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Paul Snelgrove: Um censo do oceano

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    Os oceanos cobrem cerca de 70 por cento de nosso planeta.
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    E acho que Arthur C. Clarke provavelmente entendeu isso
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    quando disse que talvez devêssemos chamar nosso planeta
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    Planeta Oceano.
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    E os oceanos são extremamente produtivos,
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    como podem ver, pela imagem de satélite,
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    em fotossíntese, a produção de nova vida.
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    De fato, os oceanos produzem metade da nova vida todos os dias na Terra
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    e também cerca de metade do oxigênio que respiramos.
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    Além disso, ele abriga muito da biodiversidade na Terra,
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    e muito do que não conhecemos sobre isso.
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    Mas vou dizer-lhes algo sobre isso hoje.
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    Isso também nem mesmo chega ao total de extração de proteína
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    que tiramos do oceano.
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    Isso é cerca de 10 por cento de nossas necessidades globais
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    e 100 por cento de algumas nações em ilhas.
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    Se você descesse
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    os 95 por cento da biosfera que é habitável,
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    rápido ficaria completamente escuro,
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    interrompido apenas por pontos de luz
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    de organismos bioluminescentes.
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    E se você liga as luzes,
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    você pode periodicamente ver organismos espetaculares nadando,
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    porque esses são os habitantes das profundezas,
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    as coisas que vivem no oceano profundo.
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    E finalmente, o leito do oceno profundo seria visto.
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    Este tipo de habitat cobre mais da superfície da Terra
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    do que todos os outros habitats juntos.
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    E mesmo assim, sabemos mais sobre a superfície da Lua e sobre Marte
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    do que sabemos sobre este habitat,
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    apesar do fato de que não extraímos ainda
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    um grama de alimento, uma baforada de oxigênio ou uma gota de água
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    desses corpos.
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    Então, 10 anos atrás,
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    começou um programa internacional, chamado Censo da Vida Marinha,
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    planejado para melhorar nossa compreensão
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    da vida nos oceanos do mundo.
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    Ele envolveu 17 projetos diferentes em todo o mundo.
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    Como podem ver, estes são os registros dos diferentes projetos.
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    E espero que apreciem o nível de cobertura global
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    que ele conseguiu atingir.
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    Tudo começou quando dois cientistas, Fred Grassle e Jesse Ausubel,
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    encontraram-se em Woods Hole, Massachusetts,
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    onde ambos eram convidados no famoso instituto oceanográfico.
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    E Fred lamentava o estado da biodiversidade marinha
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    e o fato de que ela tinha problemas e nada estava sendo feito sobre isso.
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    Bem, daquela discussão surgiu este programa
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    que envolveu 2.700 cientistas
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    de mais de 80 países do mundo,
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    que participaram de 540 expedições no oceano,
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    a um custo total de 650 milhões de dólares,
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    para estudar a distribuição, diversidade e abundância
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    da vida no oceano global.
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    E o que encontramos?
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    Encontramos novas espécies espetaculares,
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    as coisas mais lindas e visualmente deslumbrantes em todos os locais que observamos --
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    da margem da praia ao abismo,
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    de micróbios até peixes e tudo que há entre eles.
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    E o passo limitante aqui não foi a diversidade desconhecida da vida,
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    mas os especialistas em taxinomia,
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    que podem identificar e catalogar essas espécies,
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    tornaram-se o passo limitante.
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    Eles mesmos, na verdade, são uma espécie ameaçada.
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    Há realmente quatro ou cinco novas espécies
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    descritas todos os dias para os oceanos.
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    E, como eu disse, poderia ser um número bem maior.
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    Bem, eu venho de Newfoundland, no Canadá --
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    é uma ilha afastada da costa leste desse continente --
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    onde passamos por um dos piores desastres de pesca
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    da história da humanidade.
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    Assim, esta fotografia mostra um menino pequeno perto de um bacalhau.
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    É por volta de 1900.
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    Agora, quando eu era um menino mais ou menos da idade dele,
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    eu ia pescar com meu avô
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    e pegávamos peixes com mais ou menos metade do tamanho daquele.
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    E eu pensava que isso era o padrão,
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    porque eu nunca tinha visto peixe como aquele.
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    Se você fosse sair hoje, 20 anos depois do colapso dessa pesca,
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    se pudesse pegar um peixe, o que seria mesmo um desafio,
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    ele seria metade desse tamanho.
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    Portanto o que experimentamos é algo chamado mudança das linhas de base.
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    Nossas expectativas do que os oceanos podem produzir
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    é algo que não avaliamos realmente
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    porque não vimos isso em nossas vidas.
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    A maioria de nós, e eu diria inclusive eu,
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    pensa que a exploração humana dos oceanos
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    apenas se tornou realmente muito séria
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    nos últimos 50, talvez, 100 anos mais ou menos.
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    O censo realmente tentou retroceder no tempo,
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    usando toda fonte de informação que puderam ter em mãos.
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    Qualquer coisa de cardápios de restaurantes
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    a registros de mosteiros, a diários de bordo de navios
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    compreender como eram os oceanos.
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    Porque os dados da ciência retrocedem,
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    no máximo, à Segunda Guerra Mundial, na maior parte.
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    E o que encontraram, na verdade,
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    é que a exploração de fato começou fortemente com os romanos.
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    E naquele tempo, claro, não havia refrigeração.
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    Portanto os pescadores podiam pegar somente
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    o que podiam comer ou vender naquele dia.
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    Mas os romanos desenvolveram a salga.
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    E com a salga,
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    tornou-se possível armazenar o peixe e transportá-lo em longas distâncias.
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    E assim começou a pesca industrial.
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    E estes são os tipos de extrapolações que temos
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    de qual tipo de perda tivemos
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    relativos aos impactos pré-humanos no oceano.
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    Eles variam de 65 a 98 por cento
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    para esses grupos maiores de organismos,
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    como mostrado nas barras azul escuro.
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    Agora para aquelas espécies que conseguimos isolar, que protegemos --
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    por exemplo, mamíferos marinhos em anos recentes e pássaros marinhos --
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    há alguma recuperação.
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    Assim nem tudo está perdido.
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    Mas para a maior parte, fomos da salga à exaustão.
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    Bem, esta outra linha de evidências é bastante interessante.
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    É de troféus para peixes apanhados fora da costa da Flórida.
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    Esta é uma fotografia dos anos 50.
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    E quero que notem a escala no 'slide',
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    porque quando você vê a mesma foto dos anos 80,
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    notamos que os peixes são bem menores
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    e também observamos uma mudança
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    em termos da composição desses peixes.
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    Em 2007, a presa era realmente risível
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    em termos de tamanho para peixe de troféu.
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    Mas isso não é assunto para riso.
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    Os oceanos perderam sua produtividade
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    e somos responsáveis por isso.
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    E o que sobrou? Na verdade, muito.
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    Há muitas coisas entusiasmantes, e vou falar um pouquinho sobre elas.
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    E quero começar com um pouco de tecnologia,
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    porque, claro, esta é uma conferência TED
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    e vocês querem ouvir algo sobre tecnologia.
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    Dessa forma, uma das ferramentas que usamos para amostras do oceano profundo
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    são veículos operados por controle remoto.
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    Assim, esses são veículos ligados por cabos que baixamos no leito do oceano
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    onde são nossos olhos e mãos para trabalhar no fundo do mar.
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    Alguns anos atrás, era para eu ir em um cruzeiro oceanográfico
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    e não pude por causa de outros compromissos agendados.
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    Mas, através de uma ligação por satélite, pude sentar em meu estúdio em casa,
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    com meu cachorro enrolado em meus pés, uma xícara de chá na mão,
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    e dizer ao piloto:"Quero uma amostra exatamente aí."
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    E isso foi exatamente o que o piloto fez para mim.
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    Esse é o tipo de tecnologia que está disponível hoje,
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    realmente não disponível uma década atrás.
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    Assim, ela nos permite retirar amostras desses habitats espetaculares
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    que estão muito longe da superfície
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    e muito longe da luz.
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    Então uma das fermentas que podemos usar para retirar amostras dos oceanos
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    é a acústica, ou ondas sonoras.
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    E a vantagem das ondas sonoras
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    é que elas realmente passam bem através da água, diferente da luz.
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    Assim, podemos enviar ondas sonoras,
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    elas atigem objetos como peixes e são refletidas de volta.
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    E este é um exemplo, um cientista do censo utilizou dois navios.
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    Um emitiria as ondas sonoras que refletiriam.
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    Elas seriam recebidas pelo segundo navio,
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    e isso nos daria estimativas muito precisas, neste caso,
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    de 250 bilhões de arenque,
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    num período de aproximadamente um minuto.
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    E essa é uma área aproximadamente do tamanho da Ilha de Manhattan.
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    E ser capaz de fazer isso é uma fantástica ferramenta de pesca,
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    porque saber quantos peixes há é realmente crítico.
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    Podemos também usar etiquetas de satélite
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    para rastrear animais enquanto se movem pelos oceanos.
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    E assim, para animais que vêm à superfície para respirar,
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    como esta foca elefante,
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    é uma oportunidade de enviar dados para a praias
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    e nos dizer exatamente onde está no oceano.
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    E disso podemos elaborar essas rotas.
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    Por exemplo, o azul escuro
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    mostra onde a foca elefante esteve no norte do Pacífico.
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    Percebo que aqueles que não notam cores, este 'slide' não é muito útil,
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    mas acompanhem-me de qualquer forma.
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    Para animais que não vêm à superfície,
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    temos algo chamado etiqueta emergente,
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    que coleta dados sobre luz e que horas o sol se levanta e se põe.
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    E depois de um período de tempo
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    ela emerge à superfície e, novamente, repassa aqueles dados à praia.
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    Porque o GPS não funciona debaixo da água. É por isso que precisamos dessas ferramentas.
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    E disto somos capazes de identificar essas rodovias azuis,
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    esses pontos importantes no oceano,
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    que deveriam ser verdadeiras áreas de prioridade
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    para a preservação do oceano.
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    Uma outra coisa que vocês podem pensar
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    é que, quando você vai ao supermercado e compra coisas, elas são escaneadas.
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    E há um código de barras nesse produto
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    que informa ao computador exatamente qual é o produto.
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    Os geneticistas desenvolveram uma ferramenta similar chamada código de barra genético.
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    E o que o código de barra faz
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    é usar um gene específico, chamado CO1,
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    que é consistente dentro de uma espécie, mas varia entre espécies.
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    E isso significa que podemos identificar inequivocamente
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    qual espécie é qual
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    mesmo quando uma é semelhante à outra,
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    mas podem ser biologicamente bem diferentes.
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    Um dos melhores exemplos que gosto de citar sobre isso
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    é a história de duas jovens, estudantes do ensino médio em New York,
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    que trabalhavam com o censo.
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    Elas saíram e coletaram peixe de mercados e restaurantes em New York
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    e os analisaram conforme o código de barras.
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    Bem, o que elas encontraram foi peixe rotulado erroneamente.
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    Por exemplo,
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    descobriram que algo vendido como atum, que é muito valioso,
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    era de fato tilápia, que é um peixe muito menos valioso.
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    Também encontraram espécies ameaçadas
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    vendidas como peixe comum.
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    O código de barras nos permitiu saber com o que estamos trabalhando
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    e também o que estamos comendo.
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    O Ocean Biogeographic Information System (Sistema de Informação Biogeográfico do Oceano)
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    é o centro para todos os dados do censo.
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    O acesso é livre; você pode baixar os dados que quiser.
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    E contém todos os dados do censo
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    e mais outros conjuntos de dados que pessoas desejaram incluir como contribuição.
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    E o que você pode fazer com isso
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    é traçar a distribuição de espécies e onde elas ocorrem nos oceanos.
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    O que eu mapeei aqui são os dados que temos em mãos.
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    Isto é onde nossos esforços de amostragem se concentraram.
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    O que você pode ver
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    é que fizemos amostragem da área no Atlântico Norte,
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    no Mar do Norte em especial,
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    e também na costa leste da América do Norte.
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    São as cores quentes que mostram uma região bem amostrada.
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    As cores frias, o azul e o preto,
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    mostram áreas de onde quase não temos dados.
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    Assim, mesmo depois de um censo de 10 anos,
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    há enormes áreas que ainda permanecem inexploradas.
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    Há um grupo de cientistas morando no Texas, trabalhando no Golfo do México,
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    que decidiram realmente por amor ao trabalho
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    reunir todo o conhecimento que pudessem
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    sobre a biodiversidade no Golfo do México.
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    E eles reuniram uma lista de espécies,
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    onde é sabido que ocorrem,
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    e isso realmente parecia um tipo de exercício científico muito esotérico.
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    Mas então, claro, houve o vazamento de óleo na Deep Horizon.
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    Dessa forma, de repente, esse trabalho dedicado,
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    feito sem razões econômicas óbvias,
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    tornou-se uma peça de informação crítica
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    em termos de como esse sistema vai se recuperar, quanto tempo levará
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    e como os processos legais
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    e as discussões multibilionárias que vão acontecer nos anos vindouros
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    vão ser resolvidos.
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    Então, o que descobrimos?
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    Bem, eu poderia ficar aqui por horas, mas, claro, não me permitem fazer isso.
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    Mas vou contar-lhes algumas de minhas descobertas favoritas
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    do censo.
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    Uma das coisas que descobrimos é: onde estão os pontos altos da diversidade?
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    Onde encontramos a maioria das espécies da vida no oceano?
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    E o que encontramos, se mapeamos as espécies bem conhecidas,
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    é este tipo de distribuição.
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    E o que observamos é que, para espécies da costa,
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    para aqueles organismos que vivem perto da margem da praia,
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    eles são mais diversificados nos trópicos.
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    Isto é algo que realmente sabíamos há algum tempo,
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    portanto, não é uma descoberta verdadeira.
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    Entretanto, o que é realmente entusiasmante
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    é que as espécies oceânicas, ou aquelas que vivem longe da costa,
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    são na verdade mais diversificadas em latitudes intermediárias.
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    Este é o tipo de dado, novamente, que gerentes poderiam usar
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    se querem priorizar áreas do oceano que precisamos conservar.
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    Você pode fazer isso numa escala global, mas também pode fazê-lo numa escala regional.
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    É por isso que os dados da biodiversidade podem ser tão valiosos.
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    Ainda que muitas das espécies que descobrimos no censo
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    sejam coisas pequenas e difíceis de ver,
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    isso certamente não foi sempre o caso.
  • 10:20 - 10:22
    Por exemplo, mesmo que seja difícil acreditar
  • 10:22 - 10:24
    que uma lagosta de três quilos pudesse enganar cientistas,
  • 10:24 - 10:26
    ela o fez até alguns anos atrás,
  • 10:26 - 10:29
    quando pescadores sul-africanos solicitaram uma permissão de exportação
  • 10:29 - 10:32
    e os cientistas perceberam que isso era algo novo para a ciência.
  • 10:32 - 10:34
    Da mesma forma esta barrilha dourada
  • 10:34 - 10:36
    coletada no Alasca, abaixo da linha da maré baixa,
  • 10:36 - 10:38
    é provavelmente uma nova espécie.
  • 10:38 - 10:40
    Mesmo tendo três metros de comprimento,
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    ela de fato, novamente, enganou a ciência.
  • 10:42 - 10:45
    Este indivíduo, esta lula, tem sete metros de comprimento.
  • 10:45 - 10:48
    Mas para ser justo, ela vive em águas profundas, nas cordilheiras no meio do Atlântico,
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    então foi bastante difícil encontrar.
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    Mas ainda há potencial para a descoberta de coisas grandes e excitantes.
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    Este camarão em especial, nós o apelidamos de camarão jurássico,
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    acreditava-se que estava extinto há 50 anos --
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    pelo menos estava, até que o censo descobriu
  • 11:00 - 11:03
    que ele estava vivendo fora da costa da Austrália.
  • 11:03 - 11:06
    E isso mostra que o oceano, por causa de sua vastidão,
  • 11:06 - 11:08
    pode esconder segredos por um tempo muito longo.
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    Portanto, Steven Spielberg, fique verde de inveja.
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    Se olhamos para as distribuições, na verdade distribuições mudam dramaticamente.
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    E um dos registros que tínhamos
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    era desses petréis cor de fuligem, que vão em migrações espetaculares
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    desde a Nova Zelândia
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    até o Alasca e voltam,
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    em busca do verão sem fim
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    enquanto completam seus ciclos de vida.
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    Tambèm falamos do Café do Tubarão Branco.
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    Este é um local no Pacífico para onde tubarões brancos convergem.
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    Não sabemos por que eles convergem para lá, simplesmente não sabemos.
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    Essa é uma questão para o futuro.
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    Uma das coisas que nos ensinaram no colégio
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    e que todos os animais precisam de oxigênio para sobreviver.
  • 11:42 - 11:45
    Bem, esta pequena criatura, tem apenas meio milímetro de tamanho,
  • 11:45 - 11:47
    não é exatamente carismático.
  • 11:47 - 11:49
    Foi descoberto somente no início dos anos 80.
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    Mas a coisa realmente interessante sobre ele
  • 11:51 - 11:54
    é que, alguns anos atrás, os cientistas do censo descobriram
  • 11:54 - 11:56
    que esse indivíduo pode desenvolver-se em sedimentos pobres em oxigênio
  • 11:56 - 11:58
    nas profundezas do Mar Mediterrâneo.
  • 11:58 - 12:00
    Agora eles sabem que, na verdade,
  • 12:00 - 12:02
    os animais podem viver sem oxigênio, pelo menos alguns deles,
  • 12:02 - 12:05
    e podem adaptar-se até mesmo às condições mais difíceis.
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    Se você tirasse toda a água do oceano,
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    isto é o que restaria,
  • 12:10 - 12:12
    e essa é a biomassa de vida no leito do mar.
  • 12:12 - 12:15
    O que observamos é biomassa enorme em direção aos polos
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    e não muita biomassa no meio.
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    Encontramos vida nos extremos.
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    E houve espécies que foram encontradas
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    que vivem dentro do gelo
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    e ajudam a apoiar uma rede de comida baseada no gelo.
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    Também encontramos este caranguejo yeti
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    que vive próximo às águas ferventes de aberturas hidrotermais na Ilha de Páscoa.
  • 12:31 - 12:33
    E esta espécie em particular
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    realmente chamou a atenção do público.
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    Também encontramos as aberturas mais profundas já conhecidas -- 5.000 metros --
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    as aberturas mais quentes, a 407 graus Celsius --
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    aberturas no Pacífico Sul e também no Ártico
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    onde nada tinha sido encontrado antes.
  • 12:46 - 12:49
    Mesmo novos ambientes estão ainda dentro do domínio do que se pode descobrir.
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    Agora, em termos de desconhecidos, há muitos.
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    E vou resumir apenas alguns deles
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    muito rapidamente para vocês.
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    Primeiro, poderíamos perguntar, quantos peixes há no mar?
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    Realmente conhecemos os peixes melhor do que qualquer outro grupo no oceano,
  • 13:00 - 13:02
    além dos mamíferos marinhos.
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    E podemos, na verdade, extrapolar baseados nas taxas de descoberta
  • 13:05 - 13:08
    quantas espécies mais podemos descobrir.
  • 13:08 - 13:10
    E disso, realmente calculamos
  • 13:10 - 13:13
    que conhecemos aproximadamente 16.500 espécies
  • 13:13 - 13:15
    e há provavelmente de 1.000 a 4.000 por descobrir.
  • 13:15 - 13:17
    Portanto fomos bem.
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    Conseguimos aproximadamente 75 por cento de peixes,
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    talvez tanto quanto 90 por cento.
  • 13:21 - 13:24
    Mas os peixes, como eu disse, são os mais conhecidos.
  • 13:24 - 13:27
    Portanto nosso nível de conhecimento é muito menor para outros grupos de organismos.
  • 13:27 - 13:29
    Este número é na verdade baseado em um estudo totalmente novo
  • 13:29 - 13:32
    que vai ser publicado no periódico PLoS Biology.
  • 13:32 - 13:34
    E o que ele faz é prever quantas espécies mais há
  • 13:34 - 13:36
    na terra e no oceano.
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    E o que encontraram
  • 13:38 - 13:41
    é que eles supõem que conhecemos aproximadamente nove por cento das espécies no oceano.
  • 13:41 - 13:43
    Isso quer dizer que 91 por cento, mesmo depois do censo,
  • 13:43 - 13:45
    restam ainda para ser descobertos.
  • 13:45 - 13:47
    E isso se transforma em aproximadamente dois milhões de espécies
  • 13:47 - 13:49
    quando tudo estiver feito.
  • 13:49 - 13:51
    Ainda temos muito trabalho a fazer
  • 13:51 - 13:53
    em termos de desconhecidos.
  • 13:53 - 13:55
    Esta bactéria
  • 13:55 - 13:58
    é parte de tapetes que são encontrados fora da costa do Chile.
  • 13:58 - 14:00
    E esses tapetes, de fato, cobrem uma área do tamanho da Grécia.
  • 14:00 - 14:03
    E essa bactéria em particular é visível a olho nu.
  • 14:03 - 14:06
    Você pode imaginar a biomassa que isso representa.
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    A coisa realmente intrigante sobre os micróbios
  • 14:08 - 14:10
    é quão diversos eles são.
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    Uma única gota de água do mar
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    pode conter 160 tipos diferentes de micróbios.
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    E acredita-se que os oceanos
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    potencialmente contenham um bilhão de tipos diferentes.
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    Isso é realmente entusiasmante. O que eles todos estão fazendo lá?
  • 14:22 - 14:24
    Realmente não sabemos.
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    A coisa mais entusiasmante, eu diria, sobre esse censo
  • 14:26 - 14:28
    é o papel da ciência global.
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    E como vemos nesta imagem de luz durante a noite,
  • 14:30 - 14:32
    há muitas áreas na Terra
  • 14:32 - 14:35
    onde o desenvolvimento humano é muito maior
  • 14:35 - 14:37
    e outras áreas onde é muito menor,
  • 14:37 - 14:39
    mas entre elas vemos enormes áreas escuras
  • 14:39 - 14:41
    de oceano relativamente não explorado.
  • 14:41 - 14:43
    Outra observação que gostaria de fazer sobre isso
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    é que esse oceano interconecta-se.
  • 14:45 - 14:47
    Organismos marinhos não se importam com fronteiras internacionais;
  • 14:47 - 14:49
    eles se movem para onde querem.
  • 14:49 - 14:52
    Daí a importância da colaboração global
  • 14:52 - 14:54
    tornar-se o mais importante.
  • 14:54 - 14:56
    Perdemos muito do paraíso.
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    Por exemplo, estes atuns que foram tão abundantes no Mar do Norte
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    efetivamente desapareceram agora.
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    Houve redes nas profundezas do Mediterrâneo
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    que coletaram mais lixo do que animais.
  • 15:06 - 15:09
    E esse é o oceano profundo, o ambiente que consideramos estar
  • 15:09 - 15:11
    entre os mais antigos na Terra.
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    E há muitas outras pressões.
  • 15:13 - 15:16
    A acidificação do oceano é realmente uma grande questão com que as pessoas estão preocupadas,
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    assim como com o aquecimento do oceano, e os efeitos que vão ter nos recifes de corais.
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    Numa extensão de décadas, durante nossas vidas,
  • 15:22 - 15:24
    vamos ver muitos danos em recifes de corais.
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    E eu poderia passar o restante do meu tempo, que está ficando muito limitado,
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    nessa ladainha de preocupações sobre o oceano,
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    mas quero terminar com uma nota mais positiva.
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    E assim o grande desafio
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    é tentar e ter certeza de que preservamos o que restou,
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    porque ainda há beleza espetacular.
  • 15:37 - 15:39
    E os oceanos são tão produtivos,
  • 15:39 - 15:42
    há tanta coisa acontecendo ali que é de relevância para os humanos
  • 15:42 - 15:45
    que realmente precisamos, mesmo de uma perspectiva egoísta,
  • 15:45 - 15:47
    tentar fazer melhor do que fizemos no passado.
  • 15:47 - 15:49
    Precisamos reconhecer esses locais especiais
  • 15:49 - 15:51
    e fazer o máximo para protegê-los.
  • 15:51 - 15:53
    Quando olhamos para fotografias como esta, elas nos tiram o fôlego,
  • 15:53 - 15:55
    e somam a ajuda que nos dão para respirar
  • 15:55 - 15:57
    pelo oxigênio que o oceano fornece.
  • 15:57 - 16:00
    Os cientistas do censo trabalharam na chuva, trabalharam no frio,
  • 16:00 - 16:02
    trabalharam debaixo da água e trabalharam acima da água
  • 16:02 - 16:04
    tentando iluminar a descoberta maravilhosa,
  • 16:04 - 16:06
    o ainda vasto desconhecido,
  • 16:06 - 16:09
    as adaptações espetaculares que vemos na vida do oceano.
  • 16:09 - 16:12
    Então seja você um pastor de iaques vivendo nas montanhas do Chile,
  • 16:12 - 16:15
    um corretor de ações em New York
  • 16:15 - 16:17
    ou um TEDster morando em Edimburgo,
  • 16:17 - 16:19
    o oceano importa.
  • 16:19 - 16:21
    E assim como os oceanos vão, assim nós também devemos.
  • 16:21 - 16:23
    Obrigado por ouvirem.
  • 16:23 - 16:25
    (Aplausos)
Title:
Paul Snelgrove: Um censo do oceano
Speaker:
Paul Snelgrove
Description:

O oceanógrafo Paul Snelgrove compartilha os resultados de um projeto de dez anos com um objetivo: fazer o censo de toda a vida nos oceanos. Ele apresenta fotos espetaculares de algumas das descobertas surpreendentes do Censo da Vida Marinha.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
16:26
Isabel Villan added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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