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Vamos falar sobre
células marcapasso
-
Eu vou desenhar o potencial
-
de ação de uma célula marcapasso.
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E lembre, esse é o tempo.
-
E vamos fazer em milivolts.
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É positivo aqui em cima
e negativo aqui embaixo
-
Agora, células marcapasso
vamos especificamente
-
falar sobre as de nó SA.
-
Então este é o nosso potencial
de ação do nó SA,
-
E você sabe que começa meio que negativo
e se arrasta para cima.
-
E é principalmente por causa
do sódio,
-
sódio vazando na célula.
-
E outros íons estão presentes também,
mas é o íon principal.
-
Agora chega a esse ponto, certo,
-
onde estou desenhando
um limiar.
-
E limiar para que?
-
Bem, é meio que nessa
linha pontilhada
-
que representa o ponto em que
o canal de
-
cálcio começa a abrir.
-
E então abrem e fazem com que
a célula
-
fique bem mais positiva.
-
Então já estava
ficando positiva.
-
vai ficar mais positiva ainda.
-
E vai chegar naquele ponto.
-
E finalmente, nesse
ponto, aqueles canais de cálcio,
-
os canais de cálcio dependentes
de voltagem, fecham
-
e os canais de potássio se abrem.
-
O que causa a repolarização da membrana.
-
Então estas são as três fases
que nós falamos.
-
Esta é a fase 4, nós
numeramos como fase 4.
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Esta é a fase 0,
e esta é a fase 1.
-
Essas são as 3 fases que nós discutimos.
-
Agora vamos pensar nisso
um pouco mais.
-
Digamos que
olhamos isso, e eu acho
-
que é uma coisa razoável
a se fazer,
-
vemos isso como uma batida do coração.
-
Esta é uma batida, certo?
-
E você sabe que se
continuássemos essa figura,
-
basicamente você teria outro desse
-
e outro desse, e isso continuaria.
-
E isso é como nossa frequência cardíaca
se parece, certo?
-
Se você olhasse apenas uma faixa, por dois
-
ou três minutos, basicamente
-
seria uma atrás da outra,
deste tipo de potencial
-
de ação meio que empilhados
uns nos outros.
-
Agora se eu pegasse essa batida do
coração e encurtasse ela,
-
digamos que eu fizesse isso em
vez de terminar onde
-
termina, digamos que eu
terminasse aqui.
-
Assim essa coisa toda meio
que se veio dessa maneira.
-
Bem, isso poderia triturar meu
potencial de ação na fase 4.
-
Mas o que isso significa?
-
Digo, você pensa, bem, então
é um pouco
-
mais mastigado, acontece
um pouco mais rápido, então?
-
O que isso significa,
se você pensar sobre isso,
-
é se as batidas do coração
estão se empilhando,
-
se você faz a batida do coração
um pouco mais rápida,
-
significa que leva menos tempo
para terminar,
-
aí a próxima pode começar
mais cedo,
-
E aquela uma vai terminar cedo,
-
e a próxima mais cedo,
-
e, no final de um
minuto,
-
você terá mais batidas cabendo.
-
Então tendo uma batida mais curta,
o que você realmente quer
-
dizer que você está aumentando
a frequência cardíaca.
-
O número de batidas do coração
em um minuto cresce.
-
Então é realmente poderoso.
-
Porque nós pensamos sobre
frequências cardíacas todo o tempo
-
Mas raramente pensamos realmente
sobre o
-
que significa para cada batida
do coração.
-
E significa que
cada batida é mais rápida.
-
Agora, o oposto é verdadeiro, certo?
-
Você poderia imaginar extendendo
isso
-
Digamos que a batida
dure um pouco mais,
-
Você poderia extender desta forma.
-
E se a batida do coração
dura mais,
-
isso significa que você
tem menos em um minuto.
-
E isso significa que você
-
está reduzindo a frequência cardíaca.
-
Então quando digo que estou crescendo
ou decrescendo a frequência cardíaca,
-
o que estou querendo dizer
é que estou encurtando
-
ou alongando a batida do coração
então é,
-
eu acho, uma ideia poderosa.
-
Agora vamos
um passo a mais.
-
Vamos fazer um experimento
de pensamento.
-
Vamos imaginar que aqui é
1/10 de segundo.
-
1/10 de um segundo.
-
E isso pode não ser
exatamente 1/10 de segundo,
-
mas vamos imaginar isso.
-
E digamos que eu olhasse
a nossa célula neste ponto
-
porque é onde 1/10 de um
segundo bate.
-
Como nossa célula seria?
-
Deixe-me só fazer um espaço
-
e desenhar como nossa célula seria
em 1/10 de segundo.
-
E apenas para garantir que eu
estou mantendo todos na mesma página,
-
isso é o que está acontecendo
em nossa célula marcapasso
-
em 1/10 de segundo.
-
Neste ponto, você tem uma célula.
-
Deixe-me desenhar uma versão
-
de nossa célula que
se pareceria com isso.
-
E essa célula terá íons fluindo nela,
-
terá, digamos,
sódio entrando.
-
E sabemos que
este é o íon dominante.
-
Deixe-me desenhar, alguns deles,
-
meio que jorrando na célula.
-
E temos outros íons entrando.
-
Você poderia pensar
espere um pouco,
-
Eu pensei que sódio entrasse.
-
E este não é o caso.
-
Apesar do sódio
é o íon dominante,
-
significa que a célula é
permeável ao sódio,
-
cálcio está vazando para dentro,
e um pouco de potássio pode
-
estar vazando para fora.
-
Então você tem outros íons
se mexendo, também.
-
Apesar, neste caso, que o sódio
-
é o maior contribuinte
ao potencial de membrana.
-
Então se esse é o caso,
vamos olhar
-
a membrana.
-
Agora vamos ver essa membrana,
-
e deixe-me mostrar como
isso seria.
-
Você tem alguns receptores deste lado.
-
E esses receptores são para
um neurotransmissores.
-
Então há nervos que descem
-
e param bem
em nossa célula marcapasso.
-
E esses são os nervos simpáticos.
-
...
-
E esses nervos soltam
algum neurotransmissor.
-
E esse neurotransmissor,
estou só
-
etiquetando conforme vou,
é norepirefrina.
-
As vezes chamamos de Norepi.
-
...
-
Então norepirefrina vem e para
nestes receptores
-
e vai causar
um sinal na célula,
-
E vai basicamente
falar para a célula
-
para ser permeável a esses íons.
-
Permite que esses íons fluam
pela membrana.
-
Então eles dizem, OK, justo.
-
Agora no outro lado, você
tem outros receptores.
-
E, claro, não estão
-
divididos em um e outro lado.
-
Estou apenas fazendo isso para representar
-
uma ideia, que está aqui
neste outro receptor,
-
Você tem outros tipos de
neurotransmissores chegando.
-
Todos esses aqui são
acetilcolina.
-
...
-
Acetilcolina também vai
mandar sinal aqui
-
e esse sinal vem dos nervos
parassimpáticos.
-
Você já deve ter ouvido sobre
nervos simpáticos e
-
parassimpáticos.
-
São ambos parte do sistema
nervoso autônomo.
-
E os nervos parassimpáticos
-
mandam uma mensagem
oposta
-
Dizem para esta célula, bem,
espere um segundo,
-
não permita tanta permeabilidade.
-
Não permita que tantos íons
entrem e saiam
-
pela membrana.
-
Então mensagens opostas
vem, e acontece
-
que elas meio que se
equilibram.
-
E então você tem o
que eu te mostrei.
-
Tem sódio entrando, um
pouco de cálcio,
-
e um pouco de potássio saindo.
-
Se eu realmente te mostrasse
o que poderia acontecer.
-
Vou tentar um atalho aqui
e cortar e
-
colar.
-
Imagine que isso aconteça.
-
Algo como isso.
-
Vou mostrar, vou ter que mexer isso
-
um pouco.
-
Mas digamos que agora, você
tem mais simpáticos.
-
Digamos que tem mais
simpáticos entrando
-
do que parassimpáticos, então
você pode ter algo como isso.
-
Onde em lugar de um pouco
de neurotransmissores
-
aqui, digamos que você
tem muito mais.
-
E digamos que esse receptor
está disparando,
-
e digamos que você
tem um pouco de disparo
-
desse receptor.
-
Bem, agora você tem todos
os receptores na esquerda,
-
e isso pesa mais que
o receptor na direita.
-
Então sua unidade simpática
-
é mais forte do que
sua unidade parassimpática.
-
E se esse for o caso, se sua unidade
simpática
-
é mais forte, o que vai acontecer é
-
que você terá mais
sódio entrando na célula.
-
Porque, de novo, os
simpáticos estão
-
tentando ter mais permeabilidade
ao íon.
-
Então você tem muito
mais sódio entrando
-
e terá um pouco de cálcio
extra também.
-
Você terá mais cálcio aqui, também.
-
E terá mais potássio
saindo da célula.
-
Basicamente simpáticos causarão
o crescimento da direção
-
do movimento de íons.
-
Então você terá
mais sódio entrando,
-
terá mais cálcio entrando,
-
e terá mais potássio saindo.
-
É interessante.
-
Vamos manter isso em mente.
-
Vou fazer isso mais uma vez
e mostrar
-
o que aconteceria
se o oposto fosse verdade.
-
Digamos que nesse caso,
você tem mais unidade parassimpática.
-
Aqui, neste terceiro cenário você tem--
-
lembre que no primeiro cenário
era o cenário base,
-
e esse terceiro cenário,
digamos que
-
tem mais acetilcolina
preenchendo esses receptores.
-
E isso está desfazendo o que os
nervos simpáticos estão fazendo.
-
Agora você tem muito mais
estimulação parassimpática.
-
Bem, agora esta célula vai
pensar, ok, bem,
-
os parassimpáticos não querem
o mesmo movimento de íons,
-
então menos sódio.
-
De novo, é tudo
em 1/10 de segundo,
-
então se você pudesse pegar a célula
em 1/10 de segundo,
-
menos sódio teria entrado.
-
Talvez menos cálcio
entrou.
-
E talvez menos potássio saiu.
-
Então se você olhar em 1/10
de segundo, as figuras,
-
são bem diferentes.
-
Em ambos os cenários,
simpáticos
-
e parassimpáticos,
são os mesmos íons.
-
Então entrando na mesma direção,
-
mas o que procuram é a quantidade
de carga
-
que flui em um
período de tempo.
-
E as vezes você pode usar
a palavra corrente
-
Você pode dizer,
simpáticos
-
estão crescendo na corrente,
e parassimpáticos
-
decrescendo na corrente,
a quantidade de carga que
-
está se movendo em um
período de tempo.
-
Como isso ficaria em nossa figura?
-
Desenhamos a figura acima.
-
Como isso ficaria nesta figura?
-
Bem, vou usar as cores
vermelho e verde
-
porque é o que temos
usando aqui.
-
Então verde, lembre-se que este
era nosso cenário simpático,
-
o que faria é
-
aumentar a quantidade de carga entrando.
-
E em 1/10 de segundo,
você tem mais íons positivos
-
na célula.
-
Digamos, neste ponto, você já
-
teria batido o limiar.
-
E você agora talvez dispare
em um potencial de ação.
-
E isso corre como antes.
-
E sua frequência cardíaca
basicamente vai
-
subir porque você
encurtou a batida do coração.
-
E o oposto vai acontecer com
parassimpáticos.
-
Então com parassimpáticos você vai
-
ter um maior tempo
até atingir o limiar.
-
Porque de novo, é 1/10 de segundo,
-
apenas um pouco de sódio e
cálcio estavam dentro,
-
e um pouco de potássio saiu.
-
E você terá quase a mesma aparência de
-
potencial de ação de antes.
-
E você tem uma frequência cardíaca
muito mais baixa agora
-
porque a batida do coração é mais longa.
-
Então você pode ver que a quantidade
de corrente que flui
-
está mudando.
-
Estamos ajustando a
fase 4 com simpáticos e parassimpáticos
-
para mudar nossa frequência cardíaca.
[legendado por Jessica Falkenstein]