Steven Levitt fala sobre cadeiras de criança para carros
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0:00 - 0:05Era uma vez, uma terrível doença que afligia crianças.
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0:05 - 0:09Entre todas as doenças que existiam nesse lugar,
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0:09 - 0:12essa era a pior delas. Era a que matava mais crianças.
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0:12 - 0:15Eis que surgiu um brilhante inventor, um cientista,
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0:15 - 0:18que inventou uma cura parcial para tal doença.
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0:18 - 0:22Não era perfeita. Muitas crianças ainda morriam,
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0:22 - 0:25mas era certamente melhor do que se tinha antes.
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0:25 - 0:31A parte boa dessa cura é que ela era de graça --
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0:31 - 0:33virtualmente de graça -- e muito fácil de usar.
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0:33 - 0:36Mas a parte ruim é que não se podia usá-la
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0:36 - 0:40em bebês e crianças com menos de 2 anos de idade.
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0:40 - 0:42Por consequência, alguns anos mais tarde,
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0:42 - 0:44um outro cientista -- talvez um cientista
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0:44 - 0:48não tão brilhante quanto aquele que o precedeu,
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0:48 - 0:50mas partindo daquela primeira invenção --
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0:50 - 0:53encontrou uma segunda cura.
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0:53 - 0:56O mérito da segunda cura para tal doença
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0:56 - 1:00era que podia ser usada para bebês com menos de 2 anos.
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1:00 - 1:05Mas o problema é que era muito cara
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1:05 - 1:06e muito complicada de se usar.
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1:06 - 1:10E por mais que os pais tentassem usá-la da maneira correta,
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1:10 - 1:14quase todos acabavam usando-a da forma errada.
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1:14 - 1:17Por ser tão complicada e cara, o que os pais acabavam fazendo
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1:17 - 1:20era usá-la somente nos recém nascidos e bebês de um ano.
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1:20 - 1:23E continuavam usando o tratamento já existente
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1:23 - 1:24para os maiores de 2 anos.
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1:24 - 1:26Isso continuou por muito tempo. Todos estavam felizes.
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1:26 - 1:29Existiam as duas curas. Até que uma criança,
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1:29 - 1:34que tinha acabado de fazer 2 anos, morreu desta doença.
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1:34 - 1:38E sua mãe pensou: "Meu filho acabou de fazer 2 anos,
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1:38 - 1:42e antes disso, eu sempre usei
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1:42 - 1:47essa cura complicada e cara, esse tratamento.
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1:47 - 1:48E então, quando ele fez 2 anos eu comecei a usar
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1:48 - 1:51o tratamento barato e simples e me pergunto: será?"
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1:51 - 1:53Ela questionou, como todos os pais que haviam perdido seus bebês:
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1:53 - 1:55"...será que não havia algo que eu poderia ter feito,
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1:55 - 1:59como continuar usando o tratamento complicado e caro?"
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1:59 - 2:02Então ela contou para outras pessoas e indagou:
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2:02 - 2:04"Como pode ser que algo que
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2:04 - 2:07é barato e simples funcione tão bem quanto algo
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2:07 - 2:09que é complicado e caro?"
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2:09 - 2:11As pessoas diziam: "Você está certa.
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2:11 - 2:13Talvez seja errado trocar o tratamento aos 2 anos
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2:13 - 2:16e usar a solução simples e barata."
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2:16 - 2:19O governo ouviu essa história, juntamente com outras pessoas,
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2:19 - 2:22e disse: "Você está certa, devemos fazer uma lei.
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2:22 - 2:24Devemos proibir o tratamento simples e barato
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2:24 - 2:27e não deixar ninguém mais usá-lo em seus filhos."
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2:27 - 2:29E todos ficaram felizes e satisfeitos.
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2:29 - 2:32Por muitos anos isso continuou e tudo estava bem.
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2:32 - 2:37Eis que então surge um humilde economista que tinha filhos,
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2:37 - 2:44e que sempre usou o tratamento caro e complicado.
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2:44 - 2:46Mas ele sabia do tratamento simples e barato.
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2:46 - 2:48Então ele pensou a respeito, e o tratamento caro
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2:48 - 2:51não parecia tão interessante assim. Então pensou:
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2:51 - 2:54"Não sei nada de ciência, mas eu entendo alguma coisa de dados,
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2:54 - 2:56talvez eu deva dar uma olhada nesses dados
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2:56 - 3:00e verificar se esse tratamento caro e complicado
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3:00 - 3:03realmente funciona melhor que o tratamento simples e barato."
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3:03 - 3:05E para sua surpresa, quando ele analisou os dados
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3:05 - 3:08ele descobriu que o tratamento complicado e caro
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3:08 - 3:11não era nada melhor que a solução barata.
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3:11 - 3:13Pelo menos para as crianças com mais de 2 anos --
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3:13 - 3:16pois a solução barata ainda não funcionava para bebês e crianças novas.
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3:16 - 3:20Então ele veio a público e disse:
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3:20 - 3:22"Eu fiz uma grande descoberta,
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3:22 - 3:25parece que podemos usar apenas a solução simples e barata.
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3:25 - 3:28E fazendo isso podemos economizar 300 milhões de dólares por ano,
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3:28 - 3:30e podemos gastar isso com nossas crianças de outras formas."
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3:30 - 3:34Os pais ficaram furiosos e disseram:
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3:34 - 3:36"Isso é terrível! Como uma coisa tão simples e barata
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3:36 - 3:40pode ser tão boa quanto a a solução cara?" O governo ficou furioso,
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3:40 - 3:43e mais ainda as pessoas que desenvolveram a solução cara.
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3:43 - 3:45Eles ficaram muito furiosos, pois pensaram:
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3:45 - 3:48"Como vamos competir com algo que é essencialmente de graça?
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3:48 - 3:50Vamos perder todo o nosso mercado."
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3:50 - 3:53As pessoas ficaram bravas e chamaram aquele cara de coisas horríveis.
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3:53 - 3:56Então ele decidiu que talvez devesse sair do país
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3:56 - 4:00por alguns dias e procurar gente mais inteligente
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4:00 - 4:03e de mente mais aberta, em um lugar chamado Oxford,
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4:03 - 4:06e ir lá e tentar contar essa história por lá.
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4:06 - 4:10Então, cá estou eu. Isso não é um conto de fadas.
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4:10 - 4:12É uma história verdadeira sobre os Estados Unidos hoje,
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4:12 - 4:15e a doença a que me refiro são
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4:15 - 4:18os acidentes de automóveis envolvendo crianças.
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4:18 - 4:24A cura de graça é o cinto de segurança, e a cura cara --
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4:24 - 4:28de 300 milhões de dólares por ano -- é a cadeirinha para crianças.
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4:28 - 4:30E o que eu gostaria de conversar hoje
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4:30 - 4:33são as evidências que me levam a crer que isso é verdade:
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4:33 - 4:35que para crianças acima de 2 anos
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4:35 - 4:40não existe nenhum benefício comprovado no uso das cadeirinhas,
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4:40 - 4:45apesar de toda energia
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4:45 - 4:48dedicada para ampliar o alcance das leis
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4:48 - 4:50e tornar socialmente inaceitável
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4:50 - 4:55o simples uso do cinto de segurança em seus filhos. Quero falar também
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4:55 - 4:56porque isso acontece.
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4:56 - 4:59E finalmente falar um pouco sobre uma terceira via,
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4:59 - 5:02uma outra tecnologia talvez melhor do que tudo que temos,
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5:02 - 5:05mas para a qual não houve entusiasmo
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5:05 - 5:07exatamente pelas pessoas estarem tão apaixonadas
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5:07 - 5:10pela solução atual das cadeirinhas de crianças. OK.
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5:10 - 5:13Muitas vezes quando se tenta fazer pesquisa com dados,
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5:13 - 5:17são encontradas histórias complexas. É difícil encontrar os dados --
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5:17 - 5:20mas não foi o caso no comparativo cintos de segurança contra cadeirinhas.
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5:20 - 5:22Os Estados Unidos mantêm um registro de
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5:22 - 5:25todos os acidentes fatais que aconteceram desde 1975.
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5:25 - 5:28Para cada acidente de carro com pelo menos uma vítima fatal,
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5:28 - 5:30há informações de todas as pessoas envolvidas.
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5:30 - 5:33Se olharmos esses dados -- disponíveis no site do Departamento Nacional
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5:33 - 5:35de Segurança das Rodovias.
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5:35 - 5:37Podemos usar apenas os dados brutos,
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5:37 - 5:41e perceber que existe uma quantidade limitada de evidências
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5:41 - 5:44em favor das cadeirinhas para crianças acima de 2 anos.
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5:44 - 5:48Aqui estão os dados. Temos que, entre 2 e 6 anos de idade
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5:48 - 5:50-- acima de 6 anos não se usam mais cadeirinhas --
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5:50 - 5:5629,3% das crianças que estão sem cinto ou cadeirinha
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5:56 - 6:00morrem em acidentes com pelo menos uma vítima.
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6:00 - 6:05Se a criança estiver em uma cadeirinha, 18,2% morrem nesse tipo de acidente.
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6:05 - 6:07Se estiverem usando o cinto de segurança de 3 pontos, os dados indicam
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6:07 - 6:12que 19.4% morrem. O interessante é que usando o cinto só de barriga,
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6:12 - 6:1416.7% morrem. Na realidade, a teoria diz
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6:14 - 6:17que o cinto de barriga é certamente pior
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6:17 - 6:18do que o cinto de 3 pontos. Isso mostra
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6:18 - 6:20que quando trabalhamos com dados brutos, existem centenas
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6:20 - 6:23de variáveis que podem distorcer a realidade.
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6:23 - 6:28Então o que estamos fazendo nesse estudo é -- e isso aqui é apenas
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6:28 - 6:31uma representação gráfica daqueles números para facilitar.
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6:31 - 6:34A barra amarela representa as cadeirinhas de segurança.
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6:34 - 6:38A barra laranja representa cinto de 3 pontos, e a vermelha, cinto de barriga.
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6:38 - 6:40E isso é em relação aos que estavam sem nenhum equipamento de segurança.
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6:40 - 6:41Quanto maior a barra, melhor, OK?
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6:41 - 6:43Esses são os dados que eu mencionei, OK?
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6:43 - 6:46Essa barra maior é a que estamos tentando vencer.
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6:46 - 6:50Aqui podemos controlar variáveis básicas, como a intensidade do acidente,
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6:50 - 6:54em que assento a criança estava, a idade da criança etc.
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6:54 - 6:56E isso está representado no grupo de barras do meio.
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6:56 - 6:59Então você pode ver que cintos de barriga
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6:59 - 7:01começam a se mostrar piores com esse tipo de análise.
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7:01 - 7:03E aqui finalmente, no último grupo de barras,
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7:03 - 7:06onde levamos em consideração todos os fatores
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7:06 - 7:08imagináveis relativos ao acidente.
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7:08 - 7:1150..., 75..., 100 características diferentes de um acidente.
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7:11 - 7:14E o que encontramos é que cadeirinhas e cintos de 3 pontos,
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7:14 - 7:18quando o assunto é salvar vidas, têm atuações idênticas.
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7:18 - 7:22E o desvio padrão é relativamente pequeno para essas estimativas.
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7:22 - 7:25E não apenas na visão geral. É bastante robusto
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7:25 - 7:27para qualquer característica de acidentes.
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7:27 - 7:30Um coisa interessante: se você analisar impactos frontais --
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7:30 - 7:33quando o carro bate de frente com algo --
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7:33 - 7:37de fato as cadeirinhas parecem se sair um pouco melhor.
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7:37 - 7:39E isso não é por mera chance.
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7:39 - 7:40Os fabricantes têm que obter um certificado
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7:40 - 7:43com padrões federais definidos
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7:43 - 7:48que em todos os casos envolve o teste de colisão frontal.
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7:48 - 7:50Mas quando se olha para outros tipos de acidentes, como traseiros,
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7:50 - 7:53a verdade é que as cadeirinhas não se saem tão bem.
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7:53 - 7:55E eu acredito que seja porque elas foram otimizadas para passar no teste,
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7:55 - 7:57como sempre esperamos que as pessoas façam,
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7:57 - 7:59a otimizar de acordo com regras inequívocas
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7:59 - 8:03sobre como exatamente o carro será atingido.
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8:03 - 8:04E a outra coisa que você pode argumentar é,
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8:04 - 8:06ao longo dos anos a qualidade das cadeirinhas melhorou.
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8:06 - 8:09Então se analisarmos acidentes recentes --
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8:09 - 8:11o conjunto de dados tem quase 30 anos de informação --
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8:11 - 8:13não se vê isso nas estatísticas recentes. As novas cadeirinhas são bem melhores.
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8:13 - 8:17Mas na verdade, em acidentes recentes os cintos de segurança de três pontos
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8:17 - 8:20se mostram ainda melhores que as cadeirinhas.
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8:20 - 8:23Eles dizem, '' Bom, isso é impossível, não pode ser.''
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8:23 - 8:25E a linha de raciocínio, quando se pergunta aos pais, é:
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8:25 - 8:28''Mas as cadeirinhas são tão caras e complicadas,
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8:28 - 8:31e elas têm esse emaranhado de travas,
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8:31 - 8:34como é que elas não são melhores que os cintos de segurança
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8:34 - 8:36se elas são tão caras e complicadas?''
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8:36 - 8:39Esta é uma lógica interessante,
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8:39 - 8:42penso eu, que as pessoas usam. E em outra lógica reforçadora, dizem:
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8:42 - 8:44''Bem, se os cintos fossem melhores, o governo não nos teria dito que
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8:44 - 8:46nós não devemos usá-los".
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8:46 - 8:48Mas o surpreendente é que a ordem do governo
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8:48 - 8:50não tem muito fundamento.
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8:50 - 8:53Na verdade ela é baseada em apelos angustiados de pais
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8:53 - 8:56cujos filhos morreram depois de completarem dois anos de idade,
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8:56 - 9:00e que levaram à aprovação de várias leis -- pouco baseado em dados.
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9:00 - 9:04Então não se pode contar a história inteira
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9:04 - 9:06usando apenas essas estatísticas abstratas.
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9:06 - 9:11Então eu convidei uns amigos para jantar em casa --
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9:11 - 9:14-- nós estávamos cozinhando -- e eu pedi que me aconselhassem sobre como
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9:14 - 9:18eu poderia provar essa tese. E eles: ''Por que você não faz uns testes simulados?''
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9:18 - 9:20E eu disse, "É uma boa ideia".
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9:20 - 9:22Então nós tentamos encomendar alguns testes de simulação.
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9:22 - 9:27Mas quando nós procuramos as empresas independentes
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9:27 - 9:30por todo o país que simulam batidas,
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9:30 - 9:32nenhuma delas queria realizar os testes simulados,
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9:32 - 9:36porque elas afirmavam -- algumas explicitamente, outras nem tanto --
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9:36 - 9:38''Todo os nosssos negócios advêm dos fabricantes de cadeirinhas.
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9:38 - 9:42Não podemos arriscar perdê-los com testes comparando cintos e cadeirinhas.''
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9:42 - 9:46Uma empresa acabou aceitando. Sob condição de anonimato,
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9:46 - 9:49eles disseram que realizariam o teste.
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9:49 - 9:54Anonimidade e mais 1.500 dólares por assento quebrado.
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9:54 - 9:56Então nós fomos a Buffalo, no estado de New York,
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9:56 - 9:58e assim se sucedeu.
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9:58 - 10:00Estes são os bonecos para o teste simulado
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10:00 - 10:03esperando pelo seu momento de entrar em ação.
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10:03 - 10:05O teste simulado funciona assim.
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10:05 - 10:08Aqui, eles não quebram o carro inteiro, você sabe --
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10:08 - 10:11não compensa quebrar um carro inteiro para o teste.
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10:11 - 10:12Então eles têm somente esses assentos traseiros
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10:12 - 10:14e eles amarram as cadeirinhas e os cintos de segurança neles.
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10:14 - 10:16Eu gostaria que vocês olhassem isso.
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10:16 - 10:18E eu acredito, que isso dará uma boa idéia de por que os pais pensam
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10:18 - 10:20que cadeirinhas são tão boas. Observe a criança na cadeirinha.
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10:20 - 10:23Não parece que está feliz, pronta para passear,
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10:23 - 10:25como se fosse sobreviver a tudo? E aí se você observar a criança atrás,
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10:25 - 10:28parece que já está sufocada antes mesmo de a batida acontecer.
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10:28 - 10:31É difícil de acreditar quando você olha para isto
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10:31 - 10:33que a criança de trás vai ficar bem quando você bater o carro.
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10:33 - 10:35Então nessa batida
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10:35 - 10:38eles vão atirar essa coisa contra uma parede
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10:38 - 10:41a 50 km por hora e ver o que acontece. OK?
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10:41 - 10:43Deixe-me mostrar o que acontece.
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10:43 - 10:46Estes bonecos simulam uma criança de 3 anos.
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10:46 - 10:48Aqui está -- esta é a cadeirinha. Agora observe duas coisas.
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10:48 - 10:50Veja como a cabeça vai para frente,
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10:50 - 10:52e basicamente bate nos joelhos, isso na cadeirinha.
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10:52 - 10:57E veja como a cadeirinha voa pelo ar no rebote.
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10:57 - 10:59A cadeirinha vai para todo lado.
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10:59 - 11:01Lembre-se de dois pontos importantes.
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11:01 - 11:04Esta é uma cadeirinha que foi instalada por alguém
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11:04 - 11:07que instalou 1.000 cadeirinhas, que sabia exatamente como fazer.
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11:07 - 11:08E acontece que essas assentos de banco
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11:08 - 11:11são a melhor maneira de instalar cadeirinhas.
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11:11 - 11:14Tendo a parte de trás plana facilita a instalação delas.
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11:14 - 11:17Então este é um teste que é bastante favorável às cadeirinhas,
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11:17 - 11:20OK? A criança saiu-se muito bem nesse acidente.
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11:20 - 11:22Os padrões federais dizem
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11:22 - 11:24que você tem que pontuar abaixo de 1.000
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11:24 - 11:26para ser uma cadeirinha aprovada nessa batida
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11:26 - 11:30em alguma medida de unidades que não nos interessa.
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11:30 - 11:33E esta batida seria em torno de 450.
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11:33 - 11:35Então, esta cadeirinha estava abaixo da média de cadeirinhas
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11:35 - 11:37da publicação Consumer Reports, e se deu muito bem.
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11:37 - 11:40Vamos ao próximo, agora esta é a criança, mesma batida,
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11:40 - 11:45que está com cinto de segurança. Ela quase não se mexe,
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11:45 - 11:48comparado à outra criança. O curioso é que
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11:48 - 11:51o trabalho da câmera é horrível porque eles estão preparados
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11:51 - 11:53para testar as cadeirinhas somente, eles não têm como
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11:53 - 11:55mover a câmera para que você possa ver a criança.
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11:55 - 11:59De qualquer forma, as duas batidas mostram na verdade
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11:59 - 12:03que a criança de 3 anos se saiu pior. Então ela tem em torno de 500
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12:03 - 12:07se comparado, como vimos, de relativamente 400 e poucos.
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12:07 - 12:10Mas mesmo assim, se você utilizasse só os dados da batida
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12:10 - 12:13para o governo e dissesse: "Eu inventei uma nova cadeirinha.
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12:13 - 12:16Eu gostaria de ter sua aprovação para venda",
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12:16 - 12:19eles responderiam: "Essa é uma cadeirinha fantástica, funciona perfeitamente."
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12:19 - 12:21A nota foi 500, poderia ter chegado a 1.000.
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12:21 - 12:24E este cinto de segurança teria passado
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12:24 - 12:26por cadeirinha de segurança para crianças.
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12:26 - 12:28Então isto sugere não apenas
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12:28 - 12:31que as pessoas estão ajustando as cadeirinhas de modo errado
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12:31 - 12:33e colocando crianças em risco. Mas fundamentalmente
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12:33 - 12:35as cadeirinhas não estão resolvendo muito.
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12:35 - 12:37Aqui está a simulação. Estas imagens foram sincronizadas.
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12:37 - 12:39Você pode ver que demora muito mais com a cadeirinha --
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12:39 - 12:41o rebote leva muito mais tempo --
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12:41 - 12:45mas há muito menos movimento para a criança que está com o cinto.
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12:45 - 12:47Agora vou mostrar batidas com crianças de 6 anos.
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12:47 - 12:52A criança de 6 anos está na cadeirinha, e o resultado --
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12:52 - 12:57parece horrível, mas tudo bem. É como se fosse um 400, OK?
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12:57 - 12:58A criança sairia bem do acidente.
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12:58 - 13:02Nada ali seria problemático para a criança.
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13:02 - 13:05E agora aqui está a criança de 6 anos no cinto,
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13:05 - 13:07e a diferença nos resultados fica entre
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13:07 - 13:11um ou dois pontos. Então de verdade para o de 6 anos,
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13:11 - 13:15a cadeirinha não fez a menor diferença.
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13:15 - 13:18Isso é um pouco mais de evidência, então --
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13:18 - 13:22eu fui criticado por um cientista que me disse: "Você nunca poderia publicar
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13:22 - 13:24um estudo com n de 4", referindo-se às 4 simulações.
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13:24 - 13:28Então eu lhe escrevi de volta: "E que tal um n de 45,004?"
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13:28 - 13:30Porque eu tinha o registro de 45 mil acidentes reais.
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13:30 - 13:34E eu acho interessante que a idéia
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13:34 - 13:36de usar dados de acidentes reais, algo
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13:36 - 13:38que os economistas consideram correto,
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13:38 - 13:40é algo que cientistas na verdade não consideram --
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13:40 - 13:43eles preferem usar o laboratório,
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13:43 - 13:45uma ciência muito imperfeita que observa bonecos,
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13:45 - 13:49ao invés de aproveitar os 30 anos de dados registrados
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13:49 - 13:52sobre crianças nos assentos de carros.
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13:52 - 13:56Então eu penso que a resposta ao desafio
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13:56 - 13:59é que temos uma solução muito melhor aí
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13:59 - 14:02que não entusiasmou ninguém, porque as pessoas
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14:02 - 14:06estão tão confortáveis com a suposta segurança das cadeirinhas.
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14:06 - 14:09E se você pensar pela perspectiva do design
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14:09 - 14:11em voltar ao ponto de partida e disser:
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14:11 - 14:13"Eu só quero proteger as crianças no assento de trás."
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14:13 - 14:15Não creio que alguém neste auditório diria
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14:15 - 14:16"Bom, o jeito certo de começar seria
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14:16 - 14:19fazer um excelente cinto de segurança para os adultos.
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14:19 - 14:21E depois a gente faz um equipamento bem grande
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14:21 - 14:24que você ajusta ao cinto usando cintas e fitas".
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14:24 - 14:27Quero dizer, porque não -- quem senta no banco de trás a não ser crianças?
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14:27 - 14:30Mas essencialmente, fazer algo assim,
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14:30 - 14:32que eu não sei exatamente o quanto custaria,
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14:32 - 14:33mas não acredito que seria
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14:33 - 14:35muito mais caro do que um assento normal de carro.
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14:35 - 14:39Na verdade -- ele fica dobrado -- está atrás do assento.
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14:39 - 14:41Você tem o assento normal para adultos, e basta baixar,
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14:41 - 14:43e a criança senta sobre ele, num conjunto integrado.
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14:43 - 14:47Me parece que essa solução não deve ser muita cara,
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14:47 - 14:50e deve funcionar melhor do que aquela que já temos.
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14:50 - 14:55A pergunta portanto é, há esperança de se adotar algo assim,
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14:55 - 14:57que estamos supondo salvará muitas vidas?
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14:57 - 15:01Penso que a resposta esteja numa história.
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15:01 - 15:05O motivo de as cadeirinhas terem feito tanto sucesso
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15:05 - 15:08e se um dia adotaremos ou não a nova medida,
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15:08 - 15:12podemos ver na história que meu pai me contou, de quando era médico
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15:12 - 15:15da Força Áerea Americana na Inglaterra. Já faz muito tempo.
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15:15 - 15:17Certas coisas que eram permitidas naquela época não são hoje em dia.
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15:17 - 15:21Então meu pai recebia os pacientes que
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15:21 - 15:24ele acreditava não estarem realmente doentes.
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15:24 - 15:28E ele tinha um vidro cheio de placebos que lhes dava
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15:28 - 15:31e ele dizia: "Volte em uma semana se estiver se sentindo mal".
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15:31 - 15:32OK, e a maioria deles não voltava,
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15:32 - 15:34mas alguns pacientes voltavam.
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15:34 - 15:38E meu pai, convencido de que eles não estavam doentes,
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15:38 - 15:43mantinha outro vidro com uns comprimidos enormes.
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15:43 - 15:45Esses eram quase impossíveis de engolir.
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15:45 - 15:49Para mim, esses são uma analogia das cadeirinhas.
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15:49 - 15:53As pessoas olham para elas e dizem: "Cara, isso é tão grande
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15:53 - 15:55e difícil de engolir. Se isso não me fizer melhorar,
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15:55 - 15:58o que fará?"
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15:58 - 16:00E a maioria dos pacientes não voltava
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16:00 - 16:03porque funcionava. Mas vez ou outra,
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16:03 - 16:08havia aquele paciente convencido de que estava doente,
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16:08 - 16:11e esse retornava. E meu pai tinha um terceiro vidro de comprimidos.
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16:11 - 16:13E esses comprimidos, ele me disse,
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16:13 - 16:16eram os menores que ele podia encontrar,
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16:16 - 16:18tão pequenos que mal se podia vê-los.
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16:18 - 16:20E ele diria: "Ouça, eu sei que já lhe dei o comprimido grandão,
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16:20 - 16:24muito complicado, difícil de engolir,
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16:24 - 16:26mas agora eu tenho esse aqui, tão potente
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16:26 - 16:28que é minúsculo e quase invisível,
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16:28 - 16:31é praticamente como essa coisa, que você não pode ver."
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16:31 - 16:33E acontece que nunca,
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16:33 - 16:36de todas as vezes que meu pai deu esse comprimido, o bem pequeno,
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16:36 - 16:39alguém retornou ao seu consultório reclamando de uma doença.
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16:39 - 16:42Para o meu pai, isso era evidência de que
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16:42 - 16:46esse pequeno, mas poderoso comprimido
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16:46 - 16:50tinha o efeito placebo definitivo. E se a história está certa,
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16:50 - 16:52eu penso que as cadeirinhas integradas ao carro vão logo
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16:52 - 16:56tornar-se algo que todo mundo tem. Outra conclusão possível
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16:56 - 16:59é, bem, se após três visitas ao consultório do meu pai
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16:59 - 17:01e sendo medicado com placebos, o sujeito ainda se sentia doente,
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17:01 - 17:03talvez ele tenha encontrado um outro médico.
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17:03 - 17:05Isso é bem possível. E se for esse o caso,
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17:05 - 17:08acho que vamos depender das cadeirinhas comuns por um bom tempo.
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17:08 - 17:09Muito obrigado.
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17:09 - 17:13(Aplausos)
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17:13 - 17:15(Audiência: Eu queria perguntar, quando nós usamos o cinto
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17:15 - 17:18não é só para evitar perdermos a vida,
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17:18 - 17:20mas também para a evitar ferimentos sérios.
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17:20 - 17:24Os seus dados examinam mortes. Eles não abordam ferimentos sérios.
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17:24 - 17:26Existem dados que mostrem que as cadeirinhas
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17:26 - 17:29são menos eficientes, ou tão eficientes como os cintos
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17:29 - 17:31para ferimentos sérios? Se houver, o seu argumento estaria provado.
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17:31 - 17:34Boa pergunta. Nos meus dados, e num outro conjunto de dados
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17:34 - 17:37que eu pesquisei nos acidentes de Nova Jersey,
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17:37 - 17:41eu vi diferenças muito pequenas nos ferimentos.
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17:41 - 17:43Nesses dados, a diferença estatística é insignificante
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17:43 - 17:47entre cadeirinhas e cintos de três pontas para os ferimentos.
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17:47 - 17:48Nos dados de Nova Jersey, que são diferentes
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17:48 - 17:51porque contam não só os acidentes fatais,
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17:51 - 17:53mas todos os acidentes registrados em Nova Jersey,
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17:53 - 17:56há uma diferença de 10% nos ferimentos,
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17:56 - 17:58mas não são ferimentos sérios.
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17:58 - 18:00Agora, o que é interessante, eu devo esclarecer que
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18:00 - 18:05há literatura médica que é difícil de definir com esses outros dados
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18:05 - 18:09sugerindo que as cadeirinhas são muito melhores.
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18:09 - 18:11E eles usam uma metodologia completamente diferente --
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18:11 - 18:14após cada acidente, eles obtém das companhias de seguros
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18:14 - 18:16os nomes das pessoas que estavam no acidente,
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18:16 - 18:17e eles ligam para essas pessoas
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18:17 - 18:18e perguntam o que aconteceu.
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18:18 - 18:21E aí eu não consigo definir, por enquanto,
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18:21 - 18:23e eu gostaria de trabalhar com esses pesquisadores médicos
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18:23 - 18:26para tentar entender como pode haver essas diferenças
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18:26 - 18:29que são complementamente díspares.
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18:29 - 18:32Essa é obviamente uma questão crítica.
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18:32 - 18:35A pergunta é -- há suficientes ferimentos sérios
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18:35 - 18:38para compensar os custos atuais? É complicado.
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18:38 - 18:40Mesmo que eles estejam certos, ainda não está claro
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18:40 - 18:41que elas sejam custo eficientes.
- Title:
- Steven Levitt fala sobre cadeiras de criança para carros
- Speaker:
- Steven Levitt
- Description:
-
Steven Levitt compartilha dados que mostram que cadeiras de segurança não são mais eficazes que cintos de segurança na proteção de crianças em acidentes automotivos fatais. No final da palestra, no entanto, ele faz um alerta crucial.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 18:41