Como ajudar a salvar a borboleta-monarca, e o planeta
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0:01 - 0:02Olá.
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0:02 - 0:06Costumo dizer que gostaria
que as borboletas falassem, -
0:06 - 0:08mas recentemente tenho reconsiderado isso;
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0:08 - 0:11já temos um mundo barulhento demais.
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0:11 - 0:15Já imaginaram se as borboletas
tagarelassem por todo o lado? -
0:16 - 0:18Mas gostaria de lhes perguntar uma coisa:
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0:18 - 0:24qual é o significado de algumas histórias
que os humanos contam sobre elas? -
0:24 - 0:30Porque, em todo o mundo, as culturas
contam histórias e mitologias similares -
0:30 - 0:33que dizem que as borboletas
tem a ver com a alma humana. -
0:33 - 0:36Algumas culturas afirmam que as borboletas
carregam as almas das crianças -
0:36 - 0:39que morreram injustamente ou muito cedo,
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0:39 - 0:44outras culturas afirmam que as borboletas
abrigam as almas de nossos ancestrais. -
0:44 - 0:48Esta borboleta chama-se Kallima inachus.
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0:48 - 0:50De um lado, ela parece borboleta,
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0:50 - 0:52do outro lado, parece uma folha.
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0:52 - 0:55Ela se dobra como uma folha
para enganar predadores. -
0:55 - 0:57Por isso, ora a vemos, ora não,
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0:57 - 0:58algo oculto, algo revelado.
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0:58 - 1:02Talvez nossas ideias sobre a alma humana
tenham surgido desta borboleta. -
1:03 - 1:07Por isso, é possível que borboletas
exerçam uma função sublime -
1:07 - 1:09na nossa vida após a morte.
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1:09 - 1:14Mas nesta vida, neste mundo, as borboletas
se encontram realmente em sério risco. -
1:14 - 1:16Esta é uma mariposa.
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1:16 - 1:19A mariposa é parente das borboletas
e costuma voar à noite. -
1:19 - 1:23Esta se chama "praedicta",
porque Darwin predisse que ela existe. -
1:25 - 1:29Hoje, mais de 60 espécies
de borboletas estão em perigo -
1:29 - 1:32ao redor do mundo, mas, mais que isso,
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1:32 - 1:35o número de insetos está declinando.
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1:35 - 1:40Nos últimos 50 anos, perdemos
cerca de 50% do total de insetos. -
1:41 - 1:43Ora, isso é um desastre.
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1:43 - 1:48Pode nos impactar de forma mais séria,
mais rápida do que as mudanças climáticas. -
1:48 - 1:53Embora as borboletas não façam muito
no ecossistema do qual dependemos, -
1:53 - 1:57elas são úteis para outros seres
dos quais nós dependemos. -
1:57 - 1:59O mesmo para toda a vida dos insetos,
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2:00 - 2:04que está na base dos nossos
sistemas de suporte à vida. -
2:04 - 2:06Não podemos perder esses insetos.
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2:07 - 2:10A biodiversidade ao redor do mundo
está em amplo declínio. -
2:11 - 2:16Perda de habitat, pesticidas, herbicidas
e impactos das mudanças climáticas. -
2:16 - 2:20Perda de habitat é muito sério,
e é nisso que precisamos começar -
2:20 - 2:23a progredir mais conscientemente.
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2:25 - 2:27Esse é o pior momento,
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2:27 - 2:29estamos sobrecarregados de problemas.
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2:29 - 2:32Esse é também o melhor
momento, há ótimas notícias. -
2:32 - 2:34Temos exatamente o que precisamos:
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2:34 - 2:37uma plataforma para salvar a natureza,
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2:37 - 2:39denominada Ciência Cidadã,
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2:39 - 2:44um termo usado para designar
pessoas sem doutorado -
2:44 - 2:46que contribuem para a pesquisa científica.
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2:46 - 2:48Às vezes é chamada ciência da comunidade
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2:48 - 2:51por cumprir o propósito da ciência cidadã,
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2:51 - 2:55que é trabalhar em prol do bem comum.
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2:55 - 2:56É uma ciência amadora.
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2:57 - 3:00Atualmente, vem sendo turbinada
pela ampla capacidade computacional, -
3:00 - 3:03pela análise estatística e smartphone,
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3:03 - 3:06mas essa prática é antiga,
as pessoas a fazem há muito tempo. -
3:06 - 3:08É uma ciência amadora.
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3:08 - 3:11Ciência profissional tem suas raízes
na ciência amadora. -
3:11 - 3:13Charles Darwin era um cidadão cientista.
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3:13 - 3:17Ele não tinha diplomas avançados
e trabalhou somente para si mesmo. -
3:18 - 3:22Alguém mostrou a Darwin esta
orquídea estrela de Madagascar, -
3:22 - 3:24que tem um esporão de quase 40 cm,
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3:24 - 3:28que é a parte da flor que contém o néctar.
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3:28 - 3:31Alguém mostrou isso a Darwin e disse:
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3:31 - 3:36"Isso prova que a evolução
não ocorre de maneira natural. -
3:36 - 3:41Esta flor prova que apenas Deus pode criar
esses seres incrivelmente bizarros, -
3:41 - 3:44e de aparência ardilosa na Terra,
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3:44 - 3:47pois inseto algum seria capaz
de polinizar flores como essas. -
3:47 - 3:50É Deus quem as reproduz".
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3:50 - 3:54E Darwin disse: "Não, tenho certeza
de que há um inseto em algum lugar -
3:54 - 3:59com uma probóscide longa o suficiente
para polinizar essa orquídea". -
3:59 - 4:01Ele estava certo.
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4:02 - 4:05Este é o mapa da borboleta-monarca.
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4:06 - 4:10Ela tem uma história diferente
daquela mariposa em particular, -
4:10 - 4:15mas reflete o mesmo tipo de ideia
fundamental que Darwin teve -
4:15 - 4:17chamada coevolução,
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4:17 - 4:20que está no centro
de como a natureza funciona, -
4:20 - 4:23e no centro do que está acontecendo
de errado com a natureza hoje. -
4:23 - 4:28Com o tempo, à medida que a mariposa
desenvolvia uma probóscide mais longa, -
4:28 - 4:31a planta expandia seu esporão.
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4:31 - 4:32Ao longo de milhões de anos,
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4:32 - 4:35planta e mariposa criaram uma relação
-
4:35 - 4:40que ampliava suas chances de subsistência.
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4:41 - 4:45A borboleta-monarca tem um tipo
diferente de relação de coevolução, -
4:45 - 4:48e hoje isso está no centro do que está
está dando errado para elas. -
4:48 - 4:51Este é o mapa da migração
da borboleta-monarca. -
4:52 - 4:54Ela faz algo incrível.
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4:54 - 4:59No decorrer de um ano ela
percorre toda a América do Norte. -
4:59 - 5:01Ela o faz em quatro ou cinco gerações.
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5:01 - 5:04As primeiras gerações vivem
apenas por algumas semanas. -
5:04 - 5:07Elas acasalam, põem ovos e morrem.
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5:07 - 5:12A geração seguinte surge como borboletas
e dá o próximo passo na jornada. -
5:12 - 5:14Ninguém sabe como isso acontece.
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5:14 - 5:18Na etapa em que a quinta geração
retorna, e esta vive mais tempo, -
5:18 - 5:20elas passam o inverno
no México e na Califórnia. -
5:20 - 5:22Quando chegam lá,
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5:22 - 5:26essas borboletas estão retornando ao lugar
de onde seus ancestrais partiram, -
5:26 - 5:28sem nunca terem estado lá,
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5:28 - 5:32muito menos alguém relacionado com elas.
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5:32 - 5:34Não sabemos como elas fazem isso.
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5:34 - 5:37Sabemos que elas migram assim,
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5:37 - 5:41apesar de diversas perguntas sem resposta
sobre a migração da monarca, -
5:41 - 5:43graças à ciência cidadã.
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5:43 - 5:45Por décadas, as pessoas investigaram
-
5:45 - 5:48as borboletas-monarca, como
e onde elas podem ser vistas, -
5:48 - 5:54contribuindo com essas observações
para plataformas como Journey North. -
5:55 - 6:01Este é um mapa de algumas observações
de borboletas fornecidas à Journey North. -
6:01 - 6:04Como podem ver, os pontos
escuros estão codificados -
6:04 - 6:07conforme o período do ano
em que as observações foram feitas. -
6:07 - 6:11Esta enorme quantidade de informações
surge em lugares como a Journey North, -
6:11 - 6:18possibilitando a criação de um mapa
desse período ao longo de um ano -
6:18 - 6:19com o deslocamento das monarcas.
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6:19 - 6:21Ainda graças à ciência cidadã,
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6:21 - 6:25entendemos como o total de monarcas
vem sendo reduzido drasticamente. -
6:25 - 6:29Nos anos de 1980, quando as borboletas
passaram o inverno aqui na Califórnia, -
6:29 - 6:31formaram um total de 4 milhões.
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6:31 - 6:33Em 2018, foi um total de 30 mil.
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6:33 - 6:36De 4 milhões a 30 mil desde 1980.
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6:37 - 6:41Na costa leste, estão um pouco melhor,
mas se reduzindo em número também. -
6:41 - 6:43Então, o que faremos quanto a isso?
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6:43 - 6:47Organicamente falando, ninguém
pede a ninguém para fazer nada, -
6:48 - 6:52pessoas em todo o continente estão
apoiando as borboletas-monarcas. -
6:52 - 6:55Para elas, o grande problema é a asclepia.
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6:55 - 6:57É outra relação de coevolução.
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6:57 - 7:01E aqui vai a história:
a asclepia é uma planta tóxica. -
7:01 - 7:06Contém um veneno que evoluiu para
impedir que outros insetos a comessem, -
7:06 - 7:09mas a monarca desenvolveu
um tipo diferente de relação, -
7:09 - 7:11uma estratégia diferente com a asclepia.
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7:11 - 7:14Não apenas toleram a toxina da asclepia,
-
7:14 - 7:17como retém o veneno em seu próprio corpo,
-
7:17 - 7:21se tornando venenosa para seus predadores.
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7:22 - 7:24As borboletas-monarcas põem
ovos somente nas asclepias, -
7:24 - 7:27enquanto as lagartas monarcas
comem somente asclepias, -
7:27 - 7:32porque precisam dessa toxina
para criar o que são enquanto espécie. -
7:34 - 7:38Por isso, pessoas têm plantado
asclepias por todo lugar no país, -
7:38 - 7:41onde temos perdido asclepias
devido à destruição de habitats, -
7:41 - 7:45uso de pesticidas, herbicidas e impactos
resultantes de mudanças climáticas. -
7:45 - 7:50É possível criar habitat de borboletas e
habitat polinizador em peitoril de janela. -
7:51 - 7:55Também podem visitar canteiros locais
para conhecer plantas nativas da região, -
7:55 - 7:58e levar para casa algumas plantas bonitas.
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7:58 - 8:03A ciência cidadã pode fazer muito mais
do que salvar as borboletas-monarcas. -
8:03 - 8:06Ela é capaz de representar em escala
-
8:06 - 8:10o nível exigido de ações que precisamos
mobilizar para salvar a natureza. -
8:10 - 8:13Aqui temos um exemplo,
o "City Nature Challenge", -
8:13 - 8:17que é um projeto da Academia
de Ciências da Califórnia -
8:17 - 8:21juntamente com o Museu
de História Natural de Los Angeles. -
8:21 - 8:25Por quatro anos, City Nature Challenge
tem encarregado cidades mundialmente -
8:25 - 8:29para participar da contagem
da biodiversidade delas. -
8:30 - 8:35Acumulamos cerca de um milhão
de observações da biodiversidade -
8:35 - 8:39coletadas por pessoas de toda
parte desde abril passado. -
8:39 - 8:44O destaque deste ano foi a África do Sul,
para o desgosto de San Francisco. -
8:44 - 8:45(Risos)
-
8:45 - 8:47Eles têm muito mais
diversidade do que nós. -
8:47 - 8:50É interessante perceber
o que é revelado quando observamos -
8:50 - 8:53quais são os recursos naturais
do lugar onde vivemos. -
8:53 - 8:56À medida que nos conscientizamos, queremos
viver onde há maior biodiversidade. -
8:57 - 9:00A ciência cidadã é um ótimo
instrumento de justiça social -
9:00 - 9:02e metas de justiça ambiental.
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9:02 - 9:06Para ajudar a alcançá-las, é preciso
levantar dados e elucidar o cenário, -
9:06 - 9:09fundamentar o objetivo e atingir
a raiz do problema identificado, -
9:09 - 9:12para assim contribuir com a sua solução.
-
9:13 - 9:17A City Nature Challenge devia
receber um elogio da ONU. -
9:17 - 9:23Alguma vez já existiu um esforço
global em favor da natureza -
9:23 - 9:26realizado de forma tão coordenada?
-
9:26 - 9:31Isso é incrível. É fantástico,
realmente um movimento popular. -
9:31 - 9:36Conseguimos informações interessantes
sobre borboletas e outros seres -
9:36 - 9:38quando realizamos essas "bioblitzes".
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9:38 - 9:42A City Nature Challenge trabalha
com uma ferramenta chamada iNaturalist, -
9:42 - 9:45considerada a droga de entrada
para a ciência cidadã. -
9:45 - 9:50Sugiro que o registro pessoal
seja feito num computador, -
9:50 - 9:52e o aplicativo instalado no telefone.
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9:52 - 9:58Com o aplicativo iNaturalist é possível
tirar fotos de pássaros, inseto, cobra.... -
9:58 - 10:03A função de inteligência artificial
e sistema de verificação do aplicativo, -
10:03 - 10:06se encarrega de verificar a observação.
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10:06 - 10:10O aplicativo mostra a data, a hora
a altitude e a longitude da observação -
10:10 - 10:12e fornece a sua localização geográfica.
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10:12 - 10:15Essas são as informações,
é a ciência da ciência cidadã. -
10:15 - 10:18Esses dados são então compartilhados,
-
10:18 - 10:21e esse compartilhamento
é a alma da ciência cidadã. -
10:22 - 10:24Quando compartilhamos informações,
-
10:24 - 10:27temos uma ideia muito mais clara
do que está acontecendo. -
10:27 - 10:30É impossível analisar toda
a migração da borboleta-monarca -
10:30 - 10:34sem compartilhar os dados que vêm
sendo reunidos há décadas, -
10:35 - 10:37sem ter uma ideia clara
de como a natureza opera, -
10:37 - 10:39por meio da ciência cidadã.
-
10:39 - 10:41Esta é a borboleta azul Xerces,
-
10:41 - 10:45que ficou extinta quando perdeu
o seu habitat no parque Golden Gate. -
10:45 - 10:49Ela tinha uma relação de coevolução
com uma formiga, mas é uma outra história. -
10:49 - 10:51(Risos)
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10:51 - 10:54Vou terminar pedindo
-
10:54 - 10:58que participem da ciência cidadã
de alguma maneira. -
10:59 - 11:01É algo incrível e muito positivo
-
11:02 - 11:05que precisa de um verdadeiro
exército para realmente funcionar. -
11:05 - 11:10Só quero acrescentar que as borboletas
devem ter problemas enormes -
11:10 - 11:13mesmo sem carregarem almas humanas por aí.
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11:13 - 11:14(Risos)
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11:15 - 11:17Mas há muito o que não sabemos, não é?
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11:17 - 11:20E o que todas essas histórias nos contam?
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11:20 - 11:24Talvez tenhamos coevoluído
nossas almas com as borboletas? -
11:24 - 11:29Certamente, estamos ligados às borboletas
mais profundamente do que sabemos, -
11:29 - 11:33e o mistério da borboleta jamais
será revelado se não as salvarmos. -
11:33 - 11:38Então, por favor, juntem-se a mim
para ajudar a salvar a natureza agora. -
11:39 - 11:40Obrigada.
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11:40 - 11:42(Aplausos)
- Title:
- Como ajudar a salvar a borboleta-monarca, e o planeta
- Speaker:
- Mary Ellen Hannibal
- Description:
-
As borboletas-monarcas estão morrendo a um ritmo alarmante ao redor do mundo, uma extinção iminente que também poderia colocar a vida humana em risco. No entanto, temos exatamente o que precisamos para ajudar a salvar esses insetos, afirma a autora Mary Ellen Hannibal: cidadãos cientistas. Aprenda como esses voluntários de movimentos populares estão desempenhando um papel fundamental na intervenção e resgate da população cada vez mais reduzida da borboleta-monarca. Descubra como se juntar a esses movimentos para ajudar a proteger a natureza. Você estará em boa companhia: Charles Darwin era um cidadão cientista!
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 11:56
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