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    Saudações criadores de problema... bem vindos ao Trouble
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    Meu nome não é importante
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    Insurgências são por sua própria natureza, eventos caóticos.
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    São ataques a ordem dominante,
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    levados por grupos mobilizados e determinados de pessoas
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    tentando extirpar e destruir a estrutura de poder estabelecida
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    por qualquer meio necessário.
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    Da perspectiva das elites econômicas e políticas
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    que retiram grandes benefícios do status quo
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    a imprevisão e o tumulto das insurgências
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    as tonam temerosas piores cenários
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    Para aqueles no poder, elas constituem ameças existenciais
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    que precisam ser manejadas cuidadosamente
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    e evitadas a todos os custos.
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    Apesar dos meios sofisticados de coerção
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    e da incrivel capacidade de violência que eles possuem,
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    Estados modernos são mais precários do que mostram.
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    Como fortalezas na areia,
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    elas são vulneráveis a placas tectônicas
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    de suas contradições internas e linhas políticas falhas.
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    Enquanto Anarquistas historicamente tem estado
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    na linha de frente de críticas do Estado,
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    nós não estamos sós na rejeição
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    a autoridade ilegitima que eles representam.
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    Sejam nações colonizadas lutando contra ocupação estrangeira,
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    multidões de pessoas se levantando pra derrubar ditadores,
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    ou radicais lutando contra a exploração, opressão
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    e destruição ecológica das democracias capitalistas
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    ... o desejo de liberdade é universal.
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    Bem conscientes disso, Estados buscam manter sua legitimidade
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    assumindo o manto de protetores da própria liberdade,
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    e garantidores de outro traço humano universalmente desejado,
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    o desejo de segurança.
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    Mas por si só, essas promessas não são sempre suficientes,
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    e então Estados desenvolveram complexos sistemas de controle,
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    visando proativamente buscar e destruir
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    qualquer potencial desafio para o seu domínio continuo.
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    Esse constante moldar das dinâmicas políticas internas
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    forma a base da doutrina de contrainsurgência
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    - a ciência que vai na verdade essência do poder do próprio Estado
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    Nos próximos 30 minutos, vamos compartilhar as vozes de vários indivíduos
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    enquanto explicam os princípios da contra insurgência,
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    como eles se manifestaram em estrategias
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    históricas e contemporâneas da repressão estatal,
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    e algumas das formas que nossos movimentos podem frustrar essas dinâmicas
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    para desafiar a legitimidade do Estado,
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    espalhar pensamentos dissidentes,
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    e tudo para causar bastante problema.
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    Contra insurgência é a forma especializada de guerra
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    levada pelo Estado contra sua população.
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    Uma insurgência é uma revolta organizada
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    pelo povo contra uma autoridade estalecida
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    Mais comum pela história é um movimento de resistência
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    anti-colonial e anti-imperialista.
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    Contra insurgência é a arte técnica da contrarrevolução.
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    Amplamente, contra insurgência se refere a toda extensão de atividades
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    que um Estado se engaja para reprimir um levante.
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    Contra insurgência é basicamente a guerra constante
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    que o Estado executa para manejar o conflito
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    e garanti a estabilidade e continuidade da governança.
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    Contra insurgência é desenhada para manter um movimento
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    que esta num estagio formativo, que é fraco e vulnerável
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    - ela é formulada para mante-los nesse estagio e ser capaz de esmaga-los.
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    Para faze-los perder a legitimidade
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    ou faze-los ficarem sem ganhar nenhuma legitimidade real
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    para suas demandas e queixas.
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    Na filosofia da contra insurgência, o conflito é permanete
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    Sendo assim, a instituições do estado precisam ser sempre arbitras
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    e mediadoras do conflito.
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    Assim eles precisam da legitimidade de serem vistos como árbitros neutros.
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    De serem vistos como os unicos com os recursos
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    ou a capacidade de oferecer a solução para um problema.
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    Sempre há uma coisa em contra-insurgência
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    que é sempre suposto estar operando dentro da regra da lei
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    e num contexto democrático.
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    Ao menos nesse tipo de contra-insurgência moderna,
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    o ideal é que não haja soldados na rua.
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    Para não ser uma guerra evidente.
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    O objetivo é manter o nível do conflito nos níveis mais baixos.
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    Nos níveis de dissidencia simples ou não violência.
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    E não permitir que esses conflitos evoluam para níveis
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    mais insurrecionais ou revolucionários.
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    Como se desenvolveu como um termo de arte na literatura militar.
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    isso veio para se referir a uma abordagem especifica
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    - uma filosofia especifica de como é melhor feito
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    E essa abordagem é caracterizada
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    menos por uma dependência na força coercitiva pura,
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    e mais pelo uso de poder suave
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    - e moldando as condições sociais,
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    a cooptação de lideres de movimentos para o aparato do Estado
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    e oferecendo concessões e reformas
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    para cortar apoio popular do levante.
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    O antigo oficial militar britânico Frank Kitson,
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    num livro chamado Operações de Baixa Intensidade
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    fala da necessidade de neutralizar
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    elementos subversivos na população
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    e de remover as massas da liderança de um movimento subversivo.
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    E os componentes chave disso é anexar
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    partes do movimento de resistência que se engajam em
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    campanhas do tipo não-violentas, de desobediência civil
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    ´anexando esses tipos de elementos ao Estado
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    como meios de dividir o movimento de reistência
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    e minando os componentes mais radicais e militantes.
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    Grande grupos sem fins lucrativos são responsáveis de subverter mudanças políticas radicais,
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    e eles tem um papel decisivo na contra-insurgência.
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    O seu objetivo é canalizar o povo em direções
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    que não os coloque em posição de confronto direto ao Estado.
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    Basicamente contra-insurgência como uma filosofia de Estado surge
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    com especialistas trabalhando para o Estado,
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    quando instituições estatais analisam suas falhas e fraquezas
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    nas lutas anti-coloniais dos anos 50 e 60
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    e particularmente lutas urbanas e outras domésticas
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    nos estados colonizadores poderosos nos anos 60 e 70.
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    Nos 60 e 70, você tinha mais consciência revolucionária
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    entre muita gente nos EUA.
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    Muito disso foi influenciado pelas revoluções que estavam
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    - as revoluções armadas -
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    acontecendo na Africa e no sudeste asiático naquele tempo.
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    Eles não querem que esse tipo de grupo nunca mais exista.
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    Eles não querem grupos como os Panteras Negras
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    sejam capazes de retornar a existência.
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    Contra-insurgência, porque isso é um tipo de guerra,
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    envolve todos os meios da guerra
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    - incluindo politico, econômico, militar, cultural e ideológico
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    como também medidas psicológicas.
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    Uma boa parte da contra-insurgência, é sobre corações e mentes.
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    Isso é o que eles dizem,
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    mas não é sobre realmente oferecer serviços ao povo
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    ou realmente prover a eles uma vida melhor.
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    É sobre dizer que isso é o que você esta fazendo
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    e reprimir as pessoas ao ponto do seu silêncio se tornar conseso
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    para qualquer tipo de regra que você decide que apropriada para o momento,
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    como o tipo de Estado ou como a elite dominante.
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    É tudo sobre medo.
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    É sobre manipular pessoa através do medo.
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    E quando você vê esses marginais sendo jogados atrás de uma viatura,
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    você vê eles jogando dentro. Duro.
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    Eu digo por favor não sejam legais.
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    Quer seja distribuindo multas,
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    chutando portas para executar mandatos de busca,
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    ou dispersando revoltas com cassetetes, gás lacrimogêneo
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    e outras assim chamadas armas "menos-letais",
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    a policia é a linha de frente, tropa de choque da classe capitalista e estatal
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    Eles são encarregados de fazer cumprir as leis
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    e resolver com repressão
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    para manter a população doméstica na linha
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    Armados com um distintivo e uma arma,
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    e aproveitando a legitimidade do Estado,
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    a policia recebe um cheque em branco para bater e até matar
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    qualquer um que vejam como ameaça a sua autoridade
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    ... desde que a pessoa na outra ponta seja
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    Negra, Latina, LGBT e/ou pobre.
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    Porque eles formas a face mais visível da repressão estatal,
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    policiais são vistos como um sinônimo do poder de Estado em si.
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    E ainda que eles realmente sejam apenas um pequeno componente
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    do amplo aparato de segurança do Estado,
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    que constitui apenas uma face da
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    burocracia estatal que se espalha
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    ... é justo dizer que o seu desenvolvimento histórico
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    foi de importância central para o nascimento dos estados modernos.
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    Processos de consolidação e formação do Estado
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    tiveram diferentes caminhos em países ao redor do mundo,
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    como tiveram que contar com fatores históricos,
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    geográficos e politico-sociais diferentes.
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    E enquanto policiais geralmente tem o mesmo papel repressivo em todo lugar,
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    e são, sem duvida, todos bastardos
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    ... essas diferenças regionais e nacionais deixaram marcas
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    no caráter das forças policiais locais.
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    Nos EUA, por exemplo
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    ... dado o papel contemporâneo de apoio de policiais
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    ao terror supremacista branco em comunidades negras,
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    não deveria ser surpreendente que ao traçar suas origens
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    a um instituição de controle social racista
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    - chamadas patrulhas de escravos.
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    [♫] WOOP WOOP! Esse é som da polícia.
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    WOOP WOOP! esse é som da besta! [♫]
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    Para entender as patrulhas de escravos,
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    é importante entender o lento desenvolvimento da intervenção do Estado
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    em manter a sociedade escravagista,
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    começando com simplesmente passar leis
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    que restringiriam atividades dos escravos.
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    E então, leis por si sendo insuficientes,
  • 9:13 - 9:16
    autorizando qualquer adulto branco de fazer valer essas leis.
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    Mas a confiança na ação individual se provando insuficiente,
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    formando esse corpo chamado patrulhas de escravos
  • 9:23 - 9:25
    que era um braço de milicia
  • 9:25 - 9:29
    e funcionou num tipo de organização "voluntária-compulsória"
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    significando que a participação era obrigatória,
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    mas não precisava de uma formação profissional.
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    Isso providenciou uma forma de toda a população adulta branca e ,masculina
  • 9:38 - 9:41
    estar diretamente envolvida coma sociedade escravagista.
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    Quando a industrialização veio ao sul,
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    e aumentaram as populações escravas nas cidades sulistas,
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    as patrulhas de escravos se moveram similarmente para a cidade.
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    E se tornaram profissionalizadas
  • 9:52 - 9:55
    e rapidamente seus deveres aumentaram
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    e se tornaram o corpo que iria
  • 9:57 - 9:59
    imediatamente se reconhecer como a força policial moderna.
  • 9:59 - 10:04
    [♫] Capataz! capataz! capataz - oficial
  • 10:04 - 10:07
    Sim de capataz a oficial!
  • 10:07 - 10:08
    Você precisa de uma pequena claridade?
  • 10:08 - 10:09
    Veja a similaridade! [♫]
  • 10:12 - 10:13
    E agora 200 anos depois
  • 10:13 - 10:17
    a função básica da policia é em boa parte a mesma.
  • 10:17 - 10:20
    É manter a natureza estratificada da sociedade,
  • 10:20 - 10:22
    Tanto em termos de raça e classe.
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    Vidas brancas importam! vidas brancas importam! vidas brancas importam!
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    Se você olhar todo o conceito de supremacia branca
  • 10:31 - 10:36
    e como se encaixa a contra-insurgência
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    em bases históricas,
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    com certeza a organização terrorista mais velha dos EUA,
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    que é a Ku Klux Klan
  • 10:42 - 10:45
    - esse era um grupo formado logo após a Guerra Civil
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    para infligir terror contra as pessoas africanas nos EUA
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    que haviam sido recentemente liberados da escravidão
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    e que começaram a tentar se organizar.
  • 10:54 - 10:57
    E quando você avança ao século 20
  • 10:57 - 11:00
    e o Movimento de Direitos Civis começa a se desenvolver,
  • 11:00 - 11:04
    a Klan e outros grupos começaram a trabalhar com a policia,
  • 11:04 - 11:08
    seja com a policia local ou departamentos de xerifes.
  • 11:08 - 11:11
    E eles trabalhariam juntos para causar terror
  • 11:11 - 11:18
    para conter o movimento - a organização contra a supremacia branca.
  • 11:24 - 11:25
    Eu acho que uma das grandes diferenças
  • 11:25 - 11:28
    da policia no Canada e nos EUA
  • 11:28 - 11:30
    é que a Policia Montada do Noroeste
  • 11:30 - 11:33
    foi moldada após a Polícia Real Irlandesa,
  • 11:33 - 11:37
    que os Ingleses instalaram na Irlanda como uma policia colonial.
  • 11:37 - 11:40
    E eles replicaram esse tipo de coisa não só no Canada,
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    mas também nas suas colonias na Índia e Africa.
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    Você sabe, uma de suas principais funções era impor a lei e a ordem colonial,
  • 11:48 - 11:51
    e extender o controle do estado nessa regiões de fronteira.
  • 11:51 - 11:56
    E esse continua em boa parte o papel da RCMP hoje pelo Canada.
  • 11:56 - 12:00
    Muita da infraestrutura crítica e corredores de transporte,
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    assim como ferrovias e rodovias,
  • 12:01 - 12:06
    passam muito perto de povoados e reservas indígenas.
  • 12:06 - 12:09
    Especialmente quando você vai mais ao norte do país.
  • 12:10 - 12:15
    Então esse tipo de situação cria muitas vulnerabilidades para o Canada,
  • 12:15 - 12:18
    e eu acho que o Estado sabe muito bem disso.
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    E é por isso ele é tão cuidadoso com a repressão aos movimentos sociais indígenas.
  • 12:22 - 12:25
    Um grande despertar foi durante a Crise de Oka em 1990,
  • 12:25 - 12:28
    quando você teve ações de solidariedade espalhadas pelo país,
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    e voce tinha ações de sabotagem sendo levadas adiante
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    contra esse tipo de infraestrutura.
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    Então acho que é muito claro para o Estado que essa é a possível consequência
  • 12:38 - 12:44
    se a sua repressão levar ao aumento da resistência indígena,
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    e mesmo o inicio de uma insurgência real.
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    Nós tentamos usar manequins o quanto nós podemos,
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    como, as greves e tudo mais.
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    Muitos dos pontos de pressão você realmente precisa sentir no corpo humano.
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    Repressão é basicamente a tentativa do Estado de punir,
  • 13:03 - 13:07
    cercar e isolar - e então neutralizar -
  • 13:07 - 13:09
    ameaças a sua autoridade.
  • 13:09 - 13:14
    Recuperação são as tentativas de integrar ameaças a autoridade.
  • 13:14 - 13:19
    Para redirecioná-los para caminhos que não ameaçam,
  • 13:19 - 13:22
    ou modos que inclusive regeneram ou modificam o poder de Estado
  • 13:22 - 13:28
    de um modo que faz os Estados mais capazes de responder a ameaças similares.
  • 13:28 - 13:30
    E se você olhar os 50 e 60
  • 13:30 - 13:32
    as lutas por direitos civis nos EUA,
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    há alguns exemplos muito bons por que o governo,
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    especialmente a administração Kennedy,
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    você sabe eles estavam tendo encontros de alto escalão com Martin Luther King
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    e todos esses outros lideres das organizações de desobediência civil não violenta.
  • 13:45 - 13:46
    E ao mesmo tempo,
  • 13:46 - 13:51
    eles estavam usando repressão contras os elementos mais radicais
  • 13:51 - 13:55
    do Direitos Civis Negros - que se tornou o Movimento de Libertação Negro,
  • 13:55 - 13:58
    e que levou a formação do programa de contra-inteligência do FBI, COINTELPRO
  • 13:58 - 14:00
    Em anexo ao COINTELPRO,
  • 14:00 - 14:03
    o FBI levava um programa chamado programa informante do gueto.
  • 14:03 - 14:07
    e o programa informante do gueto é onde eles pegavam pregadores,
  • 14:07 - 14:10
    pastores das igrejas, professores ou quem fosse
  • 14:10 - 14:13
    - ele tentariam pegar essas pessoas para serem informantes.
  • 14:13 - 14:16
    Se fala sobre militarização e policia comunitária
  • 14:16 - 14:19
    como se fossem essas duas alternativas separadas.
  • 14:19 - 14:22
    Duas maneiras diferentes da policia pode se desenvolver.
  • 14:22 - 14:25
    Mas o que a história mostra
  • 14:25 - 14:29
    é que elas se desenvolvem ao mesmo tempo,
  • 14:29 - 14:31
    ambas em resposta a crise dos 60.
  • 14:31 - 14:35
    E geralmente se desenvolveram lado a lado na mesma cidade
  • 14:35 - 14:37
    - frenquentemente com os mesmos comandantes.
  • 14:37 - 14:42
    Ao invés de ver esses desenvolvimentos como separados e competindo,
  • 14:42 - 14:45
    Faz mais sentido velos como desenvolvimentos complementares,
  • 14:45 - 14:49
    cada um como metade da estratégia doméstica de contra-insurgência.
  • 14:49 - 14:53
    O programa de contra-inteligência foi desenhado para ser duro de bater.
  • 14:53 - 14:55
    E desenhado para assassinar,
  • 14:55 - 14:59
    desenhado para subverter e realmente destruir organizações,
  • 14:59 - 15:03
    visto que o programa de informante do gueto foi desenhado
  • 15:03 - 15:06
    para espiar a população negra amplamente,
  • 15:06 - 15:09
    e para achar quem era, quando eles viam,
  • 15:09 - 15:12
    quem agitava revoltas.
  • 15:12 - 15:16
    Tudo isso é bem coisa de manual básico de contra-insurgência.
  • 15:16 - 15:18
    Quando vemos isso operando domésticamente,
  • 15:18 - 15:23
    tem o beneficio político de construir legitimidade pra policia,
  • 15:23 - 15:28
    enquanto ao mesmo tempo a militarização preserva a capacidade
  • 15:28 - 15:31
    de vir duramente quando eles enfrentam resistência real.
  • 15:36 - 15:38
    O programa ilicito do FBI de espionagem,
  • 15:38 - 15:41
    sabotagem e assassinato conhecido como COINTELPRO
  • 15:41 - 15:43
    acabou formalmente em Abril de 1971,
  • 15:43 - 15:46
    depois que suas atividade encobertas foram expostas por ativistas
  • 15:46 - 15:49
    que invadiram o escritório de campo do FBI na Pennsylvania
  • 15:49 - 15:52
    e soltaram documentos ultra-secretos e valiosos a imprensa.
  • 15:52 - 15:55
    Apenas dois meses depois, a administração Nixon lançou a Guerra as Drogas.
  • 15:55 - 15:59
    O inimigo número 1 da America é o abuso de drogas.
  • 15:59 - 16:00
    Bem conveniente, certo?
  • 16:00 - 16:03
    Alguma sugestão que o tempo entre esses dois eventos
  • 16:03 - 16:05
    foi marcado por simples coincidência foi anulada
  • 16:05 - 16:08
    pelo chefe da assessoria política de Richard Nixon, John Ehrlichman,
  • 16:08 - 16:10
    quem numa entrevista sincera em 1994,
  • 16:10 - 16:13
    admitiu que a Guerra as Drogas era uma mentira
  • 16:13 - 16:15
    inventada para apontar a esquerda anti-guerra
  • 16:15 - 16:17
    e as comunidades negras para repressão política,
  • 16:17 - 16:19
    depois que o "Trick Dick" foi deposto desonrosamente...
  • 16:19 - 16:20
    Eu não sou um trapaceiro!
  • 16:25 - 16:29
    ... administrações presidenciais subsequentes pegaram a ideia da Guerra as Drogas,
  • 16:29 - 16:30
    expandiu seu escopo grandemente,
  • 16:30 - 16:33
    e o redefiniu para um arma potente tanto pra controle social doméstico
  • 16:33 - 16:35
    como para objetivos imperialistas no estrangeiro.
  • 16:39 - 16:43
    É difícil expor totalmente o efeito a Guerra as Drogas
  • 16:43 - 16:47
    e o seu papel em acelerar o desenvolvimento
  • 16:47 - 16:49
    da contra insurgência no policiamento americano.
  • 16:49 - 16:51
    Nixon lançou a Guerra as Drogas.
  • 16:51 - 16:55
    e a Guerra as Drogas era guerra química.
  • 16:55 - 16:58
    Com o alastro da - naquele tempo era heroína -
  • 16:58 - 17:00
    nas comunidades não brancas.
  • 17:00 - 17:03
    Negros e Latinos, comunidades pobres não brancas
  • 17:03 - 17:05
    Eles chamaram de Guerra as Drogas,
  • 17:05 - 17:07
    mas estavam espalhando as drogas na comunidade,
  • 17:07 - 17:09
    então eles foram nas comunidades
  • 17:09 - 17:13
    e começaram a prender pessoas por usarem drogas.
  • 17:13 - 17:16
    Essa guerra química, tem paralelo histórico.
  • 17:16 - 17:19
    Depois que mataram os Indígenas nesse país,
  • 17:19 - 17:20
    depois das Guerras Indígenas,
  • 17:20 - 17:23
    então eles se viraram e os deram whisky.
  • 17:23 - 17:27
    E whisky era uma droga viciante que até hoje em dia
  • 17:27 - 17:30
    está destruindo as vidas das pessoas nas comunidades nativas.
  • 17:30 - 17:32
    Então eles os deram whisky.
  • 17:32 - 17:35
    Então eles deram ao povo negro,
  • 17:35 - 17:40
    para acabar com a insurgência que estourou nos 60 e 70,
  • 17:40 - 17:43
    eles o deram crack.
  • 17:43 - 17:46
    Isso foi feito deliberadamente como uma resposta do governo
  • 17:46 - 17:49
    ao movimento do Poder Negro.
  • 17:49 - 17:51
    e todos os outros movimentos radicais progressistas.
  • 17:51 - 17:55
    Eles querem ter certeza que nada disso aconteça novamente.
  • 17:55 - 17:58
    E o crack foi distribuído por pessoas
  • 17:58 - 18:00
    que receberam as drogas de agentes federais,
  • 18:00 - 18:03
    e distribuíram para o mercado urbano.
  • 18:03 - 18:07
    E o efeito do crack só destruiu
  • 18:07 - 18:10
    numerosas comunidades vibrantes naquele tempo.
  • 18:10 - 18:12
    Comunidades onde as pessoas tinham empregos
  • 18:12 - 18:15
    ... comunidades onde as pessoas tinham coesão social
  • 18:15 - 18:18
    - bem o crack destruiu isso.
  • 18:18 - 18:21
    E o governo federal usou o fato do tráfico de drogas,
  • 18:21 - 18:22
    que eles criaram
  • 18:22 - 18:27
    - ele usaram isso para depois se viram e construir uma força policial paramilitar.
  • 18:27 - 18:29
    Isso arrumou um pretexto conveniente,
  • 18:29 - 18:33
    com histórias de policiais sendo superados por gangues
  • 18:33 - 18:34
    e todo esse tipo de coisa.
  • 18:34 - 18:38
    Além disso, há o simples efeito demográfico
  • 18:38 - 18:43
    da Guerra as Drogas prover um mecanismo para
  • 18:43 - 18:48
    remover grande proporção da população negra,
  • 18:48 - 18:50
    de todas as cidades
  • 18:50 - 18:52
    e colocá-la na prisão por um grande período de tempo.
  • 18:52 - 18:56
    E depois normalizar a monitoramento dessas comunidades
  • 18:56 - 18:58
    pela liberdade condicional e vigiada,
  • 18:58 - 19:02
    e outras formas de correções na comunidade.
  • 19:02 - 19:05
    Eu acho que provavelmente impossível estimar
  • 19:05 - 19:07
    o dano que foi feito nessas comunidades
  • 19:07 - 19:09
    nos termos de puramente as quebrá-las.
  • 19:09 - 19:13
    Nós temos que entender que é um caminho continuo
  • 19:13 - 19:18
    desde a COINTELPRO para a Guerra as Drogas.
  • 19:18 - 19:21
    E então na Guerras as Drogas, nós estamos em uma nova contra-insurgência.
  • 19:25 - 19:28
    A Guerra as Drogas em todo lugar é umas Guerra dos EUA.
  • 19:28 - 19:32
    Os EUA dão os maiores consumidores de narcóticos ilegais no mundo como mercado.
  • 19:32 - 19:35
    Quase metadade de todo mercado de drogas é nos EUA.
  • 19:35 - 19:38
    Os EUA sempre empurraram a "solução",
  • 19:38 - 19:42
    militarista mais radical ao problema das drogas.
  • 19:42 - 19:46
    A base da guerra as drogas nos EUA é o sistema prisional.
  • 19:46 - 19:50
    E em lugares como México, como América Central, Colômbia.
  • 19:50 - 19:53
    - é massacre e o desaparecimento forçado.
  • 19:53 - 19:56
    E é frequentemente baseado em classe social.
  • 19:56 - 19:59
    É baseado em viver em certas áreas que são ricas em recursos.
  • 19:59 - 20:03
    É baseado no potencial que essas comunidades podem ser uma ameaça.
  • 20:03 - 20:05
    É ai que de novo, o mesmo pretexto é usado.
  • 20:05 - 20:09
    Eles são chamados narcotraficantes, vendedores de drogas,
  • 20:09 - 20:12
    e ao invés de serem mandados a cadeia
  • 20:12 - 20:14
    ... eles são assassinados na rua.
  • 20:14 - 20:15
    Eu acho que o que acontece no México
  • 20:15 - 20:18
    é uma guerra contra-insurgente contra o povo,
  • 20:18 - 20:21
    e acho que no México eles meio que
  • 20:21 - 20:23
    expandiram a ideia de quem é insurgente
  • 20:23 - 20:26
    para incluir basicamente toda a população.
  • 20:26 - 20:29
    Até a ideia de que as pessoas estão vivendo de formas diferentes,
  • 20:29 - 20:32
    que elas tem assembleias, que vivem em terra coletiva,
  • 20:32 - 20:35
    que estão se organizando de algum jeito... mesmo apenas com seus vizinhos
  • 20:35 - 20:39
    - todas essas coisas são vistas como ameaças a ordem dominante.
  • 20:39 - 20:41
    E no México eles estão sendo tratados com um tipo de
  • 20:41 - 20:44
    contra-insurgência que é extremamente violenta.
  • 20:44 - 20:46
    A iniciativa Merida começou em 2008,
  • 20:46 - 20:50
    e é um plano de multi-bilionário financiado pelos EUA
  • 20:50 - 20:54
    para financiar a militarização, essencialmente,
  • 20:54 - 20:56
    da Guerra as Drogas no México.
  • 20:56 - 21:00
    Então quando a guerra as drogas começou em 2006, haviam 4,000 agentes federais.
  • 21:00 - 21:04
    agora existem 40,000 e eles são deslocados junto ao exército
  • 21:04 - 21:07
    em diferentes cidades para "lutar a Guerra as Drogas."
  • 21:07 - 21:10
    E o que nós vimos vez após vez nessas regiões diferentes
  • 21:10 - 21:12
    onde agentes federais e soldados são deslocados juntos,
  • 21:12 - 21:15
    há um aumento nas taxas de homicídio,
  • 21:15 - 21:18
    aumento da violência, dos desaparecimentos
  • 21:18 - 21:21
    - e novamente, ordenada contra a população no geral.
  • 21:21 - 21:23
    Dizem que é uma facção mandando
  • 21:23 - 21:25
    uma mensagem a outra facção.
  • 21:25 - 21:27
    Mas quando, você sabe, na sua cidade
  • 21:27 - 21:30
    a um monte de corpos sem cabeça na praça central
  • 21:30 - 21:32
    - isso é uma mensagem a toda cidade.
  • 21:32 - 21:35
    O que a militarização da proibição realmente fez
  • 21:35 - 21:38
    - porque é uma estratégia militarizada para reforçar a proibição -
  • 21:38 - 21:40
    e isso significa que as pessoas que
  • 21:40 - 21:44
    movem esses produtos também se militarizam.
  • 21:44 - 21:46
    E esse tipo de processo paramilitar.
  • 21:46 - 21:49
    No México esses grupos não são explicitamente políticos,
  • 21:49 - 21:53
    mas é claro que eles com frequência trabalham próximos a outras partes
  • 21:53 - 21:57
    do mesmo aparato de Estado que combate eles.
  • 21:57 - 21:58
    Então, digamos que a Policia Federal entra
  • 21:58 - 22:00
    e desbarata o cartel de Sinaloa
  • 22:00 - 22:02
    ...ok, o cartel de Sinaloa começa a trabalhar com
  • 22:02 - 22:05
    policias estaduais, quaiquer que sejam.
  • 22:05 - 22:07
    Então as pessoas nessas áreas estratégicas,
  • 22:07 - 22:10
    apenas pessoas normais tentando seguir com suas vidas,
  • 22:10 - 22:13
    elas estão sendo pegas e desaparecidas.
  • 22:13 - 22:14
    Elas são as que estão sendo massacradas.
  • 22:14 - 22:18
    Elas que estão pagando de fato, com a vida, por essa guerra
  • 22:18 - 22:20
    e também quando você da um passo atrás
  • 22:20 - 22:22
    e vê isso em um leve um pouco mais macro,
  • 22:22 - 22:25
    e muito claro que o que acontece é uma guerra contra o povo.
  • 22:25 - 22:28
    E toda a ideia do Estado combatendo carteis de droga
  • 22:28 - 22:33
    é uma grande jogada, basicamente para justificar militarização, paramilitarização
  • 22:33 - 22:35
    e uma guerra contra a população.
  • 22:40 - 22:43
    Estados vão a uma distância incrível para estudar nossos movimentos.
  • 22:43 - 22:46
    Dezenas de agências de segurança federal e inteligência,
  • 22:46 - 22:48
    e um numero desconhecido de contratantes privados
  • 22:48 - 22:51
    estão constantemente vasculhando nos posts nas redes sociais,
  • 22:51 - 22:54
    mapeando nossas redes e as provando por vulnerabilidades.
  • 22:54 - 22:56
    Analistas batem um fluxo interminável
  • 22:56 - 22:58
    de avaliações de risco e sugestões de políticas,
  • 22:58 - 23:02
    cobrindo uma vasta gama de possíveis planos de contingência.
  • 23:02 - 23:05
    Todo ano, bilhões de dólares são gastos mantendo grampos na dissidência.
  • 23:05 - 23:08
    infiltrando nossas organizações e treinando forças policiais locais
  • 23:08 - 23:09
    na supressão de revoltas
  • 23:09 - 23:12
    e táticas de engajamento da sociedade
  • 23:12 - 23:14
    Não importa quão fortes Estados são,
  • 23:14 - 23:16
    e não importa quão vasta a escala de recursos eles podem guiar
  • 23:16 - 23:19
    para manter e expandir seu poder
  • 23:19 - 23:20
    ... eles ainda nos vêm como ameaças.
  • 23:20 - 23:22
    E por que não deveriam?
  • 23:22 - 23:24
    Estados são ilusões coletivas.
  • 23:24 - 23:26
    As hierarquias politicas, sociais e econômicas
  • 23:26 - 23:28
    que mantêm muitos governados por poucos são
  • 23:28 - 23:30
    construídas na fundação do medo,
  • 23:30 - 23:31
    lealdade
  • 23:31 - 23:32
    e divisão interna.
  • 23:32 - 23:34
    Se esses pilares de suporte são removidos,
  • 23:34 - 23:37
    todo o castelo de baralhos iria despencar.
  • 23:39 - 23:43
    Estados investiram em muitos recursos
  • 23:43 - 23:46
    para entender como insurreições começam,
  • 23:46 - 23:48
    entendendo como os levantes são bem sucedidos,
  • 23:48 - 23:50
    como Estados falham,
  • 23:50 - 23:52
    e então trabalhando para neutralizar isso.
  • 23:52 - 23:54
    E eu acho que podemos aprender com algumas de suas idéias,
  • 23:54 - 23:58
    mesmo quando estamos a contrariar as suas operações.
  • 23:58 - 24:01
    eu acho que é muito importante entender,
  • 24:01 - 24:02
    e ter o conhecimento de
  • 24:02 - 24:05
    como operações de contra-insurgência são levadas,
  • 24:05 - 24:08
    porque é como vocês podem se defender melhor contra eles.
  • 24:08 - 24:10
    Quanto mais podemos divulgar a consciência
  • 24:10 - 24:13
    da contra-insurgência além dos círculos anarquistas,
  • 24:13 - 24:16
    mais pessoas vão entender os métodos que usamos,
  • 24:16 - 24:20
    porque escolhemos métodos antagonistas e combativos mano-a-mano com Estado.
  • 24:20 - 24:23
    Porque quando você entende que Estados se organizam
  • 24:23 - 24:25
    de acordo com a filosofia da contra-insurgência,
  • 24:25 - 24:28
    as pessoas entendem que o Estado os vêm como inimigos,
  • 24:28 - 24:29
    ou como inimigo em potencial.
  • 24:29 - 24:33
    E também entendem que quando falamos de guerra social,
  • 24:33 - 24:35
    não é porque gostamos de guerra ou de violência,
  • 24:35 - 24:37
    é porque o Estado começou a guerra social.
  • 24:37 - 24:39
    A existência do Estado é guerra social,
  • 24:39 - 24:41
    é guerra constante contra todos nós.
  • 24:41 - 24:44
    Para derrotar os planos do inimigo,
  • 24:44 - 24:46
    nós temos que o entender.
  • 24:46 - 24:49
    E temos que ter educação política
  • 24:49 - 24:52
    em uma escala grande sobre repressão governamental.
  • 24:52 - 24:55
    Mas mais do que isso, temos que desenvolver nossos movimentos
  • 24:55 - 24:58
    para saber lidar com a repressão governamental,
  • 24:58 - 25:02
    de saber lidar toda forma de atividade de policia secreta.
  • 25:02 - 25:04
    Especialmente em círculos anarquistas,
  • 25:04 - 25:06
    se encorajamos o entendimento variado
  • 25:06 - 25:08
    de como a contra-insurgência funciona,
  • 25:08 - 25:11
    isso ira certamente ajudar a identificar a recuperação
  • 25:11 - 25:13
    e como não cair na armadilha.
  • 25:13 - 25:17
    E também nos ajudara a melhorar nossas estrategias anti-repressivas.
  • 25:17 - 25:20
    Especialmente no ponto que percebemos que repressão
  • 25:20 - 25:23
    é primordialmente um mecanismo para isolar pessoas,
  • 25:23 - 25:25
    e então nós colocaremos mais importância
  • 25:25 - 25:28
    na criação de relações sociais mais amplas,
  • 25:28 - 25:32
    evitando o isolamento e certamente renunciando às estratégias
  • 25:32 - 25:34
    que basicamente equivalem a auto-isolamento.
  • 25:34 - 25:38
    Ainda alguns dos melhores recursos para este são os nossos adversários.
  • 25:38 - 25:42
    Muitas pesquisas da RAND Corporation sobre contra-insurgência
  • 25:42 - 25:44
    está disponível em seu website.
  • 25:44 - 25:49
    O manual de Campo do Exército dos EUA, FM-324, é amplamente disponível.
  • 25:49 - 25:51
    Tudo isso vale a pena olhar diretamente também.
  • 25:51 - 25:55
    Uma campanha muito importante de contra-insurgência de onde as pessoas podem aprendem
  • 25:55 - 25:59
    são as operações COINTELPRO do FBI nos EUA
  • 25:59 - 26:02
    durante os anos 50 até o inicio dos 70.
  • 26:02 - 26:04
    porque eu acho que esses são os tipos de táticas
  • 26:04 - 26:06
    que estão sendo usadas contra os movimentos de resistência hoje.
  • 26:06 - 26:09
    Teve um período radical nos 60 e 70,
  • 26:09 - 26:13
    e então eles usaram essa repressão de mão de ferro.
  • 26:13 - 26:14
    Essa foi um programa ilegal.
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    Mas o mesmo tipo de repressão, se não até pior,
  • 26:18 - 26:21
    agora é usado - e é legal.
  • 26:21 - 26:23
    Baixo o assim chamado primeiro Ato PATRIOTA,
  • 26:23 - 26:26
    e agora baixo outras formas de legislação
  • 26:26 - 26:29
    que permite a policia e as agencias estatais
  • 26:29 - 26:31
    espionar a população no geral.
  • 26:31 - 26:33
    Incluindo espionar organizações dissidentes.
  • 26:33 - 26:37
    A coleta de inteligência é provavelmente a parte mais importante
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    de uma campanha de contra-insurgência,
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    porque sem inteligência
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    o Estado não sabe quem são os organizadores da resistência
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    quem são eles, quais seus planos ou como combate-los.
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    As armas no entorno da contra-espionagem,
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    no entorno da anonimidade,
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    e tendo certeza que você esta se protegendo
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    e que esta protegendo seus companheiros da espionagem do Estado
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    ... Isso é muito importante.
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    Obviamente, não caguetar e não falar com policiais,
  • 27:04 - 27:07
    toda a coisa básica - digo, essas são nossas armas.
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    Nós temos que descobrir como
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    construir um movimento para combater o fascismo nesse período.
  • 27:13 - 27:14
    Nos EUA particularmente.
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    E nós temos que começar a desenvolver movimentos
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    que não são apenas movimentos de "esquerda".
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    Nós temos, pessoas que vão as ruas
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    e se engajam em lutas palmo-a-palmo, pulso-a-pulso com a Direita-alternativa,
  • 27:28 - 27:30
    os neo-nazis e os neo-fascistas
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    nas ruas e em vários protestos.
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    E esse tipo de resistência ainda é necessária.
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    Mas esse tipo de resistência
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    não vai organizar as massas de pessoas.
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    Pessoas comuns nas comunidades,
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    eles identificam isso como um tipo de movimento de esquerda.
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    E a maioria das pessoas nas nossas comunidades, comunidades comuns,
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    não são de esquerda,
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    É maravilhoso que ninguém tenha sido baleado e morto em Charlottesville.
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    E nós não podemos dizer que isso não acontecera
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    em outras demonstrações que eles reunirão.
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    Mas eles não são a ameaça primordial.
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    Nós estamos passando do tempo que você pode apenas dizer
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    que a tarefa pra derrotar o fascismo é apenas sair
  • 28:04 - 28:05
    e socar um nazi na cara.
  • 28:05 - 28:08
    Eles estão no gabinete agora. Eles estão dirigindo o Estado.
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    Então nós temos que ir a outro nível.
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    Precisamos construir uma movimento de base mais ampla.
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    Nós precisamos trazer pessoas não-brancas e comunidades não-brancas.
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    Nós precisamos trazer o movimento de mulheres.
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    Precisamos trazer todas as forças que são necessárias
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    para destruir todo sistema.
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    Nossa tarefa ainda é uma tarefa revolucionária.
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    Nós temos que mudar a sociedade que cria o fascismo em primeiro lugar
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    Nós temos que destruir o capitalismo.
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    Olhando isso da perspectiva de nosso inimigo,
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    a autoridade deles é em alguns pontos bem frágil.
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    E da sua perspectiva,
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    a coisa crucial que eles precisam manter
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    é o senso de legitimidade.
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    O senso de que a população acredita neles.
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    O senso que a população apoia eles.
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    O senso de que quando colocam demandas, o povo vai responder.
  • 28:46 - 28:49
    E nós podemos reverter isso
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    e ver o que eles sentem que tem de proteger
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    onde são frágeis.
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    E esse senso de legitimidade parece ser algo
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    que os movimentos populares são muito bons e danificar,
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    mesmo com recurso bem menores.
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    Então as boas noticias disso tudo é que
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    o lugar que se sentem mais vulneráveis
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    é na verdade a coisa que estamos melhor posicionados pra ferir
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    - que o senso de apoio publico
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    Eles querem nossa cooperação.
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    É sobre isso que toda essa coisa é
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    A coisa chave que podemos fazer contra a contra insurgência
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    e não dividir informação com eles,
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    cooperar na menor extensão possível com o Estado
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    - especialmente nos termos da criminalização de outras pessoas.
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    E manter nossas relações com nossos amigos, nossos companheiros,
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    mas também com nossos vizinhos, na extensão possível.
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    A outras pessoas em nossa comunidade, gente que conhecemos numa exibição de Trouble
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    Realmente manter essas relações fortes e correr um pelo outro.
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    Essa é nossa melhor arma. Isso é tudo que temos.
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    Pessoas estão desenvolvendo novas estrategias,
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    buscando por novos terrenos de luta e conflito,
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    e como sempre, a história não chegou ao fim.
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    E o mundo continua num período de crise sustentada e cada vez mais profunda,
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    novas estrategias de contra-insurgência são desenvolvidas e aplicadas
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    em países pelo globo.
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    Sobrepondo catástrofes,
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    potencializadas pelos efeitos do capitalismo neoliberal,
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    mudança climática,
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    guerras devastadoras,
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    e níveis crescentes de desigualdade global
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    estão culminando em níveis de migração humana sem precedentes na história.
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    Isso esta alimentando o aumento da reação xenofóbica
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    seja pelos Estados e as mídias de extrema-direita
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    estão redirecionando o descontento popular
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    para grupos já visados e oprimidos.
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    Esses são tempos perigosos,
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    que requerem reflexão séria
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    e ação comprometida por parte dos revolucionários.
  • 30:30 - 30:31
    Então nesse ponto,
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    nós gostarismos de te lembrar que Trouble é feito para ser visto em grupos,
  • 30:34 - 30:38
    e para ser usado como recurso para promover discussão e organização coletiva.
  • 30:38 - 30:40
    Acha que anarquistas e outros anti-capitalistas da sua cidade
  • 30:40 - 30:42
    precisam dar partida no jogo?
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    Considere se juntar a outros companheiros,
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    exibir esse filme e discutir os passos a se tomar
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    para coletivamente se preparar, antecipar
  • 30:49 - 30:52
    e resistir as estrategias de repressão e recuperação do Estado.
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    Interessado em fazer exibições regulares de Trouble no seu campus,
  • 30:55 - 30:59
    lojinha, centro comunitário ou mesmo na sua casa com amigos?
  • 30:59 - 31:00
    Torne-se um causador de problema!
  • 31:00 - 31:03
    Por 10 dólares por mês, nós te mandamos uma copia adiantada do show,
  • 31:03 - 31:06
    e um kit de exibição apresentando recurso adicionais
  • 31:06 - 31:09
    e algumas questões que você pode usar para facilitar uma discussão.
  • 31:09 - 31:12
    se você não pode nos apoiar financeiramente, sem problemas!
  • 31:12 - 31:15
    Você pode carregar ou baixar todo nosso conteúdo de graça no nosso website:
  • 31:18 - 31:21
    Se você tem qualquer sugestão para tópicos de show ou apenas quer entrar em contato
  • 31:21 - 31:25
    nos deixe um recado em trouble@sub.media.
  • 31:25 - 31:27
    Esse mês iniciamos uma grande angariação de fundos
  • 31:27 - 31:31
    para expandir o subMedia e e aumentar nossa saída mensal de vídeos.
  • 31:31 - 31:32
    se nós conseguirmos os objetivos de nossa angariação
  • 31:32 - 31:35
    nós planejamos trazer o Stimulator de volta da aposentadoria,
  • 31:35 - 31:37
    para solta-lo em cima dos trolls do alt-right
  • 31:37 - 31:39
    que derrubaram nossa conta no paypal.
  • 31:39 - 31:43
    se você gosta do trouble, odeia o alt-right e que ver mais conteúdo do subMedia,
  • 31:43 - 31:48
    por favor va ao sub.medi/donate e se torne um apoiador mensal.
  • 31:48 - 31:51
    Como sempre, estamos felizes de ver pessoas tem
  • 31:51 - 31:52
    apoiado e exibido nosso trabalho,
  • 31:52 - 31:55
    e queremos dar nosso grande urra as novas seções Troublemaker
  • 31:55 - 31:59
    em Londres, Kitchener, Kingston, Halifax, e Tampa.
  • 31:59 - 32:03
    Esse episodio não seria possivel sem o apoio generoso
  • 32:03 - 32:05
    de Brianna, anonimo, Jodi e Naber
  • 32:05 - 32:08
    Agora va la fora e arrume algum problema!
Title:
vimeo.com/.../236121345
Video Language:
English
Duration:
32:33

Portuguese, Brazilian subtitles

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