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Saudações criadores de problema... bem vindos ao Trouble
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Meu nome não é importante
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Insurgências são por sua própria natureza, eventos caóticos.
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São ataques a ordem dominante,
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levados por grupos mobilizados e determinados de pessoas
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tentando extirpar e destruir a estrutura de poder estabelecida
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por qualquer meio necessário.
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Da perspectiva das elites econômicas e políticas
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que retiram grandes benefícios do status quo
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a imprevisão e o tumulto das insurgências
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as tonam temerosas piores cenários
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Para aqueles no poder, elas constituem ameças existenciais
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que precisam ser manejadas cuidadosamente
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e evitadas a todos os custos.
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Apesar dos meios sofisticados de coerção
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e da incrivel capacidade de violência que eles possuem,
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Estados modernos são mais precários do que mostram.
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Como fortalezas na areia,
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elas são vulneráveis a placas tectônicas
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de suas contradições internas e linhas políticas falhas.
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Enquanto Anarquistas historicamente tem estado
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na linha de frente de críticas do Estado,
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nós não estamos sós na rejeição
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a autoridade ilegitima que eles representam.
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Sejam nações colonizadas lutando contra ocupação estrangeira,
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multidões de pessoas se levantando pra derrubar ditadores,
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ou radicais lutando contra a exploração, opressão
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e destruição ecológica das democracias capitalistas
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... o desejo de liberdade é universal.
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Bem conscientes disso, Estados buscam manter sua legitimidade
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assumindo o manto de protetores da própria liberdade,
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e garantidores de outro traço humano universalmente desejado,
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o desejo de segurança.
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Mas por si só, essas promessas não são sempre suficientes,
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e então Estados desenvolveram complexos sistemas de controle,
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visando proativamente buscar e destruir
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qualquer potencial desafio para o seu domínio continuo.
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Esse constante moldar das dinâmicas políticas internas
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forma a base da doutrina de contrainsurgência
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- a ciência que vai na verdade essência do poder do próprio Estado
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Nos próximos 30 minutos, vamos compartilhar as vozes de vários indivíduos
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enquanto explicam os princípios da contra insurgência,
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como eles se manifestaram em estrategias
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históricas e contemporâneas da repressão estatal,
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e algumas das formas que nossos movimentos podem frustrar essas dinâmicas
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para desafiar a legitimidade do Estado,
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espalhar pensamentos dissidentes,
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e tudo para causar bastante problema.
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Contra insurgência é a forma especializada de guerra
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levada pelo Estado contra sua população.
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Uma insurgência é uma revolta organizada
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pelo povo contra uma autoridade estalecida
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Mais comum pela história é um movimento de resistência
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anti-colonial e anti-imperialista.
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Contra insurgência é a arte técnica da contrarrevolução.
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Amplamente, contra insurgência se refere a toda extensão de atividades
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que um Estado se engaja para reprimir um levante.
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Contra insurgência é basicamente a guerra constante
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que o Estado executa para manejar o conflito
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e garanti a estabilidade e continuidade da governança.
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Contra insurgência é desenhada para manter um movimento
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que esta num estagio formativo, que é fraco e vulnerável
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- ela é formulada para mante-los nesse estagio e ser capaz de esmaga-los.
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Para faze-los perder a legitimidade
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ou faze-los ficarem sem ganhar nenhuma legitimidade real
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para suas demandas e queixas.
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Na filosofia da contra insurgência, o conflito é permanete
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Sendo assim, a instituições do estado precisam ser sempre arbitras
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e mediadoras do conflito.
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Assim eles precisam da legitimidade de serem vistos como árbitros neutros.
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De serem vistos como os unicos com os recursos
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ou a capacidade de oferecer a solução para um problema.
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Sempre há uma coisa em contra-insurgência
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que é sempre suposto estar operando dentro da regra da lei
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e num contexto democrático.
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Ao menos nesse tipo de contra-insurgência moderna,
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o ideal é que não haja soldados na rua.
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Para não ser uma guerra evidente.
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O objetivo é manter o nível do conflito nos níveis mais baixos.
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Nos níveis de dissidencia simples ou não violência.
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E não permitir que esses conflitos evoluam para níveis
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mais insurrecionais ou revolucionários.
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Como se desenvolveu como um termo de arte na literatura militar.
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isso veio para se referir a uma abordagem especifica
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- uma filosofia especifica de como é melhor feito
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E essa abordagem é caracterizada
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menos por uma dependência na força coercitiva pura,
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e mais pelo uso de poder suave
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- e moldando as condições sociais,
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a cooptação de lideres de movimentos para o aparato do Estado
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e oferecendo concessões e reformas
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para cortar apoio popular do levante.
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O antigo oficial militar britânico Frank Kitson,
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num livro chamado Operações de Baixa Intensidade
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fala da necessidade de neutralizar
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elementos subversivos na população
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e de remover as massas da liderança de um movimento subversivo.
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E os componentes chave disso é anexar
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partes do movimento de resistência que se engajam em
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campanhas do tipo não-violentas, de desobediência civil
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´anexando esses tipos de elementos ao Estado
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como meios de dividir o movimento de reistência
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e minando os componentes mais radicais e militantes.
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Grande grupos sem fins lucrativos são responsáveis de subverter mudanças políticas radicais,
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e eles tem um papel decisivo na contra-insurgência.
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O seu objetivo é canalizar o povo em direções
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que não os coloque em posição de confronto direto ao Estado.
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Basicamente contra-insurgência como uma filosofia de Estado surge
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com especialistas trabalhando para o Estado,
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quando instituições estatais analisam suas falhas e fraquezas
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nas lutas anti-coloniais dos anos 50 e 60
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e particularmente lutas urbanas e outras domésticas
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nos estados colonizadores poderosos nos anos 60 e 70.
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Nos 60 e 70, você tinha mais consciência revolucionária
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entre muita gente nos EUA.
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Muito disso foi influenciado pelas revoluções que estavam
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- as revoluções armadas -
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acontecendo na Africa e no sudeste asiático naquele tempo.
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Eles não querem que esse tipo de grupo nunca mais exista.
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Eles não querem grupos como os Panteras Negras
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sejam capazes de retornar a existência.
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Contra-insurgência, porque isso é um tipo de guerra,
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envolve todos os meios da guerra
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- incluindo politico, econômico, militar, cultural e ideológico
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como também medidas psicológicas.
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Uma boa parte da contra-insurgência, é sobre corações e mentes.
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Isso é o que eles dizem,
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mas não é sobre realmente oferecer serviços ao povo
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ou realmente prover a eles uma vida melhor.
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É sobre dizer que isso é o que você esta fazendo
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e reprimir as pessoas ao ponto do seu silêncio se tornar conseso
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para qualquer tipo de regra que você decide que apropriada para o momento,
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como o tipo de Estado ou como a elite dominante.
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É tudo sobre medo.
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É sobre manipular pessoa através do medo.
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E quando você vê esses marginais sendo jogados atrás de uma viatura,
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você vê eles jogando dentro. Duro.
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Eu digo por favor não sejam legais.
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Quer seja distribuindo multas,
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chutando portas para executar mandatos de busca,
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ou dispersando revoltas com cassetetes, gás lacrimogêneo
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e outras assim chamadas armas "menos-letais",
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a policia é a linha de frente, tropa de choque da classe capitalista e estatal
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Eles são encarregados de fazer cumprir as leis
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e resolver com repressão
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para manter a população doméstica na linha
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Armados com um distintivo e uma arma,
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e aproveitando a legitimidade do Estado,
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a policia recebe um cheque em branco para bater e até matar
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qualquer um que vejam como ameaça a sua autoridade
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... desde que a pessoa na outra ponta seja
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Negra, Latina, LGBT e/ou pobre.
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Porque eles formas a face mais visível da repressão estatal,
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policiais são vistos como um sinônimo do poder de Estado em si.
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E ainda que eles realmente sejam apenas um pequeno componente
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do amplo aparato de segurança do Estado,
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que constitui apenas uma face da
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burocracia estatal que se espalha
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... é justo dizer que o seu desenvolvimento histórico
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foi de importância central para o nascimento dos estados modernos.
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Processos de consolidação e formação do Estado
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tiveram diferentes caminhos em países ao redor do mundo,
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como tiveram que contar com fatores históricos,
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geográficos e politico-sociais diferentes.
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E enquanto policiais geralmente tem o mesmo papel repressivo em todo lugar,
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e são, sem duvida, todos bastardos
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... essas diferenças regionais e nacionais deixaram marcas
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no caráter das forças policiais locais.
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Nos EUA, por exemplo
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... dado o papel contemporâneo de apoio de policiais
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ao terror supremacista branco em comunidades negras,
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não deveria ser surpreendente que ao traçar suas origens
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a um instituição de controle social racista
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- chamadas patrulhas de escravos.
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[♫] WOOP WOOP! Esse é som da polícia.
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WOOP WOOP! esse é som da besta! [♫]
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Para entender as patrulhas de escravos,
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é importante entender o lento desenvolvimento da intervenção do Estado
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em manter a sociedade escravagista,
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começando com simplesmente passar leis
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que restringiriam atividades dos escravos.
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E então, leis por si sendo insuficientes,
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autorizando qualquer adulto branco de fazer valer essas leis.
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Mas a confiança na ação individual se provando insuficiente,
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formando esse corpo chamado patrulhas de escravos
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que era um braço de milicia
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e funcionou num tipo de organização "voluntária-compulsória"
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significando que a participação era obrigatória,
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mas não precisava de uma formação profissional.
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Isso providenciou uma forma de toda a população adulta branca e ,masculina
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estar diretamente envolvida coma sociedade escravagista.
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Quando a industrialização veio ao sul,
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e aumentaram as populações escravas nas cidades sulistas,
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as patrulhas de escravos se moveram similarmente para a cidade.
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E se tornaram profissionalizadas
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e rapidamente seus deveres aumentaram
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e se tornaram o corpo que iria
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imediatamente se reconhecer como a força policial moderna.
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[♫] Capataz! capataz! capataz - oficial
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Sim de capataz a oficial!
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Você precisa de uma pequena claridade?
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Veja a similaridade! [♫]
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E agora 200 anos depois
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a função básica da policia é em boa parte a mesma.
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É manter a natureza estratificada da sociedade,
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Tanto em termos de raça e classe.
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Vidas brancas importam! vidas brancas importam! vidas brancas importam!
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Se você olhar todo o conceito de supremacia branca
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e como se encaixa a contra-insurgência
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em bases históricas,
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com certeza a organização terrorista mais velha dos EUA,
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que é a Ku Klux Klan
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- esse era um grupo formado logo após a Guerra Civil
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para infligir terror contra as pessoas africanas nos EUA
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que haviam sido recentemente liberados da escravidão
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e que começaram a tentar se organizar.
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E quando você avança ao século 20
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e o Movimento de Direitos Civis começa a se desenvolver,
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a Klan e outros grupos começaram a trabalhar com a policia,
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seja com a policia local ou departamentos de xerifes.
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E eles trabalhariam juntos para causar terror
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para conter o movimento - a organização contra a supremacia branca.
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Eu acho que uma das grandes diferenças
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da policia no Canada e nos EUA
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é que a Policia Montada do Noroeste
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foi moldada após a Polícia Real Irlandesa,
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que os Ingleses instalaram na Irlanda como uma policia colonial.
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E eles replicaram esse tipo de coisa não só no Canada,
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mas também nas suas colonias na Índia e Africa.
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Você sabe, uma de suas principais funções era impor a lei e a ordem colonial,
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e extender o controle do estado nessa regiões de fronteira.
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E esse continua em boa parte o papel da RCMP hoje pelo Canada.
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Muita da infraestrutura crítica e corredores de transporte,
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assim como ferrovias e rodovias,
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passam muito perto de povoados e reservas indígenas.
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Especialmente quando você vai mais ao norte do país.
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Então esse tipo de situação cria muitas vulnerabilidades para o Canada,
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e eu acho que o Estado sabe muito bem disso.
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E é por isso ele é tão cuidadoso com a repressão aos movimentos sociais indígenas.
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Um grande despertar foi durante a Crise de Oka em 1990,
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quando você teve ações de solidariedade espalhadas pelo país,
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e voce tinha ações de sabotagem sendo levadas adiante
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contra esse tipo de infraestrutura.
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Então acho que é muito claro para o Estado que essa é a possível consequência
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se a sua repressão levar ao aumento da resistência indígena,
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e mesmo o inicio de uma insurgência real.
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Nós tentamos usar manequins o quanto nós podemos,
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como, as greves e tudo mais.
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Muitos dos pontos de pressão você realmente precisa sentir no corpo humano.
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Repressão é basicamente a tentativa do Estado de punir,
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cercar e isolar - e então neutralizar -
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ameaças a sua autoridade.
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Recuperação são as tentativas de integrar ameaças a autoridade.
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Para redirecioná-los para caminhos que não ameaçam,
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ou modos que inclusive regeneram ou modificam o poder de Estado
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de um modo que faz os Estados mais capazes de responder a ameaças similares.
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E se você olhar os 50 e 60
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as lutas por direitos civis nos EUA,
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há alguns exemplos muito bons por que o governo,
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especialmente a administração Kennedy,
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você sabe eles estavam tendo encontros de alto escalão com Martin Luther King
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e todos esses outros lideres das organizações de desobediência civil não violenta.
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E ao mesmo tempo,
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eles estavam usando repressão contras os elementos mais radicais
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do Direitos Civis Negros - que se tornou o Movimento de Libertação Negro,
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e que levou a formação do programa de contra-inteligência do FBI, COINTELPRO
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Em anexo ao COINTELPRO,
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o FBI levava um programa chamado programa informante do gueto.
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e o programa informante do gueto é onde eles pegavam pregadores,
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pastores das igrejas, professores ou quem fosse
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- ele tentariam pegar essas pessoas para serem informantes.
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Se fala sobre militarização e policia comunitária
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como se fossem essas duas alternativas separadas.
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Duas maneiras diferentes da policia pode se desenvolver.
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Mas o que a história mostra
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é que elas se desenvolvem ao mesmo tempo,
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ambas em resposta a crise dos 60.
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E geralmente se desenvolveram lado a lado na mesma cidade
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- frenquentemente com os mesmos comandantes.
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Ao invés de ver esses desenvolvimentos como separados e competindo,
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Faz mais sentido velos como desenvolvimentos complementares,
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cada um como metade da estratégia doméstica de contra-insurgência.
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O programa de contra-inteligência foi desenhado para ser duro de bater.
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E desenhado para assassinar,
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desenhado para subverter e realmente destruir organizações,
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visto que o programa de informante do gueto foi desenhado
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para espiar a população negra amplamente,
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e para achar quem era, quando eles viam,
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quem agitava revoltas.
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Tudo isso é bem coisa de manual básico de contra-insurgência.
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Quando vemos isso operando domésticamente,
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tem o beneficio político de construir legitimidade pra policia,
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enquanto ao mesmo tempo a militarização preserva a capacidade
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de vir duramente quando eles enfrentam resistência real.
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O programa ilicito do FBI de espionagem,
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sabotagem e assassinato conhecido como COINTELPRO
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acabou formalmente em Abril de 1971,
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depois que suas atividade encobertas foram expostas por ativistas
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que invadiram o escritório de campo do FBI na Pennsylvania
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e soltaram documentos ultra-secretos e valiosos a imprensa.
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Apenas dois meses depois, a administração Nixon lançou a Guerra as Drogas.
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O inimigo número 1 da America é o abuso de drogas.
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Bem conveniente, certo?
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Alguma sugestão que o tempo entre esses dois eventos
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foi marcado por simples coincidência foi anulada
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pelo chefe da assessoria política de Richard Nixon, John Ehrlichman,
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quem numa entrevista sincera em 1994,
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admitiu que a Guerra as Drogas era uma mentira
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inventada para apontar a esquerda anti-guerra
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e as comunidades negras para repressão política,
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depois que o "Trick Dick" foi deposto desonrosamente...
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Eu não sou um trapaceiro!
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... administrações presidenciais subsequentes pegaram a ideia da Guerra as Drogas,
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expandiu seu escopo grandemente,
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e o redefiniu para um arma potente tanto pra controle social doméstico
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como para objetivos imperialistas no estrangeiro.
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É difícil expor totalmente o efeito a Guerra as Drogas
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e o seu papel em acelerar o desenvolvimento
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da contra insurgência no policiamento americano.
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Nixon lançou a Guerra as Drogas.
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e a Guerra as Drogas era guerra química.
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Com o alastro da - naquele tempo era heroína -
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nas comunidades não brancas.
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Negros e Latinos, comunidades pobres não brancas
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Eles chamaram de Guerra as Drogas,
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mas estavam espalhando as drogas na comunidade,
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então eles foram nas comunidades
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e começaram a prender pessoas por usarem drogas.
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Essa guerra química, tem paralelo histórico.
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Depois que mataram os Indígenas nesse país,
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depois das Guerras Indígenas,
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então eles se viraram e os deram whisky.
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E whisky era uma droga viciante que até hoje em dia
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está destruindo as vidas das pessoas nas comunidades nativas.
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Então eles os deram whisky.
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Então eles deram ao povo negro,
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para acabar com a insurgência que estourou nos 60 e 70,
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eles o deram crack.
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Isso foi feito deliberadamente como uma resposta do governo
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ao movimento do Poder Negro.
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e todos os outros movimentos radicais progressistas.
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Eles querem ter certeza que nada disso aconteça novamente.
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E o crack foi distribuído por pessoas
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que receberam as drogas de agentes federais,
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e distribuíram para o mercado urbano.
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E o efeito do crack só destruiu
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numerosas comunidades vibrantes naquele tempo.
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Comunidades onde as pessoas tinham empregos
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... comunidades onde as pessoas tinham coesão social
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- bem o crack destruiu isso.
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E o governo federal usou o fato do tráfico de drogas,
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que eles criaram
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- ele usaram isso para depois se viram e construir uma força policial paramilitar.
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Isso arrumou um pretexto conveniente,
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com histórias de policiais sendo superados por gangues
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e todo esse tipo de coisa.
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Além disso, há o simples efeito demográfico
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da Guerra as Drogas prover um mecanismo para
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remover grande proporção da população negra,
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de todas as cidades
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e colocá-la na prisão por um grande período de tempo.
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E depois normalizar a monitoramento dessas comunidades
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pela liberdade condicional e vigiada,
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e outras formas de correções na comunidade.
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Eu acho que provavelmente impossível estimar
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o dano que foi feito nessas comunidades
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nos termos de puramente as quebrá-las.
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Nós temos que entender que é um caminho continuo
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desde a COINTELPRO para a Guerra as Drogas.
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E então na Guerras as Drogas, nós estamos em uma nova contra-insurgência.
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A Guerra as Drogas em todo lugar é umas Guerra dos EUA.
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Os EUA dão os maiores consumidores de narcóticos ilegais no mundo como mercado.
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Quase metadade de todo mercado de drogas é nos EUA.
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Os EUA sempre empurraram a "solução",
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militarista mais radical ao problema das drogas.
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A base da guerra as drogas nos EUA é o sistema prisional.
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E em lugares como México, como América Central, Colômbia.
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- é massacre e o desaparecimento forçado.
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E é frequentemente baseado em classe social.
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É baseado em viver em certas áreas que são ricas em recursos.
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É baseado no potencial que essas comunidades podem ser uma ameaça.
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É ai que de novo, o mesmo pretexto é usado.
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Eles são chamados narcotraficantes, vendedores de drogas,
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e ao invés de serem mandados a cadeia
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... eles são assassinados na rua.
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Eu acho que o que acontece no México
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é uma guerra contra-insurgente contra o povo,
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e acho que no México eles meio que
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expandiram a ideia de quem é insurgente
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para incluir basicamente toda a população.
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Até a ideia de que as pessoas estão vivendo de formas diferentes,
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que elas tem assembleias, que vivem em terra coletiva,
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que estão se organizando de algum jeito... mesmo apenas com seus vizinhos
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- todas essas coisas são vistas como ameaças a ordem dominante.
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E no México eles estão sendo tratados com um tipo de
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contra-insurgência que é extremamente violenta.
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A iniciativa Merida começou em 2008,
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e é um plano de multi-bilionário financiado pelos EUA
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para financiar a militarização, essencialmente,
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da Guerra as Drogas no México.
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Então quando a guerra as drogas começou em 2006, haviam 4,000 agentes federais.
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agora existem 40,000 e eles são deslocados junto ao exército
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em diferentes cidades para "lutar a Guerra as Drogas."
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E o que nós vimos vez após vez nessas regiões diferentes
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onde agentes federais e soldados são deslocados juntos,
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há um aumento nas taxas de homicídio,
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aumento da violência, dos desaparecimentos
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- e novamente, ordenada contra a população no geral.
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Dizem que é uma facção mandando
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uma mensagem a outra facção.
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Mas quando, você sabe, na sua cidade
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a um monte de corpos sem cabeça na praça central
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- isso é uma mensagem a toda cidade.
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O que a militarização da proibição realmente fez
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- porque é uma estratégia militarizada para reforçar a proibição -
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e isso significa que as pessoas que
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movem esses produtos também se militarizam.
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E esse tipo de processo paramilitar.
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No México esses grupos não são explicitamente políticos,
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mas é claro que eles com frequência trabalham próximos a outras partes
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do mesmo aparato de Estado que combate eles.
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Então, digamos que a Policia Federal entra
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e desbarata o cartel de Sinaloa
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...ok, o cartel de Sinaloa começa a trabalhar com
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policias estaduais, quaiquer que sejam.
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Então as pessoas nessas áreas estratégicas,
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apenas pessoas normais tentando seguir com suas vidas,
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elas estão sendo pegas e desaparecidas.
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Elas são as que estão sendo massacradas.
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Elas que estão pagando de fato, com a vida, por essa guerra
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e também quando você da um passo atrás
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e vê isso em um leve um pouco mais macro,
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e muito claro que o que acontece é uma guerra contra o povo.
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E toda a ideia do Estado combatendo carteis de droga
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é uma grande jogada, basicamente para justificar militarização, paramilitarização
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e uma guerra contra a população.
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Estados vão a uma distância incrível para estudar nossos movimentos.
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Dezenas de agências de segurança federal e inteligência,
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e um numero desconhecido de contratantes privados
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estão constantemente vasculhando nos posts nas redes sociais,
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mapeando nossas redes e as provando por vulnerabilidades.
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Analistas batem um fluxo interminável
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de avaliações de risco e sugestões de políticas,
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cobrindo uma vasta gama de possíveis planos de contingência.
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Todo ano, bilhões de dólares são gastos mantendo grampos na dissidência.
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infiltrando nossas organizações e treinando forças policiais locais
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na supressão de revoltas
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e táticas de engajamento da sociedade
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Não importa quão fortes Estados são,
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e não importa quão vasta a escala de recursos eles podem guiar
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para manter e expandir seu poder
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... eles ainda nos vêm como ameaças.
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E por que não deveriam?
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Estados são ilusões coletivas.
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As hierarquias politicas, sociais e econômicas
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que mantêm muitos governados por poucos são
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construídas na fundação do medo,
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lealdade
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e divisão interna.
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Se esses pilares de suporte são removidos,
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todo o castelo de baralhos iria despencar.
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Estados investiram em muitos recursos
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para entender como insurreições começam,
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entendendo como os levantes são bem sucedidos,
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como Estados falham,
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e então trabalhando para neutralizar isso.
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E eu acho que podemos aprender com algumas de suas idéias,
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mesmo quando estamos a contrariar as suas operações.
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eu acho que é muito importante entender,
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e ter o conhecimento de
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como operações de contra-insurgência são levadas,
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porque é como vocês podem se defender melhor contra eles.
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Quanto mais podemos divulgar a consciência
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da contra-insurgência além dos círculos anarquistas,
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mais pessoas vão entender os métodos que usamos,
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porque escolhemos métodos antagonistas e combativos mano-a-mano com Estado.
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Porque quando você entende que Estados se organizam
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de acordo com a filosofia da contra-insurgência,
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as pessoas entendem que o Estado os vêm como inimigos,
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ou como inimigo em potencial.
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E também entendem que quando falamos de guerra social,
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não é porque gostamos de guerra ou de violência,
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é porque o Estado começou a guerra social.
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A existência do Estado é guerra social,
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é guerra constante contra todos nós.
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Para derrotar os planos do inimigo,
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nós temos que o entender.
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E temos que ter educação política
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em uma escala grande sobre repressão governamental.
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Mas mais do que isso, temos que desenvolver nossos movimentos
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para saber lidar com a repressão governamental,
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de saber lidar toda forma de atividade de policia secreta.
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Especialmente em círculos anarquistas,
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se encorajamos o entendimento variado
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de como a contra-insurgência funciona,
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isso ira certamente ajudar a identificar a recuperação
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e como não cair na armadilha.
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E também nos ajudara a melhorar nossas estrategias anti-repressivas.
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Especialmente no ponto que percebemos que repressão
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é primordialmente um mecanismo para isolar pessoas,
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e então nós colocaremos mais importância
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na criação de relações sociais mais amplas,
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evitando o isolamento e certamente renunciando às estratégias
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que basicamente equivalem a auto-isolamento.
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Ainda alguns dos melhores recursos para este são os nossos adversários.
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Muitas pesquisas da RAND Corporation sobre contra-insurgência
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está disponível em seu website.
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O manual de Campo do Exército dos EUA, FM-324, é amplamente disponível.
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Tudo isso vale a pena olhar diretamente também.
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Uma campanha muito importante de contra-insurgência de onde as pessoas podem aprendem
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são as operações COINTELPRO do FBI nos EUA
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durante os anos 50 até o inicio dos 70.
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porque eu acho que esses são os tipos de táticas
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que estão sendo usadas contra os movimentos de resistência hoje.
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Teve um período radical nos 60 e 70,
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e então eles usaram essa repressão de mão de ferro.
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Essa foi um programa ilegal.
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Mas o mesmo tipo de repressão, se não até pior,
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agora é usado - e é legal.
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Baixo o assim chamado primeiro Ato PATRIOTA,
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e agora baixo outras formas de legislação
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que permite a policia e as agencias estatais
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espionar a população no geral.
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Incluindo espionar organizações dissidentes.
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A coleta de inteligência é provavelmente a parte mais importante
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de uma campanha de contra-insurgência,
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porque sem inteligência
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o Estado não sabe quem são os organizadores da resistência
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quem são eles, quais seus planos ou como combate-los.
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As armas no entorno da contra-espionagem,
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no entorno da anonimidade,
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e tendo certeza que você esta se protegendo
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e que esta protegendo seus companheiros da espionagem do Estado
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... Isso é muito importante.
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Obviamente, não caguetar e não falar com policiais,
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toda a coisa básica - digo, essas são nossas armas.
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Nós temos que descobrir como
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construir um movimento para combater o fascismo nesse período.
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Nos EUA particularmente.
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E nós temos que começar a desenvolver movimentos
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que não são apenas movimentos de "esquerda".
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Nós temos, pessoas que vão as ruas
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e se engajam em lutas palmo-a-palmo, pulso-a-pulso com a Direita-alternativa,
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os neo-nazis e os neo-fascistas
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nas ruas e em vários protestos.
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E esse tipo de resistência ainda é necessária.
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Mas esse tipo de resistência
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não vai organizar as massas de pessoas.
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Pessoas comuns nas comunidades,
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eles identificam isso como um tipo de movimento de esquerda.
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E a maioria das pessoas nas nossas comunidades, comunidades comuns,
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não são de esquerda,
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É maravilhoso que ninguém tenha sido baleado e morto em Charlottesville.
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E nós não podemos dizer que isso não acontecera
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em outras demonstrações que eles reunirão.
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Mas eles não são a ameaça primordial.
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Nós estamos passando do tempo que você pode apenas dizer
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que a tarefa pra derrotar o fascismo é apenas sair
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e socar um nazi na cara.
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Eles estão no gabinete agora. Eles estão dirigindo o Estado.
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Então nós temos que ir a outro nível.
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Precisamos construir uma movimento de base mais ampla.
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Nós precisamos trazer pessoas não-brancas e comunidades não-brancas.
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Nós precisamos trazer o movimento de mulheres.
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Precisamos trazer todas as forças que são necessárias
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para destruir todo sistema.
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Nossa tarefa ainda é uma tarefa revolucionária.
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Nós temos que mudar a sociedade que cria o fascismo em primeiro lugar
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Nós temos que destruir o capitalismo.
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Olhando isso da perspectiva de nosso inimigo,
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a autoridade deles é em alguns pontos bem frágil.
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E da sua perspectiva,
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a coisa crucial que eles precisam manter
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é o senso de legitimidade.
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O senso de que a população acredita neles.
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O senso que a população apoia eles.
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O senso de que quando colocam demandas, o povo vai responder.
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E nós podemos reverter isso
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e ver o que eles sentem que tem de proteger
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onde são frágeis.
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E esse senso de legitimidade parece ser algo
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que os movimentos populares são muito bons e danificar,
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mesmo com recurso bem menores.
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Então as boas noticias disso tudo é que
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o lugar que se sentem mais vulneráveis
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é na verdade a coisa que estamos melhor posicionados pra ferir
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- que o senso de apoio publico
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Eles querem nossa cooperação.
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É sobre isso que toda essa coisa é
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A coisa chave que podemos fazer contra a contra insurgência
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e não dividir informação com eles,
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cooperar na menor extensão possível com o Estado
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- especialmente nos termos da criminalização de outras pessoas.
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E manter nossas relações com nossos amigos, nossos companheiros,
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mas também com nossos vizinhos, na extensão possível.
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A outras pessoas em nossa comunidade, gente que conhecemos numa exibição de Trouble
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Realmente manter essas relações fortes e correr um pelo outro.
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Essa é nossa melhor arma. Isso é tudo que temos.
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Pessoas estão desenvolvendo novas estrategias,
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buscando por novos terrenos de luta e conflito,
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e como sempre, a história não chegou ao fim.
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E o mundo continua num período de crise sustentada e cada vez mais profunda,
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novas estrategias de contra-insurgência são desenvolvidas e aplicadas
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em países pelo globo.
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Sobrepondo catástrofes,
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potencializadas pelos efeitos do capitalismo neoliberal,
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mudança climática,
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guerras devastadoras,
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e níveis crescentes de desigualdade global
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estão culminando em níveis de migração humana sem precedentes na história.
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Isso esta alimentando o aumento da reação xenofóbica
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seja pelos Estados e as mídias de extrema-direita
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estão redirecionando o descontento popular
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para grupos já visados e oprimidos.
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Esses são tempos perigosos,
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que requerem reflexão séria
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e ação comprometida por parte dos revolucionários.
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Então nesse ponto,
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nós gostarismos de te lembrar que Trouble é feito para ser visto em grupos,
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e para ser usado como recurso para promover discussão e organização coletiva.
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Acha que anarquistas e outros anti-capitalistas da sua cidade
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precisam dar partida no jogo?
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Considere se juntar a outros companheiros,
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exibir esse filme e discutir os passos a se tomar
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para coletivamente se preparar, antecipar
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e resistir as estrategias de repressão e recuperação do Estado.
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Interessado em fazer exibições regulares de Trouble no seu campus,
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lojinha, centro comunitário ou mesmo na sua casa com amigos?
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de Brianna, anonimo, Jodi e Naber
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