir aos efeitos tóxicos do herbicida químico RoundUp,
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15:14 - 15:18o herbicida mais vendido da Monsanto desde a década de 1980.
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15:19 - 15:22Ao colocar um gene para a resistência ao herbicida:
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15:22 - 15:29agora têm um monopólio do produto químico, bem como da semente, criada para o químico.
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15:29 - 15:32São empresas químicas primeiro, mas são empresas de sementes em segundo lugar.
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15:32 - 15:37Ao controlar as sementes, controla-se o lucro do cultivo de alimentos.
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15:37 - 15:40Cria-se um monopólio quando se vendem sementes,
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15:40 - 15:44fabricadas para serem resistentes aos pesticidas usados nessas mesmas sementes.
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15:44 - 15:48Como efeito directo disso estamos a registar um aumento drástico no uso de pesticidas,
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15:48 - 15:50que é uma das coisas que a tecnologia OGM deveria estar a resolver.
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15:51 - 15:57Já passaram vinte anos desde que os OGM entraram nos nossos mercados e as promessas das primeiras pesquisas continuam por cumprir.
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15:58 - 16:02A tecnologia RoundUp Ready domina o mercado de OGM na América.
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16:02 - 16:06E agora a história da semente regressa ao tribunal
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16:06 - 16:10à medida que as implicações da lei de patentes se tornam claras para o mundo.
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16:12 - 16:17Nunca me vou esquecer, quando eu e minha esposa deixamos a nossa porta aqui, a porta da frente
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16:17 - 16:25ela olhou para trás e disse: "Prezo a Deus que ainda tenha um tecto sobre minha cabeça, hoje à noite quando chegar a casa."
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16:25 - 16:28Foi o quão perto estávamos de perder tudo.
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16:28 - 16:30Colocamos tudo em risco,
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16:31 - 16:34e tenho pena dos agricultores que não tiveram essa oportunidade
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16:34 - 16:37e que perderam as suas quintas, centenas deles.
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16:38 - 16:45O agricultor canadiano Percy Schmeiser cultivava canola, guardando e reproduzindo a semente há 50 anos.
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16:46 - 16:51Mas em 1998 foi encontrado, em algumas das suas sementes, o gene RoundUp patenteado.
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16:52 - 16:57Quer sejam sementes que foram propagadas dos campos vizinhos, ou polén arrastado pelo vento ou abelhas,
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16:58 - 17:02se acontecer cruzamento, já não se é dono das nossas sementes ou plantas,
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17:02 - 17:06instantaneamente, sob a lei de patentes, tornam-se propriedade da corporação.
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17:06 - 17:10Percy foi levado para o Tribunal Federal canadiano por violação de patente.
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17:11 - 17:15A sua defesa, que a presença dos OGM foi acidental
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17:15 - 17:20foi rejeitada pelo Tribunal e, em 2000, foi considerado culpado.
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17:20 - 17:24Não tinham registo de alguma vez termos obtido ou comprado as suas sementes.
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17:24 - 17:28Mas disseram que, porque nosso vizinho as tinha e nos contaminou,
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17:28 - 17:30nós não deveríamos ter usado a semente.
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17:30 - 17:31Devíamos ter sabido.
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17:31 - 17:35Bem, isso é completamente impossível.
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17:35 - 17:38Uma semente de canola, quer seja geneticamente modificada ou não, ou biológica,
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17:38 - 17:41tem uma aparência idêntica, a menos que se faça um teste de ADN.
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17:42 - 17:49Até à data, mais de 140 agricultores dos EUA têm sido processados por violação de propriedade intelectual de sementes.
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17:51 - 17:55Milhares foram investigados pela prática da chamada "pirataria de sementes".
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17:56 - 17:57O que é suposto fazer com as sementes?
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17:57 - 18:02Sementes devem ser plantadas, multiplicadas, usadas, adaptadas, etc etc.
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18:02 - 18:05Isso é exatamente o que não é permitido, segundo da mentalidade empresarial.
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18:05 - 18:08As corporações vendem a semente, ou licenciam-nos
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18:08 - 18:12o uso da semente de uma maneira específica, da forma como estão interessados em produzi-la. E ponto final!
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18:12 - 18:15Controlando a semente controla-se o agricultor.
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18:15 - 18:19Controlando o agricultor controla-se todo o sistema alimentar.
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18:19 - 18:22E esse é o legado da genética na agricultura.
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18:23 - 18:26Hoje, o mercado de OGMs espalhou-se para além da América do Norte,
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18:26 - 18:32e estabeleceu-se na Argentina, Paraguai, Brasil e, agora, na Índia.
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18:33 - 18:39Enquanto a indústria dos OGMs afirma aumentar colheitas e melhorar vidas,
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18:39 - 18:44cada vez mais agricultores relatam problemas novos e inesperados.
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18:44 - 18:48No estado indiano de Gujarat, centenas de milhares de agricultores,
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18:48 - 18:51persuadidos a cultivar algodão BT, geneticamente modificado,
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18:51 - 18:55- uma cultura que produz o seu próprio pesticida -
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18:55 - 19:00descobriram que, com o passar do tempo, as pragas desenvolveram a sua própria resistência ao cultivo.
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19:01 - 19:07A ascensão destas "superpestes" tem forçado os agricultores a usar pesticidas cada vez mais fortes.
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19:08 - 19:14Em vez de controlar pragas e ervas daninhas, aparecem super pragas e super ervas daninhas.
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19:14 - 19:20E assim, até no domínio limitado do controlo de ervas daninhas e pragas, a tecnologia está a falhar.
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19:21 - 19:26Com o aumento dos custos de sementes, adubos e pesticidas,
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19:26 - 19:30muitos agricultores ficaram presos numa espiral de dívida.
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19:30 - 19:36E a propagação de algodão GM tem sido associada a um aumento dramático de suicídios entre agricultores indianos.
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19:41 - 19:46Na Argentina, milhares de pequenos agricultores foram forçados a deixar as suas terras,
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19:46 - 19:51incapazes de competir economicamente com monoculturas altamente mecanizadas.
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19:52 - 19:59Para muitos agricultores não-OGM tornou-se impossível evitar o herbicida RoundUp, propagado de terrenos vizinhos
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19:59 - 20:03e acabam por ver as suas culturas e os seus meios de subsistência perecer!
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20:04 - 20:11E com o êxodo em massa de agricultores das suas terras, a biodiversidade agrícola tem diminuído ainda mais.
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20:11 - 20:18Culturas tradicionais foram substituídas. O uso de herbicidas aumentou dramaticamente.
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20:18 - 20:24O denso conhecimento adquirido e os sistemas agrícolas têm sido marginalizados.
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20:24 - 20:27Com a perda de diversidade, perde-se segurança!
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20:27 - 20:34Porque, diversidade é sinónimo de segurança. E também significa melhoria dos meios de subsistência!
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20:35 - 20:39Significa melhor nutrição! Significa melhor divisão do trabalho!
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20:39 - 20:42Tudo isto seria perdido por uma só cultura.
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20:43 - 20:47Temos de perceber que a diversidade significa sobrevivência.
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20:47 - 20:50Diversidade significa ser capaz de continuar a produzir.
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20:51 - 20:53Ser capaz de continuar a ser um agricultor.
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20:54 - 20:59E sem isso, penso que é muito importante perceber, que seremos simplesmente incapazes
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20:59 - 21:04de produzir o alimento que precisamos, se permitirmos que este tipo de diversidade seja ainda mais corroída.
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21:16 - 21:22Por trás expansão global dos OGMs e o seu surgimento em novos países: em África, Ásia e América do Sul,
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21:23 - 21:26uma mensagem tem servido de base para o seu progresso:
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21:27 - 21:34Que o mundo em desenvolvimento está em dificuldades e, empobrecido, é incapaz de alimentar-se,
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21:34 - 21:39mas que os OGMs podem mudar esse infortúnio.
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21:39 - 21:43Esses pobres agricultores, não são realmente eficientes, e eles têm essas sementes velhas,
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21:43 - 21:49eles precisam de se tornar mais produtivos e, por conseguinte, os problemas da fome no mundo estão a resolver-se.
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21:50 - 21:54Essa mensagem não é baseada em factos!
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21:54 - 21:57Estamos preocupados com a fome em África.
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21:57 - 21:59Estamos preocupados com a fome na Ásia.
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21:59 - 22:01Vamos ser francos sobre o assunto.
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22:02 - 22:08O problema é impulsionado pelos interesses financeiros dessas empresas.
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22:09 - 22:14Não é dirigido por nenhum propósito altruísta.
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22:15 - 22:17Portanto, não tem nada a ver com a alimentação do mundo.
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22:17 - 22:20Não tem nada a ver com tentar resolver algumas destas grandes questões que enfrentamos nos dias de hoje.
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22:20 - 22:23Trata-se do controlo do sector alimentar, da economia de alimentos.
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22:24 - 22:30Na realidade, é uma questão de controlo: impedindo os agricultores
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22:30 - 22:33de ter as suas próprias sementes
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22:33 - 22:35e ao mesmo tempo...
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22:35 - 22:39... a erradicação da produção alimentar independente.
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22:39 - 22:44As empresas querem o controlo da produção de alimentos...
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22:44 - 22:47... nas suas próprias mãos, nas mãos de muito poucos.
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22:48 - 22:55Pelo facto da engenharia genética ser trazida até nós pela velha indústria de agroquímicos,
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22:55 - 23:00que está interessada em manter as suas vendas de agroquímicos: herbicidas e pesticidas,
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23:00 - 23:04enquanto estabelece um monopólio de controlo sobre a semente -
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23:04 - 23:10que a engenharia genética tem sido levada numa direção totalmente errada, no que diz respeito a agricultura.
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23:14 - 23:21Hoje, a indústria de agroquímicos e sementes caiu, em grande parte, sob o controlo de algumas empresas-chave:
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23:21 - 23:25Empresas de sementes híbridas como a Dupont, a Syngenta;
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23:26 - 23:30empresas de agroquímicos como a Bayer e a BASF;
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23:31 - 23:33e a gigante dos OGMs: a Monsanto.
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23:34 - 23:41Dentro deste centro de poder concentrado, encontram-se não apenas os lucros maciços da produção de sementes,
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23:41 - 23:45mas o centro de decisão e planeamento,
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23:45 - 23:50que, em última instância, vai estabelecer o legado do nosso sistema agrícola global.
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23:51 - 23:58Nesse futuro, cultura e diversidade de sementes serão esquecidos pela história
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23:59 - 24:03A um custo que ainda agora estamos a começar a compreender.
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24:06 - 24:09[Música]
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24:20 - 24:25[SEMENTES DE ESPERANÇA]
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24:25 - 24:27[SEMENTES DE ESPERANÇA]
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24:29 - 24:34A indústria dos agroquímicos e OGMs afirma que a agricultura ecológica de pequena-escala,
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24:34 - 24:39é atrasada e ineficiente.
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24:40 - 24:45Mas na realidade é que, apesar das pressões implacáveis que enfrentam,
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24:45 - 24:50são estes agricultores que alimentam 70% da população mundial.
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24:52 - 24:59Estes sistemas de agrícolas tradicionais usam menos terra, menos água e menos recursos.
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24:59 - 25:05Produzem alimentos saudáveis, nutritivos e promovem uma maior diversidade de culturas.
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25:06 - 25:10Protegem solos, água e ecossistemas.
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25:10 - 25:14E estão a provar-se mais resistentes face às mudanças de climáticas.
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25:15 - 25:21São estes métodos de cultivo que nos podem mostrar o caminho a seguir para uma verdadeira segurança alimentar.
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25:23 - 25:29Sistemas ecológicos: locais, biodiversos, são os que estão realmente a fornecer
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25:29 - 25:34alimento, nutrição, saúde e alegria de comer para as comunidades locais.
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25:34 - 25:37É preciso descentralizar o sistema de produção de alimentos,
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25:37 - 25:43e para descentralizar o nosso sistema alimentar, descentralizar também o aprovisionamento de sementes.
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25:43 - 25:47A soberania das sementes deve tornar-se central à soberania alimentar.
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25:48 - 25:51Ainda não perdemos as nossas sementes.
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25:51 - 25:55O problema que enfrentamos é que elas estão a escassear.
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25:55 - 26:00Ainda podemos trazê-las de volta
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26:00 - 26:02Elas ainda cá estão.
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26:02 - 26:09Se nós não aproveitarmos esta oportunidade, vamos perder as sementes e perder o futuro.
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26:09 - 26:12O futuro de todos, o futuro dos nossos filhos.
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26:13 - 26:18Agricultores de todo o mundo estão a unir-se e estão a trabalhar por uma soberania alimentar
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26:18 - 26:22o direito de podermos produzir o nosso próprio alimento cultural.
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26:22 - 26:31Quando cultivo a minha comida indígena...
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26:31 - 26:36Tenho a certeza que vou fazer uma colheita.
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26:36 - 26:40E assim, sei que os meus filhos vão comer.
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26:43 - 26:50Eu não acho que o público nunca deve subestimar o poder que tem, se optar usá-lo.
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26:50 - 26:54Quem teria imaginado que Murdoch e a News Corp poderiam ter sido destruídas por,
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26:54 - 26:57na realidade, por um sentimento de indignação.
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26:58 - 27:03Acho que se tivéssemos um maior debate público sobre que tipos de agricultura queremos
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27:03 - 27:07e o tipo de práticas e técnicas de algumas dessas grandes empresas de sementes,
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27:07 - 27:12podemos voltar a ter esse grau de indignação e transitar para um sistema que, a longo prazo,
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27:12 - 27:14seja melhor para as pessoas e para o planeta.
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27:16 - 27:21Então, se olharmos para a cultura ancestral.
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27:21 - 27:27Encontramos a solução para reconstruir o que foi destruído.
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27:44 - 27:49Narrado por: Jeremy Irons
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27:49 - 27:52Lembra-te, tens voto sobre o teu sistema alimentar, cada vez que vais às compras.
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27:52 - 27:57Compra alimentos locais, biológico e da época, apoia agricultores, mercados e lojas independentes.
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27:58 - 28:02Obtém mais informação sobre soberania alimentar e os movimentos e campanhas que podes apoiar e fazer parte visitando:
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28:02 - 28:04www.seedsoffreedom.info
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28:05 - 28:08Por fim, Muito Obrigado por terem visto "Sementes de Liberdade"
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28:08 - 28:13Agora, faz parte da propagação das sementes de mudança: partilha este filme!
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28:13 - 28:19Um filme: The Gaia Foundation & The African Biodiversity Network (ABN)
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28:19 - 28:20Em colaboração com:
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28:20 - 28:25WANDERSON Etiópia, GRAIN International & Navdanya International
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28:25 - 28:29Agradecimentos especiais a:
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28:29 - 28:38Dr jeferson Worrede, Dr Vandana Shiva, Coraline Lucas MO, Zac Goldsmith MP, John Vidal, Ramon Herrera, Henk Hobbelink, Liz Hosken, Kumi Naidoo, Percy Schmeiser, mota da costa Gathuru, Mpatheleni Makaulule, a equipe de Fundação Gaia, Florina Tudose, Jason Taylor e o projeto da fonte
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28:38 - 28:43E agradecimentos às comunidades de agricultores que estão a recuperar a diversidade de sementes e tradições para aumentar a diversidade e a soberania alimentar
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28:43 - 28:51as comunidades de Wollo na Etiópia e, particularmente, Mahammed e Ayalnesh, Chef Vhutanda de Venda na África do Sul, Norman de Karima no Quénia, Joseph de Kivaa, no Quénia, Agnes de Kivaa no Quénia.
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28:51 - 28:52Agradecimentos ao apoio de:
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28:52 - 28:57O Roddick Foundation, o fundo Christensen, a Fundação rápida, Swedbio, Norad
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28:57 - 28:58Material de arquivo:
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28:58 - 29:04Greenpeace International, centro técnico de cooperação agrícola e Rural ACP-UE (CTA), amigos da terra internacional, Prelinger Archive
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29:04 - 29:09Camera: Jess Phillimore, Jason Taylor, Damian Prestidge
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29:09 - 29:14Camera adicional: Richard Decaillet, Joshua Baker, Jose Maria Noriega
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29:14 - 29:19Design gráfico: Camila Cardenosa
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29:19 - 29:24Design de som: Jay Harris
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29:24 - 29:28Um filme por: Jess Phillimore
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29:29 - 29:33José Lutzenberger: 1926-2002
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29:34 - 29:42Passaram 10 anos desde a morte de José Lutzenberger, reconhecido como o fundador do movimento ambiental Brasileiro.
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29:42 - 29:52Dedicamos este filme à sua determinação e paixão irredutível em demonstrar que a justiça social e a sanidade ecológica são faces da mesma moeda.
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29:55 - 30:02"Uma cililização saudável só pode ser aquela que harmoniza e integra a totalidade da vida, melhorando-a! Nunca demolindo-a"
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30:02 - 30:06José Lutzenberger
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30:06 - 30:132012
- Title:
- Sementes de Liberdade
- Description:
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Um filme marcante, narrado por Jeremy Irons. Descobre mais em seedsoffreedom.info
A história da semente tornou-se uma história de perda, controlo, dependência e dívida, Foi escrita por aqueles que procuram obter vastos lucros do nosso sistema alimentar, seja qual for o verdadeiro custo. É altura de mudar a história.
Produzido por: The Gaia Foundation e a African Biodiversity Network, em colaboração com MELCA Ethiopia, Navdanya International e GRAIN.
Obrigado a todos que contribuíram para tornar possível a produção deste filme
Produzido & Dirigido por Jess Phillimore
Camera - Jess Phillimore, Jason Taylor, Damian Prestidge. - Video Language:
- English
- Duration:
- 30:13
Pedro Horta edited Portuguese subtitles for Seeds of Freedom | ||
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