[Música]
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A agricultura global mudou mais no decorrer das nossas vidas, do que nos 10.000 anos anteriores
Mas com toda a mudança emergem conflitos de interesses.
Em lado algum esses conflitos são mais cruciais que na história da semente.
Neste filme, veremos como a semente mudou na agricultura e na nossa cultura,
de um elemento sagrado e o criador de vida, para uma mercadoria poderosa, usada para monopolizar a produção mundial de alimentos.
Este conflito entre a agricultura e negócios, entre conhecimento e controlo,
entre verdade e propaganda, está no cerne da história da semente.
Quando uma empresa começa a colectar lucro pela patente de cada semente,
força as suas culturas geneticamente modificadas, para substituir as espécies nativas que agricultores e camponeses cultivaram ao longo de milénios.
Não sabemos o que está no nosso ecossistema.
Não sabemos o que temos nele.
Portanto, não tem nada a ver com "alimentar do mundo".
Não se trata de resolver algumas destas grandes questões que enfrentamos nos dias de hoje.
Trata-se de controlo do sector alimentar, da economia de alimentos.
[SEMENTES DE LIBERDADE]
[A EVOLUÇÃO DA DIVERSIDADE]
Começamos a história da semente, milhares de anos atrás,
num tempo em que a Terra estava coberta de comunidades dispersas, isoladas por montanhas, mares e desertos.
Uma enorme diversidade de culturas, tradições e línguas evoluíram por todo o planeta,
adaptando-se a diferentes climas e ecossistemas.
Ao longo dos séculos, cada uma destas sociedades desenvolveu ideias diferentes,
cosmologias, rotinas e rituais, criando uma vasta base de diversidade.
Hoje, ainda existem comunidades, em vários pontos do globo, que nos abrem uma janela para este passado ancestral.
Todas as culturas tradicionais basearam-se
no reconhecimento de que a mais importante razão por estarmos aqui na Terra,
é para desempenhar o nosso papel na manutenção da vida na sua diversidade.
Porque a semente contém vida,
a semente tem sido fundamental para reproduzir a cultura da vida.
E se observarmos rituais na Índia, na África, na América Latina.
A semente desempenha um papel central.
A semente é a nossa vida...
O nosso sustento depende dela.
Nós plantamos sementes para acolher nova vida.
Quando um menino se torna homem nós cobrimo-lo de sementes.
E quando uma pessoa morre, plantamos sementes no seu túmulo.
Sementes não são apenas comida...
Elas têm um significado espiritual...
Usamo-las quando realizamos rituais.
Como os nossos antepassados se diversificaram, assim o fizeram suas semente e seus cultivos.
Muito antes de Darwin ter articulado a teoria da evolução pela seleção natural,
homens e mulheres em todo o globo já usavam este mesmo processo:
re-semeando sementes melhor adaptadas ao seu ambiente particular
e assim, tornando-se parte do processo de mudança evolutiva.
No centro desta mudança estava a semente
que a cada ano poderia ser colhida novamente
e poderia ser armazenada, compartilhada e cruzada.
Nós somos os herdeiros desta rica biodiversidade global.
Quanto mais olhamos para as sementes e a biodiversidade, mais, compreendemos que o nível de inteligência – na semente em si -
e na sua replicação, que os agricultores têm feito por trabalhar com a semente,
tem nos dado, não apenas o mais alto nível de biodiversidade,
mas o mais alto nível de qualidade dos alimentos.
O mais alto nível de nutrição.
Para nós uma variedade não é suficiente.
Se perdemos isso, estamos perdidos.
Os agricultores cultivam para a resiliência.
E, por conseguinte, eles cultivam para elos cooperativos.
Eles não cultivam uma variedade.
Eles sabem que devem ter muitas culturas, porque o clima muda.
Eles sabem que devem ter muitas culturas, porque necessidades nutricionais são diversas.
A produção de alimentos nas tradições indígenas, na maior da história da Humanidade,
tem se focado na promoção da diversidade biológica.
[O CAMINHO DA INDÚSTRIA]
No virar do século XX, a agricultura começou a depender da tecnologia;
forçando as pessoas a migrar das suas terras para as cidades,
à medida que o trabalho e as habilidades tradicionais foram substituídas gradualmente por maquinaria moderna.
Mas como a Europa se envolveu em duas Guerras Mundiais,
os químicos produzidos para a guerra foram destinados a mudar a face da agricultura.
Com o mundo preso em conflito novos químicos começaram a ser produzidos em grandes quantidades.
E quando a paz regressa, as empresas fabricantes desses produtos químicos
precisavam de criar mercados alternativos para os seus produtos.
Com pequenas alterações, explosivos e agentes nervosos foram reformulados como fertilizantes e pesticidas,
e a agronomia química encontrou o caminho para as terras de cultivo de todo o mundo.
Hoje, tudo mudou...
O solo exige comida...
Ele pede por uma variedade de alimentos diferentes.
Nossos pais nunca precisaram desses produtos químicos.
Agora estamos a assar num monte de produtos químicos.
E a necessidade continua a crescer – não é estática,
e essa carência nunca termina.
Num dado momento os nossos solos começaram a erudir-se, a desgastar-se...
Podemos dizer que eles se tornaram "toxicodependentes".
Tornaram-se dependentes desses adubos.
Se optarmos por usar fertilizantes num cultivo...
Na temporada seguinte, temos de usar fertilizante novamente. Não há escolha!
Com o terreno agrícola mecanizado e o uso de químicos a aumentar,
a história da semente também estava prestes a mudar.
Ciclos naturais de conservação e partilha de sementes,
que mantiveram os interesses comerciais à distância,
foram desafiados por um novo avanço na produção de sementes:
As novas sementes híbridas
cruzamentos de duas plantas-mãe puras, produzindo sementes geneticamente ricas na primeira geração,
que perdem rapidamente a vitalidade na segunda e terceira gerações.
Este processo natural de esterilização dos híbridos,
significa que os agricultores já não têm beneficio em re-semear a sua semente.
Em vez disso, têm que comprar sementes novas a cada estação.
Isto permitiu às corporações internacionais a privatização e controlo dos lucros das sementes.
Na década de 1960 essas corporações começaram uma proliferação mundial das suas novas sementes,
Reconhecendo a agricultura global como um mercado inexplorado e extremamente rentável,
traçaram como objectivo, na realidade, a privatização do sistema de alimentação do mundo.
Em todo o mundo, agricultores abandonaram em massa os seus sistemas de agricultura tradicional;
comprando um sonho de maior produtividade, menos trabalho e mais dinheiro.
Monoculturas, como o chá e o café começaram a substituir as espécies de cultivo indígenas,
e a agricultura de subsistência - da qual sobrevivia a comunidade local -
foi substituída por estas novas monoculturas para exportação.
Como a produção mundial de alimentos aumentou, agricultores tradicionais foram sendo seduzidos para este novo sistema.
Apesar dos custos de produção subirem drasticamente,
pois novas sementes, fertilizantes e pesticidas tinham de ser comprados a cada nova estação.
E notaram que estas novas culturas estão sujeitas a mercados internacionais imprevisíveis.
Estes agricultores tinham entrado, inconscientemente, num sistema que se provava menos resiliente,
menos sustentável, mais caro e,
em última análise, prejudicial à sua sobrevivência.
Quando nós plantamos essas novas sementes...
Só podemos plantá-las por uma temporada.
Na temporada seguinte, elas são débeis.
As nossas culturas tradicionais são boas para comer.
Enquanto que as culturas modernas podem ser exportadas.
Mas nós não podemos comer café!
Que consequências achas que decorrem da substituição de muitas variedades diferentes de culturas
culturas alimentícias, na verdade, por uma única cultura que não se pode comer?
Acho que a maior preocupação é que há um crescente controlo corporativo do ciclo da semente.
E isso significa, cada vez mais, que um número muito pequeno de pessoas
tem uma enorme influência sobre a forma como os agricultores são capazes de produzir alimentos.
As práticas tradicionais de guardar sementes estão agora sob ameaça e o que isso faz, essencialmente,
é colocar o lucro empresarial à frente da capacidade dos agricultores se alimentarem a si mesmos e às suas comunidades.
Há más consequências para esta nova semente.
Temos que comprá-la...
E depois não podemos armazená-la, porque apodrece.
Pouparíamos dinheiro se retornássemos à nossa antiga semente.
Peças são ligadas em duas cadeias entrelaçadas,
formando uma estrutura, como uma longa escada em espiral.
Nesta molécula encontramos uma qualidade essencial da matéria viva.
A capacidade de se reproduzir, fazer cópias de si mesma.
E de todas as moléculas conhecidas pela química,
só o ADN e os seus parentes têm essa capacidade
[CONTROLANDO A SEMENTE]
Em 1953, a descoberta do dupla hélice do ADN, por Watson e a Crick ,
Definiu o cenário para um dos mais rápidos avanços da Ciência:
A engenharia genética.
A possibilidade de mover genes entre células, organismos e espécies,
rapidamente se tornou viável.
Na agricultura, as possibilidades de tal engenharia pareciam ilimitadas.
Colheitas maiores, maior capacidade de resistência às secas, melhor sabor e maturação mais rápida.
Mas o surgimento desta nova tecnologia foi acompanhado por um aceso debate quanto à sua ética.
Enquanto isso, o impacto mais significativo desta nova tecnologia
não estava a ser decidido no campo, mas sim no tribunal.
"A constituição dos Estados Unidos dá ao Congresso o poder de aprovar leis relativas às patentes,
que atribui ao seu dono determinados direitos relativos a uma invenção.
Estes incluem: o direito de evitar que outras pessoas reproduzam, usem, vendam ou ofereçam para venda, a invenção descrita na patente."
As leis de propriedade intelectual há muito que estipulam que se podem alegar patentes sobre invenções novas e comprovadas.
Mas, em 1995, a Organização Mundial do Comércio propôs uma mudança radical no direito internacional.
Sob a pressão de corporações multinacionais, decidiram que micro-organismos, e processos microbiológicos,
que já existiam na Natureza, podiam ser patenteados.
De acordo com esta lei, uma semente poderia ser geneticamente modificada para conter genes particulares,
que poderiam ser patenteados e possuídos por privados.
No que diz respeito à semente, este salto, em termos de direitos de propriedade sobre a própria vida,
é a mais grave ameaça
para as sementes de diversidade, as sementes da liberdade que estão nas mãos dos camponeses.
Um ano mais tarde a gigante agroquímica Monsanto produziu o primeiro OGM para cultivo na América:
A soja "RoundUp Ready", que foi rapidamente seguida por milho GM e canola GM.
As sementes geneticamente modificadas continham uma única alteração,
foram projectadas especificamente para resistir aos efeitos tóxicos do herbicida químico RoundUp,
o herbicida mais vendido da Monsanto desde a década de 1980.
Ao colocar um gene para a resistência ao herbicida:
agora têm um monopólio do produto químico, bem como da semente, criada para o químico.
São empresas químicas primeiro, mas são empresas de sementes em segundo lugar.
Ao controlar as sementes, controla-se o lucro do cultivo de alimentos.
Cria-se um monopólio quando se vendem sementes,
fabricadas para serem resistentes aos pesticidas usados nessas mesmas sementes.
Como efeito directo disso estamos a registar um aumento drástico no uso de pesticidas,
que é uma das coisas que a tecnologia OGM deveria estar a resolver.
Já passaram vinte anos desde que os OGM entraram nos nossos mercados e as promessas das primeiras pesquisas continuam por cumprir.
A tecnologia RoundUp Ready domina o mercado de OGM na América.
E agora a história da semente regressa ao tribunal
à medida que as implicações da lei de patentes se tornam claras para o mundo.
Nunca me vou esquecer, quando eu e minha esposa deixamos a nossa porta aqui, a porta da frente
ela olhou para trás e disse: "Prezo a Deus que ainda tenha um tecto sobre minha cabeça, hoje à noite quando chegar a casa."
Foi o quão perto estávamos de perder tudo.
Colocamos tudo em risco,
e tenho pena dos agricultores que não tiveram essa oportunidade
e que perderam as suas quintas, centenas deles.
O agricultor canadiano Percy Schmeiser cultivava canola, guardando e reproduzindo a semente há 50 anos.
Mas em 1998 foi encontrado, em algumas das suas sementes, o gene RoundUp patenteado.
Quer sejam sementes que foram propagadas dos campos vizinhos, ou polén arrastado pelo vento ou abelhas,
se acontecer cruzamento, já não se é dono das nossas sementes ou plantas,
instantaneamente, sob a lei de patentes, tornam-se propriedade da corporação.
Percy foi levado para o Tribunal Federal canadiano por violação de patente.
A sua defesa, que a presença dos OGM foi acidental
foi rejeitada pelo Tribunal e, em 2000, foi considerado culpado.
Não tinham registo de alguma vez termos obtido ou comprado as suas sementes.
Mas disseram que, porque nosso vizinho as tinha e nos contaminou,
nós não deveríamos ter usado a semente.
Devíamos ter sabido.
Bem, isso é completamente impossível.
Uma semente de canola, quer seja geneticamente modificada ou não, ou biológica,
tem uma aparência idêntica, a menos que se faça um teste de ADN.
Até à data, mais de 140 agricultores dos EUA têm sido processados por violação de propriedade intelectual de sementes.
Milhares foram investigados pela prática da chamada "pirataria de sementes".
O que é suposto fazer com as sementes?
Sementes devem ser plantadas, multiplicadas, usadas, adaptadas, etc etc.
Isso é exatamente o que não é permitido, segundo da mentalidade empresarial.
As corporações vendem a semente, ou licenciam-nos
o uso da semente de uma maneira específica, da forma como estão interessados em produzi-la. E ponto final!
Controlando a semente controla-se o agricultor.
Controlando o agricultor controla-se todo o sistema alimentar.
E esse é o legado da genética na agricultura.
Hoje, o mercado de OGMs espalhou-se para além da América do Norte,
e estabeleceu-se na Argentina, Paraguai, Brasil e, agora, na Índia.
Enquanto a indústria dos OGMs afirma aumentar colheitas e melhorar vidas,
cada vez mais agricultores relatam problemas novos e inesperados.
No estado indiano de Gujarat, centenas de milhares de agricultores,
persuadidos a cultivar algodão BT, geneticamente modificado,
- uma cultura que produz o seu próprio pesticida -
descobriram que, com o passar do tempo, as pragas desenvolveram a sua própria resistência ao cultivo.
A ascensão destas "superpestes" tem forçado os agricultores a usar pesticidas cada vez mais fortes.
Em vez de controlar pragas e ervas daninhas, aparecem super pragas e super ervas daninhas.
E assim, até no domínio limitado do controlo de ervas daninhas e pragas, a tecnologia está a falhar.
Com o aumento dos custos de sementes, adubos e pesticidas,
muitos agricultores ficaram presos numa espiral de dívida.
E a propagação de algodão GM tem sido associada a um aumento dramático de suicídios entre agricultores indianos.
Na Argentina, milhares de pequenos agricultores foram forçados a deixar as suas terras,
incapazes de competir economicamente com monoculturas altamente mecanizadas.
Para muitos agricultores não-OGM tornou-se impossível evitar o herbicida RoundUp, propagado de terrenos vizinhos
e acabam por ver as suas culturas e os seus meios de subsistência perecer!
E com o êxodo em massa de agricultores das suas terras, a biodiversidade agrícola tem diminuído ainda mais.
Culturas tradicionais foram substituídas. O uso de herbicidas aumentou dramaticamente.
O denso conhecimento adquirido e os sistemas agrícolas têm sido marginalizados.
Com a perda de diversidade, perde-se segurança!
Porque, diversidade é sinónimo de segurança. E também significa melhoria dos meios de subsistência!
Significa melhor nutrição! Significa melhor divisão do trabalho!
Tudo isto seria perdido por uma só cultura.
Temos de perceber que a diversidade significa sobrevivência.
Diversidade significa ser capaz de continuar a produzir.
Ser capaz de continuar a ser um agricultor.
E sem isso, penso que é muito importante perceber, que seremos simplesmente incapazes
de produzir o alimento que precisamos, se permitirmos que este tipo de diversidade seja ainda mais corroída.
Por trás expansão global dos OGMs e o seu surgimento em novos países: em África, Ásia e América do Sul,
uma mensagem tem servido de base para o seu progresso:
Que o mundo em desenvolvimento está em dificuldades e, empobrecido, é incapaz de alimentar-se,
mas que os OGMs podem mudar esse infortúnio.
Esses pobres agricultores, não são realmente eficientes, e eles têm essas sementes velhas,
eles precisam de se tornar mais produtivos e, por conseguinte, os problemas da fome no mundo estão a resolver-se.
Essa mensagem não é baseada em factos!
Estamos preocupados com a fome em África.
Estamos preocupados com a fome na Ásia.
Vamos ser francos sobre o assunto.
O problema é impulsionado pelos interesses financeiros dessas empresas.
Não é dirigido por nenhum propósito altruísta.
Portanto, não tem nada a ver com a alimentação do mundo.
Não tem nada a ver com tentar resolver algumas destas grandes questões que enfrentamos nos dias de hoje.
Trata-se do controlo do sector alimentar, da economia de alimentos.
Na realidade, é uma questão de controlo: impedindo os agricultores
de ter as suas próprias sementes
e ao mesmo tempo...
... a erradicação da produção alimentar independente.
As empresas querem o controlo da produção de alimentos...
... nas suas próprias mãos, nas mãos de muito poucos.
Pelo facto da engenharia genética ser trazida até nós pela velha indústria de agroquímicos,
que está interessada em manter as suas vendas de agroquímicos: herbicidas e pesticidas,
enquanto estabelece um monopólio de controlo sobre a semente -
que a engenharia genética tem sido levada numa direção totalmente errada, no que diz respeito a agricultura.
Hoje, a indústria de agroquímicos e sementes caiu, em grande parte, sob o controlo de algumas empresas-chave:
Empresas de sementes híbridas como a Dupont, a Syngenta;
empresas de agroquímicos como a Bayer e a BASF;
e a gigante dos OGMs: a Monsanto.
Dentro deste centro de poder concentrado, encontram-se não apenas os lucros maciços da produção de sementes,
mas o centro de decisão e planeamento,
que, em última instância, vai estabelecer o legado do nosso sistema agrícola global.
Nesse futuro, cultura e diversidade de sementes serão esquecidos pela história
A um custo que ainda agora estamos a começar a compreender.
[Música]
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[SEMENTES DE ESPERANÇA]
[SEMENTES DE ESPERANÇA]
A indústria dos agroquímicos e OGMs afirma que a agricultura ecológica de pequena-escala,
é atrasada e ineficiente.
Mas na realidade é que, apesar das pressões implacáveis que enfrentam,
são estes agricultores que alimentam 70% da população mundial.
Estes sistemas de agrícolas tradicionais usam menos terra, menos água e menos recursos.
Produzem alimentos saudáveis, nutritivos e promovem uma maior diversidade de culturas.
Protegem solos, água e ecossistemas.
E estão a provar-se mais resistentes face às mudanças de climáticas.
São estes métodos de cultivo que nos podem mostrar o caminho a seguir para uma verdadeira segurança alimentar.
Sistemas ecológicos: locais, biodiversos, são os que estão realmente a fornecer
alimento, nutrição, saúde e alegria de comer para as comunidades locais.
É preciso descentralizar o sistema de produção de alimentos,
e para descentralizar o nosso sistema alimentar, descentralizar também o aprovisionamento de sementes.
A soberania das sementes deve tornar-se central à soberania alimentar.
Ainda não perdemos as nossas sementes.
O problema que enfrentamos é que elas estão a escassear.
Ainda podemos trazê-las de volta
Elas ainda cá estão.
Se nós não aproveitarmos esta oportunidade, vamos perder as sementes e perder o futuro.
O futuro de todos, o futuro dos nossos filhos.
Agricultores de todo o mundo estão a unir-se e estão a trabalhar por uma soberania alimentar
o direito de podermos produzir o nosso próprio alimento cultural.
Quando cultivo a minha comida indígena...
Tenho a certeza que vou fazer uma colheita.
E assim, sei que os meus filhos vão comer.
Eu não acho que o público nunca deve subestimar o poder que tem, se optar usá-lo.
Quem teria imaginado que Murdoch e a News Corp poderiam ter sido destruídas por,
na realidade, por um sentimento de indignação.
Acho que se tivéssemos um maior debate público sobre que tipos de agricultura queremos
e o tipo de práticas e técnicas de algumas dessas grandes empresas de sementes,
podemos voltar a ter esse grau de indignação e transitar para um sistema que, a longo prazo,
seja melhor para as pessoas e para o planeta.
Então, se olharmos para a cultura ancestral.
Encontramos a solução para reconstruir o que foi destruído.
Narrado por: Jeremy Irons
Lembra-te, tens voto sobre o teu sistema alimentar, cada vez que vais às compras.
Compra alimentos locais, biológico e da época, apoia agricultores, mercados e lojas independentes.
Obtém mais informação sobre soberania alimentar e os movimentos e campanhas que podes apoiar e fazer parte visitando:
www.seedsoffreedom.info
Por fim, Muito Obrigado por terem visto "Sementes de Liberdade"
Agora, faz parte da propagação das sementes de mudança: partilha este filme!
Um filme: The Gaia Foundation & The African Biodiversity Network (ABN)
Em colaboração com:
WANDERSON Etiópia, GRAIN International & Navdanya International
Agradecimentos especiais a:
Dr jeferson Worrede, Dr Vandana Shiva, Coraline Lucas MO, Zac Goldsmith MP, John Vidal, Ramon Herrera, Henk Hobbelink, Liz Hosken, Kumi Naidoo, Percy Schmeiser, mota da costa Gathuru, Mpatheleni Makaulule, a equipe de Fundação Gaia, Florina Tudose, Jason Taylor e o projeto da fonte
E agradecimentos às comunidades de agricultores que estão a recuperar a diversidade de sementes e tradições para aumentar a diversidade e a soberania alimentar
as comunidades de Wollo na Etiópia e, particularmente, Mahammed e Ayalnesh, Chef Vhutanda de Venda na África do Sul, Norman de Karima no Quénia, Joseph de Kivaa, no Quénia, Agnes de Kivaa no Quénia.
Agradecimentos ao apoio de:
O Roddick Foundation, o fundo Christensen, a Fundação rápida, Swedbio, Norad
Material de arquivo:
Greenpeace International, centro técnico de cooperação agrícola e Rural ACP-UE (CTA), amigos da terra internacional, Prelinger Archive
Camera: Jess Phillimore, Jason Taylor, Damian Prestidge
Camera adicional: Richard Decaillet, Joshua Baker, Jose Maria Noriega
Design gráfico: Camila Cardenosa
Design de som: Jay Harris
Um filme por: Jess Phillimore
José Lutzenberger: 1926-2002
Passaram 10 anos desde a morte de José Lutzenberger, reconhecido como o fundador do movimento ambiental Brasileiro.
Dedicamos este filme à sua determinação e paixão irredutível em demonstrar que a justiça social e a sanidade ecológica são faces da mesma moeda.
"Uma cililização saudável só pode ser aquela que harmoniza e integra a totalidade da vida, melhorando-a! Nunca demolindo-a"
José Lutzenberger
2012