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Como seguir um tornado — Karen Kosiba

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    Penso que todas
    as boas palestras sobre tornados
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    têm de começar com uma foto
    impressionante de um tornado.
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    E esta não é essa foto impressionante.
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    Mas o primeiro tornado que já vi
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    foi muito assustador,
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    e estou-vos a mostrá-lo
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    porque foi isto que me levou para esta área.
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    Apesar de ser uma má fotografia,
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    foi ótimo estar no terreno
    pela primeira vez.
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    Mas agora estou a fazer
    filmagens a sério de tornados.
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    Avancemos alguns anos.
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    Isto foi há alguns anos,
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    durante um projecto no terreno
    chamado VORTEX2,
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    onde eu e outros cientistas
    estávamos no terreno
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    a medir tornados com
    vários tipos de instrumentação
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    e a tentar perceber
    como é que os tornados se formam.
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    Queríamos responder a uma questão.
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    Parece básico,
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    mas é algo que estamos a tentar perceber.
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    Também estávamos a tentar perceber
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    como é que são os ventos
    perto da superfície.
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    Sabemos como são os ventos
    ao nível de um prédio,
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    mas não sabemos como são
    à superfície
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    e como isso se relaciona com o que vemos
    ao nível de um prédio.
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    A maioria dos tornados forma-se
    a partir de tempestades supercélula.
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    Estas tempestades supercélula
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    são o que se pensa serem
    tempestades formadoras de tornados.
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    São grandes tempestades rotativas
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    que ocorrem várias vezes,
    na zona central dos Estados Unidos.
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    Mas o problema é que,
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    apesar da sua componente rotativa em cima,
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    não significa que a tenham
    ao nível da superfície.
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    Ao olhar para estas tempestades
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    para estas fotos,
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    e para os dados que temos,
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    parece tudo igual.
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    E isso é problemático,
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    se estivermos a tentar fazer
    previsões de tornados.
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    Só queremos alertar
    para tempestades,
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    ou prever tempestades
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    que vão formar um tornado.
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    Uma das características
    críticas de distinção
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    destas duas tempestades
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    tem a ver com o movimento vertical
    de ar do flanco traseiro.
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    As grandes tempestades rotativas
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    têm este movimento vertical de ar
    que envolve o flanco traseiro,
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    daí o nome de movimento descendente.
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    Mas pensamos no quão quente é,
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    quão flutuante é esse ar,
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    quão forte é o movimento vertical do ar
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    que o está a envolver.
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    Tudo isso influencia
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    se existirá um grande tornado ou não.
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    Existem muito mais coisas.
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    Falarei sobre isso daqui a um bocado.
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    Assim que apanhamos um tornado,
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    o problema que temos
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    é obter medições perto da superfície.
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    É muito difícil obter essas medições,
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    porque as pessoas não querem
    ir na direcção dos tornados.
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    Existem algumas excepções.
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    Podem já ter visto isso na televisão,
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    mas a maioria das pessoas não quer.
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    Até mesmo obter medições
    no caminho do tornado é difícil.
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    Porque não queremos
    estar perto de um tornado
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    porque às vezes os ventos
    à volta do tornado também são fortes.
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    Portanto, para obter informação,
    a localização crítica é algo chave.
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    Porque não sabemos
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    se os ventos que vemos acima da superfície,
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    acima do nível dos edifícios,
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    se mapeiam na superfície.
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    Se são mais fortes, ou mais fracos,
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    se são iguais aos que vemos
    ao nível da altura dos edifícios.
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    Como obtemos respostas
    para estas questões?
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    Eu sou uma observadora,
    que adoro estar no terreno,
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    adoro recolher dados sobre tornados.
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    Compilamos muitas observações.
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    Trabalho com um grupo que opera
    com radares móveis.
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    São o que o nome indica:
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    São um radar, na traseira
    de uma grande carrinha,
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    e guiamos muito perto dos tornados
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    para mapear os ventos,
    mapear a precipitação,
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    mapear todas essas coisas
    que estão a acontecer,
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    de modo a melhor compreender
    os processos destas tempestades.
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    Aquilo ali em baixo,
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    é o aspecto de um tornado
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    quando usamos um radar móvel,
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    quando usamos um radar móvel
    muito próximo.
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    Além disso, fazemos muita modelação.
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    Fazemos muitos modelos
    de computador e simulações,
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    porque a atmosfera
    é governada pelas leis da física,
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    pelo que podemos modelar essas leis
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    e ver para onde o tornado poderá ir,
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    para onde a tempestade poderá ir,
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    quão fortes são os ventos à superfície,
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    sem termos de ir para o terreno.
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    Mas claro, nós queremos ter
    tanto observações como modelos,
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    para avançar com a ciência.
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    Anteriormente mostrei-vos um vídeo
    que passou muito rápido.
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    Isto é o que se vê,
    quando se usa um radar.
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    Viram-no visualmente.
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    Aqui fico realmente entusiasmada.
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    O que vejo no terreno
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    é algo como isto.
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    O que é realmente entusiasmante
    ao ver coisas destas
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    é que apanhámos esta tempestade
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    a partir do momento em que
    ainda não era um tornado
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    até quando já o era
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    e ficou mais intenso,
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    e depois se dissipou.
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    Este é um dos raros conjuntos
    de dados que temos
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    que nos permite estudar
    o ciclo de vida completo de um tornado.
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    Já falei do movimento vertical de ar,
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    como pensamos que isso é importante,
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    porque inclina-se, existem
    imensos giros na atmosfera,
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    mas este movimento na atmosfera
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    tem de ser orientado na vertical
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    porque os tornados fazem isso.
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    Precisa de ser vertical, junto ao chão.
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    Julgamos que este movimento tem impulsos.
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    E julgamos que estes impulsos são importantes
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    para convergir naquela rotação,
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    mas também para obter
    a rotação no sítio certo.
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    Outras coisas que aprendemos:
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    obtivemos várias medições fortuitas
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    no caminho dos tornados
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    e muito perto da superfície.
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    Descobrimos que os ventos
    perto da superfície
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    são bastante comparáveis
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    ao que vemos 30/40 metros
    acima do nível do chão.
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    Não existe uma grande redução
    no que vemos à superfície
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    em relação ao que vemos
    a nível dos edifícios.
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    Esta descoberta surpreendeu-nos
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    porque nós assumíamos
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    que os ventos diminuíam
    de forma substancial perto da superfície.
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    Vou terminar rapidamente.
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    Este não foi o último tornado que vi,
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    mas gosto muito desta imagem
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    porque foi tirada com um daqueles
    radares móveis de que falei.
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    E isto é um tornado, não é um furacão,
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    Tem este aspecto
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    quando se está muito próximo dele.
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    Eu acho fascinante
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    que possamos usar tecnologia,
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    levar tecnologia para tão próximo
    destas tempestades,
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    e ver os seus processos internos.
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    Aqueles que vêem imagens
    de tornados regularmente,
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    podem ver que acontece muita coisa.
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    Há espirais de chuva, até podem ver
    a nuvem de destroços
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    associada a este tornado.
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    Eu estou ansiosa
    pelas tecnologias do futuro
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    e ser capaz de aprender mais
    sobre estas tempestades,
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    à medida que o mundo avança,
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    que vocês contribuem para a ciência,
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    e que possamos aprender mais
    sobre como se formam os tornados.
  • 5:31 - 5:32
    Obrigada!
  • 5:33 - 5:38
    (Aplausos)
Title:
Como seguir um tornado — Karen Kosiba
Description:

Vejam lição completa: http://ed.ted.com/lessons/how-to-track-a-tornado-karen-kosiba

A cientista atmosférica Karen Kosiba estuda como é que os tornados se formam e causam estragos. Obter medições perto da superfície destes ciclones é difícil, e alguém aproximar-se deles só acontece normalmente no cinema. Nesta palestra TEDYouth Talk, Kosiba descreve como ela e a sua equipa usam observações e modelos, para seguir estas super tempestades, enquanto partilha alguns vídeos incríveis, gravados no terreno.

Palestra de Karen Kosiba.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:45

Portuguese subtitles

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