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Iñigo Manglano-Ovalle in "Ecology" - Season 4 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21

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    (música surreal)
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    (música barulhenta)
    (barulho de plástico)
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    (Iñigo) Se a arte é para mim
    uma plataforma para falar,
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    mas não te dizer algo?
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    Isso é bom.
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    (pessoa falando em um idioma estrangeiro)
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    (música e barulho continuam)
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    E se essa for uma forma
    em que posso te dar uma plataforma
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    na qual você pode
    pensar e debater,
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    então é melhor ainda,
    porque, no fim das contas,
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    a arte, para mim,
    não reside no objeto.
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    Ela reside no que é dito
    sobre o objeto.
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    Toda a minha obra,
    até as mais formais, tem...
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    uma política
    por debaixo delas.
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    Mas eu não quero
    revelar a minha posição.
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    Em "Le Baiser" ou "O beijo",
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    estou limpando janelas na casa Fansworth
    de Mies van der Rohe, em Plano, Illinois.
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    A câmera exterior está sempre
    microfonada ao som do rodo no vidro.
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    E é em parte um som ambiente
    e então bastante físico.
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    O rodo guincha e sarcasticamente
    beija a residência.
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    (música relaxante)
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    Sempre que a câmera está dentro
    do painel de vidro ou dentro da casa,
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    tem uma música etérea,
    meio eletrônica
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    que vêm de um único momento de
    um solo de guitarra da banda KISS.
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    e então esse pequeno violão,
    um nanossegundo,
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    é esticado para fazer o som ou
    a trilha em todas as cenas do interior.
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    Tenho uma conexão forte
    com a arquitetura no meu trabalho.
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    Quando bem jovem, fui levado pelos
    meus pais para ver a arquitetura de Mies.
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    Para mim, em um nível, a obra era apenas
    sobre visitar um santuário da modernidade.
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    Era sobre tentar descobrir uma maneira
    de realmente tocar a construção.
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    Você é três coisas
    como ator.
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    Você é artista, você é trabalhador
    e você é arquiteto.
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    Você é artista porque
    você está criando o filme
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    e porque, às vezes, quando
    lava as janelas,
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    a câmera está observando
    a sua mão fazer um gesto.
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    Quase um gesto de pintura
    pelo painel.
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    Você também está apenas
    limpando a janela.
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    Então é mundano.
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    E, então você está fora da residência
    cuidando da forma dela.
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    Então você é o arquiteto.
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    E dentro está uma jovem mulher
    girando discos em uma plataforma
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    com fones de ouvido
    sendo separada por...
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    uma fina pele
    de transparência.
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    Mas, no fim das contas,
    separação total.
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    A atriz, em um momento da obra
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    levanta seus olhos e
    olha direto para a câmera,
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    dessa forma, olha para o espectador
    da instalação e o reconhece ou diz,
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    "Eu vejo você" e isso é o único
    momento para mim em que
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    ela pode penetrar
    pela arquitetura.
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    É claro que LE BAISER
    é sobre amor,
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    mas é um amor contido.
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    Pensei que o que poderíamos
    fazer é passar pela edição.
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    A Escola de Arquitetura
    em Chicago leiloou
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    quebrar as janelas na Crown Hall
    de Mies van der Rohe.
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    Eles iam renovar,
    botar vidros novos.
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    Acabou que o vencedor do leilão
    é neto de Mies, que também é arquiteto.
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    Eu estava interessado em toda
    essa noção de quase um parricídio,
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    sabe, o filho quebrando
    o templo do pai.
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    O show em Nova Iorque
    é um show que acho que
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    é meio difícil de negociar
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    porque não tem nenhum tipo
    de tema comum aparente.
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    Eu queria fazer
    esse guarda-chuva faz tempo.
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    Quando você olha bem para um guarda-chuva,
    tem tantas curvas complexas no tecido.
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    Tem tantas equações parabólicas.
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    É muito parecido
    com uma flor.
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    É provavelmente um dos melhores
    designs que tem no mundo.
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    Eu pedi a ajuda de um fabricante que faz
    protótipos para bombardeiros furtivos
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    Chama-se Bulletproof Umbrella.
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    E é exatamente isso.
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    É feito de grafite e Kevlar
    e materiais Space Age.
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    E eu acho que ele, na verdade, responde
    de várias formas ao clima do nosso tempo.
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    Mas faz isso bem quietamente.
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    Minha mãe ia ficar doida.
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    Ela é de Bogotá e...
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    um guarda-chuva aberto dentro de casa
    é má sorte para o resto da sua vida.
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    O macaco, parecido com o guarda-chuva,
    pega um objeto do dia a dia
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    e meio que aumenta e
    deforma um eixo dele.
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    o que você fica é com isso
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    quase um míssil, apontando para cima
    e quase tocando o telhado.
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    Têm várias conexões entre
    essas coisas e eu acho que é só,
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    importante para mim não
    deixá-las aparente.
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    Esse tipo de condição
    problemática é o que eu procuro.
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    Em um sentido bem, digamos, formal
    a exposição é tuda sobre cores.
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    Então o filme vermelho na janela
    da galeria é uma obra em si.
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    Chama-se "Do Vermelho ao Laranja
    e do Laranja ao Vermelho".
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    Indo de um alerta alto para
    um alerta não tão alto.
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    Estive bem interessado nos padrões temporais
    que ocorrem dentro e fora da arquitetura.
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    No caso do "Céu Aleatório",
    em Chicago,
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    a estação temporal está fora
    e mede a temperatura,
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    pressão barométrica, velocidade
    do vento, direção do vento.
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    Todas essas redes de informação conectam-se
    diretamente à um conjunto de computadores
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    que operam um programa que gera
    essas linhas de escaneamento azuis e brancas.
  • Not Synced
    Quando eu decidi realizar esse projeto
    eu me encontrei com Mark Hereld
  • Not Synced
    um astrofísico
    do Argon National Labs
  • Not Synced
    (Mark) Originalmente, me pediram para
    ajudar o Hyde Park Arts Center
  • Not Synced
    a descobrir como
    fazer essa fachada.
Title:
Iñigo Manglano-Ovalle in "Ecology" - Season 4 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21
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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
13:45

Portuguese, Brazilian subtitles

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