The Future of Psychedelic and Medical Marijuana Research
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0:01 - 0:06MAPS - Associação Multidiscilinar para Estudos Psicodélicos
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0:06 - 0:08"Ciência psicodélica no século XXI"
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0:08 - 0:12Apresentado pela MAPS em colaboração com: o Heffter Research Institute, o Counsil on Spiritual Practices & a Beckeley Foundation
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0:12 - 0:26Patrocine um vídeo da conferência Ciência Psicodélica no século XXI e coloque seu nome aqui
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0:26 - 0:33Dr. Andrew Weil. O futuro das pesquisas com psicodélicos e maconha
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0:33 - 0:34Olá, boa tarde
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0:34 - 0:37e oi para todos na distante Rhode Island
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0:37 - 0:42É um prazer estar aqui. Achei que eu viria apenas virtualmente,
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0:42 - 0:47mas Rick Doblin conseguiu uma carona
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0:47 - 0:50de St. Rafael e outra de volta ao aeroporto internacional de São Francisco imediatamente após minha palestra
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0:50 - 0:53então estou feliz de estar aqui pessoalmente
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0:53 - 0:56Bom, eu devo dizer logo no início que eu não sou
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0:56 - 0:59a melhor pessoa para fornecer
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0:59 - 1:03prognósticos ou pensamentos de onde as coisas estão indo porque
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1:03 - 1:07quando fiz experimentos com humanos e maconha em 1968
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1:07 - 1:11eu achava que a maconha seria legalizada em 10 anos
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1:11 - 1:18Eu pensava que era apenas uma questão de fornecer informações confiáveis para as pessoas porque
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1:18 - 1:22as leis e atitudes estava embasadas em premissas tão equivocadas
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1:22 - 1:25sobre maconha e sobre psicodélicos
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1:25 - 1:27mas rapidamente aprendi que não era o caso
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1:27 - 1:32Na verdade, as pessoas acreditam no que querem acreditar e não acreditam naquilo que não querem acreditar
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1:32 - 1:35independentemente dos fatos e evidências
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1:35 - 1:40eu vi isto várias vezes ao tentar mudar o paradigma médico
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1:40 - 1:43e a educação em medicina
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1:43 - 1:47Existem muitas pessoas que acreditam que a maneira de mudar as coisas
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1:47 - 1:49é fazendo pesquisa e produzindo dados, informações
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1:49 - 1:52Posso afirmar que em medicina este não é o caso
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1:52 - 1:56Temos inclusive resultados muito bons mostrando que médicos não mudam suas práticas
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1:56 - 2:01baseados nos resultados de pesquisas aleatorizadas e controladas
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2:01 - 2:07O centro de medicina integrativa que fundei e dirigino Arizona
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2:07 - 2:11Na Faculdade de Medicina da Universidade do Arizona
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2:11 - 2:14é hoje um centro de excelência na Universidade do Arizona
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2:14 - 2:17e líder mundial no treinamento de médicos e profissionais da saúde
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2:17 - 2:18em um novo modelo de medicina
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2:18 - 2:21Falarei mais disto em um instante
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2:21 - 2:25A razão pela qual fomos capazes de criar isto foi o apoio de um homem
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2:25 - 2:28Jim Dolan que foi o reitor da Faculdade de Medicina
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2:28 - 2:33O primeiro reitor da medicina a aceitar algo deste tipo
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2:33 - 2:36Ele se aposentou alguns anos atrás e disse que
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2:36 - 2:38seu feito que mais tinha orgulho era o centro de medicina integrativa
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2:38 - 2:43e ele também disse que, e eu acho que isso é uma lição para todos nós
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2:43 - 2:50a maneira como médicos e cientistas reagem a novas informações
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2:50 - 2:53é função da fonte e não do conteúdo
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2:53 - 2:57de forma que se a fonte é desconhecidas ou não familiar, a reação instintiva
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2:57 - 3:00é de defesa, exclusão e reação contrária
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3:00 - 3:05E o exemplo que ele gostava de usar, e que acho muito pertinente
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3:05 - 3:09é de que a observação de que a aspirina era
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3:09 - 3:12um anticoagulante e poderia ser usada para prevenção de ataques cardíacos
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3:12 - 3:15foi originalmente feita nos anos 50
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3:15 - 3:17por um médico generalista no sul da Califórnia
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3:17 - 3:20nesta época a retirada das tonsilas palatinas era universal
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3:20 - 3:23você não conseguia passar pela adolescência com suas tonsilas e adenóides
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3:23 - 3:27se você fosse de uma família classe média
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3:27 - 3:32e era prática comum dar aspergon para as crianças, uma forma de aspirina mascável
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3:32 - 3:38e este médico notou que crianças que mascavam aspergon sangravam mais e por mais tempo que as que não mascavam
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3:38 - 3:41então ele pensou que talvez aspirina fosse um do sangue e começou
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3:41 - 3:46a tomar ele mesmo, verificando que quando se cortava barbeando, sangrava mais tempo
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3:46 - 3:51então ele deu isso a uns pacientes, se satisfez que era uma hipótese razoável
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3:51 - 3:55que publicou num periódico de medicina geral
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3:55 - 3:59já sugerindo que a aspirina pudesse ser útil para prevenir ataques cardíacos
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3:59 - 4:05levou 30 anos para os cardiologistas reconhecerem a validade desta hipótese
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4:05 - 4:12e testá-la. A razão foi que a proposta veio de um médico generalista, não um cardiologista
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4:12 - 4:15e foi publicado em um jornal que cardiologistas não lêem muito
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4:15 - 4:20agora, dentro do ramo da medicina, imagine quando a informação sobre estas coisas
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4:20 - 4:23vem de fontes mais distantes e estranhas
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4:23 - 4:27como xamãs em culturas exóticas
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4:27 - 4:31E acho que é isso que realmente temos de entender
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4:31 - 4:35que a razão pela qual estas drogas que temos interesse em estudar
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4:35 - 4:37provocam tanta controvérsia
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4:37 - 4:40a razão pela qual estimularam o tipo de retrocesso que
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4:40 - 4:43que atrasou a pesquisa e o uso clínico
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4:43 - 4:47é fundamentalmente emocional e irracional
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4:47 - 4:53não é algo que possa ser debatido pela lógica e informação científica
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4:53 - 4:57é uma questão de mudar a cultura e as atitudes
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4:57 - 5:04O problema com a maconha é que ela ainda não
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5:04 - 5:07superou suas associações nesta cultura
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5:07 - 5:14com rebeldes, páreas, subculturas que não são consideradas parte do mainstream
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5:14 - 5:18ela entrou na sociedade norte-americana por duas vias
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5:18 - 5:23através de jazzistas negors no sul, New Orleans
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5:23 - 5:26através de imigrantes mexicanos que vinham pela fronteira sul
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5:26 - 5:32depois nos anos 50 foi associada aos beatniks
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5:32 - 5:36e nos anos 60 a contracultura maciça que surgiu
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5:36 - 5:44são estas associações da maconha que fazem os EUA mainstream a reagir contra ela
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5:44 - 5:47e isto persiste
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5:47 - 5:52Estou encantado que agora haja abertura no mundo da pesquisa psicodélica
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5:52 - 5:54Quero dizer, algo realmente mudou
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5:54 - 5:57mas ainda não mudou com a maconha
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5:57 - 5:59é uma pena. Estou muito desapontado que nosso presidente
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5:59 - 6:07não tenha feito mais para apoiar as mudanças com a maconha medicinal
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6:07 - 6:10aplausos
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6:10 - 6:12mas temos uma abertura no momento com psicodélicos
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6:12 - 6:18que é uma surpresa bem vinda e algo em que queremos trabalhar
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6:18 - 6:24e estou satisfeito de ver os tipos de pesquisa que foram feitos
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6:24 - 6:30Também devo dizer que, ao longo dos anos, quando olhei para os potenciais benefícios e danos
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6:30 - 6:34das drogas psicodélicas e suas possibilidades para aplicações clínicas
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6:34 - 6:37fico de alguma maneira intrigado com alguns aspectos
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6:37 - 6:40em primeiro lugar, em termos puramente médicos
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6:40 - 6:43em primeiro lugar, em termos puramente médicos
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6:43 - 6:50são provavelmente as substâncias com menor toxicidade de todos os agentes farmacológicos que conhecemos
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6:50 - 6:57como sabem, não há mortes relatadas pelo uso de LSD, diretamente causadas
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6:57 - 7:05por seus efeitos farmacológicos, exceto em um elefante. Certeza que vocês conhecem esta história terrível
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7:05 - 7:06se não, vocês podem procurá-la
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7:06 - 7:14A marcante falta de toxicidade destes agentes
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7:14 - 7:24combinada com seu tremendo poder em alterar a percepção e o acesso corpo-mente
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7:24 - 7:26certamente os recomenda para uso clínico
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7:26 - 7:30mas tenho que dizer que fico intrigado, aliás, dev o dizer que a outra categoria de psicodélicos
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7:30 - 7:34as fenetilaminas, tem toxicidade um pouco mais elevada
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7:34 - 7:37por causa de suas propriedades estimulantes no sistema adrenérgico
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7:37 - 7:41que os coloca numa categoria um pouco diferente, mas ainda assim seguros
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7:41 - 7:47se comparados a maioria das drogas que são rotineiramente prescritas na medicina atual
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7:47 - 7:54O que me intriga sobre as pesquisas psicodélicas nos últimos anos
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7:54 - 7:57em contraste com minha própria experiência com eles
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7:57 - 8:02é quase tudo têm focado nos potenciais psicológicos
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8:02 - 8:10inicialmente com questões como ajudar pessoas com ansiedade relacionada a morte, ou com transtorno do estresse pós traumático
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8:10 - 8:18o meu interesse sempre foi no que chamamos potencial psicosomático destas drogas
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8:18 - 8:22isto é, seu potencial para mudar processos corporais
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8:22 - 8:28e doenças físicos como resultado de, ou tomando vantagem da conexão mente-corpo
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8:28 - 8:36então, me deixem dizer algumas palavras sobre a medicina integrativa e a filosofia da medicina que ensino
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8:36 - 8:37e sempre pratiquei
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8:37 - 8:40no conhecimento popular a medicina integrativa é
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8:40 - 8:43a combinação inteligente da medicina convencional com a alternativa
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8:43 - 8:50mas essa é realmente uma definição muito simplista. O jeito mais abrangente de olhar para isso
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8:50 - 8:55que firmemente acredito representar o futuro da medicina e a solução de nossa atual crise na sáude
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8:55 - 9:05é trabalhar por algumas grandes mudanças no pensamento médico convencional
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9:05 - 9:09a primeira é restaurar o foco da medicina na saúde e na cura
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9:09 - 9:15e reconhecer, respeitar e tomar vantagem do enorme potencial do organismo humano
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9:15 - 9:20para se auto-diagnosticar, auto-regular, regenerar, reparar e adaptar
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9:20 - 9:25pra mim esta é a mais espetacular característica da biologia humana
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9:25 - 9:31nossos corpos têm a habilidade de sabe quando sofreram dano ou injúria
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9:31 - 9:35para repararem a si mesmos, e isto não é mágica, é biolgia
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9:35 - 9:39podemos observar isso em qualquer nível a partir do DNA
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9:39 - 9:45o DNA é uma gigante macromolécula que está na borda entre a vida e a não-vida
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9:45 - 9:51e tem o potencial embutido de saber quando foi danificado por um raio ultravioleta
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9:51 - 9:55e imediatamente começa a elaborar enzimas de reparo específicas para consertar o dano
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9:55 - 10:01e este mesmo potencial você pode ver em organelas, células, tecidos, órgãos e
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10:01 - 10:04no organismo inteiro, e é aí que a boa medicina deveria começar
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10:04 - 10:09O segundo princípio geral da medicina integrativa é nossa insistência de que
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10:09 - 10:12seres humanos são mais do que corpos físicos
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10:12 - 10:13somos também seres mentais-emocionais
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10:13 - 10:15entidades espirituais, membros de comunidades
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10:15 - 10:21estas outras dimensões da vida humana são incrivelmente relevantes para entendermos a saúde e a doença
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10:21 - 10:25se você as eliminar e olhar apenas para o corpo físico
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10:25 - 10:33você não apenas se priva de entender as causas reais da saúde e da doença
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10:33 - 10:36mas também limita suas opções de tratamento
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10:36 - 10:40àquelas direcionadas ao corpo físico, que são as que tendem a ser mais caras
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10:40 - 10:45mais invasivas e mais prejudiciais e por vezes consideravelmente limitadas em mudar
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10:45 - 10:50as condições físicas. O terceiro princípio da medicina integrativa
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10:50 - 10:53é que prestamos atenção a todos os aspectos do estilo de vida
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10:53 - 10:54para compreendermos a saúde e a doença
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10:54 - 11:01e acho que é aqui que a medicina integrativa realmente brilha em trazer uma cuidado preventivo verdadeiro
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11:01 - 11:06e promover a saúde, algo que é muito pertinente ao debate da saúde pública
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11:06 - 11:08que estamos vivenciando
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11:08 - 11:14e também a medicina integrativa coloca grande ênfase na relação médico-paciente
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11:14 - 11:19que sofreu tremendamente na presente era da medicina pelo lucro
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11:19 - 11:23aravés da história e em muitas culturas
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11:23 - 11:27esta relação foi considerada especial, até mesmo sagrada
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11:27 - 11:32algo mágico pode acontecer quando uma pessoa com treinamento médico
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11:32 - 11:36senta com um paciente e simplesmente o permite contar sua história
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11:36 - 11:41apenas isto já pode desencadear uma resposta de cura, antes de qualquer sugestão ou tratamento
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11:41 - 11:47ao longo do tempo esta também foi a principal fonte de recompensa de praticar a medicina
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11:47 - 11:53e sua perda na era da medicina pelo lucro
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11:53 - 11:57é uma razão pela qual tantos médicos estão insatisfeitos e tantos estão
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11:57 - 11:59largando suas profissões ou já largaram
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11:59 - 12:03e por fim, a medicina integrativa está disposta a olhar para todas as possibilidades de tratamento que existem
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12:03 - 12:0800:12:03,456 --> 00:12:07,793 especialmente aquelas que não causam danos ou mostram evidências razoáveis de eficácia
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12:08 - 12:12há tantas opções que não estão nem ao mesmo na tela do radar da medicina convencional e que podemos trazer
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12:12 - 12:16entre elas o uso direcionado de terapias psicodélicas
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12:16 - 12:21Agora, o que me intriga ao olhar
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12:21 - 12:26o foco da pesquisa psicodélica no psicológico
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12:26 - 12:28e a omissão do físico
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12:28 - 12:34é que em minha própria experiência, tanto pessoal quanto profissional com pacientes
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12:34 - 12:40e discutindo isso com muitos usuários de psicodélicos
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12:40 - 12:46Eu observei, vi, vivenciei e coletei muitos casos individuais
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12:46 - 12:52de reações de cura espetaculares de doenças sérias
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12:52 - 12:58e estas respostas de cura foram catalizadas por uma mudança de percepção
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12:58 - 13:07que foi iniciada por uma experiência psicodélica, por vezes deliberadamente por
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13:07 - 13:10um terapeuta que guiou a sessão em determinada direção
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13:10 - 13:11por vezes de maneira fortuita
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13:11 - 13:19irei dar alguns exmplos do que quero dizer
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13:19 - 13:23o primeiro é algo que publiquei
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13:23 - 13:30alguns anos atrás o programa "60 minutes" fez um especial comigo, que supostamente seria amigável mas não foi
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13:30 - 13:38e me lembro de dizer ao entrevistador esta história, que foi incidental, e em três dias de entrevista sobre medicina integrativa
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13:38 - 13:43eles enviaram a matéria com isso como o título, esta foi a história que usaram
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13:43 - 13:49e a história era que o Dr. Weil afirma que o LSD curou suas alergias à gato
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13:49 - 13:53OK
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13:53 - 14:00curou mesmo, e essa é a história
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14:00 - 14:07Eu era muito alérgico quando criança, de todas as maneiras. Eu tinha febre, coceiras em resposta a várias drogas e coisas
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14:07 - 14:15Eu fui alérgico em grande parte da minha vida, e uma das alergias era com gatos
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14:15 - 14:23toda vez que um gato chegasse perto de mim meus olhos inchavam, meu nariz escorria, se eu tocasse o gato
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14:23 - 14:27ficava muito pior e se ele me lambesse eu ficava com inflamações no local
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14:27 - 14:31Eu tinha esse mindset de que eu era alérgico a gatos e portanto
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14:31 - 14:34eu não queria eles na minha presença. Se um gato chegasse perto de mim
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14:34 - 14:40eu iria ou empurrá-lo para longe ou me encolher, então havia essa profunda
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14:40 - 14:45defensividade no meu comportamento
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14:45 - 14:50um dia, quando tinha 28 anos e estava fazendo um monte de mudanças em minha vida
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14:50 - 14:55Eu tomei LSD com alguns amigos, estava vivendo na Virgínia, era um lindo dia de primavera
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14:55 - 15:00eu estava num lugar magnífico, tudo era maravilhoso, o mundo era mágico
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15:00 - 15:05tudo estava vivo, e nesta cena entrou um gato
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15:05 - 15:14e pulou no meu colo. Eu tive a reação habitual por meio segundo e
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15:14 - 15:20repentinamente decidi que aquilo era bobagem, por que eu devia fazer isso?
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15:20 - 15:26então comecei a acariciar o gato, brincar com ele, ele me lambeu, não tive reação alguma
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15:26 - 15:29E não tive mais reação a gatos desde então!
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15:29 - 15:34e isso foi quase 40 anos atrás
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15:34 - 15:37aplausos
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15:37 - 15:39Isto é espetacular
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15:39 - 15:42Como médico eu adoraria saber o que aconteceu ali
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15:42 - 15:46e adoraria saber como fazer para que aconteça com outras pessoas
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15:46 - 15:50Enfim, vou contar uma que acho mais espetacular e que não publiquei sobre
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15:50 - 15:56e foi mais ou menos da mesma maneira, na mesma época. Outro mindset que tive a vida toda
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15:56 - 16:00era de que eu tinha pele muito branca e não podia me bronzear
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16:00 - 16:03e sempre me disseram isso, você tem pele clara
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16:03 - 16:09então, toda vez que eu ia pra praia, minha experiência era um queimadura de segundo grau
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16:09 - 16:13completamente vermelho e então indo para casa passar nazimo no corpo todo
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16:13 - 16:15e então camadas de pele iam descascar dias depois
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16:15 - 16:21era assim que eu reagia ao sol e eu tinha na cabeça essa idéia de que era assim
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16:21 - 16:26então na mesma época que estava fazendo estes experimentos, acho que também tinha 28 anos
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16:26 - 16:31e isso também foi na Virgínia e em outra ocasião que tomei LSD em um lugar maravilhoso
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16:31 - 16:38e eu estava correndo pelado e decidi que era um dia tão lindo
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16:38 - 16:41que eu iria me deitar no sol, e me lembro pensando
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16:41 - 16:44por que eu deveria pensar que o sol é meu inimigo?
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16:44 - 16:48por que não posso curtir o sol e ficar nele?
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16:48 - 16:50Me bronzeei instantaneamente!
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16:50 - 16:53e me bronzeio desde então
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16:53 - 16:57Agora vivo no sul do Arizona, passei 30 anos no deserto
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16:57 - 17:02Me bronzeio bem, nunca tive reações como aquelas. Uma mudança instantânea
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17:02 - 17:07num padrão que tinha durado 28 anos, isso é espetacular
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17:07 - 17:10Como aquilo aconteceu? Qual o mecanismo disso?
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17:10 - 17:17Não acho que seja mágica, é maravilhoso, mas deve haver um mecanismo fisiológico para isso
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17:17 - 17:24que é, em alguns casos, para mim, um pouco mais interessante e difícil de compreender que
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17:24 - 17:25o desaparecimento de uma reação alérgica
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17:25 - 17:32Alergias vêm e vão e eu sempre ensinei meus pacientes que alergias são reações aprendidas
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17:32 - 17:35e qualquer coisa aprendida pode ser desaprendida
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17:35 - 17:37e isto para mim é o mais interessante sobre alergias
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17:37 - 17:43Tem coisas muito interessantes na literatura mente-corpo sobre alergias
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17:43 - 17:48você pode mostrar a alguém que têm alergia a rosas um rosa de plástico
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17:48 - 17:52e a pessoa terá uma reação alérgica
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17:52 - 17:58isto mostra que o cérebro superior está envolvido neste processo
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17:58 - 18:04e de que deve haver muitas maneiras de produzir estas mudanças ou de quebrá-las
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18:04 - 18:09e o potencial para os psicodélicos serem usados desta maneira é enorme
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18:09 - 18:14Posso imaginar uma era na qual os psicodélicos estejam disponíveis para uso médico
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18:14 - 18:20talvez uma clínica de alergia onde você tem dez sessões estruturadas
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18:20 - 18:24e na primeira sessão uma pessoa tomaria uma dose comum de uma destas substâncias
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18:24 - 18:28e se necessário poderiam voltar e a cada vez a dose seria menor
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18:28 - 18:31até que na última sessão eles não estariam tomando nada
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18:31 - 18:39mas o comprimido pareceria idêntico. Daí você pode informar que não estão tomando nada e podem ir embora sem a alergia
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18:39 - 18:43Agora, extendendo isso ainda mais, eu também coletei ao longo dos anos
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18:43 - 18:48alguns casos dramáticos nos quais tive envolvido
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18:48 - 18:53de pessoas com doenças autoimunes, especialmente artrite reumatóide,
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18:53 - 18:57também lupus e esclerose múltipla
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18:57 - 18:59nos quais as mesmas coisas aconteceram
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18:59 - 19:06houve uma mudança dramática relacionada à experiência psicodélica
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19:06 - 19:08Por vezes um uso único, por vezes uso repetido
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19:08 - 19:11na qual a condição desapareceu
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19:11 - 19:16me parece, e não posso imaginar nada de maior interesse
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19:16 - 19:20e que me intrigue mais que os pesquisadores não estejam olhando para este aspecto dos psicodélicos
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19:20 - 19:27e algo útil seria coletar relatos deste tipo
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19:27 - 19:31Então um pedido que faço a vocês para fazerem a seus amigos, se conhecem alguém
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19:31 - 19:41com experiências deste tipo, que vão a MAPS por exemplo
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19:41 - 19:44para que possamos começar a coletar este tipo de informação de maneira sistemática
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19:44 - 19:50e se formarmos um corpo de informações podemos inspirar pesquisadores nesta área
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19:50 - 19:53a começarem a pensar como montar experimentos para investigar isso
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19:53 - 19:57Aquele princípio sobre medicina integrativa de que falei
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19:57 - 20:04não somos apenas corpos físicos, somos também corpos emocionais-mentais, entidades espirituais e membros de comunidades
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20:04 - 20:09o significado disso é que todas as doenças, com a saúde
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20:09 - 20:16é resultado de todos estes fatores e em qualquer condição médica
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20:16 - 20:23há uma possibilidade de usar a conexão mente-corpo, a conexão emocional
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20:23 - 20:28para mudar processos doentios para melhor
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20:28 - 20:35Temos muitas possibilidades de intervenção para isso, hipnose, imaginação guiada
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20:35 - 20:38há várias formas de meditação
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20:38 - 20:44há uma fascinante área da neurociência
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20:44 - 20:48que acabou de ser criada como resultado de ser possível pobservar cérebros vivos
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20:48 - 20:56e muito disto foi inspirado pelo Dalai Lama e uma nova geração de neurocientistas
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20:56 - 21:03que estão olhando meditadores tibetanos e observando mudanças reais na atividade cerebral
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21:03 - 21:07e então pensando como isso poderia ser ensinado a outras pessoas
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21:07 - 21:16vejo isso como um grande horizonte e fronteira da pesquisa médica
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21:16 - 21:21Eu sempre ensinei que todas as doenças são psicosomáticas
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21:21 - 21:26mas o problema é que esta palavra é tão carregada que quando falamos sobre condições psicosomáticas
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21:26 - 21:31muitas pessoas, especialmente pacientes, pensam que você está dizendo que suas condições não são reais
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21:31 - 21:33e este não é o significado de psicosomático, a palavra significa apenas mente-corpo
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21:33 - 21:40eu sugeri que talvez devêssemos usar somatopsíquico, que não tem a mesma conotação
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21:40 - 21:48mas a verdade é que é assim que funciona e em muitas condições podemos negar a possibilidade
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21:48 - 21:53de tentar mudar as coisas manipulando o compartimento psíquico
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21:53 - 21:59as drogas psicodélicas, especialmente, são ferramentas incríveis para isso
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21:59 - 22:04eu acho que um dos grandes obstáculos à pesquisa psicodélica no passado
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22:04 - 22:10que complicou as coisas é que, tenho certeza que sabem
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22:10 - 22:17as experiências psicodélicas são fortemente dependentes de fatores não farmacológicos
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22:17 - 22:23dependem das expectativas das pessoas, o set, e no ambiente,
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22:23 - 22:26no sentido mais amplo o setting no qual as drogas são tomadas
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22:26 - 22:32as pessoas que começaram as pesquisas com psicodélicos
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22:32 - 22:38e obtiveram resultados muito bons, como Stan Grof, Walther Pahnke
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22:38 - 22:41eram pessoas que compreendiam de suas próprias experiências
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22:41 - 22:48a natureza destas drogas, e a dependência no set and setting
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22:48 - 22:53Suas crenças e a maneira como foram capazes de estruturar o ambiente
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22:53 - 22:56o ambiente de laboratório onde fizeram suas pesquisas
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22:56 - 22:59direcionaram as experiências em uma certa direção
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22:59 - 23:01outros pesquisadores que não tinham estas experiências
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23:01 - 23:04não tinham esta compreensão, leram os resultados das pesquisas
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23:04 - 23:07tentaram reproduzi-los e não obtiveram os mesmos resultados
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23:07 - 23:10porque pensaram que as drogas eram balas mágicas
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23:10 - 23:16que a droga contém a experiência que automaticamente faria que estava relatado na literatura
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23:16 - 23:21e quando os resultados não vieram desta maneira, eles disseram, ok, estas drogas não servem pra nada
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23:21 - 23:29Então, apesar de toda a questão moralística e a irracionalidade cultural
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23:29 - 23:37que atrasaram a pesquisa psicodélica eu acho que esta é uma barreira ainda maior
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23:37 - 23:44porque estas drogas não funcionam da maneira que os agentes farmacológicos que estamos acostumados agem
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23:44 - 23:53O potencial mágico não está inteiramente na ação farmacológica
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23:53 - 23:56e a não ser que os pesquisadores compreendam isso
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23:56 - 23:58as chances de produzir resultados positivos
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23:58 - 24:04que trarão mais interessados à área e podem levar à uma mudança cultural
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24:04 - 24:08sobre os potenciais benefícios dessas drogas não será concretizado
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24:08 - 24:16Também quero falar um pouco sobre a maconha, que é uma besta bem diferente dos psicodélicos
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24:16 - 24:21ela não é relacionada nem quimicamente nem farmacologicamente aos psicodélicos
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24:21 - 24:23apesar de viajarem frequentemente na mesma compania
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24:23 - 24:27mas é uma coisa completamente diferente
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24:27 - 24:33e têm seus próprios problemas e dificuldades
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24:33 - 24:40a química canabinóide é única na natureza, estas substâncias são
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24:40 - 24:44diferentes de qualquer outra substância química com que temos familiaridade
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24:44 - 24:51uma das coisas que as diferencia da maioria das drogas que conhecemos, tanto médicas quanto psicoativas
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24:51 - 24:53é que são liposolúveis
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24:53 - 25:00isto é um grande problema porque estas drogas não são absorvidas e distribuídas pelo corpo
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25:00 - 25:04de maneiras que conhecemos bem. Não é fácil saber seu destino metabólico
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25:04 - 25:11por causa da lipossolubilidade
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25:11 - 25:17outro problema com maconha é que há variação individual extrema na sensibilidade a seus efeitos
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25:17 - 25:26e isto é confuso para pessoas que estão buscando substâncias com efeitos previsíveis
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25:26 - 25:33na prática, olhando para o que está acontecendo com a maconha medicinal pelo país
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25:33 - 25:41Eu acho que se não encontrarmos uma maneira de separar uso medicinal de uso recreativo
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25:41 - 25:49será difícil fazer que os profissionais da medicina aceitem maconha como agente terapêutico
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25:49 - 25:54a maneira como estamos fazendo na Califórnia
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25:54 - 25:56e a maneira como a maioria da maconha medicinal está sendo usada
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25:56 - 26:01há uma fronteira muito confusa entre isto e uso recreativo
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26:01 - 26:08eu também não consigo imaginar a maioria de meus amigos médicos se sentindo confortáveis em recomendar
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26:08 - 26:13um agente terapêutico que tem que ser fumado
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26:13 - 26:14Isto não funciona
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26:14 - 26:23Eu adoraria ver um extrato total de cannabis disponível para uso médico numa forma
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26:23 - 26:27que fosse mais familiar a médicos e farmacêuticos
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26:27 - 26:31acho que vocês sabem que há uma forma assim disponível na Inglaterra
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26:31 - 26:35chamada Sativex, que é um extrato de cannabis em spray
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26:35 - 26:38para ser usado na boca, embaixo da língua
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26:38 - 26:43tem cara de remédio, embalagem de remédio,
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26:43 - 26:49seria aceito como remédio, é muito ruim que não esteja disponível aqui
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26:49 - 26:54e seria uma coisa importante para as pessoas que estão trabalhando com maconha medicinal fazerem
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26:54 - 27:01trabalhar para que esta medicação esteja disponível aqui. Isto aumentaria a aceitação da maconha medicinal por aqui
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27:01 - 27:10a grande vantagem da maconha e a razão para investigar seu potencial no
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27:10 - 27:15uso clínico é sua quase completa ausência de toxicidade
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27:15 - 27:18você não pode matar pessoas com maconha
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27:18 - 27:21me lembro de um trabalho de uns anos atrás com gatos
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27:21 - 27:27que se pudéssemos extrapolar para humanos sugeriria que a dose letal
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27:27 - 27:36seria de quase 700 gramas de maconha consumida oralmente de uma só vez
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27:36 - 27:42na farmacologia e na medicina calcula-se a segurança de uma droga com uma quantidade
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27:42 - 27:51chamada de razão terapêutica, que é a razão entre a dose que começa a produzir toxicidade e a dose que vc quer
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27:51 - 27:55e para muitas drogas que se usa na prática clínica esta razão não é alta
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27:55 - 28:00duas, três, quatro ou cinco vezes a dose que é usada para produzir efeitos terapêuticos
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28:00 - 28:06é suficiente para causar efeitos tóxicos. Não dá pra calcular a razão terapêutica para a maconha
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28:06 - 28:12é incalculável. Então somente por esta razão já deveríamos pesquisar maneiras de usá-la
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28:12 - 28:16fora o fato de que ao longo da história houve muitas pessoas que
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28:16 - 28:22testemunharam os benefícios que obtiveram usando macinha para várias condições
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28:22 - 28:29Pessoalmente, acho que a fronteira da pesquisa com cannabis que me parece mais interessante
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28:29 - 28:33é a possibilidade de olhar para estas estranhas moléculas, estes canabinóides
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28:33 - 28:38especialmente para análogos que podem ser desenvolvidos no futuro
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28:38 - 28:49que podem ser usados tanto como ferramentas para neurociência, para entender como o cérebro recebe e
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28:49 - 28:54interpreta informações, porque pra mim esta é uma das coisas mais interessantes sobre a cannabis
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28:54 - 28:59como ela muda a percepção, como pode fazer experiências ordinárias parecerem novas
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28:59 - 29:05como pode mudar o foco da atenção. Vejo grande potencial em usar essas drogas como ferramentas
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29:05 - 29:12nas pesquisas sobre a mente e o cérebro. Outra área que me fascina é olhar para
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29:12 - 29:21estes compostos ou análogos que venham a ser desenvolvidos, para manipular o apetite e a percepção da dor
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29:21 - 29:27Nestas duas áreas há potencial terapêutico para a cannabis que me parecem muito promissores
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29:27 - 29:33a questão do apetite, estão ocorrendo iniciativas nesta direção que acho que
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29:33 - 29:41certamente ainda não chegaram lá. mas esta é a provavelmente a maior crise de saúde pública que já enfrentamos
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29:41 - 29:45nesta era é a epidemia de obesidade que estamos vendo
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29:45 - 29:49cuja causa é a maneira como modificamos a comida
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29:49 - 29:55Eu estive num painel ontem com o Dr. David Kessler, ex-chefe do FDA
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29:55 - 29:56ele escreveu um livro chamado "The end of overeating"
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29:56 - 30:03e seu principal argumento é que as comidas que temos hoje foram desenhadas para ativar o cérebro
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30:03 - 30:11e que estamos indefesos frente a isso. A comida foi manipulada de maneira a causar ativação cerebral
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30:11 - 30:15e é isto que lhe dá tanto poder sobre nós
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30:15 - 30:19eu não sei, talvez estejamos amaldiçoados com este respeito. Acho que este é certamente um bom argumento para
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30:19 - 30:24banir por completo a propaganda destes alimentos
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30:24 - 30:29aplausos
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30:29 - 30:41outra área de pesquisa possível é encontrar maneiras de aumentar as defesas do cérebro
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30:41 - 30:48contra este tipo de ativação em resposta a estes alimentos que estão por aí
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30:48 - 30:52e acho que há potencial para algo deste tipo nos canabinóides
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30:52 - 30:56e outra área, como disse, é a modulação da percepção da dor
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30:56 - 31:03Já há bastante pesquisa interessante mostrando que a cannabis pode
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31:03 - 31:11aumentar os efeitos dos opióides, permitindo que pessoas com dor crônica tomem doses menores
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31:11 - 31:18de opióides, o que é muito vantajoso porque há muitos efeitos colaterais dos derivativos
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31:18 - 31:26do ópio que não são desejáveis, como por exemplo confusão mental.
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31:26 - 31:30a dor crônica é um problema enorme na medicina clínica atual
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31:30 - 31:34absorve muitos dólares do sistema de saúde, é frustrante de lidar
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31:34 - 31:40e entaõ qualqiuer nova ferramenta que possamos colocar na área será extremamente bem vinda, como disse
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31:40 - 31:43acho que há grande potencial para fazer isso com a cannabis
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31:43 - 31:48Então, acho que somando tudo e olhando pra trás
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31:48 - 31:51apesar de que não estive ativamente envolvido
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31:51 - 31:55nas pesquisas com psicodélicos ou com maconha por muitos anos
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31:55 - 32:02continuo a ficar espantado com o potencial positivo destes agentes
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32:02 - 32:08não apenas para manipulação do humor e estados emocionais mas também para
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32:08 - 32:15lidar com, e modificar, doenças físicas severas e reais
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32:15 - 32:21através da mudança da maneira como as pessoas interpretam
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32:21 - 32:25ou percebem os sintomas das doecças que vivenciam
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32:25 - 32:33e que ao fazer isso elas liberem, ou desbloqueiem o potencial terapêutico do corpo
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32:33 - 32:38Acho que o fato de termos essa abertura no momento é incrível
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32:38 - 32:46Acho que devemos ser cuidadosos na maneira como desenhamos e publicamos os experimentos
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32:46 - 32:54mas acho que olhar para condições que não são responsivas a outros métodos
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32:54 - 33:00e que envolvem muitas pessoas, são custosos e causam sofrimento humano
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33:00 - 33:06que aí sim há grandes chances de conseguir apoio para fazer isto e
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33:06 - 33:14começar a mudar este paradigma muito ultrapassado e esta percepção cultural atrasada
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33:14 - 33:17com que convivemos por tempo demais
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33:17 - 33:24Então obrigado, vou parar por aqui e continuar com alguns de vocês fazendo perguntas
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33:24 - 33:25aplausos
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33:25 - 33:31Eu acho que todo o campo da pesquisa mente-corpo e da medicina mente-corpo está
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33:31 - 33:36amadurcendo como nunca - há muita novidade -
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33:36 - 33:43Fechar? Ok, tchau
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33:43 - 33:47Isso foi muito bom
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33:47 - 33:53Eu tenho um amigo e colega que agora está nos seus 80 anos que foi
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33:53 - 33:56um endocrinologista eminente e um dos fundadores
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33:56 - 34:02e o principal defensor da medicina psicosomática nos anos 50 e 60
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34:02 - 34:08e ele me disse que ele olha pra trás e se pergunta porque este campo nunca foi adiante
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34:08 - 34:15agora há esta tremenda quantidade de pesquisas sendo feita, o que aconteceu com a área da medicina psicosomática?
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34:15 - 34:22e eu lhe disse, eu acho que o momento era ruim, estava à frente de seu tempo
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34:22 - 34:26as coisas não estavam prontas, o solo não estava preparado para a aceitação daquilo
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34:26 - 34:36e acho que isso tudo está sendo atropelado por este novo campo da medicina mente-corpo
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34:36 - 34:41que está ganhando apoio forte das neurociências. Acho que a habilidade de
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34:41 - 34:50visualizar cérebros vivos fez mais para validar os estudos da consciência e estados alterados de consciência
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34:50 - 34:54do que qualquer quantidade de discussão sobre isso
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34:54 - 35:00agora é possível mostrar que em pessoas em certos estados de consciência a função cerebral é diferente
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35:00 - 35:04e você pode encontrar locais específicos no cérebro onde a a função do cérebro é diferente
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35:04 - 35:08mesmo na área que tenho mais interesse, as respostas placebo
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35:08 - 35:12há muita novidade nesta área
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35:12 - 35:18há estudos mostrando que no efeito placebo há repostas específicas em partes particulares do cérebro responsáveis por isso
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35:18 - 35:22então acho que estamos no limiar de uma nova era de estudos mente-corpo
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35:22 - 35:29na qual a psiconeuroimunologia, psicoendocrinologia, é tudo parte deste arsenal
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35:29 - 35:38e há potencial para os psicodélicos serem bem vindos como ferramentas para facilitar esta pesquisa
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35:38 - 35:41Muito obrigado pela sua apresentação, eu adorei
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35:41 - 35:47Uma coisa, você tava falando sobre a dor e as diferentes maneiras de minimizar a dor
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35:47 - 35:55dor, física, eu estudei muito da conexão mente-corpo, especialmente os aspectos espirituais disso
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35:55 - 36:00e tive resultados tremendos, resolvendo questões espirituais e como isso afeta você fisicamente
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36:00 - 36:06eu tinha uma dor horrível e fiz esta meditação, meditação para acabar com a dor
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36:06 - 36:10e no fim você se conecta com seu eu superior e eu não pude acreditar nos resultados
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36:10 - 36:15como minha dor no pescoço que era horrível melhorou muito, mas basicamente
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36:15 - 36:21os estudos que estive realmente interessada, de um cara chamado Luz Ares
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36:21 - 36:27e não sei se você tem familiaridade com o trabalho de Louis Hay onde basicamente
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36:27 - 36:32Luz Ares diz que muitas dores diferentes em partes diferentes do corpo
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36:32 - 36:37são como mensagens codificadas da sua consciência superior que estão ali para te ensinar
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36:37 - 36:42e te guiar numa direção na qual você necessita cura, então ele fala sobre
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36:42 - 36:45médicos tradicionais em oposição aos alternativos e diz que
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36:45 - 36:51na maioria os médicos alternativos estão essencialmente fazendo a mesma coisa, eles vão apenas tentar eliminar sintomas
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36:51 - 37:01e então acho que minha questão é, desculpe, você já pensou sobre os significados espirituais
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37:01 - 37:05da dor, e na verdade resolvê-la, como voicê disse no começo, quanto importa
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37:05 - 37:12resolvê-la pela mente ao invés de olhar apenas para o físico
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37:12 - 37:18Eu pensei sobre isso, e há muito escrito sobre os significados espirituais da dor
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37:18 - 37:23e as maneiras como as pessoas com dor crônica podem aprender a reinterpretá-la, ou ouvi-la
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37:23 - 37:28ou ver o que isto tem a ensiná-las. O treinamento de redução do estresse por Mindfulness Meditation
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37:28 - 37:33provou ser muito valioso no tratamento de pacientes com dor crônica, mas de novo devo dizer que eu estou
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37:33 - 37:41realmente no lado somatopsíquico das coisas, e a experiência que mais me interessa
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37:41 - 37:48não são percepções subjetivas mas mudanças na reação corporal
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37:48 - 37:53então este é outro exemplo de uma experiência minha que também publiquei, sobre MDMA
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37:53 - 38:02que frequentemente tive a experiência de, no estado do MDMA, totalmente relaxado, andar descalço
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38:02 - 38:08em pedras pontiagudas que normalmente machucariam, não dói, OK, essa parte é fácil pra eu
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38:08 - 38:14explicar mas o que é difícil explicar é porque não há marcas nos meus pés
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38:14 - 38:19normalmente haveriam marcas densas no meu pé mas nesse caso não há
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38:19 - 38:23então o que está acontecendo aqui? Quero dizer, posso fazer hipóteses mas acho que quando
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38:23 - 38:30a mente deixa o corpo em paz os músculos podem responder precisamente
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38:30 - 38:38então se há uma ponta de pedra pressionando ali o músculo naquele lugar pode pressionar de volta para neutralizar
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38:38 - 38:45Isso realmente me interessa, como você pode mudar reações, como coisas de insetos ou
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38:45 - 38:53ser atingidfo por algo ou queimado, não apenas a dor muda como mudam as reações do corpo
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38:53 - 38:59e isso é algo que pode ser aprendido, e me parece que a coisa em comum aqui
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38:59 - 39:06é deixar de lado alguma postura defensiva perante o universo, é o ato de
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39:06 - 39:14se defender que de alguma maneira leva a alguma forma de rigidez ou congelamento das respostas corporais que
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39:14 - 39:22causam injúria ou permitem o dano ocorrer. Esta é a área que eu amaria ver pesquisas sobre
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39:22 - 39:28Dr. Weil, sempre adoro o que você tem a dizer, e tenho apenas uma pergunta
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39:28 - 39:36Como fazemos a coisa andar em legitimizar os psicodélicos e os tratamentos para pessoas com sofrimento real?
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39:36 - 39:42Quero dizer, a maioria deste conhecimento está aí desde os anos 70, 60
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39:42 - 39:48deve haver algum ponto de virada na sociedade, algum ponto na estrutura onde
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39:48 - 39:54o poder muda um pouquinho e estou pensando como nós, pessoas pequenas, como formigas soldado, formigas trabalhadoras,
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39:54 - 39:59o que podemos fazer para ver dias mais inspiradores?
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39:59 - 40:06As vezes as coisas parecem obscuras na sociedade, mas acho que de alguma forma a energia
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40:06 - 40:11dos anos 60 e a energia daquele período realmente se difundiu pela cultura
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40:11 - 40:19e está encontrando seu caminho e me parece que em conversas casuais
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40:19 - 40:26onde interagi com muitas pessoas de diversos tipos em vários lugares, eu acho que
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40:26 - 40:33as atitudes estão mudando, agora há maior aceitação disso e acho que as maneiras
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40:33 - 40:39especialmente com este tipo de, veja o pouco que vi nesta conferência
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40:39 - 40:47ou os relatos que vi em artigos recentes sobre o uso terapêutico dos psicodélicos, há um tom diferente do que havia antes
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40:47 - 40:56Vejo Rick Doblin acenando com a cabeça. Acho que é verdade, então estou otimista. Não sei se estamos no ponto de virada
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40:56 - 41:01mas acho que estamos nos movendo na direção disto
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41:01 - 41:08Andrew, eu te conheço de alguns anos atrás, dos dias de maconhismo na frente do prédio federal em LA
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41:08 - 41:13E em homenagem à morte de Jack Herer ontem, eu queria
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41:13 - 41:17Sim, eu soube que ele morreu ontem de manhã
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41:17 - 41:22Isso, ele morreu ontem as 11 da manhã, e em honra a isto eu queria saber sua opinião
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41:22 - 41:30sobre o óleo de THC para tratamento de câncer de Rick Simpson bem como das pesquisas do Dr. Malamides usando THC para
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41:30 - 41:35redução de células tumorais e proteção de células saudáveis
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41:35 - 41:40Na verdade não mencionei isso na palestra, mas uma das áreas promissoras
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41:40 - 41:48com pesquisas com cannabis é o possível tratamento e prevenção do câncer
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41:48 - 41:53e isto é completamente surpreendente. São resultados recentes
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41:53 - 41:58e mesmo a proteção contra câncer de pulmão e formas severas de câncer
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41:58 - 42:01assim como proteção contra demência e perda de memória
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42:01 - 42:06Quem iria pensar?
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42:06 - 42:12Mas aí está, então novamente, estes são potenciais novos, inesperados
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42:12 - 42:17dos canabinóides que certamente deveriam ser explorados
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42:17 - 42:20Quero agradecer por sua palestra
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42:20 - 42:27Você mencionou que os psicodélicos podem ter efeitos em problemas
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42:27 - 42:34físicos reais no corpo, como esclerose múltipla. Queria saber se você pode enumerar estes psicodélicos
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42:34 - 42:39e explicar um pouco mais sobre como podem exercer estes efeitos
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42:39 - 42:44Tudo que posso dizer no momento é que tenho relatos de caso, pessoas que conheci
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42:44 - 42:51que foram meus pacientes, peossas que conheci, ouvi sobre
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42:51 - 42:57nos quais estou satisfeito sobre a validade dos relatos, e isto é algo que deveria ser estudado
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42:57 - 43:03com as doenças autoimunes, incluindo esclerose múltipla, os agentes usados foram variados
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43:03 - 43:09mas tipicamente eram LSD, o mais comum acho, as vezes MDMA, as vezes cogumelos
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43:09 - 43:17por vezes a mudança ocorreu instantaneamente, como minha alergia a gatos ou o lance do bronzeamento
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43:17 - 43:23as vezes uma mudança que ocorreu depois, em um período de semanas ou meses
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43:23 - 43:30as vezes com uso repetido do agente, mas parece que
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43:30 - 43:34você sabe, eu não sei o mecanismo, só posso especular
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43:34 - 43:41mas acho que as maneiras como a mente interage com o corpo
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43:41 - 43:54são infinitas, complexas, maravilhosas, que há maneiras cotidianas em que os padrões da mente
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43:54 - 44:01ou os padrões habituais da percepção, ficam no caminho do mecanismo de cura que falei sobre
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44:01 - 44:06no começo da palestra
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44:06 - 44:09Oi doutor, é um grande prazer ter você aqui
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44:09 - 44:14Minha pergunta é, você diz que há tanto foco
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44:14 - 44:22nos aspectos curativos destas medicinnas, mas muito pouco sobre o aspecto preventivo delas
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44:22 - 44:28Indo ainda adiante, à otimização da saúde
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44:28 - 44:38muitas pessoas que conheço que estão usando psicodélicos são yoguis, especialistas em movimento, que são das pessoas mais saudáveis que conheço
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44:38 - 44:42Albert Hofmann por exemplo, viveu mais de 100 anos
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44:42 - 44:45e atribuiu isso ao uso regular de LSD
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44:45 - 44:50Isto é prvavelmente algo que não deveríamos estar falando sobre
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44:50 - 44:54no momento em que tentamos produzir uma mudança cultural
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44:54 - 45:01Concordo com você, acho que isso é verdade, acho que todos vimos isto, todos conhecemos gente que usa psicodélicos dessa maneira
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45:01 - 45:07Acho que muitas pessoas que conheço e que estiveram envolvidas no mundo psicodélico
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45:07 - 45:14se sentem assim. Mas estou preocupado com propagandear isso. Acho que no momento
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45:14 - 45:18deveríamos nos concentrar no uso terapêutico que falei
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45:18 - 45:23mas acho isso tremendamente interessante. Não acredito que esta cutura esteja preparada para ouvir sobre
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45:23 - 45:34otimização de saúde pelo uso regular de psicodélicos
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45:34 - 45:37O que levou a descobrir o weilii?
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45:37 - 45:39O que levou a descobrir o weilii?
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45:39 - 45:42Eu não descobri o Psilocybe weilii
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45:42 - 45:49Foi descoberto por um homem na Georgia e nomeados para mim pelo meu amigo Paul Stamets
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45:49 - 45:59Não se nomeia coisas para si mesmo em ciência e eu fiquei muito feliz com a homenagem
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45:59 - 46:07mas não tive nada a ver com a descoberta, mas fiquei feliz. Por acaso, não sei se sabe
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46:07 - 46:19mas a palavra pscilocibe em grego significa careca, então acho que foi apropriado
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46:19 - 46:28Dr. Weil, li um artigo na Psychopharmacology em algum ponto dos últimos 12 meses
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46:28 - 46:35sobre a existência de polimorfismos para a proteína que produz a monoamino-oxidase
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46:35 - 46:42e, de maneira resumida, duas formas de MAO, uma mais ativa que a outra
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46:42 - 46:49Indivíduos com a forma menos ativa são significativamente mais sucetíveis ao efeito placebo
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46:49 - 46:57E o que estou questionando é se o uso de inibidores da monoamino-oxidase na ayahuasca
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46:57 - 47:02modula de alguma maneira a sucetibilidade ao efeito placebo
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47:02 - 47:06Não conheço esta pesquisa, vou procurar, é interessante
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47:06 - 47:11e se for isso mesmo, o que você diz é certamente possível, muito interessante
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47:11 - 47:15Acredito muito em individualidade bioquímica
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47:15 - 47:21e isso é algo que é absolutamente ignorado na farmacoterapia convencional
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47:21 - 47:27e algo que pessoas que usam drogas e pessoas que fornecem drogas a outros devem saber
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47:27 - 47:34Estas reações diversas, algumas baseadas em diferentes capaciades de metabolizar
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47:34 - 47:43os agentes farmacológicos. Idéia muito boa, vou conferir
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47:43 - 47:48Dr., esta é uma questão que vem de um pouco de experiência pessoal
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47:48 - 47:55você tem conhecimento de algum estudo sobre os psicodélicos triptamínicos ou canabinóides
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47:55 - 48:01causarem dor física em usuários que tomam isso
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48:01 - 48:06Agudamente na hora que tomam ou ao longo do tempo?
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48:06 - 48:06Durante a sessão, por exemplo
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48:06 - 48:10minha experiência pessoal foi com LSD
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48:10 - 48:14e isso foi alguns meses após uma cirurgia na articulação
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48:14 - 48:19Eu meio que senti a mesma dor, senti meu ombro se deslocando - Ah - e
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48:19 - 48:26de acordo com meu ortopedista está completamente estável, mas eu
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48:26 - 48:29podia ver a mesma exata sensação de dor do ombro saindo do lugar
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48:29 - 48:32mas não ocorreu de fato
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48:32 - 48:38Eu vi ocasionalmente, pessoas com experiências parecidas mas não sei
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48:38 - 48:43como interpretaria isso. Se você apenas tomou consciência de uma memória corporal
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48:43 - 48:50mas acho que um dos potenciais para os psicodélicos é ajudar as pessoas a trazer à consciência
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48:50 - 48:55memórias, por vezes dolorosas, que foram armazenadas na musculatura do corpo
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48:55 - 49:02esta é uma possibilidade
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49:02 - 49:08Então, minha pergunta é de segunda mão. Sobre amigos que estão
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49:08 - 49:13sofrendo de prolongada persistencia da desordem da alucinação
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49:13 - 49:14Ân-hâ
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49:14 - 49:19Li que o melhor tratamento que se conhece é assegurar a pessoa porque pode
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49:19 - 49:23ir embora, mas eles pensam que ainda estão vivenciando, e então começa um ciclo vicioso
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49:23 - 49:27Há novos avanços nisso? Além de drogas antipsicóticas?
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49:27 - 49:34Eu não sou a pessoa certa pra perguntar isso. Se você está falando da categoria geral de flashbacks
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49:34 - 49:40Acho que quanto menos atenção a isso melhor, e eles tendem a desaparecer
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49:40 - 49:44São experiências normais que as pessoas têm
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49:44 - 49:51Se a experiência com a droga foi associada à ansiedade, então uma memória disso pode desencadear ansiedade
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49:51 - 49:54e então se você ouvir que isso indica dano cerebral
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49:54 - 49:57você pode imaginar o ciclo viciante da ansiedade
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49:57 - 50:02Então, eu sempre duvidei que ao assegurar a pessoa que não são siginificativos vai fazer isso sumir por si só
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50:02 - 50:05Muito obrigado pelo entusiasmo e por compartilhar, e eu acho que parte
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50:05 - 50:09do que você compartilhou, soa apolítico
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50:09 - 50:14mas convido a cosiderar a política por um minuto, digamos
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50:14 - 50:21sobre a possibilidade da California legalizar a maconha
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50:21 - 50:30É praticamente por causa dos impostos, esta pode ser uma possibilidade
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50:30 - 50:34legalizarem a maconha aqui antes do jogo
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50:34 - 50:40ou sistema de saúde individualisado, incrível, não?
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50:40 - 50:42Incrível
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50:42 - 50:45Não sou apolítico nos meus textos nem discursos
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50:45 - 50:48aqueles que conhecem meu livro "Do chocolate à morfina"
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50:48 - 50:54A primeira sentença desse livro alerta que guerras contra as drogas são sempre perdidas
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50:54 - 51:02e o argumento mais forte é que a lei criminal não é eficaz e apropriada
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51:02 - 51:06para tentar influenciar pessoas a não consumirem psicoativos
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51:06 - 51:08Esta é a conclusão final
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51:08 - 51:13- aplausos -
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51:13 - 51:20Como saímos desta, eu não sei. Tem de haver muito comprometimento
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51:20 - 51:27para afastarmos nossa dependencia na lei criminal como método de lidar com isso
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51:27 - 51:32e toda esta superestrutura legislativa tem que ser desmontada e eu imagino que tenha que ser feito
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51:32 - 51:40por partes ao longo do tempo. Começando com a descriminalização da maconha
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51:40 - 51:45ou sua legalização em quantidades apropriadas e encontrando outras maneiras de regular este mercado
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51:45 - 51:48e eventualmente estendendo isso a todas as outras substâncias. A proibição não funciona
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51:48 - 51:53cria danos imensos, e outra mudança que está ocorrendo no mundo hoje
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51:53 - 51:56talvez correlacionada a esta abertura que vemos com psicodélicos
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51:56 - 52:04é muito interessante que houve chefes de estado que disseram que precisamos legalizar as drogas
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52:04 - 52:09porque eles perceberam que os danos à sociedade e ao sistema é muito grande
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52:09 - 52:15Então, não é só na Califórnia, também é no méxico e em alguns países sul-americanos
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52:15 - 52:19então será muito interessante observar esta tendência
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52:19 - 52:26Eu quero perguntar sobre a postura defensiva do nosso sistema educacional
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52:26 - 52:33sobre a alimentação industrial. Acho que está sendo muito difícil banir, o que dizer então das questões legais
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52:33 - 52:38entretanto eu notei que a cosnciência expandida e a sensação elevada de paladar
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52:38 - 52:42me educou bastante sobre comida
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52:42 - 52:47sou um grande fã do seu trabalho faz muito tempo
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52:47 - 52:55você pode falar mais da conexão dentre drogas e comida e dieta medicinal em geral?
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52:55 - 53:02Esta é uma grande pergunta mas apenas olhando para a qusetão da comida, estamos com sérios problemas neste país
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53:02 - 53:07e a única maneira de sair disso é se houver um esforço coletivo para mudar as coisas
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53:07 - 53:12E isso significa o governo, o setor privado e os indivíduos todos têm que ter responsabilidade nisso
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53:12 - 53:17não dá pra ter um governo nos dizendo pra comermos melhor
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53:17 - 53:23e ao mesmo tempo assegurando que as calorias mais baratas que temos são as coisas horrorosas feitas de
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53:23 - 53:30óleo de soja refinado e charope de milho, e é barato porque o governo federal artificialmente reduz os precços
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53:30 - 53:32com subsídios ao milho
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53:32 - 53:35Enquanto não há subsídios para frutas e vegetais
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53:35 - 53:38que são as coisas mais caras que você pode encontrar no mercado
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53:38 - 53:45aplausos
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53:45 - 53:49e são cheios de elementos que protegem a saúde e estão fora do alcance da maioria
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53:49 - 53:54pobre deste país, incluindo indígenas e as pessoas no interior
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53:54 - 53:59Não podemos ter essas grandes indústrias do alimento propagandeando
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53:59 - 54:03livremente esses produtos para as crianças
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54:03 - 54:07Então se formos sérios sobre isso precisamos de mudanças nessas áreas
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54:07 - 54:14Acho que é algo sério e que seremos forçado a enfrentar
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54:14 - 54:20porque a epidemia de obesidade e a epidemia de diabetes tipo II que se segue
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54:20 - 54:25Têm potencial para nos derrubar como sociedade
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54:25 - 54:26Muito obrigado por vir
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54:26 - 54:31Em alguns de seus textos você descreve uma forma natural do MDMA
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54:31 - 54:35e não consigo lembrar quais ervas eram, mas era uma diferença de uma molécula
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54:35 - 54:36se você pudesse falar sobre isso
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54:36 - 54:42Não conheço uma forma natural do MDMA. É um composto semisintético
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54:42 - 54:46e há vários materiais que podem ser usados como fonte
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54:46 - 54:54um é o safrol, que é componente natural da raiz sassafroz
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54:54 - 55:00o MDMA tem uma estrutura química peculiar chamada ponte metileno-dióxido que
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55:00 - 55:06é um pesadelo para sintetizar. E então, quando os químicos querem fazer uma estrutura
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55:06 - 55:11cuja sínteze é muito cara ou demorada
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55:11 - 55:16eles olham pra natureza e procuram uma estrutura similar que possa servir de base
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55:16 - 55:21Me lembro um químico uma vez me dizendo que quando você quer uma ponte metileno-dióxido
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55:21 - 55:24você vai a deus
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55:24 - 55:30Então, estas plantas que contém materiais base não são psicoativas
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55:30 - 55:33Então não sei de nada por aí no mundo natural ou herbal que eu chamaria de
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55:33 - 55:38MDMA natural
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55:38 - 55:43Andy, em nome de todos os participantes eu aprecio muito a sua vinda hoje
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55:43 - 55:44Foi um prazer
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55:44 -aplausos
- Title:
- The Future of Psychedelic and Medical Marijuana Research
- Description:
-
Andrew Weil's (M.D.) talk during the Psychedelic Science in the 21st
century conference in California, April 2010. Organized by MAPS, CSP,
Heffter Research Institute and Beckeley Foundation.Palestra do Dr. Andrew Weil durante a conferência sobre Ciência psicodélica no Século 21, na Califórnia, em Abril de 2010. Organizado pela MAPS, CSP, Heffter Research Institute e Beckley Foundation.
- Duration:
- 01:09:49
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