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A próxima geração de arquitectos e projectistas africanos

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    A viajem mais longa que eu já fiz
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    foi em 2002.
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    Eu tinha apenas 19 anos.
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    Foi a primeira vez que andei de avião
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    e a primeira vez que saí do meu país,
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    o Ruanda.
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    Tive que me mudar para
    mil quilómetros de distância
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    para seguir um sonho.
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    Um sonho que tinha desde criança.
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    Esse sonho era ser arquitecto.
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    Na altura, isso era impossível,
    no meu país.
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    Não havia escolas de arquitectura.
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    Então, quando ganhei uma bolsa
    para estudar na China,
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    deixei a minha vida e a minha família para trás
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    e mudei-me para Xangai.
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    Foi uma época incrível.
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    Este país estava a passar por um
    grande crescimento de construção.
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    Xangai, o meu novo lar,
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    estava a transformar-se rapidamente
    numa cidade de arranha-céus.
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    A China estava a mudar.
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    Faziam-se projectos de classe mundial para
    transmitir uma imagem de desenvolvimento.
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    Havia maravilhas modernas e notáveis
    de engenharia em toda a parte.
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    Mas, por detrás dessas fachadas,
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    só a exploração de um grande número
    de trabalhadores imigrantes
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    e a deslocação maciça de
    milhares de pessoas
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    tornavam possível esse trabalho.
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    Esse desenvolvimento a passo rápido
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    também contribuía significativamente
    para a poluição
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    que assombra a China hoje em dia.
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    Avançando para 2010,
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    quando retornei ao Ruanda
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    encontrei padrões de desenvolvimento
    iguais aos que vira na China.
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    O país estava, e ainda está a experimentar
    um crescimento económico e populacional.
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    A pressão para construir cidades,
    infraestruturas e edifícios
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    está no auge.
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    Como resultado,
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    também há um crescimento maciço
    de construções.
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    Esta é a realidade em todo
    o continente africano,
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    e aqui está o porquê.
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    Em 2050, a população de África duplicará,
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    chegando a 2500 milhões de pessoas.
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    Nessa altura,
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    a população africana
    será ligeiramente inferior
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    à população actual
    da China e da Índia combinadas.
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    As infraestruturas e construções
    necessárias para acomodar essas pessoas
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    não têm precedente
    na história da humanidade.
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    Nós estimamos que em 2050,
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    temos que construir mais 700 milhões
    de unidades de alojamento,
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    mais de 300 mil escolas
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    e perto de 100 mil centros de saúde.
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    Vou colocar isso em perspectiva.
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    Todos os dias, nos próximos 35 anos,
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    temos de construir 7 centros de saúde,
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    25 escolas
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    e quase 60 mil unidades
    de alojamento por dia,
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    todos os dias.
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    Como é que vamos construir tudo isso?
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    Vamos seguir um modelo insustentável
    de construção e de edifícios
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    similar ao que testemunhei na China?
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    Ou podemos desenvolver um
    modelo exclusivamente africano
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    de desenvolvimento
    sustentável e equitativo?
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    Estou optimista de que podemos.
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    Conheço africanos que já estão a fazê-lo.
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    Vejam o arquitecto nigeriano
    Kunlé Adeyemi, por exemplo,
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    e o seu trabalho nos bairros de lata
    das megacidades costeiras.
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    Lugares como Makoko em Lagos,
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    onde milhares de pessoas vivem em
    estruturas improvisadas em palafitas
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    sobre a água,
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    sem infraestruturas nem
    serviços públicos.
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    Uma comunidade em grande risco da
    subida do nível do mar
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    e da alteração climática.
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    Mesmo assim, as pessoas que ali vivem
    são exemplos de grande engenho
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    e vontade de sobreviver.
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    Kunlé e a sua equipa projectaram
    um protótipo de escola
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    que é resistente à subida do nível do mar.
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    Esta é a Escola Makoko.
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    É uma estrutura protótipo flutuante
    que pode ser adaptada para clínicas,
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    para habitações, para mercados
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    e outras infraestruturas vitais
    de que esta comunidade precisa.
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    É uma solução engenhosa
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    que pode garantir a segurança da vida
    desta comunidade nas águas de Lagos.
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    Este é Francis Kéré.
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    Ele trabalha no seu país de origem,
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    Burkina Faso.
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    Kéré e a sua equipa
    têm desenhado projectos
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    que usam técnicas
    de construção tradicionais.
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    Kéré e a sua equipa
    trabalhando nas comunidades
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    desenvolveram protótipos de escolas
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    em que toda a comunidade
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    — tal como em todos os projetos
    nas aldeias deste país —
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    se reúne para construir.
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    As crianças trazem pedras
    para os alicerces,
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    as mulheres trazem água
    para o fabrico de tijolos,
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    e todos trabalham juntos
    para bater o chão de barro.
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    Trabalhando com a comunidade
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    Kéré e a sua equipa criaram
    projectos que funcionam melhor,
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    com iluminação adequada
    e ventilação adequada,
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    projetos apropriados para
    este contexto em particular
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    e também muito bonitos.
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    Nos últimos 7 anos,
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    tenho trabalhado como arquitecto
    na MASS Design Group.
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    É uma firma de "design"
    que começou em Ruanda.
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    Nós trabalhamos em vários
    países em África,
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    focando-nos neste modelo
    mais equitativo e sustentável
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    de prática arquitectónica.
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    Maláui é um desses países.
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    É um país com paisagens
    lindas e remotas
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    com montanhas de pico alto
    e vales férteis.
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    Mas também tem uma das piores
    taxas de mortalidade materna no mundo.
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    Uma mulher grávida em Maláui
    ou dá à luz em casa
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    ou tem de fazer uma viagem muito
    longa até à clínica mais próxima.
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    Uma entre 36 destas mães
    morre durante o parto.
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    Em Maláui,
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    com a nossa equipa em MASS Design Group,
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    criámos a Maternidade de
    Espera da Aldeia Kasungo.
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    É um lugar onde as mulheres vêm
    6 semanas antes da data do parto.
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    Aqui elas recebem cuidados pré-natais
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    e formação em nutrição
    e planeamento familiar.
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    Ao mesmo tempo, formam uma comunidade
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    com outras futuras mães
    e as suas famílias.
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    O projecto da Maternidade
    de Espera da Aldeia Kasungo
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    imita as tipologias vernáculas
    das aldeias de Maláui
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    e é construído com materiais
    e técnicas muito simples.
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    Os blocos de terra que usámos foram
    feitos a partir do solo do local.
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    Isso reduz a pegada
    de carbono do edifício,
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    mas principalmente,
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    fornece um espaço seguro e digno
    para essas futuras mães.
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    Estes exemplos mostram
    que arquitectura e "design"
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    têm o poder e a capacidade
    de abordar problemas complexos.
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    Mas, mais a propósito,
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    podemos desenvolver
    um modelo de soluções eficazes
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    para as nossas comunidades.
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    Mas estes exemplos não são suficientes.
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    Mais 300 exemplos não serão suficientes.
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    Precisamos de uma comunidade inteira
    de arquitectos e projectistas africanos
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    para continuar
    com mais milhares de exemplos.
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    Em Maio deste ano,
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    convocámos um simpósio sobre
    arquitectura africana em Quigali,
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    e convidámos muitos dos principais
    projectistas líderes africanos
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    e professores de arquitectura
    que trabalham em todo continente.
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    Todos tínhamos uma coisa em comum.
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    Cada um de nós estudou no estrangeiro
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    e fora de África.
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    Isto tem de mudar.
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    Se queremos desenvolver
    soluções únicas para nós,
  • 8:11 - 8:14
    em vez de tentar transformar
    Quigali em Beijing,
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    ou Lagos em Shenzhen,
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    precisamos de uma comunidade
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    que irá construir o "design" de
    confiança da próxima geração
  • 8:22 - 8:24
    de arquitectos e projectistas africanos.
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    (Aplausos)
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    Em Setembro do ano passado,
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    lançámos o Centro Africano de "Design"
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    para começar a construir essa comunidade.
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    Admitimos 11 associados
    de todo o continente.
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    É um programa de bolsas de
    "design" de 20 meses.
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    Aqui, eles estão a aprender
    a lidar com grandes desafios
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    tais como urbanismo e alteração climática,
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    como o Kunlé e a sua equipa têm feito.
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    Estão a trabalhar com comunidades
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    para desenvolver soluções e processos
    de construção inovadores,
  • 9:05 - 9:08
    como o Kéré e a sua equipa têm feito.
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    Estão a aprender a entender o impacto
    para a saúde de melhores construções
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    como nós, no MASS Design Group,
    temos investigado
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    nos últimos anos.
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    O momento glorioso destas bolsas
  • 9:20 - 9:24
    é um projecto real que eles
    planeiam e constroem.
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    Esta é a Escola Primária Ruhehe,
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    o projecto que conceberam.
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    Inseriram-se na comunidade
    para entender os problemas
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    mas também para descobrirem oportunidades,
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    como usar uma parede feita
    de pedra vulcânica local
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    transformar o campus inteiro
    num espaço de jogos e aprendizagem.
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    Avaliaram as condições ambientais
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    e desenvolveram um sistema de
    telhado que maximiza a luz do dia
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    e melhora o desempenho acústico.
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    As construções na Escola Primária
    de Ruhehe começarão este ano.
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    (Aplausos)
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    Nos próximos meses,
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    os bolseiros do Centro Africano de "Design"
    irão trabalhar de mãos dadas
  • 10:10 - 10:13
    com a comunidade
    de Ruhehe para construí-la.
  • 10:13 - 10:15
    Quando perguntámos aos bolseiros
  • 10:15 - 10:18
    o que queriam fazer depois
    do seu programa no Centro,
  • 10:19 - 10:21
    Tshepo da África do Sul disse
  • 10:21 - 10:24
    que quer iniciar esta nova forma
    de construção no seu país,
  • 10:24 - 10:28
    por isso, planeia abrir uma
    clínica privada em Joanesburgo.
  • 10:28 - 10:32
    Zani quer expandir oportunidades para
    as mulheres se tornarem engenheiras.
  • 10:33 - 10:35
    Antes de juntar-se ao Centro,
  • 10:35 - 10:37
    ela ajudou a iniciar, em Nairobi,
  • 10:37 - 10:42
    uma organização para preencher as lacunas
    para as mulheres em campos de engenharia,
  • 10:42 - 10:45
    e espera levar esse
    movimento para toda a África,
  • 10:45 - 10:47
    eventualmente, para o mundo inteiro.
  • 10:48 - 10:50
    Moses, do Sudão do Sul,
  • 10:50 - 10:52
    o país mais novo do mundo,
  • 10:52 - 10:55
    quer abrir a primeira escola politécnica
  • 10:55 - 11:00
    que irá ensinar as pessoas como construir
    usando materiais locais do seu país.
  • 11:02 - 11:06
    Moses teve de ser determinado
    para se tornar um arquitecto.
  • 11:06 - 11:09
    A guerra civil no seu país
    interrompeu frequentemente
  • 11:09 - 11:12
    a sua formação de arquitectura.
  • 11:12 - 11:16
    Na altura em que se candidatou
    para o Centro de Design Africano,
  • 11:16 - 11:18
    nós podíamos ouvir o tiroteio
  • 11:18 - 11:21
    como ruído de fundo
    da chamada de entrevista.
  • 11:22 - 11:24
    Mas mesmo no meio desta guerra civil,
  • 11:25 - 11:27
    Moses persegue esta ideia
  • 11:27 - 11:32
    de que a arquitectura pode ser o caminho
    para voltar a reunir comunidades.
  • 11:33 - 11:36
    Vocês têm de inspirar-se
    na fé destes bolseiros
  • 11:36 - 11:39
    que arquitecturas distintas
    podem fazer a diferença
  • 11:39 - 11:41
    em como se constrói o futuro de África.
  • 11:43 - 11:46
    Não se pode ignorar o crescimento
    sem precedentes de África.
  • 11:47 - 11:51
    Imaginem as futuras cidades de África,
  • 11:51 - 11:53
    não como favelas grandes,
  • 11:53 - 11:55
    mas como os locais mais resistentes
  • 11:56 - 11:58
    e mais socialmente inclusivos na terra.
  • 11:59 - 12:01
    Isto é alcançável.
  • 12:02 - 12:06
    Nós temos o talento para
    tornar isso uma realidade.
  • 12:06 - 12:10
    Mas a viajem para preparar
    esse talento para a tarefa à nossa frente,
  • 12:10 - 12:12
    tal como a minha própria jornada,
  • 12:12 - 12:14
    é demasiado longa.
  • 12:15 - 12:19
    Para a próxima geração
    de líderes africanos criativos,
  • 12:19 - 12:23
    temos de reduzir
    e simplificar essa viajem.
  • 12:23 - 12:25
    Mas, mais importante
  • 12:25 - 12:27
    — nunca me canso de sublinhar —
  • 12:27 - 12:29
    temos de construir
    o seu "design" de confiança
  • 12:29 - 12:33
    e habilitá-los para desenvolver soluções
    que sejam verdadeiramente africanas
  • 12:33 - 12:36
    mas inspiradas globalmente.
  • 12:36 - 12:37
    Muito obrigado.
  • 12:37 - 12:41
    (Aplausos)
Title:
A próxima geração de arquitectos e projectistas africanos
Speaker:
Christian Benimana
Description:

Christian Benimana quer construir uma rede de arquitectos que possam ajudar as cidades em expansão de África a prosperar de forma sustentável e equitativa — equilibrando o crescimento com valores que sejam exclusivamente africanos. Da Nigéria a Burkina Faso e não só, ele partilha exemplos de arquitectura reunindo as comunidades. Um movimento pan-africano de arquitectos, projectistas e engenheiros no continente e na diáspora está a aprender e a inspirar-se. Benimana convida-nos a imaginar futuras cidades africanas como os lugares mais resistentes e socialmente inclusivos na Terra.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:57

Portuguese subtitles

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