< Return to Video

Como passar dos contactos "online" para o encontro com a pessoa ideal

  • 0:01 - 0:03
    Tentei arranjar namoro "online"
    pela primeira vez
  • 0:03 - 0:05
    no primeiro ano da faculdade,
  • 0:05 - 0:08
    em 2001, caso não consigam
    ver as minhas rugas.
  • 0:08 - 0:10
    Como podem ver,
    tenho 1,82 m de altura.
  • 0:10 - 0:13
    Quando cheguei
    á universidade que escolhi
  • 0:13 - 0:17
    e vi que os jogadores de basquete
    da Divisão III mediam, em média, 1,72 m,
  • 0:17 - 0:20
    abandonei a cena no campus
    e fui para a Internet.
  • 0:20 - 0:22
    Nessa época, o namoro "online"
  • 0:22 - 0:25
    era parecido com o enredo
    do "You've Got Mail."
  • 0:25 - 0:27
    Escreviam-se longos e-mails,
    durante semanas,
  • 0:27 - 0:30
    antes de, finalmente,
    nos encontrarmos na vida real.
  • 0:30 - 0:33
    Exceto, no meu caso,
    se percebesse que não havia química,
  • 0:33 - 0:35
    e voltava à estaca zero.
  • 0:35 - 0:38
    Embora o namoro "online"
    tenha mudado muito nos últimos 17 anos,
  • 0:38 - 0:41
    muitas das frustrações
    mantêm-se as mesmas.
  • 0:41 - 0:43
    Há uma coisa que faz bem,
  • 0:43 - 0:46
    amplia o conjunto de possíveis encontros,
  • 0:46 - 0:49
    para além dos nossos círculos
    sociais e profissionais que já temos.
  • 0:50 - 0:52
    E há uma coisa que não faz bem.
  • 0:52 - 0:54
    Literalmente, tudo o resto.
  • 0:54 - 0:56
    (Risos)
  • 0:56 - 0:58
    Coisas que vocês devem saber sobre mim:
  • 0:58 - 1:02
    Sou uma fanática por matemática
    e por teatro, virada para a ação,
  • 1:02 - 1:03
    e acabei com um mestrado em gestão.
  • 1:03 - 1:06
    Quando as coisas não funcionam,
    dou um passo atrás,
  • 1:06 - 1:10
    aplico a minha panóplia de ferramentas
    de gestão para resolver a situação.
  • 1:10 - 1:12
    A minha vida amorosa não é exceção.
  • 1:13 - 1:16
    No verão antes de fazer 30 anos,
    envolvi-me numa relação no exterior.
  • 1:16 - 1:19
    Ou seja, fui acampar sozinha
    no Maine durante uma semana,
  • 1:19 - 1:23
    fazer uma retrospetiva do meu histórico
    de relações medíocres.
  • 1:23 - 1:26
    Eu sabia o que queria num companheiro.
  • 1:26 - 1:30
    Gentileza, curiosidade, empatia,
    um sentimento quanto a objetivos.
  • 1:31 - 1:33
    Porém, o que eu escolhi "online" foi:
  • 1:33 - 1:36
    de uma das melhores universidades,
    com 1,82 m ou mais,
  • 1:36 - 1:39
    que vivesse num raio de 12 estações
    de metro de mim.
  • 1:39 - 1:42
    Não é que eu desse
    prioridade a essas coisas,
  • 1:42 - 1:45
    é apenas a forma mais fácil
    de procurar "online".
  • 1:45 - 1:47
    É como o resumo de um currículo.
  • 1:47 - 1:49
    Por isso, esses tipos
    pareciam ótimos no papel
  • 1:49 - 1:51
    e não pareciam nada adequados para mim.
  • 1:52 - 1:54
    Quando voltei à Internet
    na primavera de 2016,
  • 1:54 - 1:58
    decidi refazer o processo com
    algumas ferramentas comerciais clássicas.
  • 1:58 - 2:01
    Primeiro, fui ao OkCupid,
  • 2:01 - 2:04
    porque queria evitar o jogo
    de "sim" ou "não" na fotografia.
  • 2:04 - 2:07
    E também porque queria
    uma amostra de escrita.
  • 2:07 - 2:09
    A seguir, configurei um funil de vendas,
  • 2:09 - 2:12
    abandonando qualquer apreciação
    sobre a pessoa,
  • 2:12 - 2:15
    e, em vez disso, definindo os critérios
    que qualificariam uma vantagem.
  • 2:15 - 2:17
    Uma mensagem recebida
    tinha que ter três coisas:
  • 2:17 - 2:20
    devia ser escrita em frases completas
    e com boa gramática;
  • 2:20 - 2:22
    devia referir qualquer
    coisa do meu perfil,
  • 2:22 - 2:25
    para eu saber que não era
    uma situação de copiar e colar;
  • 2:25 - 2:28
    e tinha que evitar
    qualquer conteúdo sexual.
  • 2:28 - 2:30
    Pensava que isto era uma
    fasquia muito baixa
  • 2:30 - 2:33
    mas acontece que,
    das 210 mensagens que recebi.
  • 2:33 - 2:35
    só 14% passaram essa barreira.
  • 2:35 - 2:36
    (Risos)
  • 2:36 - 2:39
    Queria um encontro na vida real
    o mais depressa possível,
  • 2:39 - 2:42
    porque as coisas que me interessam,
    não as podia ver "online".
  • 2:42 - 2:44
    Mas a pesquisa e a minha experiência
  • 2:44 - 2:48
    mostram que bastam uns 30 segundos
    com alguém para sentir se há um clique.
  • 2:49 - 2:51
    Assim, inventei o encontro zero.
  • 2:51 - 2:54
    O encontro zero é uma bebida, uma hora,
  • 2:54 - 2:56
    com o objetivo de responder
    a uma pergunta:
  • 2:56 - 2:59
    Eu gostaria de jantar com esta pessoa?
  • 2:59 - 3:01
    E não "Será este o tal"?
  • 3:01 - 3:04
    Literalmente: "Eu gostaria
    de passar três horas
  • 3:04 - 3:06
    "sentada à mesa com esta pessoa?"
  • 3:06 - 3:08
    Dizemos-lhe que temos
    tem um compromisso
  • 3:08 - 3:10
    — uma bebida com amigas,
    uma conferência com a China —
  • 3:10 - 3:12
    não interessa, ele não nos conhece.
  • 3:12 - 3:14
    O importante é uma hora.
  • 3:14 - 3:17
    Se for incrível,
    agendamos um primeiro encontro.
  • 3:17 - 3:21
    Se não for incrível, mudamos
    para o modo de entretenimento
  • 3:21 - 3:24
    e trabalhamos umas histórias novas
    para o evento seguinte de relações.
  • 3:24 - 3:27
    E mais, como é apenas uma hora,
    podemos espremer três numa só noite
  • 3:27 - 3:31
    e só temos que arranjar o cabelo
    e escolher uma roupa bonita, por semana.
  • 3:31 - 3:34
    O encontro zero também me dava
    a hipótese de ver como eles reagiam
  • 3:34 - 3:36
    a ser eu a pedir-lhes para sair.
  • 3:36 - 3:39
    Calculava que nem todos
    corresponderiam e tinha razão.
  • 3:39 - 3:43
    Dos meus 29 qualificados,
    apenas 15 responderam à minha mensagem,
  • 3:43 - 3:46
    e desses, só seis combinaram
    um encontro zero.
  • 3:46 - 3:48
    O meu primeiro encontro zero
    foi com um cenógrafo.
  • 3:48 - 3:50
    Andávamos ambos no ioga
  • 3:50 - 3:52
    e gostávamos de manteiga de amendoim.
  • 3:52 - 3:53
    Parecia muito promissor.
  • 3:53 - 3:56
    Mas ao fim de dois minutos,
    vi que não ia dar em nada
  • 3:56 - 3:58
    e fiquei aliviada por não estar
    a jantar com ele.
  • 3:58 - 4:02
    Depois desse, eu estava um pouco nervosa
    por ir ao meu encontro zero seguinte.
  • 4:02 - 4:05
    Mas tínhamos concordamos
    ir ao Brooklyn Heights Promenade
  • 4:05 - 4:07
    com uma garrafa de uísque
    para ver o pôr-do-sol.
  • 4:07 - 4:09
    E isso era a dois quarteirões
    do meu apartamento.
  • 4:09 - 4:12
    Mais, ele tinha um "podcast"
    e eu tinha um "podcast".
  • 4:12 - 4:15
    Na pior das hipóteses, podíamos
    falar sobre os nossos "podcasts".
  • 4:15 - 4:18
    O Chas sentou-se ao meu lado.
  • 4:19 - 4:21
    Aquele homem, gentil e simpático
  • 4:21 - 4:24
    contou ótimas piadas
    e fez perguntas ainda melhores.
  • 4:24 - 4:28
    Era advogado e escritor,
    e os olhos brilhavam-lhe quando ria
  • 4:28 - 4:30
    e fecharam-se com força
    quando eu o beijei.
  • 4:30 - 4:32
    A certa altura naquela noite,
  • 4:32 - 4:34
    o encontro zero passou a ser
    um primeiro encontro.
  • 4:34 - 4:37
    Ao fim de dois anos,
    tínhamos uma máquina de lavar,
  • 4:37 - 4:39
    uma secadora e duas plantas
    de interior, juntos.
  • 4:39 - 4:42
    Não prometo que vocês acabem
    com plantas de interior.
  • 4:42 - 4:43
    Mas esta história mostra
  • 4:43 - 4:46
    que os encontros "online"
    não têm que ser uma seca.
  • 4:46 - 4:47
    Não os tratem como um jogo,
  • 4:47 - 4:50
    não os tratem como
    a análise de um currículo.
  • 4:50 - 4:53
    Em vez disso, usem-nos para procurar
    e classificar vantagens
  • 4:53 - 4:55
    e depois saiam de "online"
    o mais depressa possível
  • 4:55 - 4:57
    com um encontro zero.
  • 4:57 - 4:59
    Porque o objetivo não é ficar
    a manter contactos,
  • 4:59 - 5:01
    é encontrar a pessoa ideal.
  • 5:01 - 5:03
    Boa sorte.
  • 5:03 - 5:06
    (Aplausos)
Title:
Como passar dos contactos "online" para o encontro com a pessoa ideal
Speaker:
Christina Wallace
Description:

Vamos encarar isto, os encontros "online" podem ser uma seca. Tantas pessoas possíveis, tanto tempo desperdiçado — valerá mesmo a pena? Christina Wallace, "podcaster" e empresária, acha que sim, se o fizermos como deve ser. Numa palestra divertida e prática, conta como usou o seu mestrado para criar uma abordagem de "encontro zero" e abandonar os aplicativos baseados em perfis padronizados — e como nós também o podemos fazer.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
05:19

Portuguese subtitles

Revisions