< Return to Video

Como será o futuro da música? | Petar Kodzas | TEDxUniversityofRochester

  • 0:11 - 0:13
    Lembro-me nitidamente
  • 0:13 - 0:17
    da primeira vez que tive
    a oportunidade de ver uma TEDTalk.
  • 0:17 - 0:20
    Foi nos primeiros passos da Internet
  • 0:20 - 0:23
    e creio que, depois de a ver,
  • 0:23 - 0:26
    a Internet tornou-se importante
    para mim e eu pensei:
  • 0:26 - 0:28
    "Se alguém inventou isto,
  • 0:28 - 0:31
    "para difundir uma coisa tão bela
    como as TEDTalks,
  • 0:32 - 0:34
    "penso que a Internet
    se justifica plenamente".
  • 0:34 - 0:35
    Eu tinha toda a razão.
  • 0:37 - 0:40
    Nessa altura, também fiquei
    intrigado quanto às palavras,
  • 0:40 - 0:43
    as três palavras que definiam "TED".
  • 0:43 - 0:47
    Eram Tecnologia,
    Entretenimento e Design.
  • 0:50 - 0:53
    Se olharem para o meu cartaz,
    há um "m" minúsculo
  • 0:53 - 0:55
    que tomei a liberdade de acrescentar:
  • 0:55 - 0:58
    "TEDm" e um ponto de interrogação.
  • 0:58 - 1:00
    O "m" refere-se a música.
  • 1:00 - 1:06
    Penso que a música é tão importante
    como tudo o mais que fazemos na vida,
  • 1:06 - 1:07
    ou mesmo mais.
  • 1:07 - 1:10
    Penso que toda a gente
    que está envolvida na música
  • 1:10 - 1:13
    devia continuar a fazer isso
    durante toda a vida.
  • 1:14 - 1:16
    A minha vida, desde há 50 anos,
  • 1:16 - 1:20
    tem-se centrado no ensino,
    na aprendizagem e na execução
  • 1:20 - 1:23
    e as minhas experiências
    refletem-se na minha palestra de hoje.
  • 1:23 - 1:26
    Isto não é uma teoria, não é uma hipótese,
  • 1:26 - 1:29
    é uma coisa que eu vivo
    numa base quotidiana.
  • 1:31 - 1:35
    Considero a música
    como uma coisa que partilhamos.
  • 1:35 - 1:38
    A música é beleza que partilhamos.
  • 1:38 - 1:43
    Ao enriquecer-nos através
    da execução, enriquecemos os outros.
  • 1:43 - 1:47
    Posso dizer-vos que, enquanto executante,
    sinto-me enriquecido quando executo
  • 1:47 - 1:52
    e, enquanto membro da audiência,
    sinto-me enriquecido quando escuto alguém.
  • 1:52 - 1:56
    O meu receio é que
    esta criatividade interativa
  • 1:56 - 2:01
    é uma coisa que tem vindo a diminuir
    nos últimos 20 anos.
  • 2:02 - 2:06
    O meu plano para hoje é explorar
    a música ou falar sobre a música
  • 2:07 - 2:11
    através das lentes destes três termos,
    destas três áreas, destas três palavras:
  • 2:11 - 2:15
    tecnologia, entretenimento e "design".
  • 2:16 - 2:21
    Obviamente, a tecnologia é talvez
    um dos fatores mais importantes
  • 2:21 - 2:24
    que transformou a música
    nos últimos 50 anos.
  • 2:24 - 2:27
    Sem dúvida nenhuma, podemos dizer
  • 2:28 - 2:32
    que o número de pessoas
    que hoje têm acesso à música,
  • 2:32 - 2:36
    a qualquer tipo de música
    que possam imaginar,
  • 2:37 - 2:40
    é maior do que jamais foi no passado.
  • 2:40 - 2:44
    Portanto, a influência da tecnologia
    na disseminação da música é incrível.
  • 2:44 - 2:46
    E, provavelmente, uma das razões
  • 2:46 - 2:49
    por que estamos a tentar imaginar
    para onde ir, o que fazer,
  • 2:49 - 2:51
    é porque a tecnologia
    muda mais rapidamente
  • 2:51 - 2:54
    do que conseguimos adaptar
    os nossos conhecimentos
  • 2:54 - 2:57
    e a nossa capacidade
    para trabalhar com ela.
  • 2:58 - 3:04
    Uma forma como eu encaro a tecnologia
    é a forma como olho para vocês aqui.
  • 3:04 - 3:05
    Muitos de vocês aqui,
  • 3:06 - 3:09
    logo que saírem desta sala,
    vão colocar os auscultadores
  • 3:10 - 3:12
    e vão-se embora sozinhos
    a ouvir música.
  • 3:13 - 3:17
    Isso dá-vos um belo som, de facto,
  • 3:17 - 3:21
    mas esse som está aqui,
    dentro do vosso crânio,
  • 3:21 - 3:25
    nem sequer se ouve meio metro
    à vossa volta, está só na vossa cabeça.
  • 3:25 - 3:29
    É como um casulo que vos isola
    do resto do mundo.
  • 3:30 - 3:32
    É a tecnologia que nos permite fazer isso.
  • 3:32 - 3:36
    Por outro lado, por causa da tecnologia,
  • 3:36 - 3:39
    podemos reunir cinco a seis mil
    pessoas numa arena
  • 3:39 - 3:41
    e fazê-las participar num concerto.
  • 3:42 - 3:45
    A última vez que assisti
    a um desses eventos,
  • 3:46 - 3:49
    acabei por observar todo o evento
  • 3:49 - 3:52
    num ecrã do tamanho de uma casa
  • 3:52 - 3:57
    e os executantes reais eram
    do tamanho de bonecos, à distância.
  • 3:58 - 4:00
    E perguntei a mim mesmo:
    "Qual seria a diferença
  • 4:00 - 4:03
    "se tivesse ficado em casa
    e assistisse no computador
  • 4:03 - 4:06
    "em vez de estar aqui com uns
    milhares dos meus amigos mais queridos?"
  • 4:06 - 4:10
    Acredito que estamos a falhar o alvo.
  • 4:10 - 4:13
    Porque é que pagamos tanto dinheiro
    para nos sentarmos na primeira fila?
  • 4:14 - 4:16
    Não é porque o som seja melhor
  • 4:16 - 4:18
    mas porque queremos estar perto da ação.
  • 4:19 - 4:22
    É o que está no nosso ADN,
    é o que está nos nossos genes.
  • 4:22 - 4:28
    Evoluímos nesta tradição
    em que a música fazia parte do ritual
  • 4:28 - 4:32
    e todos fazíamos parte da tribo,
    todos nós precisamos de sentir o ritmo.
  • 4:32 - 4:35
    Todos precisamos de sentir
    essa música, não é?
  • 4:35 - 4:36
    (Palmas ritmadas do público)
  • 4:38 - 4:39
    (Risos)
  • 4:40 - 4:41
    (Palmas ritmadas do público)
  • 4:41 - 4:44
    Estão a ver? Ou seja,
    estamos todos juntos, não é?
  • 4:44 - 4:47
    Não vos pedi para fazerem nada.
    Vocês sabiam o que fazer.
  • 4:48 - 4:50
    É isso o que a música faz.
  • 4:51 - 4:56
    O que estamos a perder,
    com alguns aspetos da tecnologia,
  • 4:56 - 5:00
    é este imediatismo,
    esta necessidade de estar lá.
  • 5:00 - 5:02
    Não estamos a satisfazer
    a nossa necessidade
  • 5:02 - 5:04
    de fazermos parte do ato musical.
  • 5:04 - 5:06
    Estamos a ser passivos.
  • 5:06 - 5:08
    Ficamos sentados, a apreciá-la à distância
  • 5:09 - 5:12
    ou apenas a isolarmo-nos
    do resto do mundo
  • 5:12 - 5:16
    e, portanto, a viver a música
    como uma unidade solitária,
  • 5:16 - 5:18
    em oposição a fazer parte
    do grupo mais amplo.
  • 5:20 - 5:23
    O meu ponto de vista
    é que temos que ser envolvidos,
  • 5:23 - 5:25
    e não entretidos.
  • 5:25 - 5:29
    Já que usei esta palavra, passemos
    para a área do "entretenimento".
  • 5:31 - 5:35
    Sim, a música devia e pode ser
    considerada como um entretenimento,
  • 5:35 - 5:37
    mas não apenas como um entretenimento.
  • 5:37 - 5:40
    Há muito mais coisas na música.
  • 5:40 - 5:43
    A gama de expressões
    que podemos exprimir com a música
  • 5:43 - 5:46
    é muito mais do que entretenimento.
  • 5:46 - 5:48
    Quando penso na palavra "entretenimento",
  • 5:48 - 5:52
    o meu primeiro pensamento
    é música muito leve, fácil de ouvir,
  • 5:52 - 5:55
    um pouco inconsequente,
    algures em pano de fundo,
  • 5:55 - 5:58
    quando estamos num elevador
    — isso é entretenimento.
  • 5:59 - 6:01
    Não penso na música
    como um entretenimento,
  • 6:02 - 6:04
    quero que vocês se sintam
    envolvidos, quando toco.
  • 6:04 - 6:07
    Quer seja uma melodia alegre
    que vos faça querer dançar e pular
  • 6:07 - 6:09
    quer vos faça chorar,
  • 6:09 - 6:12
    quero que se envolvam,
    e não que se entretenham.
  • 6:12 - 6:14
    O entretenimento não é uma coisa má
  • 6:14 - 6:16
    mas quero que a música
    seja mais do que isso.
  • 6:16 - 6:21
    Infelizmente, a música,
    nos últimos 50 anos, ou mais,
  • 6:21 - 6:26
    tem vindo a estreitar-se desta
    enorme pletora de sentimentos e emoções
  • 6:26 - 6:30
    para meia dúzia de acordes
    e muitos poucos termos musicais
  • 6:30 - 6:34
    que repetimos vezes sem conta
    há 50 anos ou mais.
  • 6:35 - 6:40
    Não podemos culpar
    apenas os músicos por isso.
  • 6:40 - 6:44
    Qual é a outra palavra que vem à cabeça
    quando dizemos "entretenimento"?
  • 6:44 - 6:46
    "Indústria", não é?
  • 6:47 - 6:50
    A certa altura, começamos
    a olhar para a música
  • 6:51 - 6:55
    mais como uma mercadoria
    que pode ser vendida
  • 6:55 - 7:00
    do que a olhar para a música
    como uma coisa que tem valor artístico.
  • 7:00 - 7:02
    A certa altura,
  • 7:02 - 7:05
    quando começamos a pensar na música
    como uma coisa que tem que ser vendida,
  • 7:05 - 7:09
    o nosso objetivo é vender
    tantas unidades quantas possível
  • 7:09 - 7:11
    porque é a única maneira
    de termos lucros.
  • 7:13 - 7:16
    O que é que podemos vender facilmente?
  • 7:16 - 7:21
    Podemos vender aquilo que não leva
    muito tempo a ser absorvido.
  • 7:21 - 7:23
    Por isso, vou usar
    um exemplo muito simples,
  • 7:23 - 7:25
    talvez nem muito apropriado.
  • 7:25 - 7:27
    Imaginem que estão com fome.
  • 7:27 - 7:29
    Trazem-vos uma fatia de pizza.
  • 7:30 - 7:35
    ou vocês têm este conjunto maravilhoso,
    fresco, direitinho do mercado,
  • 7:35 - 7:39
    vegetais nutritivos e saudáveis
    e tudo aquilo de que precisam.
  • 7:39 - 7:42
    Dentro de meia hora
    podem sentar-se e comer.
  • 7:42 - 7:44
    Têm que preparar a refeição.
  • 7:44 - 7:46
    O que é que vai acontecer?
    Já sabemos.
  • 7:46 - 7:48
    Escolhem a fatia de pizza
    porque estão com fome.
  • 7:48 - 7:50
    Vão satisfazer a vossa necessidade.
  • 7:50 - 7:53
    É isso que a indústria da música
    faz connosco, com a música.
  • 7:53 - 7:55
    Proporcionam-nos
    uma satisfação rápida,
  • 7:55 - 7:57
    Não temos que pensar nisso,
    não temos que analisá-lo.
  • 7:58 - 8:00
    Engolimo-lo e ficamos
    felizes e satisfeitos.
  • 8:01 - 8:03
    Vocês sabem o que isso
    vai fazer à vossa dieta,
  • 8:03 - 8:06
    se continuarem a comer pizza dia após dia.
  • 8:06 - 8:07
    Sabemos que não é bom para nós,
  • 8:07 - 8:11
    mas continuamos a fazê-lo
    por causa da magia do "marketing"
  • 8:11 - 8:13
    e de tudo o que a indústria sabe fazer.
  • 8:14 - 8:20
    O meu ponto de vista
    é que, sim, a indústria é uma coisa boa,
  • 8:20 - 8:23
    sim, a música que ouvimos é divertida,
  • 8:23 - 8:26
    mas não vejamos a música
    apenas como entretenimento,
  • 8:26 - 8:28
    apenas como um bem
    que pode ser comercializado.
  • 8:28 - 8:33
    Quase parece que estamos a avaliar
    a música por meios não musicais.
  • 8:33 - 8:35
    Estamos a dizer:
    "Quanto é que podemos vender?"
  • 8:35 - 8:37
    em vez de dizermos:
    "Até que ponto isto é bom?"
  • 8:37 - 8:42
    Esta dualidade, este tipo de visão
    da música como duas coisas diferentes
  • 8:43 - 8:44
    faz-me pensar no "design".
  • 8:45 - 8:47
    A sério, quando eu estava a pensar
    nestas três palavras,
  • 8:47 - 8:51
    "design" — pensei, porque não "arte"?
  • 8:52 - 8:55
    Faria uma sigla muito gira:
    TEA Talk, não era?
  • 8:56 - 9:00
    Descontraímos, bebemos chá, falamos,
    em oposição a TEDTalk.
  • 9:00 - 9:04
    Infelizmente, é "design"
    — infelizmente não, mas é assim.
  • 9:05 - 9:06
    O que é o "design"?
  • 9:07 - 9:09
    Qual é a diferença entre arte e "design"?
  • 9:09 - 9:11
    O "design" serve dois amos.
  • 9:12 - 9:17
    Tem que ser agradável esteticamente
    e também tem que ser funcional.
  • 9:18 - 9:21
    Parece que tudo aquilo de que
    temos falado sobre multitarefas
  • 9:21 - 9:26
    também se exprime nessa ideia de arte:
    de que temos que satisfazer duas coisas.
  • 9:27 - 9:31
    Vejo aqui muitos estudantes,
    por isso vou fazer-vos uma pergunta:
  • 9:31 - 9:35
    quantos de vocês estiveram envolvidos
    com música no secundário?
  • 9:36 - 9:39
    Muito bem, é uma boa escola.
  • 9:39 - 9:44
    Quantos de vocês estiveram
    envolvidos com a ideia:
  • 9:45 - 9:48
    "Isto vai ajudar a minha
    candidatura à faculdade?"
  • 9:48 - 9:50
    Não sejam tímidos. Ninguém vos vê.
    Mas eu vejo.
  • 9:51 - 9:53
    Quantos de vocês pensaram:
  • 9:53 - 9:55
    "Será bom para a minha
    candidatura à faculdade
  • 9:55 - 9:57
    "eu tocar música na orquestra?"
  • 9:57 - 9:59
    Ninguém? Ok.
  • 9:59 - 10:01
    Eu sei, eu ensino estudantes que dizem:
  • 10:01 - 10:06
    "Eu devia ter música, porque vai ajudar
    a minha candidatura à faculdade
  • 10:06 - 10:09
    "mostrar que me interesso
    por coisas diferentes, etc.".
  • 10:09 - 10:14
    Estou abomino essa ideia
    de tentar provar que a música
  • 10:14 - 10:18
    é uma coisa necessária
    para ser um bom aluno de matemática.
  • 10:18 - 10:20
    Através da investigação,
  • 10:20 - 10:23
    sabemos que, se estudarmos música,
    se nos envolvermos com a música,
  • 10:23 - 10:27
    isso contribuirá para o desenvolvimento
    emocional e intelectual em criança.
  • 10:28 - 10:32
    Sabemos isso há séculos,
    mas agora a ciência também o prova.
  • 10:32 - 10:34
    Quantas vezes lemos um romance
  • 10:34 - 10:37
    com a ideia de que vai
    melhorar a nossa investigação?
  • 10:37 - 10:41
    Pode ser, mas essa não é a razão principal
    para lermos um romance.
  • 10:41 - 10:42
    Quando estudam física,
  • 10:42 - 10:45
    vocês estudam física porque querem
    ser um bom atleta?
  • 10:45 - 10:47
    Não!
  • 10:47 - 10:50
    Vocês estudam física
    por causa do estudo da física
  • 10:50 - 10:52
    e daquilo de bom que obtemos daí.
  • 10:52 - 10:54
    Façamos da música aquilo que ela é.
  • 10:54 - 10:57
    Estudar a música pela música,
    pela beleza da estética
  • 10:57 - 11:00
    e para compreender
    como funciona com as outras pessoas,
  • 11:00 - 11:03
    para trabalhar, para criar música,
    com outras pessoas, etc.
  • 11:03 - 11:06
    Não estudemos música
    por causa de outra coisa qualquer.
  • 11:07 - 11:09
    Algumas tendências em que reparei
  • 11:09 - 11:11
    e que, espero, consiga partilhar convosco
  • 11:11 - 11:16
    é que estamos sempre desligados
  • 11:16 - 11:18
    e menos envolvidos com a música.
  • 11:19 - 11:24
    Vemos a música como uma coisa simples,
    uma coisa que é divertida e entretém,
  • 11:24 - 11:27
    e não tentamos aprofundar a música.
  • 11:27 - 11:31
    A música é reduzida
    a um conjunto muto simples de regras,
  • 11:31 - 11:34
    em oposição a toda a beleza
    que ela pode ter.
  • 11:35 - 11:38
    Também vemos, dada a forma
    como funciona a indústria,
  • 11:38 - 11:42
    que a diversidade não está presente
    como gostaríamos que estivesse.
  • 11:43 - 11:46
    Eu cresci num país
    onde, num raio de 130 km,
  • 11:46 - 11:51
    eu podia ouvir sete, oito
    línguas diferentes
  • 11:51 - 11:55
    e ouvir música de sete, oito
    tipos de culturas diferentes.
  • 11:56 - 11:58
    Quando cheguei aos EUA,
  • 11:58 - 12:02
    não tinha a menor hipótese
    de encontrar outras músicas na rádio
  • 12:02 - 12:04
    a não ser canções populares.
  • 12:05 - 12:07
    Não ouvia nada em francês,
  • 12:07 - 12:11
    não ouvia nada sem ser em inglês,
  • 12:11 - 12:13
    e sentia falta disso.
  • 12:14 - 12:17
    O que é que vamos fazer quanto a isso?
  • 12:17 - 12:19
    Quais são os passos que podemos dar
  • 12:19 - 12:22
    a fim de tornar a música
    relevante na nossa vida?
  • 12:22 - 12:27
    Primeiro que tudo, dado o meu historial
    de executante, de professor,
  • 12:27 - 12:29
    penso que o primeiro passo
  • 12:29 - 12:31
    é envolver muitas pessoas
    como nós na música.
  • 12:32 - 12:35
    É muito fácil envolvermo-nos
    com a música em qualquer idade.
  • 12:35 - 12:37
    Pais e futuros pais,
  • 12:37 - 12:41
    vocês podem começar a levar os filhos
    a sessões de música, logo aos três meses.
  • 12:41 - 12:45
    Depois, vocês sabem
    o que passaram na escola básica:
  • 12:45 - 12:47
    comecem a tocar música, procurem lições.
  • 12:47 - 12:49
    Depois, quando chegam
    à vossa idade, à faculdade,
  • 12:50 - 12:51
    é talvez a altura mais difícil,
  • 12:51 - 12:54
    porque há muitas coisas
    a passar-se na vossa vida,
  • 12:54 - 12:57
    e é difícil encontrar algum tempo
    para envolver a música.
  • 12:57 - 12:59
    Bom, tentem, sei que é difícil mas tentem.
  • 12:59 - 13:01
    Por outro lado, se forem
    músicos profissionais,
  • 13:02 - 13:04
    devem sair e procurar audiências:
  • 13:04 - 13:06
    não esperem que as audiências
    vão ter convosco.
  • 13:06 - 13:09
    Saiam, vão às escolas, vão às bibliotecas.
  • 13:09 - 13:11
    É aí que vamos criar
    as audiências para amanhã.
  • 13:12 - 13:16
    Enquanto educadores,
    precisamos de criar competências
  • 13:16 - 13:19
    para que as pessoas apreciem
    a música por si mesmas
  • 13:19 - 13:23
    em vez de esperar que a indústria
    vos dê a resposta certa
  • 13:23 - 13:25
    para o tipo de música que devem ouvir
  • 13:25 - 13:27
    ou qual é a qualidade na música.
  • 13:27 - 13:31
    E, por fim, devemos tentar abrir
    os olhos e abrir os ouvidos
  • 13:32 - 13:36
    e incluir tantas culturas diferentes
    e tantos tipos diferentes de música,
  • 13:36 - 13:39
    quantos os diferentes géneros
    no nosso reportório.
  • 13:40 - 13:44
    O meu ponto de vista não era tornar
    isto num grito de guerra pela minha causa
  • 13:44 - 13:49
    mas não consigo evitá-lo,
    tenho que o fazer.
  • 13:49 - 13:53
    Gostava de vos deixar com dois desafios:
  • 13:53 - 13:59
    Um é, se não estão envolvidos
    na música, envolvam-se na música.
  • 13:59 - 14:02
    Vai tornar-nos uma pessoa
    mais feliz, sem dúvida alguma.
  • 14:03 - 14:08
    Se estão envolvidos na música,
    levem outros convosco, partilhem
  • 14:08 - 14:11
    e falem sobre os benefícios e a beleza
    que obtêm através da música.
  • 14:11 - 14:16
    Por fim, sei que,
    nas próximas quatro horas,
  • 14:16 - 14:19
    todos vocês vão sair
    com os auscultadores postos,
  • 14:19 - 14:22
    vão ligar o rádio do carro,
    o que quer que seja.
  • 14:23 - 14:25
    O meu desafio é este,
  • 14:25 - 14:30
    antes de procurarem um posto
    ou antes de escolherem na lista
  • 14:30 - 14:31
    interroguem-se:
  • 14:31 - 14:34
    "Terei coragem suficiente
    de tentar uma coisa diferente,
  • 14:34 - 14:37
    "de ouvir um tipo diferente de música?"
  • 14:37 - 14:38
    Obrigado.
  • 14:38 - 14:41
    (Aplausos)
Title:
Como será o futuro da música? | Petar Kodzas | TEDxUniversityofRochester
Description:

Petar explora o que significa ser músico no século XXI.

O guitarrista Peter Kodzas passou os últimos 25 anos do século a partilhar o seu amor pela música com estudantes e audiências, pelos EUA e pela Europa. O seu objetivo enquanto executante, educador e administrador é tornar a música relevante na vida das pessoas, independentemente da idade ou da experiência prévia. Depois de trabalhar durante 19 anos na Faculdade de Guitarra da Escola de Música da Comunidade Eastman, a partir de julho de 2017, o Dr. Kodzas vai começar o seu mandato como Deão associado na mesma escola.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:43

Portuguese subtitles

Revisions