< Return to Video

Quando é que a água se pode beber? — Mia Nacamulli

  • 0:08 - 0:10
    Reparem na água deste copo.
  • 0:10 - 0:14
    Um recurso refrescante e hidratante,
    indispensável à nossa sobrevivência.
  • 0:14 - 0:16
    Mas antes de beberem um gole,
  • 0:16 - 0:18
    como sabemos que a água aqui dentro
  • 0:18 - 0:21
    está isenta de organismos
    causadores de doenças
  • 0:21 - 0:23
    e de agentes poluentes?
  • 0:23 - 0:26
    Uma em dez pessoas, no mundo inteiro,
    não podem ter a certeza
  • 0:26 - 0:28
    de que a sua água é potável
    e podem bebê-la em segurança.
  • 0:28 - 0:30
    Porque é que isso acontece?
  • 0:31 - 0:33
    Um saneamento inadequado,
  • 0:33 - 0:35
    a fraca proteção das fontes
    de abastecimento da água,
  • 0:35 - 0:37
    e uma higiene imprópria
  • 0:37 - 0:40
    levam a águas contaminadas
    por esgotos e por fezes.
  • 0:40 - 0:43
    Isso é o local ideal para a cultura
    de bactérias perigosas,
  • 0:43 - 0:46
    vírus e parasitas.
  • 0:46 - 0:49
    Os efeitos desses agentes patogénicos
    são alarmantes.
  • 0:49 - 0:53
    As diarreias provocadas por água insalubre
    são uma das principais causas de morte
  • 0:53 - 0:56
    de crianças com menos de cinco anos,
    no mundo inteiro.
  • 0:56 - 0:59
    Segundo o relatório da ONU, de 2010,
  • 0:59 - 1:01
    as doenças provocadas
    por micróbios contidos na água
  • 1:01 - 1:04
    matam mais pessoas por ano
    do que a guerra.
  • 1:06 - 1:09
    Processos adequados de tratamento,
    contudo, podem eliminar essas ameaças.
  • 1:10 - 1:12
    Habitualmente, compõem-se de três partes:
  • 1:12 - 1:13
    sedimentação,
  • 1:13 - 1:14
    filtração
  • 1:14 - 1:15
    e desinfeção.
  • 1:15 - 1:18
    Depois de recolhida a água
    numa estação de tratamento,
  • 1:18 - 1:20
    procede-se à sua limpeza.
  • 1:20 - 1:23
    O primeiro passo, a sedimentação,
    leva tempo.
  • 1:23 - 1:25
    A água repousa calmamente,
  • 1:25 - 1:28
    permitindo que as partículas
    mais pesadas assentem no fundo.
  • 1:28 - 1:31
    Mas, frequentemente,
    as partículas são demasiado pequenas
  • 1:31 - 1:33
    para serem removidas
    apenas através da sedimentação
  • 1:33 - 1:35
    e precisam de ser filtradas.
  • 1:35 - 1:38
    A gravidade puxa a água para baixo,
    através de camadas de areia
  • 1:38 - 1:41
    que apanham as partículas restantes
    nos seus poros,
  • 1:41 - 1:44
    preparando a água
    para o tratamento final,
  • 1:44 - 1:46
    uma dose de desinfetante.
  • 1:46 - 1:49
    Misturam-se químicos,
    formas primárias de cloro e ozono
  • 1:49 - 1:52
    para matar quaisquer agentes patogénicos
  • 1:52 - 1:55
    e desinfetar as tubagens
    e os sistemas de armazenagem.
  • 1:55 - 1:59
    O cloro é extremamente eficaz
    para destruir os organismos vivos na água
  • 1:59 - 2:01
    mas o seu uso é regulamentado pelo governo
  • 2:02 - 2:05
    porque tem subprodutos químicos
    potencialmente prejudiciais.
  • 2:05 - 2:09
    Se ocorre um desequilíbrio de cloro
    durante o processo de desinfeção,
  • 2:09 - 2:12
    pode desencadear outras reações químicas.
  • 2:12 - 2:15
    Por exemplo, os níveis
    de subprodutos do cloro,
  • 2:15 - 2:19
    como os trialometanos, podem disparar,
    provocando a corrosão das tubagens
  • 2:19 - 2:23
    e a libertação de ferro, cobre
    e chumbo na água potável.
  • 2:25 - 2:28
    A contaminação da água
    por estas e outras origens,
  • 2:28 - 2:31
    incluindo a lixiviação,
    o uso de químicos e os escoamentos,
  • 2:31 - 2:34
    tem sido ligada a efeitos
    sobre a saúde a longo prazo,
  • 2:34 - 2:35
    como o cancro,
  • 2:35 - 2:38
    doenças cardiovasculares e neurológicas
  • 2:38 - 2:39
    e abortos.
  • 2:39 - 2:41
    Infelizmente, é difícil
  • 2:41 - 2:45
    analisar os reais riscos
    da água contaminada por químicos.
  • 2:45 - 2:48
    Por isso, embora seja certo
    que os desinfetantes a tornem mais segura
  • 2:48 - 2:51
    eliminando os agentes patogénicos
    que provocam doenças,
  • 2:51 - 2:53
    os especialistas ainda têm
    que determinar o âmbito
  • 2:53 - 2:56
    dos impactos do coquetel químico
    na água que bebemos
  • 2:56 - 2:58
    sobre a saúde humana.
  • 2:59 - 3:02
    Como podemos saber se a água
    a que temos acesso,
  • 3:02 - 3:04
    quer seja da torneira ou não,
  • 3:04 - 3:05
    se pode beber?
  • 3:05 - 3:07
    Primeiro, se estiver turva demais,
  • 3:07 - 3:09
    apresentar vestígios
    de compostos orgânicos,
  • 3:09 - 3:14
    ou de metais de alta densidade,
    como o arsénico, o crómio ou o chumbo,
  • 3:14 - 3:17
    essa água é imprópria para consumo.
  • 3:17 - 3:20
    Grande parte dos contaminantes,
    como o chumbo ou o arsénico,
  • 3:20 - 3:22
    não são visíveis sem análises,
  • 3:22 - 3:24
    mas alguns indícios,
    como a turvação,
  • 3:24 - 3:26
    uma coloração castanha ou amarela,
  • 3:26 - 3:27
    um cheiro desagradável,
  • 3:28 - 3:30
    ou um odor exagerado a cloro
  • 3:30 - 3:32
    podem indicar a necessidade
    de investigar melhor.
  • 3:32 - 3:35
    Os kits de teste para a água
    podem ir mais além
  • 3:35 - 3:36
    e confirmar a presença
  • 3:36 - 3:39
    de muitos contaminantes
    e químicos diferentes.
  • 3:40 - 3:42
    Com muitos tipos de contaminantes,
  • 3:42 - 3:44
    há formas de tratar a água
    no local onde é usada
  • 3:44 - 3:46
    em vez de junto da sua origem.
  • 3:46 - 3:49
    Já existe há milhares de anos
    uma forma de tratamento
  • 3:49 - 3:50
    no local de utilização.
  • 3:50 - 3:54
    Os antigos egípcios eliminavam
    contaminantes orgânicos
  • 3:54 - 3:55
    com o calor do sol.
  • 3:56 - 3:59
    E, na Grécia antiga, Hipócrates
    concebeu um saco
  • 3:59 - 4:02
    que retinha os sedimentos
    de mau paladar da água.
  • 4:02 - 4:06
    Hoje, os processos no local de utilização
    envolvem a ionização,
  • 4:06 - 4:08
    para baixar o conteúdo de minerais.
  • 4:08 - 4:10
    Também usam a filtração por adsorção,
  • 4:10 - 4:13
    em que um material poroso,
    chamado carvão ativado,
  • 4:13 - 4:18
    força a água a eliminar
    contaminantes e subprodutos químicos.
  • 4:18 - 4:21
    Embora nem sempre seja uma solução
    eficaz a longo prazo,
  • 4:21 - 4:25
    o tratamento no local de utilização
    é portátil, fácil de instalar e adaptável.
  • 4:26 - 4:29
    Nas regiões onde não existem
    sistemas de grande escala
  • 4:29 - 4:32
    ou onde a água é contaminada
    ao longo do seu percurso posterior,
  • 4:32 - 4:36
    esses sistemas podem significar
    a diferença entre a vida e a morte.
  • 4:37 - 4:40
    A água potável é um recurso precioso
    e frequentemente escasso.
  • 4:40 - 4:45
    Há quase 800 milhões de pessoas
    que ainda não lhe têm acesso regular.
  • 4:45 - 4:48
    Felizmente, os progressos continuados
    no tratamento da água
  • 4:48 - 4:51
    tanto a uma grande escala
    como numa escala pequena,
  • 4:51 - 4:53
    podem minimizar muitas
    das situações perigosas.
  • 4:53 - 4:56
    A implementação de sistemas
    adequados onde necessários
  • 4:56 - 4:59
    e a atenção prestada aos que
    já estão implementados
  • 4:59 - 5:02
    assegurarão uma das necessidades
    mais básicas dos seres humano.
Title:
Quando é que a água se pode beber? — Mia Nacamulli
Description:

Vejam a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/when-is-water-safe-to-drink-mia-nacamulli

A água é um hidratante refrescante indispensável à nossa sobrevivência. Mas a água potável é um recurso precioso e frequentemente escasso — há quase 800 milhões de pessoas que ainda não lhe têm acesso regular. Porque é que isso acontece? Como podemos saber se a água a que temos acesso — seja saída de uma torneira ou não — se pode beber? Mia Nacamulli examina a contaminação da água e o seu tratamento.

Lição de Mia Nacamulli, animação de Rooftop Animation.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:24

Portuguese subtitles

Revisions