Por que a curiosidade é a chave para a ciência e a medicina | Kevin Jones | TEDxSaltLakeCity
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0:10 - 0:11Ciência.
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0:12 - 0:15A palavra em si para muitos de vocês
evoca lembranças infelizes de tédio -
0:15 - 0:18na aula de biologia ou física
do ensino médio. -
0:18 - 0:21Mas deixem-me assegurar a vocês
de que o que fizeram lá -
0:21 - 0:23tinha muito pouco a ver com a ciência.
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0:23 - 0:26Aquilo era, na verdade,
o "quê" da ciência. -
0:26 - 0:28Era a história sobre
o que outros haviam descoberto. -
0:30 - 0:32O que mais me interessa como cientista
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0:32 - 0:34é o "como" da ciência,
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0:34 - 0:38pois ciência é conhecimento em processo.
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0:38 - 0:42Fazemos uma observação,
supomos uma explicação para ela, -
0:42 - 0:44e depois fazemos uma previsão
a qual poderemos testar -
0:44 - 0:46com uma experiência ou outra observação.
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0:46 - 0:47Alguns exemplos.
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0:47 - 0:51Primeiramente, as pessoas notaram
que a Terra estava abaixo, o céu acima, -
0:51 - 0:55e tanto o Sol quanto a Lua
pareciam girar em torno deles. -
0:56 - 0:57A suposta explicação
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0:57 - 1:00era a de que a Terra devia ser
o centro do Universo. -
1:01 - 1:04A previsão: tudo deve girar
em torno da Terra. -
1:05 - 1:07Isso foi testado pela primeira vez
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1:07 - 1:10quando Galileu teve às mãos
um dos primeiros telescópios, -
1:10 - 1:12e, enquanto observava o céu noturno,
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1:12 - 1:16ele encontrou um planeta, Júpiter,
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1:16 - 1:20com quatro luas que o circundavam.
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1:23 - 1:28Ele então usou essas luas
para seguir o caminho de Júpiter -
1:28 - 1:31e descobriu que o planeta
não girava ao redor da Terra, -
1:31 - 1:33mas ao redor do Sol.
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1:36 - 1:38Assim, o teste de previsão fracassou.
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1:39 - 1:43E isso levou à rejeição da teoria
de que a Terra era o centro do Universo. -
1:43 - 1:47Outro exemplo: Isaac Newton percebeu
que as coisas caem na Terra. -
1:48 - 1:51A suposta explicação era a gravidade,
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1:51 - 1:55a previsão era a de que tudo
deve cair na Terra. -
1:55 - 1:58Mas é claro que nem tudo cai na Terra.
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2:00 - 2:02Então, nós rejeitamos a gravidade?
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2:02 - 2:03Não!
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2:03 - 2:07Revisamos a teoria e dissemos:
a gravidade atrai as coisas para a Terra -
2:07 - 2:11a menos que haja uma força
oposta na outra direção. -
2:12 - 2:15Isso nos conduziu a um novo aprendizado.
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2:15 - 2:18Começamos a prestar mais atenção
no pássaro e em suas asas, -
2:18 - 2:23e pensem em todas as descobertas
que voaram dessa linha de raciocínio. -
2:24 - 2:29Assim, os fracassos dos testes,
as exceções, e os valores atípicos -
2:29 - 2:32nos ensinam o que não sabemos,
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2:32 - 2:35e nos conduzem a algo novo.
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2:35 - 2:38É assim que a ciência avança e aprende.
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2:39 - 2:41Às vezes, na mídia,
e ainda mais raramente, -
2:41 - 2:44mas, às vezes, até os cientistas dirão
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2:44 - 2:47que uma coisa ou outra foi
cientificamente comprovada. -
2:47 - 2:52Mas eu espero que entendam
que a ciência nunca prova nada -
2:52 - 2:54definitivamente para sempre.
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2:55 - 3:00Espera-se que a ciência permaneça
curiosa o suficiente para buscar -
3:00 - 3:03e humilde o suficiente para reconhecer
quando tivermos encontrado -
3:03 - 3:05o próximo valor atípico,
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3:05 - 3:07a próxima exceção,
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3:07 - 3:09que, como as luas de Júpiter,
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3:09 - 3:12nos ensinem o que realmente não sabemos.
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3:12 - 3:15Vamos mudar um pouco de direção.
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3:15 - 3:17O caduceu, ou símbolo da medicina,
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3:17 - 3:19tem significados diferentes
para pessoas diferentes, -
3:19 - 3:22mas boa parte do nosso
discurso público sobre medicina -
3:22 - 3:24a transforma num problema de engenharia.
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3:24 - 3:26Temos os corredores do Congresso,
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3:26 - 3:29e as salas de reuniões
das companhias de seguros -
3:29 - 3:31que tentam descobrir como pagar por isso.
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3:31 - 3:33Os eticistas e epidemiologistas
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3:33 - 3:35tentam descobrir como distribuir
melhor a medicina, -
3:35 - 3:38os hospitais e médicos
são absolutamente obcecados -
3:38 - 3:40com seus protocolos e checklists,
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3:40 - 3:43tentando descobrir como administrar
o medicamento de forma segura. -
3:43 - 3:46Todas são coisas boas.
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3:46 - 3:49No entanto, eles também assumem,
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3:49 - 3:51em algum nível,
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3:51 - 3:53que o livro da medicina está concluído.
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3:55 - 3:58Começamos a medir a qualidade
dos nossos serviços à saúde -
3:58 - 4:00pela rapidez com que podemos acessá-los.
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4:00 - 4:02Não me surpreende que neste clima,
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4:02 - 4:05muitas das nossas instituições
de prestação de serviços à saúde -
4:05 - 4:08comecem a se parecer
com uma oficina mecânica. -
4:08 - 4:09(Risos)
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4:10 - 4:14O único problema é que quando
me formei na faculdade de medicina, -
4:14 - 4:16não recebi uma daquelas bugigangas
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4:16 - 4:19que seu mecânico tem
para conectar ao carro -
4:19 - 4:21e descobrir o que está errado com ele,
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4:21 - 4:23porque o livro de medicina
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4:23 - 4:25não está concluído.
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4:25 - 4:27Medicina é ciência.
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4:28 - 4:30A medicina é o conhecimento em processo.
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4:31 - 4:33Fazemos uma observação,
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4:33 - 4:35supomos uma explicação dela,
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4:35 - 4:38e então fazemos uma previsão
que podemos testar. -
4:38 - 4:42A base de teste da maioria das previsões
em medicina é populações. -
4:43 - 4:46E podem se lembrar daqueles
dias tediosos na aula de biologia -
4:46 - 4:50que as populações tendem a se distribuir
em torno de uma média, -
4:50 - 4:52como uma curva gaussiana ou normal.
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4:52 - 4:54Portanto, em medicina,
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4:54 - 4:58depois de fazermos uma previsão
de uma suposta explicação, -
4:58 - 5:00nós a testamos numa população.
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5:01 - 5:02Isso significa
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5:02 - 5:06que o que sabemos em medicina,
nosso conhecimento e experiência, -
5:06 - 5:08vêm de populações,
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5:08 - 5:13mas estende-se apenas
até o próximo valor atípico, -
5:13 - 5:14a próxima exceção,
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5:14 - 5:19que, como as luas de Júpiter,
nos ensinarão o que realmente não sabemos. -
5:20 - 5:23Sou um cirurgião que cuida
de pacientes com sarcoma. -
5:23 - 5:26Sarcoma é uma forma muito rara de câncer.
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5:26 - 5:29É o câncer do tecido e dos ossos.
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5:29 - 5:33E eu diria que cada um
dos meus pacientes é um valor atípico, -
5:33 - 5:34é uma exceção.
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5:36 - 5:39Não há nenhuma cirurgia que eu tenha
executado num paciente com sarcoma, -
5:39 - 5:43que já tenha sido guiada por um
ensaio clínico randomizado controlado, -
5:43 - 5:47considerado o melhor tipo de evidência
baseada em população na medicina. -
5:48 - 5:50Falam sobre "pensar fora da caixa",
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5:50 - 5:53mas nem sequer temos
uma "caixa para o sarcoma". -
5:54 - 5:57O que temos ao mergulharmos na incerteza,
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5:57 - 6:01desconhecimentos, exceções e valores
atípicos que nos cercam no sarcoma -
6:01 - 6:06é o fácil acesso ao que acredito ser
os dois valores mais importantes -
6:06 - 6:07para qualquer ciência:
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6:07 - 6:09humildade e curiosidade.
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6:11 - 6:13Pois se sou humilde e curioso,
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6:13 - 6:15quando um paciente me pergunta algo
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6:15 - 6:17e não sei a resposta,
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6:18 - 6:19vou perguntar a um colega
-
6:19 - 6:22que pode ter um caso similar
com outro paciente com sarcoma. -
6:22 - 6:24Podemos até estabelecer
colaborações internacionais. -
6:24 - 6:28Esses pacientes começarão a conversar
entre eles em salas de bate-papo -
6:28 - 6:29e grupos de apoio.
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6:29 - 6:33É através desse tipo de comunicação
humilde e curiosa -
6:33 - 6:37que começamos a tentar
e a aprender coisas novas. -
6:38 - 6:42Como exemplo, este é um paciente meu
que teve câncer próximo ao joelho. -
6:42 - 6:46Por causa da comunicação humilde e curiosa
em colaborações internacionais, -
6:46 - 6:51soubemos que podemos reorientar
o tornozelo para servir como joelho -
6:51 - 6:53quando tivermos que remover
o joelho com câncer. -
6:53 - 6:56Ele pode usar uma prótese,
correr, pular e jogar. -
6:57 - 7:00Esta oportunidade ficou à disposição dele
-
7:00 - 7:03devido a colaborações internacionais.
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7:03 - 7:04Ele desejava isso,
-
7:04 - 7:08pois havia contatado outros pacientes
que a haviam experimentado. -
7:09 - 7:13E assim, exceções
e valores atípicos em medicina -
7:13 - 7:17nos ensinam o que não sabemos,
mas também nos levam a um novo raciocínio. -
7:18 - 7:20Agora, muito importante:
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7:20 - 7:23o novo raciocínio ao qual valores atípicos
e exceções nos conduzem em medicina -
7:23 - 7:27não se aplica apenas
a valores atípicos e exceções. -
7:28 - 7:31Não significa que, com pacientes
com sarcoma, aprendemos apenas -
7:31 - 7:33a tratar pacientes com sarcoma.
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7:34 - 7:37Às vezes, valores atípicos e exceções
-
7:37 - 7:41nos ensinam coisas que importam
muito para a população em geral. -
7:42 - 7:44Como uma árvore fora de uma floresta:
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7:44 - 7:48os valores atípicos e as exceções
chamam a nossa atenção -
7:49 - 7:54e nos conduzem a um sentido muito maior
do que o significado de uma árvore. -
7:54 - 7:57É comum falarmos em perder
as florestas para as árvores, -
7:57 - 8:01mas também se perde uma árvore
dentro de uma floresta. -
8:02 - 8:03Mas a árvore que se destaca por si só
-
8:03 - 8:06torna essas relações
que definem uma árvore, -
8:06 - 8:10as relações entre o tronco,
as raízes e os galhos, -
8:10 - 8:12muito mais aparentes.
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8:12 - 8:14Mesmo que essa árvore seja torta
-
8:14 - 8:19ou tenha relacionamentos muito incomuns
entre o tronco, as raízes e os galhos, -
8:19 - 8:24ela, todavia, chama a nossa atenção
e nos permite fazer observações -
8:24 - 8:26que podemos então testar
na população geral. -
8:27 - 8:29Eu disse que os sarcomas são raros.
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8:29 - 8:31Eles constituem cerca de 1%
de todos os cânceres. -
8:32 - 8:36É provável que saibam que o câncer
é considerado uma doença genética, -
8:37 - 8:40o que significa que ele
é causado por oncogenes, -
8:40 - 8:41que são ativados no câncer,
-
8:41 - 8:45e genes supressores de tumores,
que são desligados para causar o câncer. -
8:45 - 8:47Podem achar que aprendemos sobre oncogenes
-
8:47 - 8:50e genes supressores de tumores
de cânceres comuns -
8:50 - 8:53como o câncer de mama,
de próstata ou de pulmão, -
8:53 - 8:55mas estariam errados.
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8:55 - 8:59Aprendemos sobre oncogenes e genes
supressores de tumores pela primeira vez -
8:59 - 9:02naquele mínimo de 1%
dos cânceres chamados sarcoma. -
9:03 - 9:08Em 1966, Peyton Rous recebeu
o Prêmio Nobel por perceber que galinhas -
9:08 - 9:11tinham uma forma transmissível de sarcoma.
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9:12 - 9:15Trinta anos depois, Harold Varmus
e Mike Bishop descobriram -
9:15 - 9:17qual era o elemento transmissível.
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9:17 - 9:19Era um vírus
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9:19 - 9:20portando um gene:
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9:20 - 9:22o oncogene src.
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9:23 - 9:26Eu não diria que o src é
o oncogene mais importante. -
9:26 - 9:30Nem diria que é o oncogene mais
frequentemente ativado em todo câncer. -
9:31 - 9:33Mas foi o primeiro oncogene.
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9:35 - 9:37A exceção, o valor atípico
-
9:37 - 9:40chamou nossa atenção e nos levou a algo
-
9:40 - 9:44que nos ensinou coisas muito importantes
sobre o restante da biologia. -
9:46 - 9:50TP53 é o mais importante
gene supressor de tumor. -
9:50 - 9:52É o gene supressor de tumor
mais frequentemente desligado -
9:52 - 9:55em quase todos os tipos de câncer.
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9:55 - 9:57Mas não aprendemos
isso com cânceres comuns. -
9:57 - 10:01Aprendemos quando os médicos Li e Fraumeni
estavam observando famílias, -
10:01 - 10:06e perceberam que elas
tinham muitos sarcomas. -
10:07 - 10:08Eu disse que o sarcoma é raro.
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10:08 - 10:12Lembrem-se de que um
em um milhão de diagnósticos, -
10:12 - 10:14se ele se repetir numa família,
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10:14 - 10:16será comum demais nessa família.
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10:17 - 10:20O fato de serem raros
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10:20 - 10:22chama a nossa atenção
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10:22 - 10:25e nos leva a novos tipos de raciocínio.
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10:26 - 10:29Muitos de vocês podem dizer, e com razão:
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10:29 - 10:31"Sim, Kevin, isso é ótimo,
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10:31 - 10:34mas você não está falando
sobre as asas de um pássaro, -
10:34 - 10:37nem sobre luas flutuando
ao redor do planeta Júpiter. -
10:37 - 10:39Esta é uma pessoa.
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10:39 - 10:42Este valor atípico, esta exceção,
pode levar ao avanço da ciência, -
10:42 - 10:44mas esta é uma pessoa".
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10:45 - 10:49E tudo o que posso dizer
é que sei disso muito bem. -
10:50 - 10:54Converso com esses pacientes
portadores de doenças raras e fatais. -
10:54 - 10:58Escrevo sobre essas conversas,
que são terrivelmente graves. -
10:59 - 11:02Conversas repletas de frases horríveis
como: "Tenho más notícias" -
11:02 - 11:04ou "Não há nada mais que possamos fazer".
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11:04 - 11:08Às vezes, essas conversas
despertam uma única palavra: -
11:08 - 11:10"Terminal".
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11:18 - 11:21O silêncio também pode
ser bastante desconfortável. -
11:22 - 11:26Os espaços em branco na medicina
podem ser tão importantes -
11:26 - 11:29quanto as palavras usadas
nessas conversas. -
11:30 - 11:31Quais são as incógnitas?
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11:31 - 11:34Que experiências estão sendo feitas?
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11:34 - 11:36Façam esse pequeno exercício comigo.
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11:36 - 11:39Lá em cima na tela, veem esta frase:
"no where", lugar nenhum. -
11:39 - 11:41Observem onde está o espaço em branco.
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11:41 - 11:45Se deslocarmos aquele espaço em branco
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11:45 - 11:47"lugar nenhum"
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11:47 - 11:50torna-se "now here", agora aqui,
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11:50 - 11:54o significado oposto exato, apenas
deslocando o espaço em branco. -
11:56 - 11:58Eu nunca vou me esquecer da noite
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11:58 - 12:00em que entrei no quarto
de um de meus pacientes. -
12:01 - 12:04Eu havia operado aquele dia todo,
mas ainda assim queria vê-lo. -
12:05 - 12:09Era um garoto que eu havia diagnosticado
com câncer ósseo alguns dias antes. -
12:09 - 12:12Ele e a mãe haviam falado com os médicos
da quimioterapia antes, naquele dia, -
12:12 - 12:15e ele tinha sido internado
para iniciar a quimioterapia. -
12:15 - 12:18Era quase meia-noite
quando cheguei ao quarto dele. -
12:18 - 12:20Ele estava dormindo,
mas encontrei a mãe dele -
12:20 - 12:23lendo com uma lanterna
ao lado da cama dele. -
12:23 - 12:26Ela saiu no corredor para conversar
comigo por alguns minutos. -
12:27 - 12:31Ela estava lendo o protocolo
que os médicos da quimioterapia -
12:31 - 12:33haviam dado a ela naquele dia.
-
12:33 - 12:35Ela o havia memorizado.
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12:36 - 12:41Ela disse: "Dr. Jones, você me disse
que nem sempre vencemos -
12:42 - 12:44este tipo de câncer,
-
12:44 - 12:48mas tenho estudado este protocolo,
e acho que posso fazer isso. -
12:49 - 12:52Acho que posso seguir
estes tratamentos difíceis. -
12:52 - 12:55Vou pedir demissão,
morar com os meus pais; -
12:55 - 12:57vou manter meu garoto a salvo".
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13:00 - 13:01Eu não disse a ela.
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13:03 - 13:05Não parei para corrigir o raciocínio dela;
-
13:06 - 13:09para deslocar aquele espaço em branco
para onde ele deveria estar. -
13:09 - 13:12O experimento não tinha a ver
com o fato de ela seguir ou não -
13:12 - 13:14este protocolo muito difícil.
-
13:15 - 13:18Ela estava confiando num protocolo
-
13:18 - 13:21que, mesmo que fosse seguido,
-
13:21 - 13:23não necessariamente salvaria o filho dela.
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13:26 - 13:27Eu não disse a ela.
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13:28 - 13:30Não preenchi o espaço em branco.
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13:31 - 13:33Mas um ano e meio depois,
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13:33 - 13:36o filho dela morreu de câncer.
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13:37 - 13:39Eu deveria ter dito a ela?
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13:41 - 13:45Muitos de vocês podem dizer:
"E daí? Eu não tenho sarcoma. -
13:45 - 13:47Ninguém na minha família tem sarcoma.
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13:47 - 13:48E está tudo bem,
-
13:48 - 13:51mas, provavelmente,
não importa na minha vida". -
13:51 - 13:52E vocês devem estar certos.
-
13:52 - 13:55O sarcoma pode não importar
muito na sua vida. -
13:57 - 13:59Mas a posição dos espaços
em branco na medicina -
13:59 - 14:01importa na sua vida.
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14:02 - 14:05Não contei um segredinho a vocês.
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14:05 - 14:09Eu disse que na medicina
testamos as previsões em populações, -
14:09 - 14:10mas eu não disse,
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14:10 - 14:13e muitas vezes a medicina nunca diz,
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14:13 - 14:15que cada vez que um indivíduo
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14:15 - 14:17recorre à medicina,
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14:17 - 14:22mesmo que ele esteja firmemente
inserido na população geral, -
14:24 - 14:26nem o indivíduo nem o médico sabe
-
14:26 - 14:29onde aquele indivíduo
se encontra nessa população. -
14:30 - 14:35Portanto, cada encontro
com a medicina é um experimento. -
14:35 - 14:39Você será um sujeito num experimento.
-
14:39 - 14:44E o resultado será
melhor ou pior para você. -
14:46 - 14:48Contanto que a medicina funcione bem,
-
14:48 - 14:51estaremos bem com serviço rápido,
-
14:51 - 14:54e com conversas desafiadoras e confiantes.
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14:55 - 14:59Mas quando as coisas não funcionam bem,
às vezes queremos algo diferente. -
15:00 - 15:03Um colega meu removeu um tumor
de um dos membros de uma paciente. -
15:04 - 15:06Ele estava preocupado com esse tumor.
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15:06 - 15:09Em nossas reuniões médicas,
ele falou sobre sua preocupação, -
15:09 - 15:13dizendo que era um tipo de tumor
com alto risco de voltar no mesmo membro. -
15:14 - 15:16Mas suas conversas com a paciente
-
15:16 - 15:20eram exatamente o que um paciente
pode querer: repletas de confiança. -
15:20 - 15:22Ele disse: "Eu retirei tudo
e você está liberada". -
15:22 - 15:24Ela e o marido ficaram felizes.
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15:24 - 15:28Eles saíram, comemoraram: jantar chique,
abriram uma garrafa de champanhe. -
15:29 - 15:32O único problema foi
que algumas semanas depois, -
15:32 - 15:35ela começou a notar
outro nódulo na mesma área. -
15:35 - 15:39Ele não havia retirado tudo,
e ela não estava liberada. -
15:40 - 15:43Mas o que aconteceu nesta conjuntura
me fascina muito. -
15:44 - 15:46Meu colega veio até mim e disse:
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15:46 - 15:48"Kevin, se importaria de cuidar
desta paciente pra mim?" -
15:49 - 15:52Eu perguntei: "Por quê? Você sabe
o que fazer tanto quanto eu. -
15:52 - 15:54Você não fez nada de errado".
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15:54 - 15:59Ele disse: "Por favor, apenas
cuide dessa paciente pra mim". -
16:00 - 16:03Ele se sentia envergonhado,
não pelo que tinha feito, -
16:04 - 16:06mas pela conversa que eles tinham tido,
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16:06 - 16:08pelo excesso de confiança.
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16:09 - 16:12Então fiz uma cirurgia muito mais invasiva
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16:12 - 16:15e depois tive uma conversa
muito diferente com a paciente. -
16:15 - 16:18Eu disse: "É bem provável
que eu tenha retirado tudo -
16:18 - 16:20e é provável que você esteja liberada,
-
16:20 - 16:23mas este é o experimento
que estamos fazendo. -
16:24 - 16:26Isto é o que você vai observar.
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16:26 - 16:28Isto é o que eu vou observar.
-
16:28 - 16:32E vamos trabalhar juntos
para saber se esta cirurgia vai funcionar -
16:32 - 16:34para que se livre do seu câncer".
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16:34 - 16:36Posso garantir que ela e o marido
-
16:36 - 16:39não abriram outra garrafa de champanhe
depois de terem falado comigo. -
16:40 - 16:43Mas agora ela era uma cientista,
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16:43 - 16:47não apenas um sujeito no experimento dela.
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16:49 - 16:50Por isso, encorajo vocês
-
16:50 - 16:54a buscar humildade e curiosidade
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16:54 - 16:55em seus médicos.
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16:57 - 17:00Quase 20 bilhões de vezes ao ano,
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17:00 - 17:04uma pessoa entra num consultório médico,
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17:04 - 17:06e essa pessoa se torna um paciente.
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17:07 - 17:12Vocês, ou alguém que vocês amam, serão
esse paciente algum dia muito em breve. -
17:12 - 17:14Como vão falar com seus médicos?
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17:15 - 17:16O que vão dizer a eles?
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17:17 - 17:19O que eles dirão a vocês?
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17:21 - 17:24Eles não podem dizer o que não sabem,
-
17:26 - 17:29mas podem dizer quando não sabem,
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17:30 - 17:32se vocês simplesmente perguntarem.
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17:32 - 17:35Então, por favor, juntem-se à conversa.
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17:36 - 17:38Obrigado.
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17:38 - 17:40(Aplausos)
- Title:
- Por que a curiosidade é a chave para a ciência e a medicina | Kevin Jones | TEDxSaltLakeCity
- Description:
-
A ciência é um processo de aprendizagem que envolve experimentação, fracasso e revisão, e a ciência da medicina não é exceção. O pesquisador de câncer Kevin B. Jones enfrenta as incógnitas profundas sobre cirurgia e cuidados médicos com uma resposta simples: honestidade. Em uma palestra cuidadosa sobre a natureza do conhecimento, Jones mostra como a ciência é melhor quando os cientistas humildemente admitem o que ainda não entendem.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 17:45