< Return to Video

Criação de dinheiro na economia moderna - Artigo do boletim trimestral

  • 0:00 - 0:04
    Traduzido e adaptado por Boa Moeda - www.facebook.com/boamoeda
  • 0:04 - 0:07
    Ryland, o seu artigo é sobre a criação de dinheiro.
  • 0:07 - 0:10
    Estamos aqui rodeados de ouro nos cofres do Banco de Inglaterra.
  • 0:10 - 0:16
    Historicamente, quando o dinheiro era baseado no padrão-ouro, a quantidade de ouro de um país estava relacionada com a quantidade de dinheiro na economia.
  • 0:17 - 0:20
    A realidade é muito diferente agora. Na economia moderna, de onde vem o dinheiro?
  • 0:21 - 0:23
    Vamos começar com 'dinheiro estreito, ou 'dinheiro do Banco Central'.
  • 0:23 - 0:28
    Como o nome sugere, dinheiro do Banco Central é determinado pelo Banco de Inglaterra e consiste de moeda (notas e moedas) e reservas.
  • 0:28 - 0:32
    Em alturas normais, a quantidade de moeda e reservas, são determinadas...
  • 0:32 - 0:37
    1 - pela quantidade de moeda que as pessoas no país necessitam para as suas transacções,
  • 0:37 - 0:41
    2 - e pela quantidade de moeda e reservas que os bancos querem ter, tendo em conta o nível das taxas de juro.
  • 0:41 - 0:46
    (A quantidade de moeda e reservas) Não é determinada pelo Banco Central, como é dito em certos livros de Economia.
  • 0:46 - 0:51
    O seu artigo fala sobre 'dinheiro largo', o que determina quanto desse dinheiro existe?
  • 0:51 - 0:55
    'Dinheiro largo', que por vários motivos é uma medida melhor da quantidade de dinheiro em circulação na economia,
  • 0:55 - 0:59
    inclui todos os depósitos bancários de pessoas e empresas.
  • 0:59 - 1:04
    E um dos assuntos chave do artigo é que os bancos criam novo dinheiro, de cada vez que concedem um 'empréstimo'.
  • 1:04 - 1:09
    Não sendo isto nada de novo, a maioria das pessoas não sabe que esta é a principal forma de criação de dinheiro.
  • 1:09 - 1:15
    E é o oposto da ideia muitas vezes divulgada, de que os bancos apenas podem emprestar o dinheiro que têm.
  • 1:15 - 1:18
    Na verdade, novos 'empréstimos' criam novos depósitos e não o contrário.
  • 1:19 - 1:22
    O seu artigo explica em maior detalhe como 'empréstimos bancários' criam novo dinheiro.
  • 1:22 - 1:28
    Também explica como há limites para quanto novo dinheiro é expectável que os bancos criem, como resultado dos 'empréstimos'.
  • 1:28 - 1:32
    Estes limites podem ser: 1 - o lucro esperado pelo próprio banco,
  • 1:32 - 1:38
    2 - ou até a forma como as pessoas e as empresas se comportam perante o aumento de dinheiro em circulação.
  • 1:38 - 1:39
    Correcto!
  • 1:40 - 1:45
    Mas então se os bancos criam dinheiro através dos 'empréstimos', qual é então o papel da política monetária do Banco Central?
  • 1:46 - 1:52
    Quando menciona alguns dos limites para quanto os bancos 'emprestam', a política monetária oferece o limite último.
  • 1:52 - 1:55
    Em alturas normais, por exemplo antes da Grande Recessão (Antes de 2009),
  • 1:55 - 2:03
    a política monetária é definida através de taxas de juro e isso determina as taxas suportadas por devedores e os juros pagos pelos bancos aos depositantes.
  • 2:03 - 2:06
    E isto afecta directamente a quantidade de 'empréstimos' que os bancos concedem...
  • 2:06 - 2:09
    E a quantidade de 'dinheiro largo' que é criado em resultado.
  • 2:10 - 2:16
    Então obviamente isso é em alturas normais, após a Grande Recessão (2009) vimos taxas de juro reduzidas a quase 0%,
  • 2:16 - 2:19
    e vimos o Comité de Política Económica começar um grande programa de compra de activos,
  • 2:19 - 2:24
    chamado 'quantitative easing' ou 'QE', como forma de estimular a economia.
  • 2:25 - 2:28
    O seu artigo discute alguns mitos sobre como o 'QE' (programa de compra de activos),
  • 2:28 - 2:30
    afecta a quantidade de dinheiro em circulação.
  • 2:30 - 2:35
    O 'QE' serve para aumentar a quantidade de reservas do Banco Central que os bancos têm.
  • 2:35 - 2:41
    Mas o primeiro mito que você esclarece é a ideia, de que de alguma forma isto é dinheiro grátis oferecido aos bancos.
  • 2:41 - 2:43
    O que há de errado com essa ideia?
  • 2:44 - 2:49
    É verdade o que diz sobre o efeito do 'QE' na quantidade de reservas que os bancos têm no Banco de Inglaterra.
  • 2:49 - 2:54
    Se considerar o que se passa nas contas das partes envolvidas, pode ver que não é realmente dinheiro grátis.
  • 2:55 - 3:01
    O facto principal do 'QE' é a compra de obrigações (dívida) do Governo, aos fundos de pensões e outros fundos...
  • 3:01 - 3:07
    e não aos bancos. O fundo de pensões neste exemplo, vai receber dinheiro na sua conta (barra vermelha),
  • 3:07 - 3:10
    Em troca pelas obrigações do governo (barra roxa).
  • 3:10 - 3:16
    O banco age apenas como intermediário, para ajudar esta transacção entre o Banco Central e o fundo de pensões.
  • 3:16 - 3:21
    As reservas adicionais (barra verde) são simplesmente uma consequência desta transacção.
  • 3:22 - 3:25
    Apesar dos bancos receberem juros pelas novas reservas criadas,
  • 3:25 - 3:30
    são acompanhados pela criação de um novo passivo para o banco - o depósito do fundo de pensões,
  • 3:30 - 3:33
    sobre o qual o banco paga juros.
  • 3:33 - 3:41
    Noutras palavras, 'QE' deixa os bancos com um novo activo e um novo passivo de igual valor.
  • 3:41 - 3:44
    Por isso (o 'QE'), não significa dinheiro grátis para os bancos.
  • 3:44 - 3:49
    Partindo do princípio que 'QE' aumenta a quantidade de reservas, o segundo mito que discute,
  • 3:49 - 3:56
    é a ideia que estas reservas são depois transformadas em novos 'empréstimos' e que isso melhora a economia real.
  • 3:56 - 4:00
    De facto, isto é o essencial da 'teoria multiplicadora do dinheiro',
  • 4:00 - 4:05
    e sobre como isso estimula a economia, encontrada em muitos livros de Economia.
  • 4:05 - 4:06
    De que forma é esta ideia enganadora?
  • 4:07 - 4:11
    É verdade o que disse sobre 'QE' levar à criação de novas reservas detidas pelos bancos.
  • 4:11 - 4:15
    Mas os bancos não podem emprestar essas reservas directamente a pessoas e empresas.
  • 4:15 - 4:21
    Para isso têm que conceder novos 'empréstimos' e o simples facto de terem mais reservas,
  • 4:21 - 4:26
    não vai aumentar os incentivos para que concedam mais 'empréstimos' a pessoas e empresas,
  • 4:26 - 4:30
    da forma que a 'teoria multiplicadora do dinheiro' que mencionou, parece sugerir.
  • 4:30 - 4:32
    Então de que forma 'QE' afecta a economia?
  • 4:32 - 4:38
    'QE' afecta a economia principalmente através dos depósitos bancários que os fundos de pensões e outros gestores de activos acabam por deter.
  • 4:38 - 4:43
    Esses gestores de activos irão usar esses depósitos para comprar activos de maior rentabilidade,
  • 4:43 - 4:45
    tal como obrigações e acções de empresas.
  • 4:45 - 4:51
    Isso faz o valor desses activos subir e baixa o custo que as empresas cotadas em bolsa pagam pelo capital.
  • 4:51 - 4:54
    É essa a forma principal como o 'QE' afecta a economia.
  • 4:54 - 4:58
    Mas isso também quer dizer que o 'QE' pode reduzir o crédito disponível,
  • 4:58 - 5:03
    se as empresas usam o dinheiro mais barato obtido no mercado de capitais, para repagar alguns dos 'empréstimos' bancários.
  • 5:03 - 5:07
    Traduzido e adaptado por Boa Moeda - www.facebook.com/boamoeda
Title:
Criação de dinheiro na economia moderna - Artigo do boletim trimestral
Description:

Para o artigo do boletim trimestral ver
www.bankofengland.co.uk/publications/Documents/quarterlybulletin/2014/qb14q1prereleasemoneycreation.pdf

Filmado por James Oxley

more » « less
Video Language:
English
Duration:
05:08

Portuguese subtitles

Revisions